Alexandre Galvão Gomes era um cara que sabia viver. Instrutor de voo para motor e paraglider pela escola Gama Galvão, em São José do Rio Preto –SP. Ele fez da sua vida uma mistura de céu aberto, ventos favoráveis e uma boa dose de irreverência. Para ele, voar não era só um trabalho — era um convite para viver com intensidade, uma maneira de dizer para o mundo: "Vem cá, experimenta a liberdade comigo".
Mas Alexandre não era só sobre as alturas. Ele era aquele que sabia curtir o chão firme também. Nada como uma cerveja gelada, o pandeiro no ritmo certo e uma roda de amigos para ele se sentir em casa. Alexandre tinha uma alegria que não dava para ignorar, um jeito de levar a vida que misturava leveza e intensidade na medida certa.
Desde cedo, ele gostava de desafiar todo mundo — inclusive o pai. "O senhor tem que ser e ter uma vida saudável", dizia, com aquele tom meio sério, meio brincalhão que era só dele. E não era só papo: ele vivia o que falava, sempre buscando uma conexão genuína com todos.
Desprendido e descolado, Alexandre era a personificação do "curta a vida, mas nunca esqueça de quem você ama". Ele, apesar de distante, mantinha todos por perto, com áudios e vídeos rápidos ou uma mensagem cheia de alegria. Ele era o tipo de pessoa que sabia ser presente mesmo à distância.
Hoje, enquanto ele encontra novos céus para explorar, fica aqui o rastro da sua risada, do seu pandeiro, do seu jeito de ver a vida sem complicação. Alexandre não era um herói nem queria ser. Ele era alguém que viveu bem, que amou com sinceridade e que soube transformar cada dia em algo especial.
Voa, Alexandre, voa alto. Aqui em baixo, a gente guarda sua memória e tenta aprender com seu jeito descomplicado de ser.
Gratidão por todo aprendizado que me proporcionou.
José Antonio Galiani
20/01/25.