quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Uma viagem pela Viação Motta!

Uma viagem pela Viação Motta!

Em 24 de janeiro de 2011, em Presidente Prudente – SP resolvi visitar a cidade de Presidente Epitácio. A aventura começou...chegamos no terminal urbano! Não era lá que compraríamos as passagens. Caminhamos até o terminal rodoviário e lá compramos as passagens na Viação Motta.

Quando na plataforma indicada vimos o ônibus ficamos felizes, pois essa empresa ainda tem ônibus sem ar condicionado, e o que encostou a destino de Bataguassu-MS, que nos deixaria em Epitácio tinha ar-condicionado. Entramos.... poucas pessoas ... em nossas poltronas haviam passageiros.... conversamos e todos estavam sentados onde queriam.

Ocupamos também duas poltronas. Outros que entraram fizeram o mesmo, apesar de procurarem a poltrona indicada na passagem. Aventura, não? Pois é! Daí comecei a refletir e conversar com o Gabriel: como pode um empresa com esse porte permitir que passageiros sentem onde bem entendem? Não seria isso um desrespeito ao passageiro? E se esse “carro” viesse a sofrer algum tipo de sinistro, como saberiam quem é quem, como eu que estava em uma poltrona que não a destinada no ato da compra do bilhete poderia fazer uso dos meus direitos contratados na compra da passagem?

A aventura continuou....motor ligado, ar condicionado fraquinhoooooooooooooooo, mas o movimento do ônibus deu a sensação de frescor. Assim que saímos de Pres. Prudente, já na estrada o ônibus “morreu”, o motorista parou no acostamento kkkkkkk começou a aventura. Calor, calor, muito calor me dirigi à geladeira para pegar água kkkkkk VERGONHA havia um único copo de água, e quente.... ao lado um filtro e copos descartáveis.... água com gosto de terra e quente kkkkkk. Outras coisas mais...... a película colocada para deixar os vidros escuros..... riscadas, rasgadas, metade dos vidros sem as películas..... as poltronas sujas, nojentas, os elásticos atrás das poltronas estourados; as poltronas sem a trava no encosto e estes flexionando para trás e para frente conforme o freio do ônibus. Muita fé! O motorista mexeu no motor..... deu partida.... o buzão pegou.

Boa Viagem! Primeira parada: Presidente Bernardes. Passageiros desceram e outros embarcaram. Ao sair de Bernardes, o ônibus “morreu” e dá-lhe acostamento! Isso ocorreu algumas vezes durante a viagem até Epitácio. Vegonha! Vergonha! Alguns passageiros iam para Dourados-MS e a pergunta que pairava: Será que iremos nesse ônibus? A trancos e barrancos o herói motorista conduzia o “Fofinho”, nome atribuído pela Motta a essa série de carros que eles chamam de Ônibus.

Que aventura viajar dentro de um automóvel cheio de lixo pelo chão, sujo, nojento! Chegamos em Epitácio depois de passar pelas cidades de Santo Anastácio e Presidente Venceslau; ainda não podemos deixar de dizer da maravilha de ver os Presídios que se destacam na paisagem, presídios que foram denominados por um passageiro como: ESCOLA TÉCNICA DE FORMAÇÃO SUPERIOR PARA A ILEGALIDADE fundada pelo PSDB, para não dizer pelo Governo Geraldinho.... risos dentro do ônibus!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Bom, depois de passarmos o dia em Epitácio à beira do rio pegamos estrada de volta para Presidente Prudente e imaginem por que empresa: Viação Motta kkkkkk, mas agora sim o carro era descente, bonito; conversei com o motorista e perguntamos se o carro estava com defeito ele riu e disse que não, mas sabia do que estávamos falando.

Tudo estava dentro da normalidade, até que no Posto Policial paramos. Alguns minutos, mais alguns e outros mais! Passageiros irritados! Como o ar não era suficiente a saída de segurança no teto do ônibus já tinha sido aberta para melhorar a ventilação! Desci e pedi ao motorista uma explicação. Afirmou que não encontrava o diário de viagem e por isso não podia seguir viagem. Por mais de 30 minutos procurou o tal diário.

Havia dentro do ônibus um homem que era conhecido do motorista, pois conversavam e procuravam juntos dentro, fora do ônibus, pela estrada e acostamento o tal diário. Parecia piada! De repente acharam o tal diário e seguimos viagem, porém não vi o motorista apresentar diário ou documento algum aos policiais que já estavam no cumprimento de sua função, parados no meio da pista olhando carros passar. E a viagem não poderia terminar sem a pergunta: O QUE FAZIAM OS POLICIAIS QUE NÃO PARARAM O ONIBUS QUE NOS LEVOU A EPITÁCIO? Para que serve a polícia na estrada?

Esqueça o que você sabe sobre bons hábitos de estudo

Esqueça o que você sabe sobre bons hábitos de estudo



Estamos acostumados a ouvir diversas recomendações sobre bons hábitos de estudo, como escolher um local silencioso, manter uma rotina para fazer tarefas, estabelecer metas e limites, entre tantas outras. Mas como sabemos se esses hábitos são realmente bons?

Uma excelente matéria publicada no jornal New York Times analisou as descobertas mais recentes em hábitos de aprendizado e descobriu muitos resultados surpreendentes que podem ajudar qualquer pessoa, desde uma criança aprendendo a fazer contas até um idoso aprendendo um novo idioma. Muitas dessas descobertas contradizem a sabedoria popular, como por exemplo: ao invés de manter apenas um local de estudo, simplesmente alternar a sala onde a pessoa estuda aumenta a retenção.

De acordo com o autor da pesquisa, que descobriu esse aumento de retenção ao se alternar o local de estudo, o cérebro faz associações sutis entre o que se está estudando e as sensações exteriores naquele momento, independentemente dessas percepções serem conscientes. Forçar o cérebro a fazer múltiplas associações com o mesmo material pode, na verdade, dar a essa informação mais relevância neural.

Pegue a noção de que crianças têm estilos específicos de aprendizagem, que alguns são “visuais” e outros “auditivos”; alguns são alunos que usam o “lado esquerdo” e outros o “lado direito” do cérebro. Numa recente revisão das pesquisas relevantes, publicada no jornal Psychological Science in the Public Interest, uma equipe de psicólogos descobriu quase nenhum fundamento para tais ideias.

Variar o tipo de material estudado numa única sessão de estudos – alternando, por exemplo, entre vocabulário, leitura e conversação de um novo idioma – parece deixar uma impressão mais profunda no cérebro do que se concentrar apenas em uma coisa de cada vez. Muitos atletas também costumam misturar seus treinos com séries de força, velocidade e habilidade.

Cientistas descobriram que o estudo espaçado de um assunto – uma hora hoje, uma hora no final de semana e uma hora daqui a uma semana – melhora a capacidade de recordar esse assunto. Uma explicação é que o cérebro, quando volta naquele material num outro dia, precisa reaprender um pouco daquilo que ele havia esquecido; e esse processo, em si, reforça o aprendizado.

Essa é uma razão pela qual os cientistas julgam que os testes (ou provas simuladas) são ferramentas poderosas de aprendizagem, além de meramente ferramentas de avaliação. O processo de se extrair uma ideia parece fundamentalmente alterar a forma com que a informação é armazenada subsequentemente, tornando-a bem mais acessível no futuro. Nada sugere que somente essas técnicas – alternar ambientes de estudo, misturar conteúdo, espaçar as sessões de estudo, fazer testes – resolverão os problemas de aprendizado, pois a motivação também importa muito. Mas, pelo menos, essas técnicas oferecem um plano de estudo baseado em evidências, e não em sabedoria popular ou teorias vazias.

Vale lembrar que a forma como aprendemos importa não só para retermos eficientemente algumas informações para as diversas tarefas que executamos todos os dias, mas também porque o aprendizado induz mudanças neuroplásticas no cérebro que, consequentemente, podem aumentar nossas reservas funcionais e nossa saúde.
Texto de Ricardo Marchesan, sócio fundador do Cérebro Melhor
Jornal Virtual 198 - Ano 9 - Nº 198-21/01/2011