segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Redução da Idade Penal

Antes de falar sobre a redução da idade penal, gostaria de perguntar: o sistema penal atual tem sido solução para a diminuição ou intimidação da violência?
A mentalidade mediana da burguesia que luta e grita por todos os cantos do Brasil pela aprovação da redução penal, como que se isso fosse a solução do abandono a que são submetidas nossos jovens de 18 a 21 anos e principalmente os menores, o grito da burguesia é um grito hipócrita que não percebe nos porões de suas “mansões” os escombros de uma sociedade corrompida, mesquinha e incapaz de dialogar, de criar estruturas sociais justas e igualitárias.
A questão a ser debatida não é a redução penal, nem a pena de morte, mas deve ser: QUE CONDIÇÕES SÃO OFERECIDAS À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE PARA QUE POSSAM SE DESENVOLVER DE FORMA INTEGRAL, TORNANDO-SE SUJEITAS DE SUA HISTÓRIA E PROTAGONISTAS DE HORIZONTES NOVOS DE VIDA E FELICIDADE PARA SI E PARA ESSE (SEU) MUNDO?
A redução penal não resolve o problema da violência causada pelos menores, nem mesmo será uma possibilidade de reeducar o jovem infrator. A sociedade não pode reduzir um ato infrator a um cárcere motivador. É preciso ter a coragem de dizer que o sistema carcerário nesse país não re-educa, nem re-integra à sociedade; por isso, a redução penal é tema secundário no combate à violência e criminalidade.
O tema primário é: COMO GARANTIR OS DIREITOS BÁSICOS ÀS CRIANÇAS E ADOLESCENTES PARA QUE ANTES DE ATINGIREM A IDADE PENAL, ANTES E DEPOIS, POSSAM SER CONSTRUTORES DA SOCIEDADE E NÃO TRANPOLIM PARA UMA FALSA SEGURANÇA PÚBLICA, PARA UMA SOCIEDADE PURA/PURITANA ONDE UNS SE CONSIDERAM MELHOR QUE OUTROS.

Chega de farisaísmo, é preciso, reconhecer que o problema está na injusta distribuição de renda, na desproporcional atenção que as camadas sociais de periferia tem no que diz respeito à cultura, saneamento básico, moradia digna, saúde e acima de tudo ao acesso à escola. D. Helder Câmara, antes de morrer, disse em uma palestra: “ quando dou um pão a quem tem fome, dizem é um santo! Quando pergunto por que há gente passando fome dizem é comunista. Essa mesma sociedade deve perguntar: POR QUE HÁ NECESSIDADE DE TIRAR DO OUTRO (ROUBAR) O QUE LHE PERTENCE? PORQUE CIRANÇAS EMPUNHAM ARMAS? PORQUE JOVENS SE ENTREGAM ÀS DROGAS, TRÁFICO E VIOLÊNCIA?

Nós e o tempo

A TRANSFORMAÇÃO DE NOSSA RELAÇÃO COM O TEMPO
A relação do homem com o tempo, na idade média e moderna, foi uma relação RACIONAL, o tempo era planejado e nele se realizavam os projetos.

O tempo era visto como o espaço de realização dos projetos e ações pré-elaboradas. Com a crise do racionalismo, da modernidade e o surgimento de novos desafios, o tempo deixou de ser lugar pensado e passa a ser o espaço único do passado, presente e futuro em que tudo, ao mesmo instante, acontece. Assim os novos meios de informação ocupam o lugar da razão e transformam a relação do homem com o tempo num espaço de realização, antes mesmo de uma projeção, do que se quer. A relação com o tempo não é mais uma relação com o CRONOS, mas, sobretudo, uma relação da PRÁXIS sem distinguir entre tempo de trabalho ou de lazer.

Somos pessoas e pessoas erram

COMO EVITAR ERROS?


Somos pessoas e pessoas erram, porém podemos evitar o erro. Como evitar o erro? Pelo CONHECIMENTO. Buscar o conhecimento é apropriar-se da CERTEZA e da ação CORRETA. A ciência é construída pelo nosso fazer e agir, mas também o inverso é verdadeiro.

É preciso conhecer para fazer, para praticar. É preciso CONHECER a Legislação!!!! Saber COMPETÊNCIAS e LIMITES legais, científicos e técnicos. Assumir personalidade profissional. Atenção, certeza, segurança e cautela são CONDIÇÕES ESSENCIAIS para EVITAR OS ERROS.

Em caso de dúvida não agir. Responder antes: O quê? Por quê? Para quê? Como?

Aquilo que não nos mata, nos fortalece(Friedrich Nietzsche. Filósofo alemão do século XIX)