sábado, 25 de setembro de 2010

A Mídia comercial em guerra contra Lula e Dilma

A Mídia comercial em guerra contra Lula e Dilma


Leonardo Boff*



Sou profundamente pela liberdade de expressão em nome da qual fui punido com o “silêncio obsequioso”pelas autoridades do Vaticano. Sob risco de ser preso e torturado, ajudei a editora Vozes a publicar corajosamente o “Brasil Nunca Mais” onde se denunciavam as torturas, usando exclusivamente fontes militares, o que acelerou a queda do regime autoritário.

Esta história de vida, me avaliza fazer as críticas que ora faço ao atual enfrentamento entre o Presidente Lula e a mídia comercial que reclama ser tolhida em sua liberdade. O que está ocorrendo já não é um enfrentamento de idéias e de interpretações e o uso legítimo da liberdade da imprensa. Está havendo um abuso da liberdade de imprensa que, na previsão de uma derrota eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o Presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff. Nessa guerra vale tudo: o factóide, a ocultação de fatos, a distorção e a mentira direta.

Precisamos dar o nome a esta mídia comercial. São famílias que, quando vêem seus interesses comerciais e ideológicos contrariados, se comportam como “famiglia” mafiosa. São donos privados que pretendem falar para todo Brasil e manter sob tutela a assim chamada opinião pública. São os donos do Estado de São Paulo, da Folha de São Paulo, de O Globo, da revista Veja na qual se instalou a razão cínica e o que há de mais falso e chulo da imprensa brasileira. Estes estão a serviço de um bloco histórico, assentado sobre o capital que sempre explorou o povo e que não aceita um Presidente que vem deste povo. Mais que informar e fornecer material para a discussão pública, pois essa é a missão da imprensa, esta mídia empresarial se comporta como um feroz partido de oposição.

Na sua fúria, quais desesperados e inapelavelmente derrotados, seus donos, editorialistas e analistas não têm o mínimo respeito devido à mais alta autoridade do pais, ao Presidente Lula. Nele vêem apenas um peão a ser tratado com o chicote da palavra que humilha.

Mas há um fato que eles não conseguem digerir em seu estômago elitista. Custa-lhes aceitar que um operário, nordestino, sobrevivente da grande tribulação dos filhos da pobreza, chegasse a ser Presidente. Este lugar, a Presidência, assim pensam, cabe a eles, os ilustrados, os articulados com o mundo, embora não consigam se livrar do complexo de vira-latas, pois se sentem meramente menores e associados ao grande jogo mundial. Para eles, o lugar do peão é na fábrica produzindo.

Como o mostrou o grande historiador José Honório Rodrigues (Conciliação e Reforma) “a maioria dominante, conservadora ou liberal, foi sempre alienada, antiprogresssita, antinacional e não contemporânea. A liderança nunca se reconciliou com o povo. Nunca viu nele uma criatura de Deus, nunca o reconheceu, pois gostaria que ele fosse o que não é. Nunca viu suas virtudes nem admirou seus serviços ao país, chamou-o de tudo, Jeca Tatu, negou seus direitos, arrasou sua vida e logo que o viu crescer ela lhe negou, pouco a pouco, sua aprovação, conspirou para colocá-lo de novo na periferia, no lugar que continua achando que lhe pertence (p.16)”.

Pois esse é o sentido da guerra que movem contra Lula. É uma guerra contra os pobres que estão se libertando. Eles não temem o pobre submisso. Eles têm pavor do pobre que pensa, que fala, que progride e que faz uma trajetória ascendente como Lula. Trata-se, como se depreende, de uma questão de classe. Os de baixo devem ficar em baixo. Ocorre que alguém de baixo chegou lá em cima. Tornou-se o Presidente de todos os brasileiros. Isso para eles é simplesmente intolerável.

Os donos e seus aliados ideológicos perderam o pulso da história. Não se deram conta de que o Brasil mudou. Surgiram redes de movimentos sociais organizados de onde vem Lula e tantas outras lideranças. Não há mais lugar para coronéis e de “fazedores de cabeça” do povo. Quando Lula afirmou que “a opinião pública somos nós”, frase tão distorcida por essa mídia raivosa, quis enfatizar que o povo organizado e consciente arrebatou a pretensão da mídia comercial de ser a formadora e a porta-voz exclusiva da opinião pública. Ela tem que renunciar à ditadura da palavra escrita, falada e televisionada e disputar com outras fontes de informação e de opinião.

O povo cansado de ser governado pelas classes dominantes resolveu votar em si mesmo. Votou em Lula como o seu representante. Uma vez no Governo, operou uma revolução conceptual, inaceitável para elas. O Estado não se fez inimigo do povo, mas o indutor de mudanças profundas que beneficiaram mais de 30 milhões de brasileiros. De miseráveis se fizeram pobres laboriosos, de pobres laboriosos se fizeram classe média baixa e de classe média baixa de fizeram classe média. Começaram a comer, a ter luz em casa, a poder mandar seus filhos para a escola, a ganhar mais salário, em fim, a melhorar de vida.

Outro conceito inovador foi o desenvolvimento com inclusão social e distribuição de renda. Antes havia apenas desenvolvimento/crescimento que beneficiava aos já beneficiados à custa das massas destituídas e com salários de fome. Agora ocorreu visível mobilização de classes, gerando satisfação das grandes maiorias e a esperança que tudo ainda pode ficar melhor. Concebemos que no Governo atual há um déficit de consciência e de práticas ecológicas. Mas importa reconhecer que Lula foi fiel à sua promessa de fazer amplas políticas públicas na direção dos mais marginalizados.

O que a grande maioria almeja é manter a continuidade deste processo de melhora e de mudança. Ora, esta continuidade é perigosa para a mídia comercial que assiste, assustada, o fortalecimento da soberania popular que se torna crítica, não mais manipulável e com vontade de ser ator dessa nova história democrática do Brasil. Vai ser uma democracia cada vez mais participativa e não apenas delegatícia. Esta abria amplo espaço à corrupção das elites e dava preponderância aos interesses das classes opulentas e ao seu braço ideológico que é a mídia comercial. A democracia participativa escuta os movimentos sociais, faz do Movimento dos Sem Terra (MST), odiado especialmente pela VEJA que faz questão de não ver, protagonista de mudanças sociais não somente com referência à terra mas também ao modelo econômico e às formas cooperativas de produção.

O que está em jogo neste enfrentamento entre a mídia comercial e Lula/Dilma é a questão: que Brasil queremos? Aquele injusto, neocolonial, neoglobalizado e no fundo, retrógrado e velhista ou o Brasil novo com sujeitos históricos novos, antes sempre mantidos à margem e agora despontando com energias novas para construir um Brasil que ainda nunca tínhamos visto antes.

Esse Brasil é combatido na pessoa do Presidente Lula e da candidata Dilma. Mas estes representam o que deve ser. E o que deve ser tem força. Irão triunfar a despeito das má vontade deste setor endurecido da mídia comercial e empresarial. A vitória de Dilma dará solidez a este caminho novo ansiado e construído com suor e sangue por tantas gerações de brasileiros.



*teólogo, filósofo, escritor e representante da Iniciativa Internacional da Carta da Terra.



ADITAL http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=51181 Acesso em 25 set. 2010.

domingo, 19 de setembro de 2010

Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa

Cinco mil pessoas fazem caminhada no Rio para defender liberdade religiosa


Isabela Vieira

Da Agência Brasil, no Rio de Janeiro

Cerca de 5 mil pessoas participam hoje (19) da Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, na Praia de Copacabana, na zona sul do Rio, segundo estimativa da Polícia Militar. Representantes de várias religiões, como católicos, judeus, ciganos, seguidores do candomblé e umbandistas querem chamar a atenção para o “proselitismo” religioso.

De acordo com o interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (Ccir) - organizadora do evento -, Ivanir dos Santos, na tentativa de converter novos fiéis, algumas religiões têm ultrapassado o limite da liberdade de expressão, “perseguindo” e atacando determinados grupos religiosos.

“O limite é o proselitismo. Você expressar uma opinião é uma coisa. Fazer um proselitismo diário, estigmatizando e perseguindo um determinado segmento, não é liberdade de expressão”, afirmou Ivanir, destacando que as religiões de matriz africana têm sido o principal alvo de grupos neopentecostais.

Praticantes de Wicca (religião neopagã influenciada por crenças pré-cristãs) também denunciam a intolerância, durante a manifestação. De acordo com a veterinária Shirley Ribeiro, de 32 anos, o preconceito contra as bruxas ainda é flagrante. “Não podemos dizer que somos bruxas. Muitas pessoas, especialmente os cristãos, olham para a gente achando que fazemos coisas ruins”, afirmou.

A Comissão de Combate à Intolerância Religiosa pretende procurar a diretoria do Flamengo, nos próximos dias, para conversar sobre as declarações do atacante Val Baiano, consideradas desrespeitosas. Na semana passada, ao comentar o jejum de gols do time, o jogador pediu ajuda das religiões, com exceção das de matriz africana: “Se macumba fosse do bem, seria boacumba”, declarou à época.

“Estamos esperando acabar a caminhada para tentar que o Flamengo tenha uma atitude (...)”, afirmou o babalaô. “Vamos conversar com o Flamengo, buscamos sempre o diálogo. Se não tiver, o Ministério Público existe e está aí para cumprir o seu papel”, declarou o babalaô, lembrando que a intolerância religiosa é crime no país, tipificada pela Lei Caó.

A assessoria de imprensa do clube não foi localizada.

http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2010/09/19/cinco-mil-pessoas-fazem-caminhada-no-rio-para-defender-liberdade-religiosa.jhtm

Quociente eleitoral favorece "fenômeno Tiririca";

Quociente eleitoral favorece "fenômeno Tiririca"; entenda como funciona 19/09/2010 - 07h00

do UOL Eleições

Diego Salmen - Em São Paulo

POR DENTRO DAS ELEIÇÕES

Com o slogan "pior que tá não fica", o palhaço Tiririca é a aposta do PR para as eleições parlamentares deste ano no Estado de São Paulo. Apesar da polêmica - e dos risos - que seus bordões vêm despertando no horário eleitoral, a presença do humorista na campanha obedece a uma lógica simples: conquistar o maior número de votos possíveis para que eleger a si mesmo e a outros candidatos por meio do quociente eleitoral.

O cientista Rubens Figueiredo, da USP (Universidade de São Paulo), explica como funciona:

"O Estado de São Paulo tem 70 deputados federais. Vamos supor que São Paulo tenha 700 mil votos. Dividindo 700 mil por 70, o quoeficiente seria de 10 mil. O partido vai ter 30 candidatos: soma a votação de todos mais os votos na legenda. Vamos supor que deu 22 mil. Agora divida 22 mil por 10 mil - vai dar 2,2. O partido vai eleger dois deputados", detalha.

Num dos casos mais curiosos, a vaga de Clodovil Hernandes (PTC-SP) na Câmara Federal foi ocupada por Paes de Lira (PTC), coronel da reserva da Polícia Militar, assumidamente conservador e contrário à união homossexual ("a Constituição é clara ao dizer que casamento é entre homem e mulher", afirmou).

Homossexual assumido, o estilista Clodovil, que faleceu no início de 2009, foi eleito com quase 500 mil votos nas eleições de 2006, abrindo as portas para que Lira chegasse a sua suplência após ter recebido cerca de 7 mil votos. "Você tem essa possibilidade de a locomotiva se eleger arrastando o restante", afirma o cientista político David Fleischer, da UnB (Universidade de Brasília).

"O Tiririca [humorista, candidato a deputado federal em São Paulo] é do PR, que era o PL do Valdemar Costa Neto", diz Figueiredo. Dependendo da votação do humorista, Costa Neto, que renunciou em 2006 para escapar de cassação por envolvimento no escândalo do "mensalão", pode ser eleito a tiracolo.

Em outro caso emblemático, o cardiologista Éneas Carneiro elegeu-se deputado federal pelo Prona de São Paulo em 2002. Recorrendo ao bordão "Meu nome é Enéas", obteve votos suficientes para eleger outros cinco candidatos, todos com votações inexpressivas.

O especialista da UnB explica que a "sobra" dos votos só vai para um único partido se ele não estiver coligado com nenhuma outra agremiação - caso do Prona em 2002. "O pessoal fala no PR do Tiririca, mas os votos nele também vão beneficiar o PT", afirma o especialista. Os dois partidos estão coligados no Estado de São Paulo. "Por isso as pessoas se frustram nas eleições: votam em um candidato e acabam contribuindo para eleger alguém que não conhecem", diz.

Vantagens da fama

Na maioria das vezes, há um elemento determinante para que a candidatura das personalidades seja aceita por um partido: a notoriedade.

"No governo militar, Arena e MDB fizeram o maior assédio para o Pelé ser candidato em São Paulo, mas ele recusou", relembra Fleischer. "Na Roma antiga, era proibido ser ator e politico. É muito fácil transferir seu prestigio de um ramo para o outro", conta Luciano Dias, do IBEP (Instituto Brasileiro de Ciências Políticas).

O fenômeno, garantem os analistas, não se restringe as nossas fronteiras.

"Não é tipicamente brasileiro. A participação de celebridades é comum. Ronald Reagan [ex-presidente dos Estados Unidos] era ator, Arnold Schwarzzeneger, ator, é governador da Califórnia, Carlos Reutemann [ex-piloto argentino] foi presidente de província na Argentina, Cicciolina [ex-atriz pornô] se elegeu na Itália", afirma Figueiredo. "É um fenômeno da sociedade moderna", avalia.
http://noticias.bol.uol.com.br/eleicoes/2010/09/19/quociente-eleitoral-favorece-fenomeno-tiririca-entenda-como-funciona.jhtm

descompasso no coração

Solidão - Alceu Valença

A solidão é fera, a solidão devora.

É amiga das horas prima irmã do tempo,

E faz nossos relógios caminharem lentos,

Causando um descompasso no meu coração.

A solidão é fera, a solidão devora.

É amiga das horas prima irmã do tempo,

E faz nossos relógios caminharem lentos,

Causando um descompasso no meu coração.

A solidão é fera,

É amiga das horas,

É prima-irmã do tempo,

E faz nossos relógios caminharem lentos

Causando um descompasso no meu coração.

A solidão dos astros;

A solidão da lua;

A solidão da noite;

A solidão da rua.

A solidão é fera, a solidão devora.

É amiga das horas prima irmã do tempo,

E faz nossos relógios caminharem lentos,

Causando um descompasso no meu coração.

A solidão é fera,

É amiga das horas,

É prima-irmã do tempo,

E faz nossos relógios caminharem lentos

Causando um descompasso no meu coração.

A solidão dos astros;

A solidão da lua;

A solidão da noite;

A solidão da rua.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

A SAGRADA ESCRITURA NA VIDA DE FRANCISCO DE ASSIS

ITF – INSTITUTO TEOLÓGICO FRANCISCANO
JOÃO FRANCISCO DA SILVA (Frei autor do texto)


A SAGRADA ESCRITURA NA VIDA DE FRANCISCO DE ASSIS

Trabalho apresentado à Disciplina de Teologia da Escola Franciscana, do curso de Teologia da Faculdade de Teologia do Instituto Teológico Franciscano.  Orientador: Prof. Frei Celso Márcio Teixeira. PETRÓPOLIS JUNHO 2010

Francisco viveu numa época em que era difícil o acesso à Sagrada Escritura, devido ao alto custo dos manuscritos, e, porque, a maioria do povo era iletrada ou não conhecia o latim, em cuja língua os textos sagrados eram escritos. Somente uma determinada classe social possuía acesso a estes textos, porque preenchia tais requisitos. Embora Francisco não pertencesse a esse grupo privilegiado, ele tinha grande domínio e conhecimento da Palavra e, por ela, cultivava respeito e carinho.

A Palavra marcara a vida de Francisco do início ao fim. No início, quando ouviu a proclamação do Evangelho referente ao envio dos discípulos com o mandato: “Ide ao mundo e anunciai a Boa Nova a todas as gentes [...]” (Mt 10,5ss). Depois, Francisco pediu ao padre que lhe explicasse esse Evangelho (1Cel 22). Nesse momento, ele obteve a resposta desejada para sua missão e a definição de seu projeto de vida. Também, no final de sua vida, a Palavra o acompanhara, quando “mandou que trouxessem o livro dos Evangelhos e pediu que lessem o Evangelho de São João” (1Cel 110).

Muito sensato Francisco, porque a Palavra que lhe nutriu espiritualmente em toda sua vida, fortaleceu-o neste momento limite da vida, quando estava prestes a encontrar-se com a irmã morte. Ele quis deixar o mundo absorto pelos conteúdos dessa mesma Palavra, que lhe impulsionara para a casa do Pai Celeste.

Francisco tinha um objetivo muito claro, que era levar os homens a Deus e levar Deus aos homens, através da Boa Notícia do Evangelho. O mundo estava numa efervescência e a mensagem evangélica devia acompanhar os passos dessa transformação, que trazia a ânsia por um mundo melhor e mais igualitário. Somente pelo caminho do Evangelho e da pobreza seria possível construir a comunhão fraterna.

Nesse sentido, Francisco cresce na compreensão da Palavra, sobretudo porque meditava tudo o que ouvia. E nesse particular era muito fiel. São muitos os relatos que comprovam essa atitude de Francisco, como o que segue: “É bom ler os testemunhos das Escrituras, é bom procurar nelas Deus, nosso Senhor, mas eu já aprendi tantas coisas na Bíblia que para mim é mais do que suficiente meditar e recordar” (2Cel 105). Isso lhe permite estar em contato permanente com essa Palavra, que constantemente ele saboreava quando lhe aprazia o coração.

É interessante a estratégia pedagógica que Francisco utiliza: ele memoriza o texto para tê-lo “em mãos”, e meditá-lo quando possível no cotidiano da vida. Estratégia bastante ousada, já que ele não possuía muito estudo, mas que correspondia muito bem aos desafios da vida, iluminado por essa Palavra, que cultivava em seu coração. Francisco não estudou, mas viveu com simplicidade e nobreza de coração os ensinamentos da Palavra. Por isso, conservava um encantamento pela Sagrada Escritura, que os grandes estudiosos e místicos da época não o faziam.

Para constatar, basta perceber as diversas citações que aparecem em seus escritos. Elas são diversas e bem situadas na temática que as envolve. Torna-se patente que Francisco quer adornar seus escritos com a Palavra e, ao mesmo tempo, esta traz uma conotação de seriedade.

É de admirar esse fascínio de Francisco em relação à Sagrada Escritura, como atesta São Boaventura: “Não admira, pois que o santo tenha recebido de Deus a compreensão das Escrituras, já que, pela perfeita imitação de Cristo, trazia impressa em suas obras a verdade delas e, pela plena unção do Espírito Santo, possuía em seu coração o Mestre das sagradas letras” (LM 11,2).

A sintonia de Francisco com Cristo se dá a partir da frequente escuta da Palavra, que logo colocava em prática, porque ela traz um conhecimento sempre atual e dinâmico para a vida. Portanto, a escuta da Palavra, para Francisco, não era simplesmente o pronunciar de palavras, mas o encontro com o próprio Cristo que lhe falava. Ali, na escuta da Palavra, ele encontra a força necessária para sua trajetória espiritual.

Francisco compreendia que as palavras da Sagrada Escritura tornam presente o Cristo, como presença real, assim como se dá nas espécies eucarísticas. Para ele, a Palavra Sagrada e o Pão Sagrado são prolongamento da encarnação de Cristo, pois Deus se revela na Palavra e na Eucaristia como afirma a fé cristã. Assim, Francisco expressa sua profunda veneração pela Palavra:



Admoesto e exorto a todos os meus irmãos a que, onde encontrarem as palavras divinas escritas, de maneira como puderem, venerem-nas e, no que lhes compete se elas não estiverem bem colocadas ou se em algum lugar estiverem dispersas sem devida honra, recolham-nas e guardem-nas, honrando o Senhor nas palavras que ele falou (7Ct 35-36).



Essa predileção e respeito de Francisco pela Sagrada Escritura demonstram sua profunda fé na Palavra, da qual ele atentamente escutava e a partir da qual engendrou profundas mudanças em sua vida. É por isso que seu apelo ressoa forte e vigoroso na Igreja, e sua mensagem permanece sempre atual e contagiante.

Assim sendo, ele nos ensina que é fundamental criar laços com a Sagrada Escritura, porque é dela que emana a força de nossa existência. Na medida em que meditamos seus ensinamentos, mais nos aproximamos do ideal de vida proposto por Francisco, que se sentiu provocado por essa Palavra e logo conformou sua vida no ritmo de Deus.

É preciso encontrar espaço em nossa vida para a escuta da Palavra de Deus, e cultivar, como Francisco, a paixão por essa Palavra, que nos possibilita uma nova compreensão da humanidade como obra do Criador, pois, na medida em que dela nos aproximamos, tornamo-la viva.

domingo, 12 de setembro de 2010

Raimon Panikkar, buscador do Mistério

Raimon Panikkar, buscador do Mistério


Os místicos dizem que a morte mais difícil não é a morte física, essa morte pequena, mas aquela que acontece com o desapego radical e o mergulho na profundidade da alma. A expressão utilizada é “morrer antes de morrer”. Assim aconteceu com Raimon Panikkar, que nos deixou nesse agosto de 2010, aos 91 anos de idade. Talvez tenha sido um dos Buscadores do Mistério mais ousados e provocadores. Sua vida foi toda tecida pela dinâmica da relação.

De mãe católica e pai hindu, traz em sua vida esse traço de dialogação. Uma vez perguntado sobre o seu itinerário pessoal respondeu que partiu cristão, descobriu-se hindu e retornou budista, sem ter jamais cessado de ser cristão. E anos depois, acrescentou que no seu retorno, descobriu-se um cristão melhor. Esse é Panikkar, referência singular para o diálogo das religiões e a reflexão sobre a espiritualidade. A perspectiva dialogal estava envolvida em sua vida como o musgo na pedra. Não via futuro nas religiões a não ser no intercâmbio criativo entre elas. Dizia que sem a interlocução externa as religiões não poderiam senão afogar-se. Propunha um “diálogo dialógico”, mais existencial, de “fecundação mútua”, que pudesse de fato envolver os parceiros numa busca comum do mistério.

O diálogo para ele era, antes de tudo, um ato espiritual, que implicava uma profunda consciência da humildade e vulnerabilidade dos interlocutores diante do Mistério sempre maior e adiante. Mesmo reconhecendo todas as dificuldades que acompanham a abertura e o êxodo para o mundo do outro, acreditava que esse era o caminho seguro para a construção da identidade. Tornava-se necessário conhecer e dialogar com uma outra tradição religiosa para poder situar verdadeiramente a própria tradição. Em frase lapidar, assinalava que “aqueles que não conhecem senão sua própria religião não a conhecem verdadeiramente”.

Na visão de Panikkar, o diálogo interreligioso requer como condição fundamental a atitude de “uma busca profunda, uma convicção de que estamos caminhando sobre um solo sagrado”. Há que se despir de preconceitos para acessar o mundo do outro. E essa viagem não é fácil.

Mas há que sair do “esplêndido isolamento”. O encontro com o outro torna-se hoje “inevitável, importante e urgente”. Mas alongar as cordas é sempre muito difícil. Exige um questionamento profundo às nossas convicções e a disposição de deixar-se transformar pelo outro. Como indica Panikkar, é também um encontro “perigoso e desconcertante”, mas certamente purificador. É a condição indispensável para nos darmos conta da profundidade inexaurível da experiência humana e dos limites precisos de nossos vínculos contingenciais e limitados.

Para Panikkar, o salto desarmado na realidade é “audacioso e mortal”, e esse foi o exemplo deixado por peregrinos como Buda e Jesus. No horizonte dessa busca o que existe é algo encantadoramente simples, como destaca Mestre Eckhart: algo que é “florescente e verdejante”. Panikkar indica que o verdadeiro buscador deve voltar-se para o que é simples por excelência: o Mistério que nos habita e que também brilha no mundo do outro. Na verdade, o diálogo é uma viagem novidadeira que toca de perto nossa própria peregrinação pessoal, no sentido do encontro com a plenitude de nós mesmos.

Há que jogar-se com liberdade nessa água, nos diz Panikkar, ainda que nossas pernas vacilem e nosso coração titubeie. Mesmo sabendo que há o risco de nele nos perdermos e afogar, é o caminho essencial para tocar o fundo.

No último período de sua jornada, Panikkar dedicou-se ao tema da mística e da espiritualidade. Para ele, a mística vem entendida como a “experiência integral da vida” ou “experiência da Realidade última”. E a categoria Realidade assumia para ele uma importância única, de densidade mais ecumênica para expressar o significado profundo da experiência do Mistério sempre maior.

Enquanto a mística traduz para ele essa “experiência suprema da realidade”, a espiritualidade vem entendida como o caminho para alcançar essa experiência. É ela que faculta o essencial fermento para a qualidade da vida e para o encontro autêntico com o outro.

Em bela iniciativa da editora italiana Jaca Book, toda a obra de Panikkar está sendo recolhida e organizada e vários volumes, divididos por temas, entre os quais: mística e espiritualidade, religião e religiões, cristianismo, hinduísmo, budismo, cultura e religiões em diálogo, hinduísmo e cristianismo, visão trinitária e cosmoteândrica, mistério e hermenêutica, filosofia e teologia, secularidade sagrada, espaço tempo e ciência (Opera Omnia).

Autor: Faustino Teixeira http://amaivos.uol.com.br/amaivos09/noticia/noticia.asp?cod_noticia=15751&cod_canal=66

As narrativas midiáticas do caso dos mineiros chilenos trouxeram à tona novamente o debate sobre a sociedade do espetáculo. O SINPRO-SP abre espaço para a reflexão com o artigo de uma especialista e pesquisadora do assunto

Confinados, mas sob as câmaras por  Elisa Marconi e Francisco Bicudo (SINPRO-SP)

No início de agosto, foi ao ar – para o mundo todo – o primeiro capítulo de uma série que está longe de acabar. Noticiado em jornais, revistas, emissoras de rádio e amplamente repercutido pelas TVs, o acidente que prendeu 33 mineiros chilenos na Mina San José, em Copiapó, 800 quilômetros ao norte de Santiago, a capital chilena, vem sendo acompanhado passo a passo, episódio a episódio, quase que minuto a minuto. Do que eles têm para comer ao funcionamento da perfuratriz; da previsão dos proprietários da mina à ajuda da Nasa (a agência espacial norte-americana) para simular dia e noite; dos contatos em tempo real com as famílias aos quilos que os mineiros já perderam. Ficamos sabendo de tudo.

Certamente não é o primeiro caso de cobertura intensiva e espetacularizada de um acontecimento real, porém dramático, com personagens reais. Mas essa retenção dos chilenos há mais de um mês é propícia para trazer à tona uma reflexão a respeito do papel da mídia, da narrativa dos fatos e do que é oferecido aos leitores, ouvintes e espectadores.

No último dia 4 de setembro, por exemplo, o filósofo alemão Christoph Türcke, da Universidade de Leipzig, falou à Folha de S. Paulo que as pessoas hoje vivem na chamada “sociedade da sensação”. Nesse novo mundo, a exposição a choques imagéticos excita continuamente os espectadores, causando um efeito parecido com o das drogas como cocaína e heroína. A cobertura do drama dos mineiros chilenos atenderia diretamente a essa necessidade de experimentar sensações. No dia seguinte, o mesmo jornal convidou o jornalista e ex-Big Brother Jean Wyllys para que – à luz de seu confinamento na casa do reality show da TV Globo – analisasse a situação dos mineiros presos na San Jose.

Em 30 de agosto, poucas semanas após a notícia do confinamento, o jornalista Alberto Dines escreveu no Observatório da Imprensa: “O fim de semana foi marcado em todo o mundo por um espetáculo sem precedentes, autêntico reality show, dramático, emocionante, angustiante, literalmente sufocante. Jornais, revistas e televisão mostraram um vídeo gravado nas profundezas do inferno a 700 metros abaixo do solo pelos mineiros chilenos soterrados há 25 dias na mina de cobre de San José, norte do Chile.” E finaliza dizendo que “o jornalismo sem jornalistas está na moda: é espetacular, incessante e, sobretudo, barato”.

As narrativas midiáticas do caso dos mineiros chilenos presos na Mina San José trouxeram à tona novamente, e com muita intensidade, o debate sobre a sociedade do espetáculo e as proximidades indesejadas entre jornalismo e entretenimento. O SINPRO-SP aproveita para contribuir com a discussão e as reflexões críticas e abre espaço para o depoimento de uma especialista e pesquisadora do assunto – a professora do programa de Pós Graduação em Comunicação e Semiótica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Leda Tenório Motta.

Leia também http://www.sinprosp.org.br/reportagens_entrevistas.asp?especial=271&materia=560



http://www.sinprosp.org.br/reportagens_entrevistas.asp?especial=271 (acesso 12/09/10)

Fudamentos da Avaliação Educacional

Prof. Adriana Bauer
Fundamentos da Avaliação Educacional

(Profª. Adriana Bauer USP)


No dia 11 de setembro participei de uma palestra e passo a registrar algumas das ideias que foram ventiladas na exposição. Não tenho a pretensão de expor logicamente o tema exposto, senão RECORTES do que ouvi com o intuito de fazer pensar tão necessário tema na vida escolar.





1. O tema avaliação é de extrema importância para o trabalho escolar, daí a necessidade de “limpar” os conceitos que temos de avaliação.

2. A avaliação é um processo básico do comportamento humano.

3. A essência da Avaliação está na sua forma plurirreferencial, ou seja, ela é pode ser:

- Avaliação de Sistemas.

- Avaliação de Programas.

- Avaliação Institucional.

- Avaliação da Aprendizagem – essa dimensão é a que interessa no momento.

O QUE É AVALIAR?
4. PROCESSO DE DETERMINAR O MÉRITO, O VALOR OU SIGNIFICADO DE ALGO, OU PRODUTO DAQUELE PROCESSO (Seriven, 1991)
5. O JULGAMENTO, a APRECIAÇÃO e a VALORAÇÃO exigem normas e padrões pré-definidos e isso, expressa a finalidade da educação.

6. Para Tyler (1950) avaliar é VERIFICAR a consecução de objetivos.

7. OBTER INFORMAÇÕES PARA A TOMADA DE DECISÕES (Alkin 1969)

8. Descrever e julgar (Stake 1967).

CONFUSÃO CONCEITUAL

9. Avaliar e examinar

10. Avaliar e medir

11. Avaliar e classificar

12. Para Hadji (2001) atribuir um número a um acontecimento a um objeto, de acordo com uma regra logicamente aceitável.

13. Avaliar não é medir.

14. A Avaliação pode ser diagnóstica / prognostica; cumulativa / processual / contínua.

AVALIAÇÃO FORMATIVA

15. A avaliação formativa não classifica não seleciona, mas busca entender onde o aluno está e define metodologias para se chegar onde se quer chegar. AVALIAR O QUE FOI ENSINADO.

PRINCÍPIOS BÁSICOS DA AVALIAÇÃO FORMATIVA:

16. INTERPRETAR

17. AJUSTAR

18. COMUNICAR

19. O que define a avaliação praticada é a lógica de uso do seu resultado, mais do que o momento em que é praticada!! Ex.: posso ter uma avaliação cumulativa, e ao mesmo tempo, um uso formativo do resultado.

AVALIAÇÃO POR REFERÊNCIA

20. Avaliação NORMATIVA: desempenho comparativo dos indivíduos num grupo, na realização da mesma tarefa (Scriven 1991). Na avaliação normativa a referência é o grupo e o objeto é medir o desempenho de cada aluno.

A AVALIAÇÃO ALMEJADA

21. Relacionada com a aprendizagem;

22. Ser pensada, planejada e realizada de forma coerente e conseqüente com os objetivos propostos para a aprendizagem.

23. Ser contínua para acompanhar o processo de aprendizagem, até atingir os objetivos finais.

24. Estar voltada para o desempenho do aluno.

25. Incidir, também, sobre o professor e o plano de ensino.

26. Exigir observação e registro por parte do professor e aluno.

27. Conter tanto a avaliação feita por outros, como a auto-avaliação.
OPERACIONALIZAÇÃO DA AVALIAÇÃO

28. Critérios procedimentos e instrumentos de avaliação decidem o destino dos alunos.

29. A escolha de instrumentos e procedimentos de avaliação é sempre política, implica na concepção de educação, de educando, de escola, etc.

30. É importante que o professor avalie o conteúdo trabalhado durante o curso ou período letivo, de acordo com os objetivos a alcançar.

PARA AVALIAR É PRECISO

31. Desenvolver uma visão de mundo.

32. Desenvolver a criatividade.

33. Desenvolver o pensamento crítico.

34. Desenvolver e despertar o interesse.

TENTE:

35. Estabelecer a relação de conteúdos que são ensinados para satisfazer os objetivos propostos.

36. Defina um instrumento de avaliação que considera adequado para avaliar o desempenho dos alunos nesses objetivos, difícil NÃO?








Os RECORTES acima não traduzem a palestra, porém PROVOCAM a reflexão de tão sublime tema, a AVALIAÇÃO, para os educadores!!!
J.A. Galiani

domingo, 5 de setembro de 2010

O Ipê da minha rua.. manifestação divina

Recebi de Eddie Mendraño essa foto em meu e-mail que aqui partilho com você, o comentário abaixo da foto é de Eddie, a quem agradeço pela foto e convido a todos a curtirem as belezas da "Selva de Pedra",  realmente temos que concordar revela a grandiosidade de nosso Deus.


vezes é só caminhar um metros em sua rua e deparar com incrível manifestação divina, através da natureza, no cimento de nossa cidade....

Ramadã - Bufê para ricos e comida de graça para pobres, os 2 Ramadãs do Egito

05/09/2010 - 10h06  / Bufê para ricos e comida de graça para pobres, os 2 Ramadãs do Egito / Francisco Carrión.

Cairo, 5 set (EFE).- Banquetes exclusivos, ao alcance de bolsos endinheirados, e "mesas da misericórdia" gratuitas são duas das opções para romper o jejum diário que confirmam, durante o Ramadã, o abismo que separa ricos de pobres no Egito.

Uma hora antes do "iftar", a comida que acaba com a abstinência diária do Ramadã, o empresário Hag Salem, um elegante comerciante de 75 anos, controla o ritmo cerimonioso com o qual cinco jovens preparam uma "mesa da misericórdia", um convite que Salem banca com recursos próprios há 30 anos.

As "mesas da misericórdia", que se multiplicam as centenas no Cairo, são banquetes gratuitos para os mais desfavorecidos, custeados por organizações e pessoas físicas, que são realizados a cada tarde do nono mês do calendário muçulmano.

"É um serviço para os pobres que me aproxima de Alá", explica a Agência Efe Salem, proprietário de um negócio de especiarias e bebidas no popular mercado de Khan el Khalili.

Vestido uma túnica e apoiado em um bastão, Salem é o encarregado de encher os pratos de alumínio com a comida preparada por uma de suas filhas: frango com arroz, acompanhado de salada, pão, água e um banana de sobremesa.

São os instantes prévios ao chamado à oração que marca o início do "iftar", quando dezenas de jovens com hiyab (lenço islâmico), idosas de rostos enrugados, pais de família e crianças se reúnem em torno das mesas baixas onde são serviços os alimentos.

Um dos garçons, Mohammed, que prepara a salada, explica que os comensais "são pessoas pobres que não podem voltar para casa no iftar".

Uma vez que o som inunda as ruas vazias do Cairo, os famintos reconfortam seus estômagos no banquete que, cinco minutos depois, começa a registrar as primeiras baixas e em dez minutos já não existe mais.

As "mesas da misericórdia" alimentam durante o Ramadã parte dos 40% da população que sobrevive com menos de US$ 2 por dia, pelas estatísticas oficiais.

A situação que está longe de se reduzir foi agravada neste ano pelo aumento da inflação dos alimentos básicos que disparou os preços e situou "o quilo da carne entre as 80 ou 90 libras egípcias (US$ 15)", queixa-se Mohammed.

Na ilha de Zamalek, a poucos quilômetros do bazar onde fica esta "mesa da misericórdia", luxuosos restaurantes oferecem menus de "iftar" para "a elite egípcia e estrangeiros", assinala Oana Vanciu, relações públicas de um estabelecimento com estética às margens do Nilo.

A proposta culinária deste restaurante inclui um copioso e contundente bufê à base de manjares egípcios como o "kefta" e pratos turcos, mediterrâneos e marroquinos com o acompanhamento de uma ampla variedade de saladas, cafés e doces típicos deste mês sagrado.

"Não é uma boa comparação falar de nosso serviço como o oposto às mesas de misericórdia", opina Oana, que indica que a filosofia deste banquete diário é "adaptar a tradição às exigências da classe alta".

E acrescenta: "o mais fácil após um dia de jejum e rezas é vir até aqui para degustar nosso menu", um convite aceito diariamente por cerca de 200 pessoas.
Apesar de a refeição custar 200 libras egípcias (US$ 35) e ser inalcançável para a maioria da população de um país onde o salário mínimo dos funcionários é de 289 libras mensais, a profissional garante que o sucesso "é total, 90% do salão atende a reservas".

E é por isso que a equipe responsável pelo serviço nesse terraço com vista para o rio cuida dos mínimos detalhes para satisfazer os cinco sentidos da endinheirada clientela.

Em outro restaurante da ilha, as refeições são igualmente abundantes e, segundo um de seus funcionários, o menu além de saciar o apetite oferece a possibilidade de tranquilizar o espírito, pois duas libras de seu preço, 245 libras (US$ 42) são destinadas para programas de erradicação da pobreza infantil.



http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2010/09/05/bufe-para-ricos-e-comida-de-graca-para-pobres-os-2-ramadas-do-egito.jhtm

sábado, 4 de setembro de 2010

Feliz Aniversário!

Ana, hoje celebramos mais um ano de seu nascimento e por todos os lados ouvirá: “Feliz Aniversário”. Eu também digo o mesmo, mas uma expressão tão dita pode ser mau dita também, por isso quero bem dizê-la e para isso, expresso o que está por trás de tão simples e corriqueira expressão “Feliz Aniversário”.




O “Feliz Aniversário” que te desejo é carregado de oito sentenças:



1. É uma Mulher Feliz!

2. A felicidade mora em você!

3. Tens muita sorte!

4. Sempre está contente e satisfeita!

5. Sua vida é próspera e sempre favorável.

6. És abençoada!

7. Cria e recria tudo com muita facilidade.

8. Tem bom êxito no que fazes!



Deus olhe por você! Deus te proteja! Deus te guarde! Deus te conduza! Obrigado por permitir  e partilhar sua vida com minha história! Bjs

Censo e religião: algumas interrogações

Censo e religião: algumas interrogações


Em tempos de tolerância religiosa e pluralidade, parece justo e até sadio e positivo que o Censo 2010 que já se encontra em curso no Brasil ofereça como opção para a pergunta: Qual a sua religião? dezessete opções de resposta. Na verdade, dezoito, se contarmos aqueles que não se auto-identificam com nenhuma pertença e são convidados a responder: sem religião.

O dado permite constatar não só a existência e consistência de uma diversidade imensa na pertença religiosa brasileira como a sadia convivência entre as diversas confissões, tranquilamente reconhecida pelo censo. No entanto, alguns matizes na maneira como está elaborada o questionário permitem perceber que não há tanta neutralidade assim na proposta do censo.

Existem dois questionários: o 'básico' e o 'da amostra'. No questionário básico não existe a pergunta: "Qual é a sua religião ou culto?". Esta, por outro lado, está presente no questionário "da amostra". Este segundo questionário será aplicado apenas em um número reduzido de domicílios, na proporção de um para cada dez. A religião será, portanto informada por amostragem, como acontece com as estatísticas e desde ai constará do quadro geral do censo.

Porem, há outros detalhes, que dizem respeito sobretudo ao cristianismo histórico, religião que ainda congrega a maioria do povo brasileiro. Segundo artigo do cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, para quem e católico, não basta afirmar isto. O recenseado será imediatamente colocado diante de uma lista de 27 opções e subdivisões da religião católica. Dom Odilo aponta aí uma distorção, que na verdade existe. Pois das 27 alternativas pelo menos 12, ou seja, quase a metade não é de outras igrejas, confissões ou religiões, mas de grupos e associações que existem dentro da confissão católica romana.

Por outro lado, a Igreja Evangélica de Confissão Luterana, uma das mais importantes denominações protestantes históricas existentes no Brasil, que representa três quartos dos luteranos brasileiros, se queixa de haver sido excluída das opções do censo. Em meio a 48 designações com o termo “luterano”, não se encontra a IECLB. Em longa entrevista ao jornal Zero Hora, de Porto Alegre, o pastor presidente Walter Altmann, declara que tomou conhecimento da exclusão através de fiéis de sua Igreja, os quais, ao receber os recenseadores, constatavam confusos que a única sugestão específica quanto a luteranos empregava a expressão “luterano pentecostal”, designação que nenhum luterano emprega ou reconhece para si.

Tanto o cardeal quanto o pastor presidente se preocupam com a confusão que isso possa gerar e na verdade já está gerando entre os fiéis de uma e outra igreja. Os subgrupos internos a organização da Igreja Católica não são “outras” confissões, mas a mesma, na expressão de seus diversos carismas, agremiações, associações e movimentos. Há aí uma imprecisão que é grave não só pelo erro explícito que apresenta, mas pela confusão que pode gerar e a falta de clareza a qual pode induzir. Igualmente, reconhecer e apresentar mais de quarenta denominações protestantes, sem mencionar aquela que agrupa três quartos dos fiéis existentes no país é no mínimo aberrante. “E mais ainda ao colocar lado a lado as palavras “luterano” e” pentecostal”. Quem tem um mínimo conhecimento do protestantismo sabe que o movimento pentecostal difere bastante da corrente histórica, não sendo portanto, as duas expressões intercambiáveis.

Enquanto, por um lado, é altamente positivo que todas as pertenças religiosas do nosso imenso e variegado país apareçam no censo, de maneira que todas as pessoas se encontrem contempladas na medida do possível, certamente não o é a nebulosidade em que parece que fica a questão do cristianismo histórico devido à maneira como são formuladas as questões aos brasileiros recenseados.

A importância do censo e inegável, mas o quesito religião parece que deixa muito a desejar em termos de clareza e precisão. É compreensível, portanto que o cardeal e o pastor, responsáveis pelas igrejas em questão, estejam empenhados em esclarecer o povo quanto a isto. Pois com tal distorção, o dado corre o risco de ser deturpado e uma parte do censo perde seu objetivo e sua razão de ser, que é apresentar uma radiografia o mais exata possível do povo brasileiro.


Autor: Maria Clara Lucchetti Bingemer

http://amaivos.uol.com.br/amaivos09/noticia/noticia.asp?cod_noticia=15750&cod_canal=47

Mês da Bíblia 2010 - Profeta Jonas; conversão e missão!

Mês da Bíblia 2010


Jonas: conversão e missão.

“Levanta-te e vai a grande cidade” (Jn 1,2)

O mês de setembro é, para os cristãos católicos, o mês da Bíblia, período de valorização da leitura, do estudo e da contemplação do texto sagrado mais divulgado no planeta. No ano de 2010, então, a proposta de leitura e estudo é a do livro de Jonas, acentuando a evangelização e missão na cidade.

A personalidade de Jonas expressa no 19º livro da Bíblia é sugestiva para nós nos dias de hoje. Jonas, o que foi engolido “por uma baleia” (grande peixe), é caracterizado nesse livro bíblico como um homem de mente aberta e visão de que o amor e a misericórdia de Deus são para todos. Sua profecia é criativa e denuncia com radicais argumentos a ideia de exclusividade de Deus pelos judeus. Para Jonas, todo homem é digno do amor de Deus. Talvez aqui resida a importância da escolha do livro de Jonas para o mês da Bíblia, pois não será o século XXI, com tantos discursos religiosos, a era da exclusão?

A diversidade religiosa hoje é inegável, pequenos e muitos grupos atribuem-se a pertença ao Deus verdadeiro, como se fossem exclusivos e cujo testemunho consiste em “ter Deus” só para si. Também assim era a sociedade no tempo de Jonas. Vivia-se a fé em Deus de forma intimista, exclusivista, sem a possibilidade missionária de tornar Deus conhecido na relação com os outros e, sobretudo, viviam a fé na vida cotidiana, sem Deus.

Jonas, nome que significa “pomba” e, na raiz hebraica, “chorar, reclamar, lamentar”, protagoniza o ser desobediente e intransigente à palavra de Deus, que encerra em sua missão a paz. Parece contraditório, mas ao mesmo tempo em que afirma ser Deus o criador da terra e do mar, coloca-se em fuga desse Deus. Profetiza o amor de Deus por todos, mas renuncia ser amado por Ele. Quando tomado pela misericórdia divina, é forçado a reconhecer que Ele o ama, porém nem todos o conhecem, porque não há quem o anuncie. Assim, reconhecer a misericórdia de Deus por todos, sem acepção de pessoas, fá-lo amado por Ele e preconiza o anúncio de que seu amor e sua misericórdia não são excludentes.

Ler o profeta Jonas é assumir a postura do protagonista deste livro, é deixar-se conduzir, mesmo que na lamentação, pela possibilidade de acolher um Deus que é amor, um Deus cuja predileção não está por este ou aquele povo, mas por todos. A soberania da palavra de Deus é que impera do princípio ao fim, ecoando por todos os cantos, e só retorna a Ele depois de produzir seus efeitos. Assim Nínive, “a grande cidade”, é a escolhida para a ação de Jonas e manifestação do poder de Deus. Para mostrar sua conversão, os ninivitas assumiram posturas externas, manifestando mudança em seus hábitos sociais, políticos e religiosos. Deixaram uma vida fundada na iniquidade e assumiram princípios geradores de uma vida nova.

Ao mesmo tempo em que denuncia o pecado dos ninivitas e anuncia a vida nova, Jonas quer fugir, pois Deus é misericórdia e certamente não condenaria os ninivitas. Daí o desespero de Jonas e seu desejo pela morte: Deus é misericórdia, incapaz de condenar, de castigar e por tão grande amor, é incompreendido por Jonas.

Belíssima trama a do livro de Jonas! Você o conhece? O que ele quer nos dizer, hoje? O livro de Jonas termina de forma abrupta, como o texto acima, isso é próprio do gênero profético literário empregado: a ironia. Cabem, pois, algumas proposições para nossa reflexão: Qual é a característica de uma grande cidade, no século XXI? Os “atuais” Jonas o são, em nome próprio ou são profetas: falam em nome de Deus?Se para Deus não há povo predileto, por que ser dessa ou daquela religião? Jonas evangelizou evangelizando-se. Como podemos fazer isso hoje? O Jonas que “está em você” deixa-se corrigir e conduzir pela Palavra de Deus? Morte e vida, duelo de nossa existência inevitável, como enfrentar a negação da vida e da morte nos dias atuais? Se o profeta denunciava a podridão dos Ninivitas, por que não aceitou a sua conversão?

Para melhor conhecer a trama de Jonas, leia o livro do profeta na Bíblia; e como suporte para seu estudo, a Conferência dos Bispos do Brasil disponibiliza no site http://www.cnbb.org.br/site/component/docman/doc_download/1090-texto-base-mes-da-biblia-2010 um artigo de Aila Luzia Pinheiro de Andrade, que muito contribui para a compreensão do tema sugerido no mês da Bíblia.


J. A. Galiani
http://professorgaliani.blogspot.com/

Governar o Brasil

Governar o Brasil - Por D.Demétrio Valentini, bispo de Jales

Estamos em plena Semana da Pátria, neste ano de 2010. A própria data facilita as contas. Caindo a festa da independência no dia 07, é fácil a partir dela montar uma semana. Mas seja qual for o jeito de calcular a Semana da Pátria, ela nos envolve a todos, e nos faz partilhar com alegria os sentimentos de mística ufania e de surpreendente encanto, ao percebermos como a multiforme diversidade de pessoas encontra um denominador comum em ter este generoso país como pátria de todos os seus habitantes.

Em ano de eleições como este, a Semana da Pátria nos convida a superar, nestes dias, o clima de disputa eleitoral, para olhar a Pátria com simpatia, e nos revestir da responsabilidade comum pelo seu futuro.

Nesta perspectiva, é possível incluir as próprias eleições, mas já olhá-las além do resultado eleitoral que tiverem, para nos sentirmos, desde agora, convocados a colaborar com os futuros governantes, sobretudo com quem ocupar a Presidência da República.

O Brasil é tão grande, que para ser bem governado precisa da colaboração de cada cidadão e cidadã. Vistas nesta perspectiva, as eleições tem a salutar função de despertar para o desafio comum de assumirmos, cada vez mais, a missão de tornar este país a pátria de todos os seus habitantes, dando-nos conta dos muitos desafios que se apresentam.

Olhando nossa caminhada de país independente, não há dúvida que estamos vivendo um momento excepcional de nossa história, pelas transformações profundas que estão em curso, e pelo que o Brasil está conseguindo em termos de desenvolvimento e de afirmação de suas potencialidades.

A percepção da grandeza deste momento nos convida a superar a mesquinhez das acusações pessoais ou os preconceitos oriundos de convicções subjetivas, para abrir espaço para a disposição de contribuir positivamente com os futuros governantes.

Este me parece ser o recado maior da Semana da Pátria deste ano. Somos um grande país. Só seremos dignos dele se tivermos a grandeza de ânimo motivando todas as nossas ações. Desde o fato de depositar nosso voto consciente e responsável no dia 03 de outubro, até o trabalho cotidiano de nossos compromissos profissionais.

Assim todas as ações podem se revestir de grandeza. Ao contrário, se não soubermos impregnar desta motivação o que fazemos, até as grandes causas que defendemos podem se tornar expressão de mesquinhez.

Na medida em que um país se desenvolve, aumenta a complexidade dos seus problemas. Um exercício salutar para esta Semana da Pátria seria elencar os principais desafios que aguardam o novo governo.

A sequência certamente resultaria diferente, dependendo do critério adotado. Alguns desafios são mais importantes do que outros. Basta pensar, por exemplo, na educação. Ela é, sobretudo, estratégica. E assim a lista seria certamente mais extensa do que o número dos próprios ministérios, que pretendem englobar todos os desafios.

Os candidatos serão eleitos em outubro. Mas já neste dia Sete de Setembro, todos fazemos voto de que o Brasil conte com a dedicação dos eleitos e a colaboração de todos os eleitores.


http://www.cnbbsul1.org.br/index.php?link=news/read.php&id=5749

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

É muita emoção..... o niver é do Corinthians e o presente é para o mundo...






O BOLO É PARA O BRASIL E PARA O MUNDO
QUE VENHA 2014
É FESTA NO
CORAÇÃO DO MUNDO
O
ESTÁDIO DO
CORINTHIANS




QUE ORGULHO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!1