sábado, 14 de outubro de 2017

Dia dos Professores. Parabéns educadores!

DIA DE DIZER AOS PROFESSORES PARABÉNS!


O ano de 2017 se desenvolve como todos os anos anteriores e como aqueles que ainda virão. Diferenças, novidades, mesmice, rotina, inovações? Sim tudo igual e diferente! Junto e misturado. Novo e velho. Fácil e difícil. Simples e complicado. Bom e mal. Lindo e feio.
Mais uma vez ganharemos Feliz dia dos Professores de nossos alunos, que com carinho e reconhecimento de nossa importância e valor na vida deles nos agradecem e reconhecem que o que são é porque contribuímos com eles na construção da vida e história.
Nosso papel é de extrema importância na vida de nossos estudantes, exceto no momento que os transformamos em alunos, em seres que estão para nos atender e fazer o que e como queremos.
Estou vivendo um momento diferente no papel de um professor, estou na direção de uma escola, o que me faz um professor diferente. Curioso quando diante das mais variadas necessidades e situações nascidas no interior da escola ensino e aprendo, mais aprendo que ensino.
Na gestão, ser professor é constantemente movimentar-se em direção ao conjunto da escola, não só uma ação voltada para a mediação de apropriação de um conteúdo estudado, mas sobretudo na mediação da relação entre os educadores e os estudantes, na reflexão da ação e prática pedagógica de professores e coordenadores, de educadores administrativos e pais educadores.
No atual contexto o que move minha ação de professor gestor é uma máxima que todos os dias diante da Relíquia do Beato Padre Luís Caburlotto, resgato São Vicente Pallotti e a Bem Aventurada Mary Ward e, peço ao Beato que eu “saiba educar como eles educaram!”
Tal pedido parece ser todos os dias atendido. A dinâmica do dia do professor gestor é tão ligeira que horário não tem mais ponteiros e parâmetro de números do relógio. Que refeições e repouso deixaram de ser rotina e passaram a ser desejados para recuperar as energias. Tempo e espaço ultrapassaram a ideia de lugar e distância.
Ser professor gestor hoje tem me ensinado a ser o que dizem que sou: capaz de ouvir, respeitar opiniões, reconhecer erros cometidos e construir o acerto em conjunto. A busca constante da construção da escola a partir do que ela é e, com os diferentes olhares da comunidade envolvida vislumbrar caminhos que possam promover mudanças sem necessariamente rupturas bruscas, que não respeitam a história e seus construtores.
Como gestor, este professor, tem aprendido a olhar a escola e seus agentes com um olhar polido pelo coração, conforme o Beato Padre Luís e a espiritualidade das Filhas de São José do Caburlotto. Não é um olhar qualquer de qualquer gestor, movido por teorias de gestão e administração, mas uma visão nascida do conjunto de ações decorrentes do ouvir da coletividade para o bem da escola, sobretudo de seus agentes: educadores e educandos.
Como o Beato Padre Luís Caburlotto construo um percurso que tem na criança/jovens os sujeitos e protagonistas de uma mudança de vida e enfrentamento da realidade que aí está.
Na relação com os educadores, sejam professores ou administrativos, o aprendizado tem sido rico. Aprendo a olhar com os olhos desses educadores, o que torna o dia a dia suave para estes e o trabalho se concretiza de forma tranquila e eficiente. A eficácia desse trabalho é percebida em relações harmoniosas e maneiras transparentes de refletir e encontrar saídas para os nascentes desencontros.
Ser professor gestor tem sido sem sombra de dúvidas uma experiência única com a qual tenho aprendido a reconhecer que dirigir uma escola é perceber o sentimento das pessoas envolvidas e no emocional que cada uma tem dentro de si fruto da relação com o outro superar vulnerabilidade. A fragilidade do emocional de cada um aparece com evidência nos conflitos nascidos no dia a dia e na alegria do ouvir para melhor decidir a fragilidade se torna força emocional e os ditos e não ditos depois de refletidos são superados.
Construir um perfil de professor gestor é mais simples que ser propriamente um professor. Ser diretor, o próprio nome diz, é dirigir! Quando se tem o ‘norte’ a ser seguido, dirigir acaba sendo secundário e a ação de dirigir imperceptível, isto porque a condução é compartilhada e a solução construída pelo coletivo. Dirigir uma escola dentro desta perspectiva torna-se o desafio maior e por isso a satisfação em dirigir. A dificuldade não está no dirigir, mas em construir uma concepção de direção coletiva e participativa.
A caminhada até aqui, de professor diretor de uma escola, tem sido rica e de um aprendizado imenso que me sinaliza que todo professor deveria ser diretor, antes mesmo de ser professor. Os olhares são múltiplos e por isso mesmo ricos e desbravadores de novas concepções educativas e educacionais que desinstalam paradigmas historicamente ditos, definidos e fixos.
Ser diretor professor é reconhecer a grandiosidade da ação educativa dentro e fora da escola, isto porque ultrapassa o cumprimento de Leis Educacionais, normas e deliberações da Federação, vai além de Plano e Projetos Pedagógicos das Instituições e mergulha na vida dos envolvidos, na sua história de vida e sonhos para o futuro.
Ser professor diretor é deixar-se conduzir, não só pelas normas educacionais e parâmetros burocráticos que representam a sociedade, mas pela Vida dos que estão no processo de escolarização.
Quero aqui deixar meu abraço a todos os meus professores, vocês me ensinaram a viver e fazer da minha vida um instrumento de promoção da vida. Como professor me esforcei para fazer meus alunos amantes da vida e promotores da mesma. Hoje como professor diretor abraço a todos os educadores, administrativos e professores, manifesto meu agradecimento pela dedicação, pelo empenho e responsabilidade que demonstram para comigo e com toda nossa querida Escola São José de Vila Matilde.
A todos os educadores, PROFESSORES e ADMINISTRATIVOS, de todos os cantos desse nosso País uma gratidão enorme pelo que são, pelo que representam e constroem na vida de crianças, jovens e adultos.
Que a exemplo de Maria, na imagem negra de Aparecida, nos seus 300 anos, saibamos enfrentar o poder opressor da máquina política que corrupta depõem contra o que os ensinamos, que saibamos como os pescadores lançar as redes para saciar a fome de cultura e vida de nossos estudantes, que tragados pela cultura do “nada” estão mergulhados em um “mar sem fundo”. Que a Senhora da Conceição Aparecida ilumine nossa prática de educadores e contribuamos para que a VIDA seja respeitada em todas as condições.

Meus irmãos educadores, PROFESSORES e ADMINISTRATIVOS, parabéns e um abreijo enorme!