quinta-feira, 1 de abril de 2010

SEMANA SANTA – sexta feira

A sexta feira santa no inicio foi chamada de PARASCEVE, nome dado pelos Judeus, pois era o dia de preparação para a Páscoa judaica, nos evangelhos esse dia, foi o dia que Jesus foi crucificado.

Já no século III, Tertuliano deu a sexta-feira santa o nome de DIES PASCHAE, dia da Páscoa. Santo Ambrósio, no século IV, passou a chamar de DIES AMARITUDINIS: Dia da Amargura, que deu origem ao que hoje é dito SEXTA FEIRA MAIOR.

Desde os primórdios não se celebrava nesse dia a eucaristia. Havia apenas leituras e orações. O ritual desse dia está marcado com três partes:

1ª Leitura e Orações:
A liturgia começa diretamente com leituras dos profetas, cantos e a leitura dialogada da Paixão. Há depois uma série de orações solenes pelas necessidades da Igreja e do mundo. A tradição dessas orações, abandonada no século VI, foi retomada pela nova liturgia depois do Concílio Vaticano II, que introduziu em todas as missas as assim chamadas "orações dos fiéis" ou "Oração da Comunidade”.

2ª Adoração da Cruz:
Desde logo é preciso fazer um esclarecimento: Aqui a palavra "adoração" significa apenas veneração solene. Adoração, no sentido próprio, pode ser prestada só a Deus.

A cerimônia da Adoração da Cruz teve origem em Jerusalém, no século IV, depois que Constantino encontrou as relíquias da Cruz do Salvador. Aos poucos a cerimônia foi sendo adotada também por outras cidades onde havia relíquias da Cruz. Mais tarde, foi assumida por todas as Igrejas. Prestando uma veneração especial à Cruz ou ao Crucifixo, manifestamos nossa fé no Cristo Redentor, que nos salvou por sua morte. Adorando a cruz, é de fato ao Cristo que adoramos, reconhecendo nele o Filho de Deus Encarnado e oferecido em sacrifício por nós.

3ª Comunhão:
Desde os tempos mais antigos foi costume não celebrar a Missa na Sexta-feira Santa. Geralmente a explicação dada é que assim a Igreja quer manifestar seu luto pela morte do Salvador. Até o século VIII não havia nem mesmo a comunhão, que só aos poucos foi introduzida na liturgia do dia. Em l622, foi proibida a comunhão dos fiéis. Isso continuou até os nossos dias, quando foi reintroduzida.

Há ainda, na sexta feira a tradição popular de uma procissão com Jesus Morto. O povo reúne-se à noite para caminhar pelas ruas da comunidade com o esquife de Jesus, movido por hinos, orações caminham testemunhando sua fé e, sobretudo, associando-se aos algozes de Jesus. Milhares de pessoas frequentam essas procissões, isto porque o SOFRIMENTO de Cristo é associado ao sofrimento diário do povo. Há ainda, comunidades que fazem durante essa procissão reflexões sobre o tema da Campanha da Fraternidade, isso no Brasil.

Fonte: anotações pessoais no curso de Teologia 1987.

SEMANA SANTA –quinta feira

Chamada no princípio (séc. V) de FERIA QUINTA IN COENA DOMINI, Quinta feira da Ceia do Senhor e em alguns lugares chamada de Dia da Traição, daí a malhação do Judas por populares.
As reformas litúrgicas vêm dando a essa celebração novas características, porém permanece a sua essência: o MANDATUM.

Três ritos básicos compõem essa celebração o rito do lava-pés, a eucaristia, a transladação da eucaristia para um tabernáculo provisório, onde os fiéis fazem a adoração da Santíssima Eucaristia.

O Lava-Pés: ritual que teve inicio em Jerusalém no século V. Por volta do ano 634, no concilio de Toledo, foi exigido que todas a Igrejas fizessem o Lava-pés. É nesse ritual que está o MANDATUM, ou seja, nele canta-se as palavras de Cristo: “Eu vos dou, um novo MANDATUM, um novo mandamento.....que vos ameis.....” Conta-se que o papa S. Gregório Magno costumava lavar os pés de treze e não doze, isto porque servia uma refeição diária a doze pobres: um dia havia um pobre a mais. Seria o Cristo disfarçado de mendigo, daí lavar os pés de treze. O lava-pés reproduz o gesto de Cristo que lavou os pés de seus discípulos, como prova de amor e disposição para servir.

A Eucaristia: Uma celebração eucarística foi acrescentada ao início da noite, pelo Papa Pio XII, em 1955, representando a Ceia do Senhor, hoje é destacado na celebração da Eucaristia a instituição do Ministério Sacerdotal.

A transladação da eucaristia: o tabernáculo oficial, sacrário, é deixado vazio; as hóstias consagradas são levadas para um sacrário provisório servirão para a comunhão dos doentes e da comunidade, uma vez que a próxima eucaristia será só na noite da vigília pascal, sábado. O tabernáculo vazio foi considerado pela devoção popular como sendo o sepulcro vazio. “Por que procurais, entre os mortos, aquele que está vivo?” A essa tradição se soma a de desnudar o altar como sinal do despojamento de Cristo na Cruz.

Em algumas comunidades a comunidade passa a noite em adoração ao santíssimo, isso até a celebração das 15h, na sexta feira da paixão.



(fonte: anotações pessoais em aula de teologia – 1987)

SEMANA SANTA – sexta feira

A sexta feira santa no inicio foi chamada de PARASCEVE, nome dado pelos Judeus, pois era o dia de preparação para a Páscoa judaica, nos evangelhos esse dia, foi o dia que Jesus foi crucificado.

Já no século III, Tertuliano deu a sexta-feira santa o nome de DIES PASCHAE, dia da Páscoa. Santo Ambrósio, no século IV, passou a chamar de DIES AMARITUDINIS: Dia da Amargura, que deu origem ao que hoje é dito SEXTA FEIRA MAIOR.

Desde os primórdios não se celebrava nesse dia a eucaristia. Havia apenas leituras e orações. O ritual desse dia está marcado com três partes:

1ª Leitura e Orações:

A liturgia começa diretamente com leituras dos profetas, cantos e a leitura dialogada da Paixão. Há depois uma série de orações solenes pelas necessidades da Igreja e do mundo. A tradição dessas orações, abandonada no século VI, foi retomada pela nova liturgia depois do Concílio Vaticano II, que introduziu em todas as missas as assim chamadas "orações dos fiéis" ou "Oração da Comunidade”.

2ª Adoração da Cruz:

Desde logo é preciso fazer um esclarecimento: Aqui a palavra "adoração" significa apenas veneração solene. Adoração, no sentido próprio, pode ser prestada só a Deus.

A cerimônia da Adoração da Cruz teve origem em Jerusalém, no século IV, depois que Constantino encontrou as relíquias da Cruz do Salvador. Aos poucos a cerimônia foi sendo adotada também por outras cidades onde havia relíquias da Cruz. Mais tarde, foi assumida por todas as Igrejas. Prestando uma veneração especial à Cruz ou ao Crucifixo, manifestamos nossa fé no Cristo Redentor, que nos salvou por sua morte. Adorando a cruz, é de fato ao Cristo que adoramos, reconhecendo nele o Filho de Deus Encarnado e oferecido em sacrifício por nós.

3ª Comunhão:

Desde os tempos mais antigos foi costume não celebrar a Missa na Sexta-feira Santa. Geralmente a explicação dada é que assim a Igreja quer manifestar seu luto pela morte do Salvador. Até o século VIII não havia nem mesmo a comunhão, que só aos poucos foi introduzida na liturgia do dia. Em l622, foi proibida a comunhão dos fiéis. Isso continuou até os nossos dias, quando foi reintroduzida.

Há ainda, na sexta feira a tradição popular de uma procissão com Jesus Morto. O povo reúne-se à noite para caminhar pelas ruas da comunidade com o esquife de Jesus, movido por hinos, orações caminham testemunhando sua fé e, sobretudo, associando-se aos algozes de Jesus. Milhares de pessoas frequentam essas procissões, isto porque o SOFRIMENTO de Cristo é associado ao sofrimento diário do povo. Há ainda, comunidades que fazem durante essa procissão reflexões sobre o tema da Campanha da Fraternidade, isso no Brasil.

Fonte: anotações pessoais no curso de Teologia 1987.