sexta-feira, 30 de julho de 2010

Serra evita compromisso com reajuste do salário mínimo

BRASILIA CONFIDENCIAL
EDITOR: Robson Barenho
SUBEDIRETORIA: Marilene Freitas
REPÓRTERES: Ayrtoin Centeno (RS), Carolina Cascão (BSB), Fabrício Moreira, Mônica Martins e Valério Campos (SP), Rodrigo Narciso (MG)
EDITOR DE ARTE: Anderson Araújo.
(61)8150-4893

Um outro jeito de ser Igreja

Um outro jeito de ser Igreja


Quem leu meu último artigo – Onde está a verdadeira crise da Igreja – poderá ter ficado desesperançado. Ai analisei a estrutura de poder da Igreja, centralizada, piramidal, absolutista e monárquica. Este tipo de poder não favorece o ideal evangélico de igualdade, de fraternidade e a participação dos fiéis. Antes fecha as portas à participação e ao amor. É que esse tipo de poder, por sua natureza, precisa ser forte e frio. O modelo de Igreja-poder se apresenta como a Igreja tout court, pior ainda, como querida por Cristo, quando, como mostrei, surgiu historicamente e é apenas sua instância de animação e direção, perfazendo menos de 0,1% de todos os fiéis. Portanto, não é toda a Igreja, apenas uma parte mínima dela.

Mas a Igreja-comunidade como fenômeno religioso e movimento de Jesus é muito mais que a instituição. Ela encontra outras formas de organização, bem mais próximas ao sonho do Fundador e de seus primeiros seguidores. Inteligentemente, os bispos brasileiros em sua reunião anual em Brasilia de 4-13 de janeiro do corrente ano confessaram: “só uma Igreja com diferentes jeitos de viver a mesma fé será capaz de dialogar relevantemente com a sociedade contemporânea”. Com isso eles quebraram a pretensão de um único modo de ser, aquele da Tradição do poder. Sem negar este, há muitos outros jeitos: o jeito da Igreja da libertação, dos carismáticos, dos religiosos e religiosas, da ação católica, até da Opus Dei, da Comunhão e Libertação e da Canção Nova, só para dizer as mais conhecidas.

Mas há um jeito que é todo especial e altamente promissor, nascido nos anos 50 do século passado no Brasil e que ganhou relevância mundial, pois foi assimilado em muitos paises: as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). Os bispos lhe dedicaram uma animadora “Mensagem ao Povo de Deus sobre as CEBs”. Curiosamente, elas surgiram no momento em que eclodiu no Brasil uma nova consciência histórica. Na sociedade: o sujeito popular ansiando por mais participação política e na Igreja: o sujeito eclesial, ansiando tambem por mais participação e corresponsabilidade eclesial. As CEBs constituem um outro modo de ser Igreja, cujo sujeito principal, mas não exclusivo, são os pobres. Seu estilo é comunitário, participativo e inserido na cultura local. Os serviços são rotativos e a escolha, democrática. Artculam continuamente fé e vida, ativos no campo religioso, criando novos serviços e ritos e ativos no campo social ou político, nos sindicatos, nos movimentos sociais como no MST ou nos partidos populares.

Não sabemos exatamente quantas são, mas calcula-se que cheguem a cem mil comunidades de base, envolvendo alguns milhões de cristãos. Os bispos constatam seu alto valor inovador e anti-sistêmico. O mercado expulsou as relações de cooperação e solidariedade enquanto nas CEBs se vive as relações fundadas na gratuidade, na lógica do oferecer-receber-retribuir. Elas assumiram a causa ecológica, por isso, se entendem também como CEBs = comunidades ecológicas de base. Desenvolveram uma forte espiritualidade do cuidado para com a vida e para com a Mãe Terra. Dai resultou mais respeito, veneração e cooperação com tudo o que existe e vive.

As CEBs mostram como a memória sagrada de Jesus pode receber outra configuração social, centrada na comunhão, no amor fraterno e na alegria de testemunhar a vitória da vida contra as opressões. É o significado existencial da ressurreição de Jesus como insurreição contra o tipo de mundo vigente.

Humildemente os bispos testemunham que elas ajudam a Igreja a estar mais comprometida com a vida e com o sofrimento dos pobres. Mais ainda: interpelam a Igreja inteira chamando-a à conversão, ao compromisso para a transformação do mundo em mundo de irmãos e irmãs.

Esse modo de ser Igreja pode servir de modelo para a inserção na cultura contemporânea, urbana e globalizada. Se fosse assumido como inspiração para o projeto do Papa Bento XVI de “reconquistar” a Europa, seguramente teria algum sucesso. Ver-se-iam comunidades de cristãos, intelectuais, operários, mulheres, jovens, vivendo sua fé em articulação com os desafios de suas situações. Não pretenderiam ter o monopólio da verdade e do caminho certo. Mas se associariam a todos os que buscam seriamente uma nova linguagem religiosa e um novo horizonte de esperança para a Humanidade.
 Leonardo Boff é autor de Eclesiogênese: a reinvenção da Igreja, Record (2008).

http://amaivos.uol.com.br/amaivos09/noticia/noticia.asp?cod_noticia=15406&cod_canal=85

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Eleições 2010 - Votar Bem - CNBB.

Votar bem
Os Bispos do Regional Sul 1, da CNBB (Estado de São Paulo), no cumprimento de sua missão pastoral, oferecem as seguintes orientações aos seus fiéis para a participação consciente e responsável no processo político-eleitoral deste ano:

1. O poder político emana do povo. Votar é um exercício importante de cidadania; por isso, não deixe de participar das eleições e de exercer bem este poder. Lembre-se de que seu voto contribui para definir a vida política do País e do nosso Estado.

2. O exercício do poder é um serviço ao povo. Verifique se os candidatos estão comprometidos com as grandes questões que requerem ações decididas dos governantes e legisladores: a superação da pobreza, a promoção de uma economia voltada para a criação de postos de trabalho e melhor distribuição da renda, educação de qualidade para todos, saúde, moradia, saneamento básico, respeito à vida e defesa do meio ambiente.

3. Governar é promover o bem comum. Veja se os candidatos e seus partidos estão comprometidos com a justiça e a solidariedade social, a segurança pública, a superação da violência, a justiça no campo, a dignidade da pessoa, os direitos humanos, a cultura da paz e o respeito pleno pela vida humana desde a concepção até à morte natural. São valores fundamentais irrenunciáveis para o convívio social. Isso também supõe o reconhecimento à legítima posse de bens e à dimensão social da propriedade.

4. O bom governante governa para todos. Observe se os candidatos representam apenas o interesse de um grupo específico ou se pretendem promover políticas que beneficiem a sociedade como um todo, levando em conta, especialmente, as camadas sociais mais frágeis e necessitadas da atenção do Poder público.

5. O homem público deve ter idoneidade moral. Dê seu voto apenas a candidatos com “ficha limpa”, dignos de confiança, capazes de governar com prudência e equidade e de fazer leis boas e justas para o convívio social.

6. Voto não é mercadoria. Fique atento à prática da corrupção eleitoral, ao abuso do poder econômico, à compra de votos e ao uso indevido da máquina administrativa na campanha eleitoral. Fatos como esses devem ser denunciados imediatamente, com testemunhas, às autoridades competentes. Questione também se os candidatos estão dispostos a administrar ou legislar de forma transparente, aceitando mecanismos de controle por parte da sociedade. Candidatos com um histórico de corrupção ou má gestão dos recursos públicos não devem receber nosso apoio nas eleições.

7. Voto consciente não é troca de favores, mas uma escolha livre. Procure conhecer os candidatos, sua história pessoal, suas ideias e as propostas defendidas por eles e os partidos aos quais estão filiados. Vote em candidatos que representem e defendam, depois de eleitos, as convicções que você também defende.

8. A religião pertence à identidade de um povo. Vote em candidatos que respeitem a liberdade de consciência, as convicções religiosas dos cidadãos, seus símbolos religiosos e a livre manifestação de sua fé.

9. A Família é um patrimônio da humanidade e um bem insubstituível para a pessoa. Ajude a promover, com seu voto, a proteção da família contra todas as ameaças à sua missão e identidade natural. A sociedade que descuida da família, destrói as próprias bases.

10. Votar é importante, mas ainda não é tudo. Acompanhe, depois das eleições, as ações e decisões políticas e administrativas dos governantes e parlamentares, para cobrar deles a coerência para com as promessas de campanha e apoiar as decisões acertadas.

Aparecida, 29 de junho de 2010

Dom Nelson Westrupp, scj - Presidente do CONSER
Dom Benedito Beni dos Santos - Vice-Presidente
Dom Airton José dos Santos - Secretário-Geral

Publicado em 19/07/2010 - 10:21 http://www.cnbbsul1.org.br/index.php?link=news/read.php&id=5689

Feira Internacional Para Intercâmbio das Boas Práticas Socioambientais

3ª Feira Internacional Para Intercâmbio das Boas Práticas Socioambientais


Hoje o dia foi recheado de sonhos e utopias que estão se concretizando na prática de muitas Ongs, Cooperativas e renomadas empresas.

A Ana, autora do Projeto Metanóia, e eu fomos na 3ª FIBoPS e conversamos com homens e mulheres incomodados e “incomodadores” do Planeta Terra. Pequenas sementes deram árvores de todos os tamanhos, melhor tem sido os frutos de cada uma dessas pequenas e grandes árvores.



Visitamos o stand da ADS Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas, empresa pública de direito privado, considerada o elo entre o poder público e o setor primário. O que ficou claro de seu objetivo na apresentação feita foi a valorização do povo amazonense, de sua cultura e produção das riquezas naturais. A industrialização artesanal dos bens da natureza mantém o homem na zona rural evitando que ele venha morar nas periferias das capitais amazônicas. Visite o site e conheça mais: http://www.ads.am.gov.br/.

Tivemos contato com a já conhecida REVISTA de publicação bimestral FILANTROPIA, para conhecê-la visite o site http://www.revistafilantropia.com.br/ .
Vimos os projetos do SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural que atua na formação profissional e promoção social do homem do campo. Visite o site e conheça: http://www.faespesenar.com.br/ . Conversamos com KINROSS Paracatu que tem o Programa de Educação Ambiental.
Vimos o projeto AMUJA Associação Mulheres Jardineiras, se desejar um contato envie e-mail para amuja.jardineiras@gmail.com . Visitamos o stand NÓS PODEMOS SÃO PAULO, vale a pena conhecer, o site é http://www.odmsp.blogspot.com/ . O Instituto de Embalagens Ensino & Pesquisa que criativamente transforma as embalagens “lixo” em belíssimas caixas para presentes e outras coisas. O site para melhor conhecer esse instituto é http://www.intitutodeembalagens.com.br/ .

 Vimos ainda o ECÓLEO conforme as fotos.



A tão querida ÁGUA também fez parte da Feira pelo projeto PEPSICO – South América Foods.



Seguem fotos diversas, de alguns dos muitos projetos expostos nessa feira que trouxe à reflexão a emergente necessidade de formar cidadãos ambientalmente responsáveis, ou seja, homens e mulheres que não causem danos ao Meio Ambiente, à sociedade e ao patrimônio da humanidade: o Planeta Terra. É preciso gerar uma consciência de preservação ambiental e de consumo consciente, esses são hábitos de cidadania e precisam ser construídos na sociedade hoje. Essa visita à 3ªfeira foi uma oportunidade de aprendizado, de desejo de promover a conscientização, de desenvolver nas pessoas conhecimentos, habilidades e atitudes voltadas para o consumo consciente e conseqüente respeito ao ecossistema.









   






Saí dessa feira com o seguinte desafio, nas palavras de Rogério Nora de Sá:



“RECONHECER NOSSO PAPEL DE AGENTE TRANSFORMADOR DO PLANETA TERRA, UMA TRANSFORMAÇÃO QUE RESPEITE A NATUREZA EM TODAS AS SUAS FORMAS. É PRECISO ATENDER AS NECESSIDADES DO PRESENTE SEM COMPROMETER A CAPACIDADE DAS FUTURAS GERAÇÕES DE SATISFAZER AS PRÓPRIAS NECESSIDADES”.

“EDUCAÇÃO PARA UMA ECONOMIA PELA VIDA - FAMILIA”

Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010     /     6º Encontro – Sábado 31/07

Às 15:00 horas com a Santa Missa
Paróquia S. João Batista - Rua Cel. Marques - carrão SP


“EDUCAÇÃO PARA UMA ECONOMIA PELA VIDA - FAMILIA”

Xico Esvael,
Professor, compositor e intérprete, com formação em Teologia e Música.

E a família... como vai?
Uma das grandes preocupações que devemos ter é com a família.
Como não poderia deixar de ser, o tema “FAMÍLIA” teve e terá sempre abrangência nos estudos da Campanha da Fraternidade.

Este ano, a Campanha da Fraternidade Ecumênica quer nos mostrar a influência da Economia sobre a estrutura familiar.

Será que todas as famílias tem dignidade?
Tem condições de educar? Tem condições de dar moradia? Saúde?
A falta dessas condições tem afetado a forma de viver de nossas famílias?
Será que ainda nos indignamos com as injustiças de nosso sistema Econômico?
O que a mídia tem promovido sobre a família?


Para nos assessorar sobre este tema, convidamos Xico Esvael -Professor, compositor e intérprete, com formação em Teologia e Música, distingue-se pelo seu compromisso com os Direitos Humanos. Atualmente exerce o cargo de Secretário Executivo do Centro Santo Dias de Direitos Humanos (Pastoral da Arquidiocese de São Paulo).
Como compositor e intérprete, também apresentará algumas de suas músicas, entre elas uma música feita para a Campanha da Fraternidade Ecumênica deste ano.


Será uma bela experiência para nossa comunidade, pois será o primeiro Encontro da Campanha da Fraternidade efetivamente Ecumênico.

A preocupação com a família, a experiência ecumênica, a presença especial de Xico Esvael e a oportunidade de conhecer belas músicas, são os grandes atrativos para esse nosso próximo encontro.

Venha participar conosco!
Temos muito o que aprender, e esta é mais uma oportunidade!

Com amizade,


Flávio Roberto de Castro
Coordenador da Pastoral Fé e Política
Paróquia São João Batista - Setor Vila Carrão
Região Belem

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Semana de Férias

Prezados seguidores e leitores..... em breve novos artigos!


Estou em Presidente Prudente. SP curtindo a família e essa bela cidade... calor... sol.....


Abreijos,

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Arma poderosa!

Hoje está fazendo um mês que coloquei a contagem de visitantes nesse blog e curiosamente já passaram por aqui 1252 visitantes. Esse blog foi criado em dezembro de 2009, veja primeira postagem! Bom na verdade estamos diante de uma arma poderosa, nunca em tão pouco espaço de tempo atingi tantas pessoas, isso é realmente incrível. Você que está agora lendo esse comentário não deixe de fazer também seu comentário, afinal muitas e muitas pessoas saberão de você, saberão quem é e o que pensa. Leia sempre os artigos aqui publicados e faça comentários, dessa forma democratizamos as ideias e geramos novas formas de ler, ver e viver a vida.

Um forte abraço a todos e apareçam sempre!

José Antonio Galiani - autor do blog http://professorgaliani.blogspot.com/

Abreijos,

domingo, 11 de julho de 2010

Plebiscito Popular pelo limite da terra será realizado em setembro

Plebiscito Popular pelo limite da terra será realizado em setembro

Plebiscito Popular pelo limite da terra será realizado em setembro



Publicado por editor em 3 de julho de 2010 em CF, Destaques, Notícias, Vídeos • Nenhum comentário

Assessoria de Comunicação do FNRA

O Plebiscito Popular pelo limite da propriedade da terra será o ato concreto do povo brasileiro contra a concentração de terras no país, que é o segundo maior concentrador do mundo, perdendo apenas para o Paraguai. Esta consulta popular é fruto da Campanha Nacional pelo Limite da Propriedade da Terra, promovida pelo Fórum Nacional da Reforma Agrária e Justiça no Campo (FNRA) desde o ano 2000.

A campanha foi criada com o objetivo de conscientizar e mobilizar a sociedade brasileira sobre a necessidade e a importância de se estabelecer um limite para a propriedade. Mais de 50 entidades, organizações, movimentos e pastorais sociais que compõem o FNRA estão engajadas na articulação massiva em todos os estados da federação.

Cada cidadã e cidadão brasileiro será convidado a votar entre os dias 01 e 07 de setembro, durante a Semana da Pátria, junto com o Grito dos Excluídos, para expressar se concorda ou não com o limite da propriedade. O objetivo final é pressionar o Congresso Nacional para que seja incluída na Constituição Brasileira um novo inciso que limite a terra em 35 módulos fiscais, medida sugerida pela campanha do FNRA. Áreas acima de 35 módulos seriam automaticamente incorporadas ao patrimônio público e destinadas à reforma agrária.

“A Campanha da Fraternidade deste ano também propõe como gesto concreto de compromisso a participação no plebiscito pelo limite da propriedade. Um limite para a propriedade faz parte de uma nova ordem econômica a serviço da vida”, afirmou Dirceu Fumagalli, membro da coordenação nacional da CPT. Para ele, uma consulta popular, mais do que obter resultados concretos com a votação, é um processo pedagógico importante de formação e conscientização do povo brasileiro sobre a realidade agrária. “São milhares de famílias acampadas à espera de uma reforma agrária justa. São índices crescentes da violência no campo. É o crescimento desordenado dos grandes centros urbanos. Tudo isso tem relação direta com a absurda concentração de terras no Brasil.”

Segundo Luiz Claudio Mandela, membro da coordenação colegiada da Cáritas Brasileira, os promotores do plebiscito querem dialogar com a sociedade sobre a concentração de terras no Brasil. “Isso interfere na estrutura política, social, econômica e geográfica do país”, ressaltou. De acordo com Mandela, durante toda a campanha estão sendo coletadas assinaturas para que esta proposta seja convertida em um projeto de iniciativa popular. “Para isso precisamos de, no mínimo, 1,5 milhão de assinaturas. Mas pretendemos superar esta meta.”

Outras informações:

Por que limitar as propriedades de terra no Brasil?

Porque a pequena propriedade familiar, segundo dados do Censo Agropecuário do IBGE 2006:

* Produz a maior parte dos alimentos da mesa dos brasileiros: toda a produção de hortaliças, 87% da mandioca, 70% do feijão, 46% do milho, 38% do café, 34% do arroz, 21% do trigo; 58% do leite, 59% dos suínos, 50% das aves.

* Emprega 74,4% das pessoas ocupadas no campo (as empresas do agronegócio só empregam 25,6% do total.)

* A cada cem hectares ocupa 15 pessoas (as empresas do agronegócio ocupam 1,7 pessoas a cada cem hectares).

* Os estabelecimentos com até 10 hectares apresentam os maiores ganhos por hectare, R$ 3.800,00.

Enquanto a concentração de terras no latifúndio e grandes empresas:

* Expulsa as famílias do campo, jogando-as nas favelas e áreas de risco das grandes cidades;

* É responsável pelos conflitos e a violência no campo. Nos últimos 25 anos, conforme a Comissão Pastoral da Terra (CPT):

1.546 trabalhadores foram assassinados e houve uma média anual de

2.709 famílias expulsas de suas terras!

13.815 famílias despejadas!

422 pessoas presas!

765 conflitos diretamente relacionados à luta pela terra!

92.290 famílias envolvidas em conflitos por terra!

* Lança mão de relações de trabalho análogas ao trabalho escravo. Em 25 anos 2.438 ocorrências de trabalho escravo foram registradas, com 163 mil trabalhadores escravizados.

Para mais informações, leia o texto do Pe. Nelito Dorneles e visite o site da campanha (www.limitedaterra.org.br)

sábado, 10 de julho de 2010

Prisioneiros do verbo crescer

Prisioneiros do verbo crescer / Cristovam Buarque
Os economistas preferem o verbo crescer; os poetas, florescer.

Os políticos escolheram os economistas, e por décadas tiveram sucesso.

Nossas cidades cresceram em população, número de prédios, shoppings, viadutos, mas também em criminalidade, miséria, crianças nas ruas e prostituição infantil. As cidades cresceram, mas não floresceram.

Nossa indústria cresceu e nos transformou em potência econômica, encheu ruas de automóveis e lojas de produtos made in Brazil, construiu hidrelétricas, centrais nucleares, aeroportos e rodovias. Mas por décadas enfrentamos uma infla??o galopante e a troca regular da moeda, tornamo-nos campeões de endividamento, concentração da renda e desmatamento. O desemprego se mantém, a taxa de juros é a mais alta do mundo, 70% da população continua pobre. A indústria cresceu, mas não floresceu.

A agricultura cresceu, tornou-nos o segundo maior exportador de alimentos, e o nosso agronegócio um exemplo de eficiência. Mas florestas foram devastadas, populações deslocadas, sem-terra peregrinam pelo território nacional. A agricultura cresceu, mas não floresceu.

O número de crianças matriculadas na escola cresceu, mas muitas não frequentam as aulas, não concluem o ensino médio, não aprendem o que precisam. A educação cresceu, mas não floresceu.

Nossos políticos precisam buscar, mais do que crescimento, formas de fazer o Brasil florescer é crescer de forma sustentada, livre das dívidas, das depredações da desigualdade, da inflação, da taxa de juros.

O caminho é o crescimento pela base, beneficiando a população de baixa renda, e não o crescimento pelo topo, esperando uma distribuição da renda que nunca virá. Um crescimento que respeite o equilíbrio fiscal e mantenha a estabilidade de preços; que respeite o meio ambiente; que seja capaz de frear a tragédia do endividamento e de reduzir a taxa de juros. Esses objetivos é o crescimento pela base e finanças públicas equilibradas podem se unir. Bem administrados, definidos corretamente e mobilizando a população em torno deles, poderão fazer o Brasil crescer florescendo, atendendo as necessidades dos excluídos, com estabilidade de preços, respeito ecológico e sem a dependência das dívidas e seus juros.
Na atual situação brasileira, não há estratégia melhor do que o crescimento pela base, com incentivos sociais que empreguem os pobres, sem paternalismo nem assistencialismo, para que eles produzam tudo de que precisam, assegurem a frequência de seus filhos à escola, trabalhem na construção de sistemas de água e esgoto, em projetos de reflorestamento. Um grande programa de emprego socialmente produtivo. Esses gastos públicos, além de produzirem aquilo de que o povo precisa, dinamizariam a economia, induzindo crescimento. Elevariam a produtividade e liberariam recursos públicos hoje gastos em assistência social. Gastos com saúde e segurança diminuiriam; a redução da repetência escolar diminuiria despesas com educação; água e esgoto reduziriam doenças e aumentariam a produtividade.
Isso é tecnicamente possível, mas exigirá a composição de uma base de apoio político, para que o Brasil deixe o imediatismo e o corporativismo que regem suas decisões e formule alternativas para o conjunto do País, no médio e longo prazo. Esse é um problema político, dos políticos; e não técnico, dos economistas. Os economistas, que haviam aprisionado os políticos, são agora prisioneiros deles. E estes não veem saída; continuam prisioneiros do verbo crescer, ignorando e desprezando o conceito de florescer.

*Artigo publicado na revista Profissão Mestre de outubro de 2009
Professor da Universidade de Brasília e senador pelo PDT/DF. Site: www.cristovam.com.br.


Direitos autorais em discussão

Direitos autorais em discussão http://www.sinprosp.org.br/noticias.asp?id_noticia=1270 / 08/07/2010 16h15
Até o próximo dia 28, você, professor, assim como qualquer cidadão brasileiro, poderá contribuir para o processo de revisão da lei de direito autoral atualmente em vigor no país. O Ministério da Cultura abriu uma consulta pública (http://www.cultura.gov.br/consultadireitoautoral/sobre/ ) com objetivo de discutir as mudanças que vêm sendo propostas.

Em vigor desde 1998, a lei 9.610 não contempla todas as transformações ocorridas no modo como se tem acesso aos bens culturais nos últimos anos. A internet cresceu, popularizou-se e mudou muita coisa na produção e consumo de literatura, música, cinema. E também no processo de ensino e aprendizagem.

A lei de direito autoral brasileira é considerada uma das mais rígidas do mundo, em levantamento (http://a2knetwork.org/pt-br/node/1716 ) feito pela Consumers International. Ela proíbe que se faça cópia de livros para fins educativos, ainda que estejam esgotados no mercado, e também de pequenos trechos das obras. Se você exibir um filme em sala de aula, sem a autorização do detentor dos direitos autorais, saiba que está infringindo a lei. O mesmo acontece se você decidiu copiar para o computador ou seu tocador de mp3 as músicas do último CD que você comprou.

A ideia é que se possa adaptar o conceito do fair use, já consagrado nos Estados Unidos, que permite o uso de obras protegidas pelo direito autoral para, por exemplo, uso educacional, sem fins lucrativos.

A Rede pela Reforma da Lei de Direito Autoral (http://www.reformadireitoautoral.org/  )argumenta em documento publicado em seu blog que a reforma da lei tem relevância justamente para que se possa buscar o efetivo acesso à informação, ao conhecimento e à cultura. Destaca que a revisão do texto deve levar em conta, entre outros pontos, as novas formas de uso das obras possibilitadas pelas novas tecnologias, a permissão do uso de obras para fins educacionais e científicos e mecanismos que garantam a expansão do acervo de domínio público.

O texto para a consulta pública é na verdade a minuta do anteprojeto que altera a atual lei. Os pontos que foram alterados são justamente aqueles que estão abertos para avaliação e contribuição da sociedade.

O anteprojeto tem sido alvo de críticas das entidades de defesa do direito autoral e de artistas – articuladas em torno do recém-criado Comitê Nacional de Cultura e Direitos Autorais - porque alegam que a proposta flexibilizaria demais os direitos dos autores e permitiria a interferência do governo em questões que, segundo elas, não lhe cabem.

Em meio às manifestações favoráveis e contrárias, a proposta segue aberta para contribuição da sociedade até 28 de julho. Terminado o prazo da consulta, o Ministério da Cultura vai consolidar o texto e enviá-lo ao Congresso.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Identidades idiotas, idólatras e sem ídolos.

Ao longo da história vemos que homens e mulheres buscaram no espelho a construção de sua identidade. Em muitos o reflexo de si mesmos se tornou o modelo de seu pensar e fazer, mas, em muitos mais, o reflexo próprio buscou no outro seu jeito de ser.

Homens e mulheres buscam fora de si o que querem ser. Temos a necessidade de ídolos. Porém, hoje há uma crise de ídolos. E os que precisam de um modelo de ser, para poder ser, não são. Ontem em um canal aberto de TV ouvi uma entrevista em que um adolescente exibia a camisa de seu jogador preferido, a reportagem dizia de um jogador do Flamengo, o goleiro Bruno e, falava da crise de ídolos para nossos adolescentes e jovens. O adolescente entrevistado disse ao repórter quando perguntado “e agora?” [...] “agora não sei...”, ou seja, o adolescente está sem seu porto seguro, seu modelo, seu espelho e por isso não sabe; há como que um vazio, uma crise, uma crise de identidade.

O ídolo é modelo que faz acreditar, sonhar e ser. Poderíamos então dizer que nossos adolescentes estão sem modelos de ser? Sim! Há tempos os modelos eram conhecidos pela leitura, pelos livros clássicos de literatura e por biografias; o idólatra incorporava o ídolo e gerava sonhos de ser e fazer, nascendo utopias que alimentavam escolhas profissionais em que não só geravam uma ação, mas uma ação de realização, uma ação vocação em que a pessoa se realizava naquilo que fazia. Idiotismo é o que caracteriza os que têm ídolos hoje.

No antigamente ídolos e idólatras se complementavam, eram como que um só. Hoje também é assim, o ídolo é desmascarado, torna-se nada e, o idólatra também, cai no vazio, no nada. A diferença de ontem para hoje é que tudo está e muda tão rápido que há tantos e novos ídolos que ninguém fica órfão. Consequência disso? Uma geração que tem no nada, no vazio, na mentira, na violência, na droga, na falta de limites, no desrespeito aos pais e mais velhos, na bebida, na falta de pudor, nas drogas, na mídia permissiva, na rede mundial de comunicação a Internet, os parâmetros de vida, de escolha profissional, de realização pessoal não poderia ter outra definição senão essa: é uma geração de idiotas, que vive a idolatria e, que faz de todos grandes ignaros e pior, sem identidade!

J. A. Galiani

9 de Julho - Aniversário da Revolução Constitucionalista de 32.

Hoje é feriado em São Paulo, sabe por que?

visite o blog de meu amigo Professor Glauco e saiba:

http://glaucoribeiro.blogspot.com/2010/07/9-de-julho-aniversario-da-revolucao.html


Abraços,

quarta-feira, 7 de julho de 2010

não é apenas no ambiente escolar que o agressor pode ser reconhecido. “No ambiente doméstico, mantém atitudes desafiadoras e agressivas com relação aos familiares. São arrogantes no agir, falar e se vestir, demonstrando superioridade. Manipulam pessoas para se safar das confusões em que se envolveram”

O Bullying começa em casa


No livro "Bullying - mentes perigosas nas escolas" (Rio de Janeiro: Editora Fontanar, 2010), a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva analisa o perfil dos bullies, ou seja, dos agressores que cometem Bullying. Na entrevista a seguir, concedida, por e-mail, à IHU On-Line, ela revê o início dos estudos acerca desse problema crescente no mundo todo e lembra que o marco se deu em 1982, quando “o norte da Noruega foi palco de um acontecimento dramático, onde três crianças com idade entre 10 e 14 anos se suicidaram por terem sofrido maus-tratos pelos seus colegas de escola”.
A médica explica que não é apenas no ambiente escolar que o agressor pode ser reconhecido. “No ambiente doméstico, mantém atitudes desafiadoras e agressivas com relação aos familiares. São arrogantes no agir, falar e se vestir, demonstrando superioridade. Manipulam pessoas para se safar das confusões em que se envolveram”, indica.
Ana Beatriz Barbosa Silva é médica com pós-graduação em Psiquiatria pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e com especialização em Medicina do Comportamento pela Universidade de Chicago (EUA). É professora nas Faculdades Metropolitanas Unidas (UniFMU) e membro da Academia de Ciências de Nova York.

Confira a entrevista.

IHU On-Line – Quando se começou a estudar o Bullying?
Ana Beatriz Barbosa Silva – O Bullying escolar ocorre desde que existe a instituição de ensino. Porém, a partir das décadas de 1970 e 1980, passou a ser objeto de estudos científicos nos países escandinavos, em função da violência existente entre estudantes e suas consequências no âmbito escolar. No final de 1982, o norte da Noruega foi palco de um acontecimento dramático, onde três crianças com idade entre 10 e 14 anos se suicidaram por terem sofrido maus-tratos pelos seus colegas de escola. Nesta época, Dan Olweus [1], pesquisador norueguês, iniciou um grande estudo, envolvendo alunos de vários níveis escolares, pais e professores.

IHU On-Line – Se o Bullying é algo que acontece há muito tempo, por que só agora tomou as dimensões que tem hoje?
Ana Beatriz Barbosa Silva – O individualismo, cultura dos tempos modernos, propiciou essa prática, onde o ter é muito mais valorizado que o ser, com distorções absurdas de valores éticos. Vivemos em tempos velozes, com grandes mudanças em todas as esferas sociais. Nesse contexto, a educação tanto no lar quanto na escola se tornou rapidamente ultrapassada, confusa, sem parâmetros ou limites. Os pais passaram a ser permissivos em excesso, e os filhos cada vez mais exigentes, egocêntricos.

As crianças tendem a se comportar em sociedade de acordo com os modelos domésticos. Muitos deles não se preocupam com as regras sociais, não refletem sobre a necessidade delas no convívio coletivo e sequer se preocupam com as consequências dos seus atos transgressores. A instituição escolar é corresponsável nos casos de Bullying, pois é nela que os comportamentos agressivos e transgressores se evidenciam ou se agravam na maioria das vezes.

É ali que os alunos deveriam aprender a conviver em grupo, respeitar as diferenças, entender o verdadeiro sentido da tolerância em seus relacionamentos interpessoais, que os norteiam para uma vida ética e responsável. Infelizmente, a instituição escolar é o cenário principal dessa tragédia endêmica que, por omissão ou conivência, facilita a sua disseminação.

IHU On-Line – Qual é o perfil das “mentes perigosas” que existem nas escolas?
Ana Beatriz Barbosa Silva – Na escola, os agressores (ou bullies) fazem brincadeiras de mau gosto, gozações, colocam apelidos pejorativos, difamam, ameaçam, constrangem e menosprezam alguns alunos. Perturbam e intimidam, por meio de violência física ou psicológica. Furtam ou roubam dinheiro, lanches e pertences de outros estudantes. Costumam ser populares na escola e estão sempre enturmados. Divertem-se à custa do sofrimento alheio.

Já no ambiente doméstico, mantém atitudes desafiadoras e agressivas com relação aos familiares. São arrogantes no agir, falar e se vestir, demonstrando superioridade. Manipulam pessoas para se safar das confusões em que se envolveram. Costumam voltar da escola com objetos ou dinheiro que não possuíam. Muitos agressores mentem, de forma convincente, e negam as reclamações da escola, dos irmãos ou dos empregados domésticos.

IHU On-Line - E geralmente qual é o perfil das vítimas?
Ana Beatriz Barbosa Silva – As vítimas típicas são os alunos que apresentam pouca habilidade de socialização. Em geral são tímidas ou reservadas, e não conseguem reagir aos comportamentos provocadores e agressivos dirigidos contra elas. Normalmente, são mais frágeis fisicamente ou apresentam algo que as destaca da maioria dos alunos: são gordinhas ou magras demais, altas ou baixas demais; usam óculos; são “caxias”, deficientes físicos; apresentam sardas ou manchas na pele, orelhas ou nariz um pouco mais destacados; usam roupas fora de moda; são de raça, credo, condição socioeconômica ou orientação sexual diferentes... Enfim, qualquer coisa que fuja ao padrão imposto por um determinado grupo pode deflagrar o processo de escolha da vítima do Bullying. Os motivos (sempre injustificáveis) são os mais banais possíveis. Normalmente, essas crianças ou adolescentes “estampam” facilmente as suas inseguranças na forma de extrema sensibilidade, passividade, submissão, falta de coordenação motora, baixa autoestima, ansiedade excessiva, dificuldades de se expressar. Por apresentarem dificuldades significativas de se impor ao grupo, tanto física quanto verbalmente, tornam-se alvos fáceis e comuns dos ofensores.

IHU On-Line - Você afirma que as escolas públicas sabem lidar melhor com o Bullying do que as instituições particulares. Por quê?
Ana Beatriz Barbosa Silva – Na verdade, o Bullying existe em todas as escolas, o grande diferencial entre elas é a postura que cada uma tomará frente aos casos de agressão. Por incrível que pareça, os estudos apontam para uma postura mais efetiva contra o Bullying entre as escolas públicas, que já contam com uma orientação mais padronizada perante os casos (acionamento dos Conselhos Tutelares, Secretaria de Educação etc.). Já nas escolas particulares, os casos tendem a ser abafados, uma vez que eles podem representar um “aspecto negativo” na boa imagem da instituição privada de ensino.

IHU On-Line - O que move uma criança a cometer Bullying?
Ana Beatriz Barbosa Silva – Primeiramente, precisamos identificar que tipo de agressor ele é, uma vez que existem causas diferenciadas. A maioria se comporta assim por nítida falta de limites em seus processos de educação. Por ausência de um modelo educacional que associe autorrealização pessoal com atitudes socialmente produtivas e solidárias. Este modelo faz com que os jovens busquem atitudes egoístas e maldosas, já que isso lhes confere poder e status.

O agressor pode estar vivenciando momentos de dificuldades circunstanciais, como doenças na família, separação dos pais ou até mesmo por estar sofrendo Bullying também. Nesses casos, a violência praticada pelo jovem trata-se de um fato novo em seu modo de agir e de se relacionar com as pessoas que, geralmente, é passageiro.

Uma minoria se comporta assim por apresentar a transgressão pessoal como base estrutural de sua personalidade. Neste caso, falta-lhe o sentimento essencial para o exercício do altruísmo: a empatia. Trata-se de jovens que apresentam transtorno da conduta e são perversos por natureza. Eles apresentam desde muito cedo tendências psicopáticas, e se divertem com o sofrimento do outro.

IHU On-Line - O problema do Bullying começa em casa?
Ana Beatriz Barbosa Silva – Sim, sem dúvida. Para que os filhos possam ser mais empáticos e agir com respeito ao próximo, é necessário primeiro rever o que ocorre dentro de casa. Os pais, muitas vezes, não questionam suas próprias condutas e valores, eximindo-se da responsabilidade de educadores. O exemplo dentro de casa é fundamental. O ensinamento de ética, solidariedade e altruísmo inicia ainda no berço e se estende para o âmbito escolar, onde as crianças e adolescentes passarão grande parte do seu tempo.

IHU On-Line - O "mundo virtual" é uma ferramenta do Bullying?
Ana Beatriz Barbosa Silva – O ciberbullying ou Bullying virtual é uma das formas mais agressivas de Bullying. Os ataques ocorrem através de ferramentas tecnológicas como celulares, filmadoras, máquinas fotográficas, Internet e seus recursos (e-mails, sites de relacionamentos, vídeos). Além da propagação das difamações serem praticamente instantâneas, o efeito multiplicador do sofrimento das vítimas é imensurável. O ciberbullying extrapola, em muito, os muros das escolas, e expõe a vítima ao escárnio público. Os praticantes dessa modalidade de perversidade também se valem do anonimato e, sem qualquer constrangimento, atingem a vítima da forma mais vil possível.

Notas:

[1] Dan Olweus é considerado o pioneiro em pesquisas sobre Bullying no mundo. Criou o Olweus Bullying Prevention Program, um programa de prevenção ao Bullying que é referência mundial.

Fonte: Unisinos
http://amaivos.uol.com.br/amaivos09/noticia/noticia.asp?cod_noticia=15334&cod_canal=41

terça-feira, 6 de julho de 2010

A DIFERENÇA ENTRE A MENTIRA E O “DE MENTIRA”

A DIFERENÇA ENTRE A MENTIRA E O “DE MENTIRA”


Para refletir essa sentença creio necessário considerar dois conceitos: Conhecimento e verdade.

Há no ser humano o desejo de confiar, de acreditar que tudo é como se percebe: as coisas, as pessoas e o mundo. O desejo pela verdade é o objeto da filosofia. Mas o que é a verdade? Para a filosofia, a verdade é o conhecimento humano historicamente construído, essa concepção opõe-se ao dogmatismo, onde o ser humano acredita que já sabe tudo o que deveria saber e o que ainda deveria saber. Para Sócrates a ignorância – “só sei que nada sei” – dá origem à incerteza, à insegurança provocando no homem espanto e admiração, lançando-o na busca da verdade.

Para os gregos, A VERDADE é aletéia, revela o que é oculto, tal qual é percebido pela razão. Para os latinos é a veritas, alguma coisa é verdade quando o que diz está condizente com os fatos reais, ou seja, a linguagem relata, enuncia de forma fiel o que aconteceu. No hebraico é “emunah” confiança; a verdade é uma crença fundamentada na esperança e confiança em Deus e nas pessoas.

Após essas considerações me dedico a expressar sobre a mentira e o “de mentira”, ambas são artifícios para ocultar a verdade. A mentira diz o que a coisa, a pessoa e, o mundo não é, e o “de mentira” fala da coisa, da pessoa e do mundo ocultando o que realmente são ou não são. Tomando como exemplo, o sol: o sol nasce no leste e põe-se ao oeste, pela percepção diríamos que ele gira em torno da terra, isto é mentira, pelo conhecimento histórico construído é a terra que gira em torno do sol. As expressões “nascer no leste e opor-se ao oeste” são “de mentira”, são símbolos culturais que não dizem a realidade. Pois o sol não nasce nem morre. Desta forma de Sócrates à Descartes, a verdade não é o que existe tal qual é percebido pelos sentidos humanos, mas é a capacidade, pelo conhecimento de dizer das coisas, das pessoas e do mundo sem a pretensão de esgotar o que realmente são.

A mentira e o “de mentira” querem esconder ao homem o que são as coisas, as pessoas e o mundo, sendo assim podem ser vistas como trampolim para que o homem alcance a verdade.

8 Motivos para Apostar nos Livros.

Visite o blog: http://glaucoribeiro.blogspot.com/

e saborei a maravilha que a LEITURA faz em nossa vida!

retiro para a Pastoral Fé e Política da paróquia S. João Batista – Setor Carrão Formosa – Região Episcopal Belém - Arquidiocese de São Paulo. “o Profeta é o coração da Igreja no mundo e o coração do mundo na Igreja”.

No dia 04 de julho de 2010 orientei um dia de retiro para a Pastoral Fé e Política da paróquia S. João Batista – Setor Carrão Formosa – Região Episcopal Belém - Arquidiocese de São Paulo.


Iniciamos com a missa das 7h30min, na própria comunidade. Após a missa nos dirigimos para Atibaia, em um sítio onde passaríamos o dia em oração. Viagem tranquila e, já fomos estreitando os laços de amizade. Fomos bem acolhidos pelo casal Toninho e Roseli que gentilmente disponibilizaram a casa e o belíssimo lugar para nosso dia de retiro. Após um bom café da manhã, reunidos em círculo apresentei a proposta de oração sobre o SER PROFETA hoje.

Pautei a proposta nos passos da oração inaciana, considerando que não são cristãos habituados com tal metodologia, mesmo assim apresentei os cinco passos para a oração como uma possibilidade de caminhada. São esses os passos:

1. DISPOR-SE: com o texto bíblico e tempo definido para a oração. Busco lugar tranquilo e agradável que ajude a me concentrar. Encontro uma boa posição corporal.

2. PREPARAR-SE: faço silêncio interior e exterior. Respiro lentamente, suavemente. Tomo consciência de que estou na Presença de Deus. Faço com devoção o sinal da cruz.

3. SITUAR-SE: peço a Deus Nosso Senhor para que todos os meus desejos, pensamentos e sentimentos estejam voltados unicamente para o seu louvor e serviço. Peço a Graça que verdadeiramente desejo receber de Deus.

4. MEDITAR: leio o texto devagar, saboreando as palavras que mais me “tocam”, reflito por que esta frase, palavra, ideia me chama a atenção. Converso com Deus como um amigo: falo; escuto, peço, louvo, pergunto, silencio, seguindo os sentimentos experimentados na oração.

5. REVISAR: recordo o que foi mais importante na oração: o texto mais significativo (palavras, frases e imagens); os pensamentos predominantes; os sentimentos de consolação ou desolação; se houve apelos e como me senti diante deles.



Tendo feito essa orientação, iniciamos refletindo e rezando sobre o Deus que cremos. Ele é doador e protetor da vida e jamais abandona seu povo. Individualmente cada participante rezou textos bíblicos que mostram a origem da vida e a ação protetora de Deus. (Gênesis; Êxodo e Salmos). No segundo momento, uma vez tendo refletido que a VIDA é o motivo da ação divina tomamos contato com alguns dos profetas bíblicos. Com o profeta Elias, rezamos o profetismo contra Baal, contra a sensualidade e a idolatria; ao rezar o profeta Amós mergulhamos nos discursos contra os políticos e religiosos que fazem belos discursos, porém são indiferentes ao sofrimento do povo. Rezamos assim, a profecia pela JUSTIÇA SOCIAL. Com o profeta Isaias, saboreamos a Redenção Messiânica e nos deixamos queimar pelos lábios, para que o Senhor fale por nós assim como Jeremias  e sejamos encorajados, para denunciar a falsidade política e a religião que faz da lei de Deus um instrumento de opressão e engano do povo.

Esse momento foi forte na oração pessoal, uma vez que a mística da Pastoral Fé e Política está enraizada na dimensão profética da fé que no batismo recebemos.

No período da tarde centramos nossa reflexão sobre a realidade em que vivemos e olhamos para o modelo de Profeta: Jesus. Nos alimentamos com o desejo de transformação da realidade que aí está. Nossa oração foi traduzida em desenhos, que serviram para montar uma colcha profética de retalhos, uma dinâmica, que assim foi traduzida:

Nosso amigo Toninho iniciou dizendo: que o profeta é o que “AMA A VIDA”, não uma vida qualquer, mas a vida que se dá na “relação com DEUS, com o EU e com o OUTRO e nos coloca como iguais no serviço a todos”, afirmou a Roseli.
Frente aos desafios que o ser profeta impõe, nossa amiga Célia expressou no seu desenho sua “pequenez e insignificância” e é nessa pequenez que encontramos força para “fazer o bem e sempre com o coração aberto”. Não há outro caminho para fazer o bem e ser profeta senão o caminho de “uma corrente humana do bem” afirmou o Felipe, dizendo que cada um deve conseguir fazer um outro “fazer o bem” e assim formaremos uma grande corrente profética geradora do bem. Para isso, afirmou a Márcia “precisamos nos SITUAR diante de Deus e silenciar”. Não um silêncio qualquer, mas o silêncio do Profeta que é o silêncio de Deus que transforma a vida e as realidades que a cerca, o silêncio de Deus não quer silenciar. Para essa ação profética, acrescentou nosso amigo Renê é “preciso sensibilidade de coração para poder como Jeremias dizer: Tenho que gritar”. Assim é o profeta, o homem que grita, grita suas próprias experiências e as experiências de seu povo, “experiências dolorosas”, afirmava a Rosa. Dor que na fala da Mônica apareceu como desejo de responder ao chamado de Deus: “O que fazer? O que Ele pede?”. E as estas perguntas, a fala do Flávio ecoou, “para saber se estamos certos é preciso “querer fazer e fazer certo” e quando isso acontece? Quando o que fazemos não nos incomoda e não nos acomoda, mas nos motiva a fazer mais. Mas o profeta é o homem da realidade, daí a fala do Paulo: “Vivemos a multiculturalidade que precisa ser valorizada, respeitada e transformada para o bem de todos...é preciso caminhar como quem tem certeza”. E, nas sábias palavras do jovem André o profetismo exige “GERAR CONSCIÊNCIA”. Finalizamos parafraseando S. Vicente Pallotti: “o Profeta é o coração da Igreja no mundo e o coração do mundo na Igreja”.

sábado, 3 de julho de 2010

Marina Silva pelo pastor de sua igreja ASSEMBLÉIA DE DEUS

O pastor evangélico de Marina

“A Bíblia considera errada a homossexualidade. E muito errada. Chama isso de prática abominável aos olhos de Deus. Então nós temos de ser coerentes. Ou cremos na Bíblia ou não cremos”. A afirmação é do Pastor Sóstenes Apolos da Silva (foto) da Assembleia de Deus do Plano Piloto em Brasília, líder religioso da candidata à Presidência pelo PV, Marina Silva em entrevista à Mariana Sanches da revista Época, 27-06-2010.



Eis a entrevista.
Como conheceu Marina Silva?

Alguém a convidou para um culto, em 2006. Ela já era convertida, batizada em outra Assembleia de Deus de Brasília. Pela projeção que tem, frequentar uma igreja pequena a deixava muito exposta. Aqui, na nossa igreja, fica absorvida em um grupo maior. Ela gosta de ser muito discreta.

Ela é assediada nos cultos?

As pessoas a procuram, e ela não se esquiva. Eu quis montar um esquema de segurança, mas ela não quis. Quer estar no meio do povo. Meu plano era colocá-la junto dos obreiros num lugar reservado, porque ela também é obreira. Vai que aparece um doido, né?!

O que Marina deve fazer por ser obreira da Assembleia de Deus?

Ela dá palestras de conteúdo bíblico, faz pregações. Há uns dois anos nós demos um curso para ela de noções de homilética, de interpretação bíblica. É um curso de fim de semana. Ela fez todas as aulas, os deveres de casa. Fazia perguntas para o professor. Como obreira, ela deve seguir a ética cristã, conhecer a Bíblia. E deve recolher o dízimo, como todo membro da igreja.

O senhor pede orações por ela?

Sim. Teve uma fase em que houve uma seca brava no Acre e não estava previsto chover num período de 30 dias. A mata estava incendiada, não se conseguia apagar o fogo. Ela expôs o problema, nós bancamos a causa, fomos orar, e Deus mandou chuva fora de todas as previsões. Ela sempre pede oração e orientação. Eu oriento no sentido de que todo cristão é um representante de Deus, seja qual for o trabalho. Um cristão deve evitar posturas indignas.

Como o senhor vê o fato de Marina ser filiada a um partido favorável à legalização do aborto – posição contrária à da Assembleia de Deus?

Marina conseguiu que o estatuto do PV liberasse os membros a tomar posições sob o argumento da questão de consciência. Em uma votação, a pessoa está liberada para seguir sua consciência (na verdade, o PV permite que seus quadros se abstenham de votar quando há conflito de consciência).

Em casos como o aborto, ela fala em fazer plebiscito. O senhor concorda?

Penso que o Congresso é um público restrito, é perigoso dizer que ele representa o povo. E nossa postura como cristãos é convencer as pessoas daquilo que é certo, mas não obrigar. Se consultar o povo sobre o aborto e o povo quiser, Deus vai lamentar, mas o governante tem de respeitar.

A senadora Marina Silva diz ser contrária ao casamento gay. Essa também é uma posição da Assembleia de Deus?

Sim, é uma posição da Bíblia. Nós nos orientamos por ela. A Bíblia considera errada a homossexualidade. E muito errada. Chama isso de prática abominável aos olhos de Deus. Então nós temos de ser coerentes. Ou cremos na Bíblia ou não cremos.

Alguns cristãos não vão ter dificuldade de entender a posição de Marina a favor da união civil entre homossexuais? Ela vai perder votos entre eles?

Creio que sim. Muitas pessoas pouco esclarecidas vão deixar de votar nela por isso. Mas a postura dos outros candidatos é a mesma que a dela.

O senhor foi a favor do lançamento do nome de Marina como candidata à Presidência pelo PV?

Sim, havia questões discordantes, como em todo partido. Mas tem de se levar em conta que no Brasil estatuto de partido não vale nada, ideologia não existe. Então há duas coisas: primeiro, a bandeira do partido, do meio ambiente, coincide com a dela. Segundo, aquilo que é contrário aos princípios de Marina, ela se posicionou publicamente e conseguiu que o partido deixasse isso no âmbito de questões de consciência.

A igreja dá orientação aos fiéis sobre como votar?

Não dávamos, mas a partir deste ano vamos dar. Decidimos elaborar uma cartilha de orientação política. Ao escolher um candidato, o fiel deve considerar as posturas éticas dele, não vender o voto. São orientações para que o povo exerça a cidadania.

Importa se o candidato é evangélico ou não?

Se algum candidato se identifica como evangélico e vive como evangélico, deve ter nossa preferência.

É verdade que a Assembleia de Deus resolveu não apoiar Marina?

A Assembleia de Deus é segmentada. Tem um grupo grande, uns 30% da Assembleia de Deus, que já decidiu apoiar José Serra.

Não é contraditório que a Assembleia recomende o voto em evangélicos e uma parte da igreja já tenha fechado o voto por José Serra, que não é evangélico?

É uma contradição. Espero que nacionalmente não aconteça o apoio a outra pessoa que não seja a Marina, porque se acontecer é uma incoerência. Nós em Brasília não vamos cometer essa incoerência. Seja lá qual for a decisão que a comissão política nacional tome, aqui vamos apoiar Marina.

O que motiva o apoio da Assembleia de Deus a Serra?

Imagino que é a política do voto útil, de que não adianta votar em fulano porque fulano não vai ganhar. Acho isso uma pobreza de espírito. Prefiro crer que não há interesse político.

A Assembleia costuma dizer que as mulheres devem usar saia, manter o cabelo comprido. Marina diz que segue estilo próprio quanto a isso. A igreja faz alguma recomendação?

Nossa igreja em particular tem uma postura mais liberal em usos e costumes. Não temos problema com mulher cortar o cabelo, se arrumar.

Tem diminuído a pressão desse tipo de regra na Assembleia de Deus?

Tem. É uma tendência nacional, uma questão de maturidade. Tem um texto bíblico que diz: “Não haja roupa de homem em mulher, nem roupa de mulher em homem”. Mas o que determina se uma roupa é de homem ou de mulher é a sociedade, e não a Bíblia.

Se Marina for eleita, ela vai ser a primeira mulher presidente do Brasil. Uma mulher em um cargo historicamente ocupado por homens desagrada aos cristãos da Assembleia de Deus?

Muitas igrejas evangélicas e mesmo algumas Assembleias de Deus interpretam que as mulheres não podem ter função de liderança. Mas estamos amadurecendo, está caindo a ficha. A opressão da mulher é consequência do pecado. Mas o Senhor Jesus veio restaurar a mulher do pecado. Então por que a mulher tem de ser inferior ao homem?

http://amaivos.uol.com.br/amaivos09/noticia/noticia.asp?cod_noticia=15309&cod_canal=41 03/07/10

COPA DO MUNDO. QUEM SERÁ A SELEÇÃO VENCEDORA?

Gostaria que não fosse verdade, mas....

Para quem é chegado em MATEMÁTICA, veja que coincidência:

O Brasil ganhou a copa do mundo em 1994, antes disso, sua última conquista
do título foi em 1970. Se você somar *1970 + 1994 = 3964*

A Argentina ganhou sua última copa do mundo em 1986, antes que isso só em
1978. Somando *1978 + 1986 = 3964*

Já a Alemanha ganhou a sua última copa em 1990. Antes disso foi em 1974.
Somando *1990 + 1974 = 3964*

Seguindo esta lógica, poderia se ter adivinhado o ganhador da copa o mundo
de 2002, pois este teria que ter sido o vencedor da copa de 1962!

Conferindo: *3964 -2002 = 1962*
*E o ganhador da copa em 1962 foi o Brasil! *

Realmente, a MATEMÁTICA parece funcionar...

E quem venceria a copa do mundo
de 2010 na África do Sul?

Resposta: *3964 - 2010 = 1954*
E quem ganhou em 1954?.... Alemanha!

Tomara que a MATEMÁTICA esteja equivocada!

SOU LATINO AMERICANO!!!!!!!!!!!!!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Fé e Política - Retiro dia 4 de julho de 2010

RETIRO ESPIRITUAL

TEMA: "Aceitam ser profetas nos dias de hoje? Precisamos urgentemente de vocês!"

Paróquia São João Batista – Grupo Fé e Política.

Setor Carrão- Formosa / Região Episcopal Belém – Arquidiocese de S. Paulo.

Orientador: José Antonio Galiani

Dia 04 de julho, de 2010.



Cronograma:

7h30min: Missa na Paróquia

8h30min: Viagem até local do retiro.

9h30min: café da manhã

10h: 1ª colocação: SER PROFETA é EXPERIMENTAR A DEUS

10h30min: oração individual

11h: 2ª colocação: SER PROFETA é OUVIR A DEUS e VER A REALIDADE

11h15min: oração individual

12h: almoço comunitário

13h: 3ª colocação: "Aceitam ser profetas nos dias de hoje? Precisamos urgentemente de vocês!"

13h20min: oração individual

14h: Dinâmica “Colcha Profética de Retalhos” com texto Celebrando Ser Profeta Hoje.

15h30min: Encerramento e retorno p S. Paulo.