sábado, 4 de setembro de 2010

Feliz Aniversário!

Ana, hoje celebramos mais um ano de seu nascimento e por todos os lados ouvirá: “Feliz Aniversário”. Eu também digo o mesmo, mas uma expressão tão dita pode ser mau dita também, por isso quero bem dizê-la e para isso, expresso o que está por trás de tão simples e corriqueira expressão “Feliz Aniversário”.




O “Feliz Aniversário” que te desejo é carregado de oito sentenças:



1. É uma Mulher Feliz!

2. A felicidade mora em você!

3. Tens muita sorte!

4. Sempre está contente e satisfeita!

5. Sua vida é próspera e sempre favorável.

6. És abençoada!

7. Cria e recria tudo com muita facilidade.

8. Tem bom êxito no que fazes!



Deus olhe por você! Deus te proteja! Deus te guarde! Deus te conduza! Obrigado por permitir  e partilhar sua vida com minha história! Bjs

Censo e religião: algumas interrogações

Censo e religião: algumas interrogações


Em tempos de tolerância religiosa e pluralidade, parece justo e até sadio e positivo que o Censo 2010 que já se encontra em curso no Brasil ofereça como opção para a pergunta: Qual a sua religião? dezessete opções de resposta. Na verdade, dezoito, se contarmos aqueles que não se auto-identificam com nenhuma pertença e são convidados a responder: sem religião.

O dado permite constatar não só a existência e consistência de uma diversidade imensa na pertença religiosa brasileira como a sadia convivência entre as diversas confissões, tranquilamente reconhecida pelo censo. No entanto, alguns matizes na maneira como está elaborada o questionário permitem perceber que não há tanta neutralidade assim na proposta do censo.

Existem dois questionários: o 'básico' e o 'da amostra'. No questionário básico não existe a pergunta: "Qual é a sua religião ou culto?". Esta, por outro lado, está presente no questionário "da amostra". Este segundo questionário será aplicado apenas em um número reduzido de domicílios, na proporção de um para cada dez. A religião será, portanto informada por amostragem, como acontece com as estatísticas e desde ai constará do quadro geral do censo.

Porem, há outros detalhes, que dizem respeito sobretudo ao cristianismo histórico, religião que ainda congrega a maioria do povo brasileiro. Segundo artigo do cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, para quem e católico, não basta afirmar isto. O recenseado será imediatamente colocado diante de uma lista de 27 opções e subdivisões da religião católica. Dom Odilo aponta aí uma distorção, que na verdade existe. Pois das 27 alternativas pelo menos 12, ou seja, quase a metade não é de outras igrejas, confissões ou religiões, mas de grupos e associações que existem dentro da confissão católica romana.

Por outro lado, a Igreja Evangélica de Confissão Luterana, uma das mais importantes denominações protestantes históricas existentes no Brasil, que representa três quartos dos luteranos brasileiros, se queixa de haver sido excluída das opções do censo. Em meio a 48 designações com o termo “luterano”, não se encontra a IECLB. Em longa entrevista ao jornal Zero Hora, de Porto Alegre, o pastor presidente Walter Altmann, declara que tomou conhecimento da exclusão através de fiéis de sua Igreja, os quais, ao receber os recenseadores, constatavam confusos que a única sugestão específica quanto a luteranos empregava a expressão “luterano pentecostal”, designação que nenhum luterano emprega ou reconhece para si.

Tanto o cardeal quanto o pastor presidente se preocupam com a confusão que isso possa gerar e na verdade já está gerando entre os fiéis de uma e outra igreja. Os subgrupos internos a organização da Igreja Católica não são “outras” confissões, mas a mesma, na expressão de seus diversos carismas, agremiações, associações e movimentos. Há aí uma imprecisão que é grave não só pelo erro explícito que apresenta, mas pela confusão que pode gerar e a falta de clareza a qual pode induzir. Igualmente, reconhecer e apresentar mais de quarenta denominações protestantes, sem mencionar aquela que agrupa três quartos dos fiéis existentes no país é no mínimo aberrante. “E mais ainda ao colocar lado a lado as palavras “luterano” e” pentecostal”. Quem tem um mínimo conhecimento do protestantismo sabe que o movimento pentecostal difere bastante da corrente histórica, não sendo portanto, as duas expressões intercambiáveis.

Enquanto, por um lado, é altamente positivo que todas as pertenças religiosas do nosso imenso e variegado país apareçam no censo, de maneira que todas as pessoas se encontrem contempladas na medida do possível, certamente não o é a nebulosidade em que parece que fica a questão do cristianismo histórico devido à maneira como são formuladas as questões aos brasileiros recenseados.

A importância do censo e inegável, mas o quesito religião parece que deixa muito a desejar em termos de clareza e precisão. É compreensível, portanto que o cardeal e o pastor, responsáveis pelas igrejas em questão, estejam empenhados em esclarecer o povo quanto a isto. Pois com tal distorção, o dado corre o risco de ser deturpado e uma parte do censo perde seu objetivo e sua razão de ser, que é apresentar uma radiografia o mais exata possível do povo brasileiro.


Autor: Maria Clara Lucchetti Bingemer

http://amaivos.uol.com.br/amaivos09/noticia/noticia.asp?cod_noticia=15750&cod_canal=47

Mês da Bíblia 2010 - Profeta Jonas; conversão e missão!

Mês da Bíblia 2010


Jonas: conversão e missão.

“Levanta-te e vai a grande cidade” (Jn 1,2)

O mês de setembro é, para os cristãos católicos, o mês da Bíblia, período de valorização da leitura, do estudo e da contemplação do texto sagrado mais divulgado no planeta. No ano de 2010, então, a proposta de leitura e estudo é a do livro de Jonas, acentuando a evangelização e missão na cidade.

A personalidade de Jonas expressa no 19º livro da Bíblia é sugestiva para nós nos dias de hoje. Jonas, o que foi engolido “por uma baleia” (grande peixe), é caracterizado nesse livro bíblico como um homem de mente aberta e visão de que o amor e a misericórdia de Deus são para todos. Sua profecia é criativa e denuncia com radicais argumentos a ideia de exclusividade de Deus pelos judeus. Para Jonas, todo homem é digno do amor de Deus. Talvez aqui resida a importância da escolha do livro de Jonas para o mês da Bíblia, pois não será o século XXI, com tantos discursos religiosos, a era da exclusão?

A diversidade religiosa hoje é inegável, pequenos e muitos grupos atribuem-se a pertença ao Deus verdadeiro, como se fossem exclusivos e cujo testemunho consiste em “ter Deus” só para si. Também assim era a sociedade no tempo de Jonas. Vivia-se a fé em Deus de forma intimista, exclusivista, sem a possibilidade missionária de tornar Deus conhecido na relação com os outros e, sobretudo, viviam a fé na vida cotidiana, sem Deus.

Jonas, nome que significa “pomba” e, na raiz hebraica, “chorar, reclamar, lamentar”, protagoniza o ser desobediente e intransigente à palavra de Deus, que encerra em sua missão a paz. Parece contraditório, mas ao mesmo tempo em que afirma ser Deus o criador da terra e do mar, coloca-se em fuga desse Deus. Profetiza o amor de Deus por todos, mas renuncia ser amado por Ele. Quando tomado pela misericórdia divina, é forçado a reconhecer que Ele o ama, porém nem todos o conhecem, porque não há quem o anuncie. Assim, reconhecer a misericórdia de Deus por todos, sem acepção de pessoas, fá-lo amado por Ele e preconiza o anúncio de que seu amor e sua misericórdia não são excludentes.

Ler o profeta Jonas é assumir a postura do protagonista deste livro, é deixar-se conduzir, mesmo que na lamentação, pela possibilidade de acolher um Deus que é amor, um Deus cuja predileção não está por este ou aquele povo, mas por todos. A soberania da palavra de Deus é que impera do princípio ao fim, ecoando por todos os cantos, e só retorna a Ele depois de produzir seus efeitos. Assim Nínive, “a grande cidade”, é a escolhida para a ação de Jonas e manifestação do poder de Deus. Para mostrar sua conversão, os ninivitas assumiram posturas externas, manifestando mudança em seus hábitos sociais, políticos e religiosos. Deixaram uma vida fundada na iniquidade e assumiram princípios geradores de uma vida nova.

Ao mesmo tempo em que denuncia o pecado dos ninivitas e anuncia a vida nova, Jonas quer fugir, pois Deus é misericórdia e certamente não condenaria os ninivitas. Daí o desespero de Jonas e seu desejo pela morte: Deus é misericórdia, incapaz de condenar, de castigar e por tão grande amor, é incompreendido por Jonas.

Belíssima trama a do livro de Jonas! Você o conhece? O que ele quer nos dizer, hoje? O livro de Jonas termina de forma abrupta, como o texto acima, isso é próprio do gênero profético literário empregado: a ironia. Cabem, pois, algumas proposições para nossa reflexão: Qual é a característica de uma grande cidade, no século XXI? Os “atuais” Jonas o são, em nome próprio ou são profetas: falam em nome de Deus?Se para Deus não há povo predileto, por que ser dessa ou daquela religião? Jonas evangelizou evangelizando-se. Como podemos fazer isso hoje? O Jonas que “está em você” deixa-se corrigir e conduzir pela Palavra de Deus? Morte e vida, duelo de nossa existência inevitável, como enfrentar a negação da vida e da morte nos dias atuais? Se o profeta denunciava a podridão dos Ninivitas, por que não aceitou a sua conversão?

Para melhor conhecer a trama de Jonas, leia o livro do profeta na Bíblia; e como suporte para seu estudo, a Conferência dos Bispos do Brasil disponibiliza no site http://www.cnbb.org.br/site/component/docman/doc_download/1090-texto-base-mes-da-biblia-2010 um artigo de Aila Luzia Pinheiro de Andrade, que muito contribui para a compreensão do tema sugerido no mês da Bíblia.


J. A. Galiani
http://professorgaliani.blogspot.com/

Governar o Brasil

Governar o Brasil - Por D.Demétrio Valentini, bispo de Jales

Estamos em plena Semana da Pátria, neste ano de 2010. A própria data facilita as contas. Caindo a festa da independência no dia 07, é fácil a partir dela montar uma semana. Mas seja qual for o jeito de calcular a Semana da Pátria, ela nos envolve a todos, e nos faz partilhar com alegria os sentimentos de mística ufania e de surpreendente encanto, ao percebermos como a multiforme diversidade de pessoas encontra um denominador comum em ter este generoso país como pátria de todos os seus habitantes.

Em ano de eleições como este, a Semana da Pátria nos convida a superar, nestes dias, o clima de disputa eleitoral, para olhar a Pátria com simpatia, e nos revestir da responsabilidade comum pelo seu futuro.

Nesta perspectiva, é possível incluir as próprias eleições, mas já olhá-las além do resultado eleitoral que tiverem, para nos sentirmos, desde agora, convocados a colaborar com os futuros governantes, sobretudo com quem ocupar a Presidência da República.

O Brasil é tão grande, que para ser bem governado precisa da colaboração de cada cidadão e cidadã. Vistas nesta perspectiva, as eleições tem a salutar função de despertar para o desafio comum de assumirmos, cada vez mais, a missão de tornar este país a pátria de todos os seus habitantes, dando-nos conta dos muitos desafios que se apresentam.

Olhando nossa caminhada de país independente, não há dúvida que estamos vivendo um momento excepcional de nossa história, pelas transformações profundas que estão em curso, e pelo que o Brasil está conseguindo em termos de desenvolvimento e de afirmação de suas potencialidades.

A percepção da grandeza deste momento nos convida a superar a mesquinhez das acusações pessoais ou os preconceitos oriundos de convicções subjetivas, para abrir espaço para a disposição de contribuir positivamente com os futuros governantes.

Este me parece ser o recado maior da Semana da Pátria deste ano. Somos um grande país. Só seremos dignos dele se tivermos a grandeza de ânimo motivando todas as nossas ações. Desde o fato de depositar nosso voto consciente e responsável no dia 03 de outubro, até o trabalho cotidiano de nossos compromissos profissionais.

Assim todas as ações podem se revestir de grandeza. Ao contrário, se não soubermos impregnar desta motivação o que fazemos, até as grandes causas que defendemos podem se tornar expressão de mesquinhez.

Na medida em que um país se desenvolve, aumenta a complexidade dos seus problemas. Um exercício salutar para esta Semana da Pátria seria elencar os principais desafios que aguardam o novo governo.

A sequência certamente resultaria diferente, dependendo do critério adotado. Alguns desafios são mais importantes do que outros. Basta pensar, por exemplo, na educação. Ela é, sobretudo, estratégica. E assim a lista seria certamente mais extensa do que o número dos próprios ministérios, que pretendem englobar todos os desafios.

Os candidatos serão eleitos em outubro. Mas já neste dia Sete de Setembro, todos fazemos voto de que o Brasil conte com a dedicação dos eleitos e a colaboração de todos os eleitores.


http://www.cnbbsul1.org.br/index.php?link=news/read.php&id=5749