quinta-feira, 1 de abril de 2010

SEMANA SANTA –quinta feira

Chamada no princípio (séc. V) de FERIA QUINTA IN COENA DOMINI, Quinta feira da Ceia do Senhor e em alguns lugares chamada de Dia da Traição, daí a malhação do Judas por populares.
As reformas litúrgicas vêm dando a essa celebração novas características, porém permanece a sua essência: o MANDATUM.

Três ritos básicos compõem essa celebração o rito do lava-pés, a eucaristia, a transladação da eucaristia para um tabernáculo provisório, onde os fiéis fazem a adoração da Santíssima Eucaristia.

O Lava-Pés: ritual que teve inicio em Jerusalém no século V. Por volta do ano 634, no concilio de Toledo, foi exigido que todas a Igrejas fizessem o Lava-pés. É nesse ritual que está o MANDATUM, ou seja, nele canta-se as palavras de Cristo: “Eu vos dou, um novo MANDATUM, um novo mandamento.....que vos ameis.....” Conta-se que o papa S. Gregório Magno costumava lavar os pés de treze e não doze, isto porque servia uma refeição diária a doze pobres: um dia havia um pobre a mais. Seria o Cristo disfarçado de mendigo, daí lavar os pés de treze. O lava-pés reproduz o gesto de Cristo que lavou os pés de seus discípulos, como prova de amor e disposição para servir.

A Eucaristia: Uma celebração eucarística foi acrescentada ao início da noite, pelo Papa Pio XII, em 1955, representando a Ceia do Senhor, hoje é destacado na celebração da Eucaristia a instituição do Ministério Sacerdotal.

A transladação da eucaristia: o tabernáculo oficial, sacrário, é deixado vazio; as hóstias consagradas são levadas para um sacrário provisório servirão para a comunhão dos doentes e da comunidade, uma vez que a próxima eucaristia será só na noite da vigília pascal, sábado. O tabernáculo vazio foi considerado pela devoção popular como sendo o sepulcro vazio. “Por que procurais, entre os mortos, aquele que está vivo?” A essa tradição se soma a de desnudar o altar como sinal do despojamento de Cristo na Cruz.

Em algumas comunidades a comunidade passa a noite em adoração ao santíssimo, isso até a celebração das 15h, na sexta feira da paixão.



(fonte: anotações pessoais em aula de teologia – 1987)

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