segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Assisti uma matéria no Fantástico Show da Vida, sobre os AMIGOS DO BEM.

Assisti uma matéria no Fantástico Show da Vida, sobre os AMIGOS DO BEM.


Na verdade foi um acidente, pois há tempos não gasto meu sagrado tempo com esse programa da TV Globo, pois para mim ele virou uma invenção virtual irreal. As matérias nesse programa são veiculadas sem credibilidade, melhor nunca sabemos o que é real e o que é virtual. Mas, como eu disse nesse último domingo, pós dia de Natal me “emburreci” um pouco com tal programa. O que me faz gastar esse tempo parece algo sem importância, mas incomodado toda vez nos hipermercados de São Paulo, por alguns vestidos de coletes arrecadando doações nos caixas me fez refletir sobre o que assisti. A reportagem na íntegra pode ser vista no site http://amigosdobem.org.br/amigos-do-bem/noticias/208/fantastico-retrata-nosso-trabalho-no-sertao . Nessa reportagem vi com bons olhos a iniciativa de arrecadar doações para nossos irmãos sofridos do nordeste. Fiquei envergonhado de ver tanta gente amigas do bem mudando rumos de vida de brasileiros, e eu, aqui parado achando que faço muito pela nação. Ouvi depoimento de pessoas que recebem as doações, falas de fazer chorar! Mas nessa história algo me incomodou. As pessoas beneficiadas pelas doações passam a ser voluntárias, mas isso não é bom , você deve estar se perguntando. Sim isso é bom o voluntariado é algo que cresceu muito e tem sido um caminho de construção de solidariedade e vida para muito. Mas o incomodo é por não encontrar resposta ao que lá vi e ouvi. Falou a reportagem que a ONG Amigos do Bem plantou milhares de pés de caju, que são cultivados pelos que recebem as doações de alimentos, roupas etc.... pessoas que se fazem voluntárias no cultivo de enormes plantações de caju. A reportagem destacou que a polpa da fruta é comercializada para suco e que a castanha é cara e também comercializada... daí nasceu a pergunta: de quem é o lucro desse cultivo de caju? Como a reportagem não diz, minha memória remeteu às práticas dos grandes donos de fazendas que pagavam o salário para seus empregados, mas o mesmo salário ficava na “venda” em que compravam seus mantimentos. Ainda pensei “ganham 30 quilos de alimentos” e produzem fortunas para o dono da plantação de caju. Seria melhor que os AMIGOS DO BEM repudiassem a reportagem e esclarecessem de quem são aquelas terras e a serviço de quem os “voluntários” nordestinos trabalham!