Num mundo que parecia mergulhado na indiferença, elas ousaram cuidar. Ousaram amar. Ousaram educar. Não com discursos eloquentes, mas com gestos concretos de misericórdia, coragem e compromisso. Nas escolas, com os enfermos, levantaram caídos e reacenderam o valor de cada pessoa. Em suas mãos, a fé se tornou ação, e o amor ganhou a forma de serviço.
Hoje, tantos anos depois, o cenário mudou, mas o desafio permanece: educar com sentido, formar corações, preparar mentes e construir pontes. E aqui está você, comunidade educativa, herdeira desse legado que é chama viva.
Num tempo em que a pressa atropela o diálogo, em que as telas substituem os olhos nos olhos, e o imediatismo tenta roubar o valor do processo, sua missão continua sagrada. Cada aula ministrada, cada escuta atenta, cada gesto de paciência é uma semente do Reino plantada com fé.
Pode ser que, às vezes, o cansaço bata à porta. Que os frutos demorem a aparecer. Que o mundo diga que educar já não vale tanto. Mas lembre-se: vocês são continuadores de uma obra que nasceu no coração de Deus e se concretizou nas mãos generosas de Bartolomea e Vicenza.
Elas não recuaram. E hoje, vocês também são chamados a não recuar.
Que esta comemoração não seja apenas memória, mas combustível. Que inspire, anime e renove. Porque onde há educadores apaixonados, há esperança. E onde há esperança, Deus continua escrevendo sua história.
José A Galiani