domingo, 10 de janeiro de 2010

O VASO CAIU E QUEBROU!!!!

O VASO CAIU E QUEBROU
Mais um ano termina e OUTRO JÁ começou. Como tantas outras situações diárias que vivemos tudo passa como num piscar de olhos. O tempo presente é tão passageiro que já não o sabemos mais. Lembranças? Algumas! Talvez as que fizeram sofrer, talvez porque “as filosofias” atuais de vida negam que sofrer seja uma experiência para se lembrar. Como tudo passa inclusive o sofrimento, porque queremos ser felizes. A própria felicidade é um momento, como se nunca tivesse acontecido. As mudanças todas pelas quais a humanidade passa indicam que não podemos ficar parados porque senão, passaremos também e em coro diremos “em nosso tempo não era assim”. O homem e a mulher nunca estiveram tão afinados na luta pelos seus direitos, como também nunca estiveram tão desafinados no cumprimento dos seus deveres. A produção acelerada de coisas produz também, um ser humano acelerado que não tem tempo para nada. Termina um feriado prolongado e estão todos exaustos de “nada”. E assim caminha a humanidade!

O término do ano leva a uma revisão de vida, de princípios, de valores e provoca uma tempestade de propósitos: pais reconhecem seus limites na educação dos filhos e se propõem a fazer melhor no ano que se inicia; filhos assumem que não estudaram, mas que no próximo ano não deixarão para estudar no final; as religiões se penitenciam e fazem alianças para que no próximo ano cumpram com sua missão; os políticos lavam sua alma da lama da corrupção e garantem que nas próximas eleições haverá ética na política; profissionais diversos reconhecem que não se atualizaram, mas que farão cursos buscando melhorar sua qualificação profissional. Todos, absolutamente todos fazem juras de que farão coisas novas e melhores para si e para os outros, inclusive para o planeta.

Mas o “vaso caiu e quebrou”, como quebrou a esperança de Maria e José que exaustivamente procuraram um lugar para que Jesus menino viesse ao mundo; como também quebrou a expectativa do que pediu aos magos que procuravam o rei para adorar, que voltassem e o informasse onde, havia nascido o menino Deus, para que também ele fosse adorá-lo. A queda e o despedaçar do vaso ecoa em todos os cantos e denuncia que jamais o vaso será o mesmo, como o tempo que passou, jamais voltará. Foi preciso as portas fechadas para que o Menino Jesus nascesse, foi preciso magos vindos de longe, para que o rei Herodes soubesse que em seu reinado O Rei nasceu! O “vaso quebrado” jamais será o mesmo, porém nossas ações podem não ser as mesmas e assim o vaso não se quebrará. Como? Podemos abrir as portas para que Jesus menino nasça e cresça em força e sabedoria em nosso coração, em nossas palavras e, sobretudo em nossas ações.

Nossa comunidade educativa entre acertos e erros tem consciência de que “... a essência da educação é a natalidade, o fato de que seres humanos nascem para o mundo” (Hannah Arendt). A natalidade a que se refere Arendt é a que brota do conflito vivido em sociedade, uma vez que esta é uma colcha de retalho de diferentes culturas, e é onde se dá o existir humano.

Educar humanamente é deixar nascer caminhos que superem a “queda e quebra do vaso” impostos pelo social, pelo econômico e pelo político de maneira que a arte de educar trilhe um caminho constante de construção e desconstrução, assim como o humano é, ideia que ecoa na literatura de Guimarães Rosa ao conceituar o humano: “Mire veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas – mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade maior. É o que a vida me ensinou. Isso que me alegra, montão”.

“O vaso caiu e quebrou” é eco de “migalhas de leituras, caídas de uma obra que ignoramos e que tem gosto de pão que ficou ressecando nas gavetas e nos sacos. Migalhas de história, umas bolorentas, outras mal cozidas, e cujo amálgama é um problema insolúvel. Migalhas de matemática e migalhas de ciências, como peças de máquinas, sinais e números que uma explosão tivesse dispersado e que nos esforçamos para montar como um quebra-cabeça. Migalhas de moral, como gavetas que mudamos de lugar, no complexo de uma vida de infinitas combinações. Migalhas de arte (...) Migalhas de aula, migalhas de horas de trabalho, migalhas de pátio de recreio (...) Migalhas de homens!” (Freinet).

O “vaso caiu e quebrou” e quando deixaremos de falar e não fazer o que falamos? Cremos e pautamos nossa prática educacional num espaço democrático com o objetivo de ensinar os alunos a respeito do que é viver em uma sociedade justa e humana independente da raça, classe, sexo ou idade. Para o “vaso não cair e quebrar” é preciso que a escola seja um espaço de confiança, de diálogo, de respeito, de tolerância, de zelo, de liberdade, de compromisso e responsabilidade.

O ano termina e começa de novo, que a natalidade de Jesus Menino nos faça um “vaso novo”!!!

(José Antonio Galiani – Orientador Pedagógico do Col. Mary Ward – jantgal@bol.com.br)

Pedras no caminho

Fernando Pessoa nos faz ter uns minutos de reflexão....


" Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um não. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo... "

se fossemos animais não saberíamos que somos iguais

Trinta de abril, véspera de feriado, no centro de São Paulo, 16h, 2009,correria no ritmo acelerado dos automóveis que não saem do lugar pelo carregado trânsito.

Estação Sé!

Para a direita para a esquerda, para trás para frente não tem por onde escapar há gente por todos os lados sobre a terra e sob a mesma; um barulho ensurdecedor vem do céu - é um helicóptero em vôo rasante à procura do que não se vê.

Um vento forte irrompe pelas esquinas e praças como que se uma fenda no espaço fosse aberta, e pela fresta, um sopro arrasador corta a pele. Frio? Calor? Tanto um como o outro; difícil suportar é quando o olhar mira um esfumaçar, é a fumaça, que convida a saborear o café do bar. Café quente, aroma do interior aquece o frio e aguça o paladar. Um café! Puxa um pão de queijo quentinho de salivar.

Um gole, uma mordida...na esquina a esbravejar um grupo a garimpar dentro de um saco de lixo o que o bar não lhes pode dar, e eles não podem pagar.

Frio, calor, fome, dor...Aquele café desce como que um fel a amargar o coração, o pão de queijo macio e saboroso tem no gosto o abandono de homens que não tem onde ficar e não tem o que comer.

Fitei na esquina do bar o grupo humano a garimpar no saco de lixo o que comer. Observei de longe, e logo me defendi, não é possível que ainda haja gente que não tem o que comer!

Culpa do governo! Culpa dos políticos!!! Certo!!! Certo!!!! Certíssimo a culpa é do político, aquele que passa por ali, aquele que não passa por ali, aquele que não está nem aí, aquele que está aqui. Eu! Eu! Eu (zinho) o que tenho feito? Nada! Não tenho nada a fazer!

Os caras são vagabundos! São eles que querem ser o que são. São o que comem! Lixo!!!!!!!

Que mundo, que vida, que sociedade? Coração partido, razão deletada, todos os sentidos ressetados. Inerte passo adiante e ouço: cadê, cadê o pedaço de abacaxi? Ele é meu!

Meu Deus eram humanos, sou humano!
Por que somos humanos?
Seria melhor que fossemos animais,
ao menos não saberíamos que somos iguais.!!!!!!!!!!!!!!!

Sociedade podre, pobre, poderosa....

Há dias os meios de comunicação noticiam a morte de uma garota de 9 anos, toda a sociedade está estarrecida com a possibilidade dessa garota ter sido assassinada pelo pai e pela madrasta.

Como massa mórbida todos querem justiça!

O pai e a madrasta aparecem na tv e dão depoimentos de amor e dedicação à garota, depoimentos que deixam o telespectador pura e simplesmente mudo, cego, surdo e amarrado numa trama que grita aos ouvidos da vida e pede a morte aos que dela fazem uso sem restrições de quem quer que seja a vítima.

Pai e madrasta piedosos e chorosos diante do mundo afirmam não terem matado a garota, investigações policiais e peritos reconstituem a tragédia e pela mídia o silêncio grita: foram eles que mataram.

Tramitação judicial, legal, social, cultural sei lá o que. Verdade? Mentira! O que importa se a vítima já não vive. Fazer justiça seria o mínimo necessário para que o grito da vida seja ouvido e os deuses da morte recuem, sejam banidos e punidos nos porões da vida.

Mas o que querer sociedade, se tu matas os que te querem, se tu matas os que te lutam, se tu matas os que te amam.

Sociedade podre, pobre, poderosa, portadora da vida e da morte que quando queres matas, que quando queres ignora, que quando queres torna os vivem em sociedade, homens e mulheres que precisam rever seus valores, que precisam se atualizar, que precisam mudar porque o mundo mudou e quem não muda atrapalha os que querem mudar!

Desde quando mudar é sinônimo de crescimento? Desde quando mudar é sinônimo de evolução?

Mudar é condição para quem está no erro, na ilusão, mudar é condição para acertar. Assim verdade, mudança, morte, vingança são verdadeiramente aceitas quando na verdade são maneiras de viver melhor.

jag

Os olhos do coração

Tapou os olhos com o barro!
Se abriram os olhos do coração!


Responder a esta pergunta tem sido busca incansável de sábios e leigos, de reflexivos e inertes no tempo e no espaço. Só não o é para o homem que tem em Jesus Cristo sua inspiração Novas tecnologias, rede mundial de computadores, aproximação e rompimento de radicais políticos, superação de fronteiras ideológicas. Tudo caminha de forma acelerada para o tempo que não se cumpre, para o espaço que não tem limites.
O homem de fé associa a vida, a razão e a ciência sintetizando na vida uma prática centrada no amor. Isso só possível quando se vive com os olhos do coração e se enxerga com uma ação inspirada no amor. JAG

Inquietudes! Texto de um grande amigo: Renê Roldan

INQUIETUDES
RENÊ ROLDAN


Participei em um encontro com pessoas amigas e ofereci-lhes um tema, ou melhor, lancei uma pergunta: O que é espiritualidade? Todos deram um parecer que sintetizei assim:
· É estar em sintonia consigo próprio;
· Interiorizar-se;
· União com Deus.
· O eu unido a Deus;
· Medida de minha fé;
· Colocar coisas boas dentro do coração;
· Amadurecimento da religiosidade e crescimento da fé;
· Relação intima da parte material com a parte espiritual;
· Acreditar na presença do espírito;
· Encontro consigo próprio;
· O encontro com Deus. Pessoa e Deus;
· O amor da pessoa.

Após o termino da reunião fiquei remoendo tudo que havíamos conversado e ai quando percebi estava escrevendo as inquietações que aquela pergunta me causou. Deu nisso que transcrevo abaixo.
No meu entender espiritualidade é a ação do Espírito Santo de Deus em nós. Se creio que o Espírito Santo é a força e o vento de Deus que sopra e impulsiona os que Nele crêem, penso que nesse sentido espiritualidade seja o impulso da fé na vida do crente. Tal impulso acontece de dentro para fora, e não ao inverso. O “... vem e siga-Me” proposto ao jovem rico, bem como, o pedido/missão do “ide pelo mundo”... feito aos apóstolos, ambos por Cristo, mobiliza para a ação cristã. Essa ação é transformadora e age igual ao fermento em relação à massa e o sal com o paladar. Tenho o livre arbítrio nessa atitude de fé, que pode ser passiva: louvando, contemplando e adorando, ou ativa com o espírito altruísta de entrega e amor ao próximo a exemplo de Jesus. Acredito que essa segunda atitude foi a que impulsionou e originou ao movimento que veio a chamar-se de cristianismo. Foi esse movimento para fora, sugerido por Jesus através de Mt, 25,31-46, e não aquele institucionalizado, hierarquizado, com uma doutrina rígida e regido por dogmas. Tenho muita dificuldade em aceitar uma “fé” que pede e espera que o milagre aconteça. A esse respeito reproduzo um pequeno trecho tirado da pagina 15 do livro “O Seqüestro da verdade”:...”A fé-fidelidade para com Deus exercita-se e realiza existencialmente, não com ato meramente intelectual, nem com atos cultuais de religiosos, mas com o comportamento total e “social” do homem: o comportamento com Deus se torna realidade no comportamento com o mundo e com a sociedade”. Na medida em que pela fé eu seja fiel com Deus e Sua palavra, meus atos e minha vida testemunharão minha espiritualidade. A espiritualidade passa a funcionar como uma espécie de termômetro da fé: fria, morna ou quente. Faço uso das escrituras sagradas para sugerir três fontes de espiritualidade. A primeira fonte tem origem no exemplo da fé de Abraão quando oferece seu filho em sacrifício; a segunda em Moisés quando da saída do Egito e a famosa travessia do Mar; e a terceira em Jesus, na sua vida, causa e a consequência da cruz. Na primeira fonte imagino Abraão diante de um pedido radical: oferecer em holocausto seu filho e de forma hedionda usando para isso uma fogueira que ele deverá preparar para essa cruel finalidade. É difícil de imaginar tanto de mais acreditar que um ato tão cruel como esse seja arquitetado por Deus. A prova de minha fé na pode ser confirmada em detrimento de outrem. Abraão embora pai não é proprietário do filho, ao contrário é responsável. O filho não lhe pertence, ele é somente o pai, não o gerou e nem sofreu as dores do parto. Só quem passa (e nesse caso é a mãe) sabe quanto um filho representa. O sábio rei Salomão não teve dificuldades para descobrir quem era a verdadeira mãe: exatamente aquela que preferiu perder a guarda a que submeter seu filho ao sacrifício. Mãe sofre, mas não permite que o filho sofra. Não é de graça que o ditado “mãe é mãe” é mundialmente conhecido e repetido. Na segunda fonte de espiritualidade religiosa localizo o povo escravizado que segue as orientações do líder Moisés. Cada um só pensa em si. O eu anula o nós e com isso o individualismo prevalece. Duvida é a bagagem principal, e a cada pedra no caminho o arrependimento de ter saído do lugar onde estava. Afinal “lá pingava, mas não secava”. Critica e lamento são sinais da dependência. Acredita-se somente naquilo que é visível. Arrisca-se pouco, mas cobra-se muito. Quando o mar se abre só entra depois que alguns já foram e mesmo assim fica com um pé atrás durante toda a travessia. Por último, na terceira fonte de espiritualidade, encontro Jesus Cristo na sua causa e a cruz. Suas palavras e práticas incomodavam os poderes político e religioso da época. O motivo primeiro que a cruz Lhe foi conferida aponta para o compromisso com a justiça, a luta contras às estruturas pecaminosas que produziam miséria, bem como, ao tipo de religião conivente, elitista e atrelada ao poder. Dessas três fontes de fé opto pela terceira por entender que o amor a Deus se dá no amor ao próximo, especialmente os mais fracos. O cristianismo sofreu profundos e sérios desvios, notadamente sobre o significado da cruz. Nesse tempo em que vivemos a cruz foi transformada em amuleto, objeto de decoração e enfeite de pescoço, tudo sobre a conivência da “igreja”. Há um momento na liturgia da igreja que muito me entristece. É aquele em que na celebração da paixão, na sexta-feira santa, quando os fieis em resposta a apresentação de Cristo na cruz responde em forma de lamento: “Vinde adoremos”. Esse “adoremos” virou a práxis para muitos fiéis, bem como, extraiu o sentido da vida de Cristo. O cristianismo virou tranqüilizante para a alma enquanto a igreja num balcão de negócios, onde tudo é vendido, até comprovante para dedução no imposto de renda. O Cristo não é aquele condenado e morto no madeiro, mas é light, sereno, lindo de olhos azuis que anda calmamente sobre o mar. O espírito das bem-aventuranças ideário de vida de Cristo deve impulsionar todos que Nele crê. Isso tem preço, riscos, compromete, não é simpático nem bem aceito por muitos, principalmente, por grande parte da sociedade, dos religiosos e da própria cúpula da igreja. Separar a fé da vida dificulta-me em muito na compreensão sobre Deus, Sua razão de ser e existir, razão pelo qual, considero que o amor de uma pessoa que se diz cristão não deve ser egocêntrico do tipo do povo que saiu com Moisés do Egito, nem tampouco aquele que dá daquilo que foi conquistado pela escravidão ou com o sacrifício e suor de outrem, como no caso de Abraão com relação ao seu filho. Quem olha só para si, para os seus e para o céu, pode ser chamado de tudo menos de cristão. Imagino o quanto seria frustrante para João Batista, para Deus (Este é Meu filho amado...), e para o próprio povo, se após toda uma vida de anúncio - denúncia contra as estruturas injustas que marcaram o seu tempo, Jesus após ser batizado voltasse para a oficina da carpintaria no vilarejo de Nazaré, e lá ficasse ajudando José. Conhecer a Deus não deve se limitar ao culto ritualista, mas sim deixar que Deus seja Deus. Embora possa parecer redundante, deixar que Deus seja Deus exige um compromisso radical que implica em buscá-Lo na solidariedade com os “sem nada”, lutando com eles contra as estruturas pecaminosas que produzem exclusões. Uma das mais contundentes profecias sobre a hipocrisia da fé encontra-se no livro do profeta Isaias 58, 1-10. Acredito que em nenhum momento da história da humanidade o nome de Deus foi tão pronunciado e comercializado ao ponto de ser transformado num “produto” altamente rentável. Fatiaram-No tal qual a medicina fez com o corpo humano. Fizeram de Deus um agenciador de empregos e panacéia para todos os males que o próprio homem produz. É assustador o aparecimento de novas igrejas, notadamente aquelas que usam o nome de Cristo. Em meio a toda essa “moda deus’ cresce escandalosamente o abismo entre os poucos detentores da riqueza do planeta em relação aos milhões de miseráveis que molduram o triste cenário de nossas cidades, prova inconteste que não só degrada a Deus como coloca em dúvida própria Sua existência. Na passagem da transfiguração o apóstolo Pedro dirige-se a Cristo, para em seu nome e em nome de Tiago e João fazer uma proposta que deve ter irritado o mestre: “... “Mestre é bom estarmos aqui...”. Tão bom que propôs construir três tendas. Quem não gostaria de lá estar? Muito provável que ao não aceitar tal proposta Cristo quis ensiná-los que a espiritualidade não deve se esgotar no templo/tenda com orações. Não significa que orar não seja importante, pois Cristo também orava. Porem sua oração não era para fugir do cotidiano, mas sim para enfrentá-lo e colocar-se em condições de anunciar e denunciar tudo que impedia e ainda hoje mais ainda impede que a justiça e a paz se abracem no meio dos homens/mulheres, independente de credo, raça ou posição social. Nesse sentido espiritualidade é descer do monte, é sair do conforto do bem bom. Santo Agostinho oferece uma receita de amor a Deus:...”O amor de Deus vem primeiro na ordem do preceito, mas o amor ao irmão vem primeiro na ordem da ação. Consequentemente ama teu próximo e trata de ver dentro de ti mesmo onde nasce esse amor. É ali que encontrarás a Deus na medida do possível. Começa, pois, amando teu próximo, reparte teu pão com o faminto, abre tua casa ao que não tem teto, veste o nu e não desprezes nenhum dos que são de tua própria raça humana”.

A VIDA!!!!!!

A vida é como jogar uma bola na parede:
Se for jogada uma bola azul, ela voltará azul.
Se for jogada uma bola verde, ela voltará verde.
Se a bola for jogada fraca, ela voltará fraca.
Se a bola for jogada com força, ela voltará com força.
Por isso, nunca jogue uma "bola na vida" de forma que você não esteja pronto a recebê-la.
A vida não dá nem empresta; não se comove nem se apieda.
Tudo quanto ela faz é retribuir e transferir aquilo que nos lhe oferecemos.
(Albert Einstein)