segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A escola, a sala de aula e o professor

A escola, a sala de aula e o professor


O sistema educacional passa por um período de inércia. Verificam-se repetições de um padrão que, num tempo não muito distante do atual, foi eficaz. Professores continuam executando o mesmo planejamento de décadas passadas, reutilizando estratégias de ensino, avaliações e metodologias, sem considerar que os tempos são outros, esquecendo que hoje a quantidade de informações e a velocidade como são transmitidas são muito maiores. O novo tem sido uma reedição do velho nas escolas.

O que se observa é que essa mera reprodução de velhos ritos escolares tem se voltado contra a própria escola. Os alunos têm se tornado cada vez menos motivados para as atividades propostas.

Sabe-se que as escolas são verdadeiras usinas de múltiplas inteligências, mas atualmente elas têm sido um local de repetição de padrões ultrapassados, sem que apresentem preocupações para mudar esse panorama - sem inovar!

É necessário acompanhar as mudanças e sair da zona de conforto. Os professores precisam se conscientizar de que as aulas precisam despertar o interesse dos alunos, procurar despertar neles a vontade de aprender, incentivar a participação individual no processo de ensino-aprendizagem, promover atividades que permitam que os alunos questionem, participem e opinem. O ensino não pode mais ser uma via de mão única. Quando se sentirem seguros e valorizados em suas opiniões, os alunos sairão das aulas com desejo de voltar, com sede de saber e muito mais preparados.

A escola que se diz transformadora (e que realmente desejar ser) deve transpor a barreira do conservadorismo, abandonar o paradigma de designar como indisciplina ou desrespeito as manifestações de “vida” e de opinião dos alunos.

Avaliando o papel da escola, conclui-se que ela deve ser o espaço para reflexão, para discussões entre a geração dos mais velhos com as gerações dos mais novos, e não dos que sabem mais com os que sabem menos. Onde não ocorrem discussões, não se pode chamar de sala de aula. Os professores que resistem em abandonar o velho padrão, que exige que a sala de aula seja um ambiente harmônico e disciplinado, muito pouco têm a ensinar.

O professor da era da informação deve estar preparado para promover discussões sobre os acertos e erros da humanidade, sobre valores, além de ser realmente capaz de ajudar a formar uma geração melhor do que a anterior.

Já não se pode mais admitir a presença do professor “PowerPoint”, que apenas repete o que está escrito. O professor "PowerPoint" se assemelha ao sistema de ensino apostilado, onde só se registra o mínimo necessário e fragmentando o conteúdo, sem correlacioná-los com outros assuntos e sem contextualizar e transpor para a realidade dos alunos.

Não se pode mais aceitar também que seja ensinado o básico. Urge formar cidadãos de valor e com qualidade. É preciso que o ensino seja abordado de maneira que prime pelo significado. A quantidade não garante a qualidade. A sala de aula tem que ser o lugar de exigência máxima e não mínima.

O professor deve estar atento e preocupado com o desenvolvimento pleno de seus alunos, com as suas presenças e ausências, sua saúde, com as exposições a situações de preconceitos, discriminação e violência. Deve ainda buscar atualizar-se constantemente, trocar experiências com demais professores da escola ou de outras instituições de ensino, ter disposição, paciência, calma para conversar, ouvir os alunos e famílias, estabelecendo com elas uma relação de atenção, proximidade e confiança.

Um bom professor deve ainda promover a compreensão do "porquê" e "para que" aprender sempre.

Carlos W. Dorlass é consultor educacional em empresas e instituições de ensino.

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domingo, 28 de agosto de 2011

Revista Eletrônica FANTÁSTICO. Globo 28 de agosto de 2011.

ASSITI NA TV GLOBO, NO FANTÁSTICO, UMA REPORTAGEM SOBRE A VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS, ORA ENTRE ALUNOS, ORA ENTRE PAIS, ORA ENTRE PAIS E PROFESSORES, ORA ENTRE ALUNOS E DIREÇÃO........ e a reportagem centrou os recortes informados na pergunta:

qual é a melhor maneira de trazer a paz de volta à sala de aula?

VOU REDUZIR a reflexão em uma resposta CURTA E GROSSA:

DEVOLVER AOS FILHOS OS PAIS! Dar aos pais o que lhes falta: EDUCAÇÃO; para que não tenham os filhos como bibelôs de cristaleira.

domingo, 21 de agosto de 2011

Missões no Piauí.

Quero nesse dia frio que faz em São Paulo lembrar os dias quentes de inverno que passei em S. João do Piauí e para isso partilho algumas fotos de lá.





Em busca de novas competências

Olá gestores e educadores,


A aprendizagem do aluno é, acima de tudo, o principal objetivo de uma escola e de seus professores. Para alcançá-la, é necessária uma série de competências e habilidades, que torne o processo significativo para o estudante. Com base em autores como David Ausubel e Joseph Novak, a professora Sulivam Pereira Brito apresenta a importância da prática reflexiva do docente e da necessidade de desenvolver a aprendizagem significativa, neste artigo exclusivo para o Jornal Virtual.  Boa leitura!

Em busca de novas competências

Vivemos numa sociedade em constante processo de mudança, o qual só é efetivado quando a educação assume seu real papel na sociedade.

O mundo atual pede investimento em novos compromissos para renovar a educação, exigindo a presença de um novo modelo de ensino-aprendizagem que proponha a mudança de mentalidade do profissional, pela atualização, aperfeiçoamento e pelo desenvolvimento da capacidade reflexiva da sua prática educativa. O professor deve incorporar na sua prática educativa as expressões: “aprender a aprender” e “ensinar a aprender”.

O produto da aprendizagem depende da forma como o professor apresenta o conteúdo e da maneira como os estudantes vão processar este conteúdo. Vejamos os pontos mais relevantes:

- A aprendizagem ocorre quando o aluno se centra no assunto e busca o envolvimento da compreensão e domínio do proposto pela escolha de estratégias de estudo e pesquisa reconstruindo os conceitos que foram trabalhados com os conhecimentos anteriores;

- A atividade construtiva do aluno está ligada ao contexto social e interpessoal sempre que ele realiza a assimilação das novas informações na apropriação dos conteúdos e na atribuição das significações.

O primeiro passo é buscar informações a respeito do seu público-alvo: Qual o seu perfil? Quais as suas necessidades? Você já planejou o que fazer, como fazer, quando deve ser feito e em que condições?

O produto da aprendizagem depende do projeto político-pedagógico, do planejamento, dos objetivos de aprendizagem, dos conteúdos e de como os alunos vão processar este conteúdo. Vamos relembrar algumas teorias que orientam um projeto político-pedagógico.

O cognitivismo tem como foco os processos mentais de aquisição de conhecimento, habilidades e atitudes em interação com o meio ambiente provocando uma mudança de comportamento.

O construtivismo indica que a aprendizagem é um processo ativo e reflexivo que envolve o processo de descoberta, pelas experiências vividas pelo indivíduo e pela sua interação com o meio ambiente onde ocorre a construção do conhecimento.

Como representante temos: David Ausubel e a teoria da aprendizagem significativa, que propõe uma aprendizagem como um processo de ensino que faça sentido para o aluno. A fundamentação teórica dos mapas conceituais está baseada no modelo de aprendizagem significativa que tem como preocupação identificar estruturas mentais de memória e raciocínio. Aprendizagem significativa tenta dar sentido entre as novas informações, (acredito que não deve haver essa vírgula porque ela está comparando dos dois) e os conhecimentos já existentes no aluno. A aprendizagem significativa é inclusiva, pois o material a ser trabalhado deve ser potencialmente significativo.

O material é potencialmente significativo quando a aprendizagem implica em modificações na estrutura cognitiva. A mudança que irá ocorrer se fará por meio de novos significados e não pelo acúmulo de conceitos sem conexões com os conhecimentos anteriores.

Ausubel salienta que os conceitos-chave vão constituir a base para a aprendizagem posterior e que devemos usar âncoras que são os organizadores prévios. São mensagens que mobilizam os alunos para os assuntos que serão aprendidos. A finalidade é servir de ponte cognitiva entre o que o aluno já sabe e o que virá a saber.

A técnica de construção e a teoria a respeito dos mapas conceituais foram desenvolvidas pelo pesquisador Joseph Novak que define mapa conceitual como uma ferramenta para organizar e representar o conhecimento.

Os mapas conceituais são úteis na área educacional tanto como ferramenta de trabalho, pois os mapas exigem um planejamento pedagógico agregando vantagens à educação, quanto como recurso que enriquece o espaço pedagógico.

O professor, ao promover a aprendizagem significativa, passa a desconstruir algumas atitudes e estimular outras, como apoiar o aluno a fazer perguntas no lugar de apenas dar respostas. A aprendizagem envolve o processo de conhecimento na construção da pessoa dentro e fora da escola, elevando a autoestima do aluno e permitindo que ele veja a si mesmo e as situações nas quais está envolvido.

Sulivam Pereira Brito é Socióloga, mestre em Linguística e Semiótica, designer educacional e professora universitária.

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sábado, 20 de agosto de 2011

Ganhar mais e viver melhor: o desafio atual do brasileiro


Provavelmente você que está lendo este artigo deve estar entre os 20 milhões de pessoas pertencentes às classes A e B no Brasil. E este número só cresce: em 2014 haverá 30 milhões de ricos em nossa nação.

Entre 2003 a 2009, 30 milhões de brasileiros saíram da pobreza, mas há um número também expressivo de sete milhões de pessoas que romperam a fronteira da alta renda. O Brasil é hoje uma das economias que mais crescem no cenário econômico global, mas fica a pergunta: ganhar mais tem feito você viver menos? O quanto crescer a sua renda significou também desenvolver-se como ser humano, em termos de Qualidade de Vida?

Nas economias emergentes, como é o caso do Brasil, é cada vez mais propagada a promessa de que é possível “chegar lá”. Esta mensagem é encontrada em campanhas publicitárias, publicações de negócios e comportamentos, e até mesmo em programas televisivos. E realmente muitos brasileiros têm conquistado este crescimento financeiro, mas a que custo psicológico? Antigamente era mais aceitável a noção de que somente poucas pessoas podiam aspirar à riqueza, cabendo à outra grande maioria a resignação à exploração. Vivemos hoje um momento histórico de nossa sociedade, em que a promessa de realização financeira é democratizada a todos, independentemente de credo, gênero ou cor.

Em uma sociedade que nos julga cada vez mais pelo ter do que pelo ser, ascender socialmente é quase um passe para a dignidade, e lutar contra este paradigma é uma missão praticamente impossível. Desta forma, buscamos cada vez mais status, até porque é mais difícil gostar de si mesmo caso o outro não demonstre mostrar que nos valoriza. Desta forma nos apegamos a sinais de enriquecimento para que nos sintamos aceitáveis, perante o outro e nós mesmos. E assim, acompanhando o aumento do PIB nacional, também vemos o aumento paralelo de casos de depressão e ansiedade, os quais geralmente são pouco associados na grande mídia a este fenômeno de crescimento (e não desenvolvimento) de nossa economia.

A hipótese sugerida é que, como próximo patamar de evolução da sociedade brasileira, urge a busca individual e coletiva por um estado de desenvolvimento do bem-estar, em um “caminho do meio” criativo e equilibrado, no qual se enriquece, mas também se vive melhor, em termos de satisfação de Vida em geral. Há casos de países que perceberam a importância de não apenas crescer, mas também se desenvolver. O Butão, um pequeno e fechado reino encravado entre a China e a Índia, considera tão importante quanto o Produto Interno Bruno (PIB) a Felicidade Interna Bruta (FIB). O modelo da FIB baseia-se no princípio de que o verdadeiro desenvolvimento de uma sociedade humana se dá quando o desenvolvimento espiritual e material acontecem lado a lado, complementando e reforçando um ao outro.

Como podemos constatar, o desafio atual do brasileiro será conciliar seu crescimento financeiro com seu desenvolvimento humano. Continuar aumentando a poupança e a quantidade de carros na garagem, à custa de noites mal dormidas e relacionamentos falidos, parece não ser uma estratégia inteligente e sustentável no longo prazo. E você, acredita que é possível ganhar mais e viver melhor? A palavra é equilíbrio!

Autor: André Dameto

http://amaivos.uol.com.br/amaivos09/noticia/noticia.asp?cod_noticia=18794&cod_canal=42

domingo, 14 de agosto de 2011

como educar os que nasceram a partir de 1993

O dilema do professor frente à geração Z
Como concorrer com ferramentas como o celular, o computador e a Internet e suas inúmeras formas atrativas que encantam os jovens da geração Z (nascidos a partir de 1993)? Como captar a atenção desses jovens que nasceram e cresceram na era digital? Qual o desafio do professor em atrair essa geração acostumada com e-mail, Twitter, Facebook, Orkut, blogs, Google, informações e comunicações instantâneas?

Há uma reclamação recorrente por parte dos professores com relação ao uso do notebook em sala de aula, uma vez que os alunos se distraem e não prestam atenção à aula. Ora, mas essa geração é a geração da pluralidade, que consegue desenvolver várias tarefas ao mesmo tempo. É comum, durante as aulas, o aluno fazer uma pesquisa, tuitar, atualizar o mural do Facebook, isso tudo ao mesmo tempo, enquanto assiste às aulas. Mas quanto do conteúdo que é dado em sala pelo professor é realmente assimilado?

A grande vantagem da internet é o acesso fácil e a qualquer momento à informação. Com isso, os alunos acabam preterindo a fala do professor, ou melhor, a aula, pois sabem que podem, num piscar de olhos, fazer uma leitura sobre aquele assunto. A internet estimula as inteligências múltiplas de diversas maneiras, mas talvez de forma superficial. Por exemplo: a leitura em profundidade foi substituída por posts. Para que o aluno precisa ler um livro sobre determinado assunto se o Google disponibiliza o resumo, se o Youtube oferece os mais fantásticos (e também os mais medíocres) vídeos dos mais diferentes assuntos?

O neurocientista Gary Small, pesquisador da Universidade da Califórnia (EUA), acredita que, desde quando o homem primitivo aprendeu a usar uma ferramenta, o cérebro não sofria um impacto tão grande e significativo como ocorreu com o uso da Internet. Sabemos que o cérebro humano é uma estrutura que é movida a desafios e que se transforma com eles.

Segundo pesquisa recente, os alunos de bons professores aprendem 68% mais do que os colegas orientados pelos piores docentes. Então o professor é quem faz a diferença. Apesar de todos os atrativos da internet, em sala de aula, um bom professor é o destaque. E nesse sentido o papel do professor é fundamental em abastecer e alimentar os cérebros dos seus jovens alunos e ajudá-los a aprofundar o conhecimento, a fazer conexões, a transformar essa rede de informações em conhecimentos significativos. Ou pode também proibir o aluno de usar o notebook e de acessar a Internet e usar em suas aulas apenas o PowerPoint, para mostrar textos e mais textos, lendo-os em seguida, sem explicar ou contextualizar, sem instigar os alunos à participação.

Se, afinal, a geração Z está acostumada com atividades que envolvam oxigenação, inovação, criatividade, como se relacionar com alunos que estão num nível digital, tecnológico, diferente do professor?

É necessário que o professor esteja motivado, busque qualificação permanente, conheça as características das novas gerações, os processos cognitivos de aprendizagem, as novas tecnologias e, claro, interaja com elas. Nesse sentido, somos todos aprendizes.

Elizabeth Magno é professora do Estado em Macapá (AM) e coordenadora pedagógica do Centro de Ensino Superior do Amapá.





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