domingo, 15 de maio de 2011

A ORAÇÃO

A ORAÇÃO

Hoje trabalhei o tema Oração e Missa com o grupo de adultos que se prepara para o Batismo, Eucaristia, Penitência e/ ou Confirmação. O grupo é pequeno, mas com uma abertura e desejo de saber inconfundível. Nos olhos de cada um está o reflexo de uma Fé aberta e sedenta por SABER. Passo a redigir parte das ideias veiculadas com eles sobre o tema oração.

Refletimos que a Oração é uma experiência de RELAÇÃO. Da relação entre DEUS e o HOMEM. A iniciativa é sempre de Deus, porém pressupõe a tomada de decisão do homem; pré-disposição já incutida na natureza humana pelo desejo e busca de Deus. A RELAÇÃO entre Deus e o Homem na oração é manifestação da RELAÇÃO da TRINDADE SANTA. A RELAÇÃO entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo é a base que suscita e sustenta a oração. Pela oração nos colocamos em sintonia com esse mistério trinitário expresso pela criação, salvação e santificação. A ORAÇÃO é, pois o espaço de profunda relação do humano com o divino. Por isso, orar é muito mais que recitar fórmulas ou balbuciar expressões verbais. A oração exige profissão de Fé, requer CELEBRAR o que se crê e, sobretudo, VIVER o que se ora. É na relação do CRER com o CELEBRAR e o VIVER que penetramos no MISTÉRIO da TRINDADE SANTA. A oração é pois, uma RELAÇÃO VIVA e PESSOAL com o Deus VIVO E VERDADEIRO.

Tendo feito essas considerações refletimos sobre algumas características da ORAÇÃO:

BENDIÇÃO e ADORAÇÃO – Aqui há um profundo reconhecer do poder de Deus sobre o humano. Na bendição o homem responde a Deus e aos seus dons revelados é o movimento de bendizer Aquele que é a fonte de toda bênção. E, pela ADORAÇÃO reconhecemos a SOBERANIA do Deus que cremos e queremos servir. Adorá-lo é reconhecer que d’Ele viemos e para Ele voltaremos.

SÚPLICA – A oração de súplica é a que nos coloca em nosso verdadeiro lugar, o de criaturas e dependentes de nosso Criador. Nos colocamos suplicantes implorando o perdão de nossos pecados e certos que Ele atenderá nossas necessidades. Na oração de súplica não só pedimos pelas nossas misérias ou necessidades humanas, mas por ela manifestamos que estamos dispostos a fazer o REINO de Deus acontecer em nós e por nós.

INTERCESSÃO – Essa oração nos coloca não como mediadores, mas como participantes da vida divina em Jesus. A oração de INTERCESSÃO exige que estejamos mergulhados de corpo e alma no mistério do Deus que cremos e por isso, a Ele intercedemos por aqueles que nos pedem orações, inclusive pelos que nos perseguem.

AÇÃO DE GRAÇAS – Essa forma de oração está profundamente ligada ao mistério da EUCARISTIA. Assim como na Eucaristia = ação de graças pela VIDA, PAIXÃO, MORTE e RESSURREIÇÃO de Jesus, nossa oração de ação de graças deve estar pautada na disposição de em tudo dar graças, porque essa é a Vontade de Deus a nosso respeito e por assim afirmar Paulo: “Perseverai na Oração, vigilantes, com ação de graças” (Cl 4,2)

LOUVOR – Pela oração do louvor reconhecemos que Deus é Deus, de maneira menos pretensiosa de nossa parte. O louvamos pelo que Ele É e, não pelo que é capaz de fazer. A oração de louvor reúne todas as outras formas de orar e coloca-nos, de coração aberto e joelhos dobrados, diante do mistério Trinitário de nosso Deus.

Para terminar trago o conceito de Oração do CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA n° 2558 quando cita Sta. Teresinha do Menino Jesus:

“Para mim, a oração é um impulso do coração, é um simples olhar lançado ao céu, um grito de reconhecimento e amor no meio da provação ou no meio da alegria”

Sugestão para leitura: CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA – Parte IV a Oração Cristã; n°s 2558-2865.
J. A. Galiani