terça-feira, 20 de junho de 2017

Tiago, feliz aniversário!

 
Tiago feliz aniversário!

Hoje não é uma data qualquer que se comemora qualquer coisa. As comemorações todas de todos em todos os lugares hoje, não são tão importantes quanto a sua data, a sua comemoração, a sua experiência já vivida da vida.

As palavras escritas ou ditas sempre traem os verdadeiros sentidos e significados que elas tem, por isso quero aqui fazer uso deste recurso, o palavrear, independente dos sentidos e significados que ganharão.

Palavrear ousando externar um sentido e sentimento de gratidão. Agradeço a Deus pela irmã e cunhado que ganhei. Agradeço a eles pelo sobrinho que me deram. Agradeço por ter sido o padrinho de Batismo, de Crisma e do Matrimônio deste menino. Hoje esposo e pai! Olhá-lo hoje ao lado de sua esposa Carolina e sua filha Ana Beatriz é admitir que a felicidade está presente nesse momento de sua vida. Conhecendo-o sei que não foi fácil, que em vários momentos de sua história a vontade era de parar, de desistir, de sumir.

Mas lembro-me de quando criança ao brincarmos não desistia do desejo de ganhar do tio no futebol, quando eu não o deixava fazer gol, desanimava, mas levanta e partia para cima da bola e o gol era feito. Lembro-me do menino obediente, respeitoso e responsável, mas menino, criança que na traquinagem do tio se escondia e traquinávamos juntos: maravilha em dia de chuva pedalar sob a cachoeira que corria do telhado da Toledo. Chegávamos molhadérrimos e o melhor, a mãe e a avó não podiam dizer nada, estava com o tio.

Meu Deus, tudo e qualquer coisa era o suficiente para fazer esse menino gargalhar, gargalhar . . . gratificantes lembranças. Lembro-me do dia que ele e sua prima foram para Cambé, ficar comigo. Nossa quantas artes fizeram! Eu e meus colegas, Pe. Luiz e Dom Júlio, acompanhávamos tudo no silêncio e sorriso embutido, para que não ganhassem força. Mas o melhor mesmo foi ao chegarmos em casa, na rua em frente da casa, vários aviões, sabe aqueles aviões de papel que fazemos e voamos longe, pois é ele e ela fizeram muitos, muitos mesmo, isso não foi o pior, o grande problema é que fizeram e arremessaram na rua aviões feitos com os folhetos da programação da Semana Santa da paróquia. Minha nossa, o que fazer com esses arteiros? Nada, nada, nada era na verdade uma das primeiras viagens que os dois faziam sem os pais e motivo de alegria na casa paroquial. Foi muito bom!

Nunca fui um tio e padrinho de dar presentes, nunca dei na verdade, mas o amor entre nós foi, é e será muito grande. Mas foi bom quando nas férias, depois que virei assalariado, eu e a tia Ana comprávamos um tênis para ele, nossa que legal, que emoção ver o “adolescentão” feliz com o tênis novo.

Lembranças que mostram que virei tio mesmo, sobretudo quando o vejo hoje, um homem formado, bem casado com uma filha linda! Você é meu orgulho e lhe dei uma tia que muito lhe admira e ama também.

Tiago rezei, rezo e rezarei por você. No ano que lembramos os 300 anos da proteção de Maria, Nossa Senhora, sobre nossa Pátria pedi a Ela por você. Que te cubra com o manto de mãe e te fortaleça com o amor de seu Filho Jesus, para que você continue crescendo no amor à sua esposa e filha, que você e sua família, esse trio lindo encontrem na misericórdia de Deus a força e sustento diário para a superação das dificuldades que possam surgir. Peço que você cresça no amor aos seus pais e irmão, que cresça no amor ao sogro e sogra e cunhado. Que cresça na amizade com todos os outros familiares e vivam na harmonia com os amigos.

Paro de palavrear te agradecendo pela oportunidade de compartilhar com você minha vida e história e, por você me ensinar que na luta vencemos, e na derrota lutamos para vencer. Um beijo enorme desse tio que te ama!!!!


sexta-feira, 16 de junho de 2017

Corpus Christi - Eucaristia - Católicos - Evangélicos - Protestantes UM SÓ!


“Do que, que é esta procissão? ”. Foi a pergunta que ouvi de uma senhora logo depois que o Padre com o ostensório a abençoou. Quantas dúvidas, quantas incertezas, quanta ignorância!

Em pleno dia de feriado e, feriado de Corpus Christi, vendo o padre com um “treco” na mão e traçando o sinal da cruz sobre ela e sobre sua casa, não sabia o que era. Não, ela não é ignorante! As dúvidas, incertezas e ignorância são dos cristãos. Sendo ela cristã e os que caminhavam pela rua também, diria são todos ignorantes, estes por não assumirem as orientações do Papa Francisco, “ser uma igreja em saída”, ela por desconhecer sua igreja.

Éramos uma pequena parcela da paróquia, que no montante de paróquias e parcelas pequenas pelo mundo superamos em número o que a mídia global dizia da concentração dos evangélicos na cidade de São Paulo. Não se trata de quantidade, de número de pessoas reunidas em um mesmo espaço, para um mesmo fim, porque se assim o for, os ditos dois milhões reunidos em São Paulo ser considerado o maior evento cristão do mundo é, nada mais nada menos, falta de noção estatística em relação às manifestações de fé dos cristãos pelo mundo afora. Só em Belém em cada Círio de Nazaré são mais de 2 milhões de romeiros por ano, que louvam a Jesus pela Senhora de Nazaré. Em Fátima, Portugal, por ocasião do centenário da manifestação de Maria às 3 crianças, foram mais de 1 milhão de cristãos, considere fiéis do mundo inteiro com todos os desafios financeiros que uma viagem internacional exige. Nesta quinta feira de Corpus Christi foram mais de 1,27 bilhões de católicos nas suas casas, nas igrejas e nas procissões em torno do CORPO DE CRISTO, a Eucaristia.

O grande desafio do século XXI para os cristãos católicos ou não, é a superação da ignorância de uma ideia de Igreja Cristã voltada para si mesma e para a supressão das necessidades materiais via uma fé subjetiva, sentimentalista e milagreira. Daí a, falsa, surpresa da pergunta da simples senhora no portão de sua casa enquanto o padre a abençoava com a Eucaristia. A superação da ignorância não está em repetir dogmas, conceitos e tradições religiosas, muito menos em invenções pentecostais evangélicas que agrupam números humanos autodenominados de cristãos, assim o digo porque há entre estes até os que negam o Deus UNO e TRINO, princípio teológico básico do reconhecimento de uma Igreja como Cristã.

O século XXI força-nos a construir um paradigma novo no trato e retrato das igrejas, onde o Deus que se crê é o mesmo para todos e, as Igrejas em “cada esquina” exigem respeito e acolhimento por parte de todos, mesmo as que são financiadas pelo “dono do morro”, para que ali impere o tráfico de drogas, de armas e de pessoas.

Cristãos católicos ou não, se são cristãos a realidade é uma e ela faz-nos superar a ignorância religiosa. A EUCARISTIA como o “pão vivo descido do céu, para dar vida ao mundo” é alimento e quem o come “têm vida” (Jo 6, 51-58).

Para o cristão não há números, não há estatísticas, não há os “mais” ou os “menos”, não há os ignorantes, crentes, idólatras exceto você cristão se faz melhor que este ou aquele, melhor que os católicos, melhor que os evangélicos, melhor que os protestantes, melhor que os ortodoxos, melhor que você mesmo. Ser cristão hoje é redescobrir no Evangelho de Jesus Cristo o grande mandamento “que todos sejam um” (Jo 17).

Que a descrença, a incerteza, a ignorância seja superada por uma cultura eucarística de cristãos que tem “no corpo e sangue de Cristo” a possibilidade de “um só corpo” (1Cor 10,16-17) e como pregou nosso Pároco Padre José Alves (SAC) na Paróquia São João Batista (Setor Carrão-Formosa da Região Episcopal Belém – Arquidiocese de São Paulo):

“Eucaristia não combina com fome.

Eucaristia não combina com injustiças.

Eucaristia não combina com corrupção.

Eucaristia não combina com miséria”.