Movimentos sociais pedem afastamento de juiz que investiga assassinato de casal no Pará
Luana Lourenço / Da Agência Brasil, em Brasília
Movimentos sociais e parentes de José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo Silva, assassinados em maio último no sudeste do Pará, querem o afastamento do juiz responsável pelo processo que apura a morte do casal de extrativistas.
As organizações pedem que o juiz Murilo Lemos Leão, da 4ª Vara Penal de Marabá (PA), seja substituído ou que o processo seja federalizado.
Durante as investigações, o juiz negou por duas vezes o pedido de prisão preventiva de três suspeitos, que depois foram apontados pela Polícia Civil como responsáveis pelas mortes: o fazendeiro José Rodrigues Moreira, suspeito de ser o mandante do crime, e os possíveis executores Lindon Jonhson Silva Rocha e Alberto Lopes do Nascimento.
Mesmo depois da conclusão do inquérito policial, o pedido de prisão ainda não foi acatado.
“Ao negar a decretação da prisão dos acusado por duas vezes, o juiz contribuiu para que eles fugissem da região. Agora, mesmo que seja decretada, a prisão do grupo se torna ainda mais difícil”, assinalam organizações, em nota.
Entre as entidades que assinam o manifesto, estão a Comissão Pastoral da Terra (CPT), o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Se o Judiciário do Pará não aceitar trocar o juiz que conduz o caso, o grupo pretende levar ao Ministério Público Federal o pedido de federalização do processo.
“Na esfera federal, espera-se que a apuração seja mais ampla e que todos os responsáveis sejam devidamente identificados e presos, dando dessa forma a tranquilidade necessária para o prosseguimento da ação penal”, destacam as entidades, na nota
http://noticias.bol.uol.com.br/brasil/2011/07/26/movimentos-sociais-pedem-afastamento-de-juiz-que-investiga-assassinato-de-casal-no-para.jhtm
http://zip.net/bqDcY
BLOG DO PROFESSOR GALIANI Filosofia, teologia, pedagogia, e tantas "ias" que fazem o dia-a-dia.... "Aflictis lentae, celeres gaudentibus horae"
terça-feira, 26 de julho de 2011
segunda-feira, 25 de julho de 2011
domingo, 24 de julho de 2011
Empreendedorismo jovem: qual o seu lugar na escola básica?
Olá gestores e educadores,
Ensinar português, matemática e outras matérias continua sendo a prioridade da escola. No entanto, com um mercado de trabalho cobrando cada vez mais do jovem, será que a escola não deveria se preocupar também em formar um jovem empreendedor, capaz de suprir esta demanda? É isto que a doutora em Educação Targélia de Souza Albuquerque indaga neste texto, produzido exclusivamente para o Jornal Virtual
Empreendedorismo jovem: qual o seu lugar na escola básica?
Iniciamos esse diálogo com uma problematização para a escola, e em especial, para nós, educadores: como os jovens podem fazer a diferença como coautores de uma cidadania planetária e qual o compromisso da escola básica com a formação plena de nossos estudantes?
Nos últimos trinta anos, as transformações sociais vêm se radicalizando e exigindo posicionamentos científicos e tecnológicos cada vez mais inovadores. A sociedade do conhecimento gera poder na medida em que constrói as relações de subordinação. Por essa razão, uma educação emancipadora se torna indispensável cada vez mais cedo. Não se pode esperar mais o término de um curso superior ou o ingresso no primeiro emprego para se pensar em empreender e inovar. A excelente formação acadêmica e tecnológico-profissional de nossos jovens continua a ser uma das exigências de sua educação plena, porém novas demandas estão se impondo como necessárias à inserção crítica e com autonomia no mercado de trabalho e colocando novos desafios à reinvenção da sua empregabilidade. O emprego, na ótica tradicional, já não dá conta das exigências de sobrevivência, de desenvolvimento sustentável, entre outras demandas da produção de uma sociedade digna, fraterna e justa.
Problematizar sobre novas possibilidades de emprego e alternativas criativas de sobrevivência, que contribuam para o desenvolvimento das comunidades locais e de processos mais amplos, passa a ser responsabilidade de todos os educadores e profissionais que direta ou indiretamente participam da vida dos jovens no nosso país. Isso também vai fazendo parte da vida do próprio jovem, na medida em que constrói e/ou conquista autonomia.
Este conceito precisa ser ampliado, relacionando-o principalmente com as categorias de autonomia, criticidade e criatividade, a partir dos ensinamentos de Paulo Freire. Precisamos estar situados no mundo como sujeitos construtores da história, pois viver intensamente o presente e empreender é iniciar a construção de um futuro provavelmente promissor.
Eis um grande desafio a enfrentar! É importante considerar o empreendedorismo como uma oportunidade a mais para a inserção crítica e com autonomia do jovem no mercado de trabalho, como possibilidade de afirmação da sua identidade como ser humano. Isso pode torná-lo capaz de socializar ideias, de trabalhar junto, de inovar num processo colaborativo, de realizar-se em processos criativos de trabalho, rompendo com dependência dos padrões tradicionais de emprego. Empreender é ampliar uma visão de mundo, de si mesmo no mundo do trabalho.
A ideia das novas formas de trabalho e, não exclusivamente de emprego, vem ganhando força entre diversos segmentos da sociedade. Nesse contexto, torna-se cada vez mais necessária a inclusão do tema empreendedorismo/protagonismo juvenil nos currículos da escola básica e da universidade, para que o jovem tenha o direito de ser educado para a mudança e não para estabilidade. A responsabilidade e o compromisso com essa formação incluem uma prática educativa dialógica que possibilite aos jovens uma leitura crítica de mundo e o reconhecimento de, como sujeitos históricos, podem ousar e intervir com autonomia no mercado de trabalho, participando da construção de um mundo melhor.
Targélia de Souza Albuquerque é Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
http://www.profissaomestre.com.br/
Ensinar português, matemática e outras matérias continua sendo a prioridade da escola. No entanto, com um mercado de trabalho cobrando cada vez mais do jovem, será que a escola não deveria se preocupar também em formar um jovem empreendedor, capaz de suprir esta demanda? É isto que a doutora em Educação Targélia de Souza Albuquerque indaga neste texto, produzido exclusivamente para o Jornal Virtual
Empreendedorismo jovem: qual o seu lugar na escola básica?
Iniciamos esse diálogo com uma problematização para a escola, e em especial, para nós, educadores: como os jovens podem fazer a diferença como coautores de uma cidadania planetária e qual o compromisso da escola básica com a formação plena de nossos estudantes?
Nos últimos trinta anos, as transformações sociais vêm se radicalizando e exigindo posicionamentos científicos e tecnológicos cada vez mais inovadores. A sociedade do conhecimento gera poder na medida em que constrói as relações de subordinação. Por essa razão, uma educação emancipadora se torna indispensável cada vez mais cedo. Não se pode esperar mais o término de um curso superior ou o ingresso no primeiro emprego para se pensar em empreender e inovar. A excelente formação acadêmica e tecnológico-profissional de nossos jovens continua a ser uma das exigências de sua educação plena, porém novas demandas estão se impondo como necessárias à inserção crítica e com autonomia no mercado de trabalho e colocando novos desafios à reinvenção da sua empregabilidade. O emprego, na ótica tradicional, já não dá conta das exigências de sobrevivência, de desenvolvimento sustentável, entre outras demandas da produção de uma sociedade digna, fraterna e justa.
Problematizar sobre novas possibilidades de emprego e alternativas criativas de sobrevivência, que contribuam para o desenvolvimento das comunidades locais e de processos mais amplos, passa a ser responsabilidade de todos os educadores e profissionais que direta ou indiretamente participam da vida dos jovens no nosso país. Isso também vai fazendo parte da vida do próprio jovem, na medida em que constrói e/ou conquista autonomia.
Este conceito precisa ser ampliado, relacionando-o principalmente com as categorias de autonomia, criticidade e criatividade, a partir dos ensinamentos de Paulo Freire. Precisamos estar situados no mundo como sujeitos construtores da história, pois viver intensamente o presente e empreender é iniciar a construção de um futuro provavelmente promissor.
Eis um grande desafio a enfrentar! É importante considerar o empreendedorismo como uma oportunidade a mais para a inserção crítica e com autonomia do jovem no mercado de trabalho, como possibilidade de afirmação da sua identidade como ser humano. Isso pode torná-lo capaz de socializar ideias, de trabalhar junto, de inovar num processo colaborativo, de realizar-se em processos criativos de trabalho, rompendo com dependência dos padrões tradicionais de emprego. Empreender é ampliar uma visão de mundo, de si mesmo no mundo do trabalho.
A ideia das novas formas de trabalho e, não exclusivamente de emprego, vem ganhando força entre diversos segmentos da sociedade. Nesse contexto, torna-se cada vez mais necessária a inclusão do tema empreendedorismo/protagonismo juvenil nos currículos da escola básica e da universidade, para que o jovem tenha o direito de ser educado para a mudança e não para estabilidade. A responsabilidade e o compromisso com essa formação incluem uma prática educativa dialógica que possibilite aos jovens uma leitura crítica de mundo e o reconhecimento de, como sujeitos históricos, podem ousar e intervir com autonomia no mercado de trabalho, participando da construção de um mundo melhor.
Targélia de Souza Albuquerque é Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
http://www.profissaomestre.com.br/
sábado, 23 de julho de 2011
Nossa Senhora do Crack
Artista instala imagem de "Nossa Senhora do Crack" em São Paulo
À frente de um fundo azul, a imagem de Virgem Maria feita de gesso tem adornos dourados. A escultura, que seria muito comum dentro de uma igreja, está numa espécie de altar instalado na região da cracolândia (centro). A nova santa da cidade é a "Nossa Senhora do Crack".
A espécie de padroeira dos viciados foi montada ontem pelo fotógrafo e artista plástico Zarella Neto, 33, na rua Apa, em Santa Cecília.
Assim que a santa foi colocada, viciados pegaram seus cachimbos e começaram a usar a droga ali mesmo.
Se o fundador da doutrina comunista, o alemão Karl Marx, costumava reproduzir a frase "religião é o ópio do povo", Neto juntou droga e fé no mesmo contexto artístico.
"Resolvi democratizar a santa. Ninguém enxerga essas pessoas. Elas merecem proteção. Sou cristão e a santa é do povo", disse Neto, que nasceu e cresceu no bairro.
A fachada de uma casa abandonada foi o ponto escolhido para a obra, bem em frente à calçada onde viciados se juntam todos os dias.
Para iluminar a inscrição dourada com o nome da santa, Neto puxou a energia elétrica do imóvel onde funciona seu estúdio, perto dali.
Na tarde de ontem, moradores e trabalhadores da região paravam para olhar a obra. "Achei bonito, mas batizar a santa assim é um pecado", afirmou o serralheiro Ednaldo da Silva, 30.
O arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, elogiou a iniciativa e disse que não existe profanação na obra.
"Vi e fiquei comovido. O drama dos dependentes químicos não pode nos deixar indiferentes. São humanos, são irmãos, são filhos de Deus. Nossa Senhora do Crack, rogai por eles e por nós também!", disse Scherer.
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/948761-artista-instala-imagem-de-nossa-senhora-do-crack-em-sao-paulo.shtml
À frente de um fundo azul, a imagem de Virgem Maria feita de gesso tem adornos dourados. A escultura, que seria muito comum dentro de uma igreja, está numa espécie de altar instalado na região da cracolândia (centro). A nova santa da cidade é a "Nossa Senhora do Crack".
A espécie de padroeira dos viciados foi montada ontem pelo fotógrafo e artista plástico Zarella Neto, 33, na rua Apa, em Santa Cecília.
Assim que a santa foi colocada, viciados pegaram seus cachimbos e começaram a usar a droga ali mesmo.
Se o fundador da doutrina comunista, o alemão Karl Marx, costumava reproduzir a frase "religião é o ópio do povo", Neto juntou droga e fé no mesmo contexto artístico.
"Resolvi democratizar a santa. Ninguém enxerga essas pessoas. Elas merecem proteção. Sou cristão e a santa é do povo", disse Neto, que nasceu e cresceu no bairro.
A fachada de uma casa abandonada foi o ponto escolhido para a obra, bem em frente à calçada onde viciados se juntam todos os dias.
Para iluminar a inscrição dourada com o nome da santa, Neto puxou a energia elétrica do imóvel onde funciona seu estúdio, perto dali.
Na tarde de ontem, moradores e trabalhadores da região paravam para olhar a obra. "Achei bonito, mas batizar a santa assim é um pecado", afirmou o serralheiro Ednaldo da Silva, 30.
O arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, elogiou a iniciativa e disse que não existe profanação na obra.
"Vi e fiquei comovido. O drama dos dependentes químicos não pode nos deixar indiferentes. São humanos, são irmãos, são filhos de Deus. Nossa Senhora do Crack, rogai por eles e por nós também!", disse Scherer.
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/948761-artista-instala-imagem-de-nossa-senhora-do-crack-em-sao-paulo.shtml
sábado, 16 de julho de 2011
Dom Julio Endi Akamine, por José Elias Fadul, Pe. Provincial dos Palotinos
As figuras de Dom Julio Endi Akamine, SAC
Com o passar do tempo, a gente percebe que não aprende muitas coisas novas. Mas, é possível aprender coisas velhas. Algumas são milenares. Eu soube, recentemente, que o japonês raciocina por imagens. Isso lhe confere uma maneira muito própria de encarar a vida.
Dom Julio é prova disso. Ele pensa por imagem e sua mãe pensa por imagem. Não fosse assim, o novo bispo, ao fazer seu agradecimento no final da celebração de ordenação, não teria citado, dentre os inúmeros conselhos que sua mãe lhe deu, a imagem da árvore, que se mantém nítida em nossa mente: “Filho, não se esqueça! Quanto mais você sobe numa árvore, mais fino fica o galho e mais forte fica o vento”. Também, ao fazer a primeira pregação na apresentação em sua Região Episcopal Lapa, usou a imagem da atual competição de futebol dizendo: “a primeira pregação do bispo tem de ser como a final da Copa América entre Brasil e Argentina... tem de se jogar tudo”.
A belíssima liturgia de ordenação, com suas inúmeras imagens culturais, não escondeu o mais importante, o senso do sagrado. Por sinal, tudo o que foi oferecido favoreceu o essencial do sacramento. Como cantamos no ofertório: “de todos esses bens, escolhemos o pão, escolhemos o vinho, para o sacrifício”.
Em nome de nossa Comunidade Provincial, quero louvar a Deus agradecendo a confirmação de sua Palavra na Sociedade do Apostolado Católico: “A semente caiu em terra boa e deu fruto” (Sl.64/ 65). Dom Julio Endi Akamine, SAC é a confirmação de que a Família Palotina é terra boa, que a Paróquia Santa Marina é terra boa, que a Arquidiocese de São Paulo é terra boa.
Meu amigo e irmão, Julio “semente”, Julio “ponte”, Deus já havia lhe dado a virtude de unir e aproximar as pessoas. Esse seu testemunho foi marcante em nossa comunidade. Agora o será mais ainda para toda a Igreja. Com sua maneira própria de ser e sem se cansar de fazer o bem, viva seus melhores dias no serviço de seu Ministério Episcopal na Igreja de São Paulo.
São Paulo, 10 de julho de 2011.
Pe. José Elias Fadul, SAC
Com o passar do tempo, a gente percebe que não aprende muitas coisas novas. Mas, é possível aprender coisas velhas. Algumas são milenares. Eu soube, recentemente, que o japonês raciocina por imagens. Isso lhe confere uma maneira muito própria de encarar a vida.
Dom Julio é prova disso. Ele pensa por imagem e sua mãe pensa por imagem. Não fosse assim, o novo bispo, ao fazer seu agradecimento no final da celebração de ordenação, não teria citado, dentre os inúmeros conselhos que sua mãe lhe deu, a imagem da árvore, que se mantém nítida em nossa mente: “Filho, não se esqueça! Quanto mais você sobe numa árvore, mais fino fica o galho e mais forte fica o vento”. Também, ao fazer a primeira pregação na apresentação em sua Região Episcopal Lapa, usou a imagem da atual competição de futebol dizendo: “a primeira pregação do bispo tem de ser como a final da Copa América entre Brasil e Argentina... tem de se jogar tudo”.
A belíssima liturgia de ordenação, com suas inúmeras imagens culturais, não escondeu o mais importante, o senso do sagrado. Por sinal, tudo o que foi oferecido favoreceu o essencial do sacramento. Como cantamos no ofertório: “de todos esses bens, escolhemos o pão, escolhemos o vinho, para o sacrifício”.
Em nome de nossa Comunidade Provincial, quero louvar a Deus agradecendo a confirmação de sua Palavra na Sociedade do Apostolado Católico: “A semente caiu em terra boa e deu fruto” (Sl.64/ 65). Dom Julio Endi Akamine, SAC é a confirmação de que a Família Palotina é terra boa, que a Paróquia Santa Marina é terra boa, que a Arquidiocese de São Paulo é terra boa.
Meu amigo e irmão, Julio “semente”, Julio “ponte”, Deus já havia lhe dado a virtude de unir e aproximar as pessoas. Esse seu testemunho foi marcante em nossa comunidade. Agora o será mais ainda para toda a Igreja. Com sua maneira própria de ser e sem se cansar de fazer o bem, viva seus melhores dias no serviço de seu Ministério Episcopal na Igreja de São Paulo.
São Paulo, 10 de julho de 2011.
Pe. José Elias Fadul, SAC
UMA EXPERIENCIA INDESCRITÍVEL peregrinos de mary ward em S. João do Piauí
UMA EXPERIENCIA INDESCRITÍVEL
Do aeroporto de Petrolina ao campo de missão em um ônibus partimos com a expectativa de chegarmos em Lagoa do Barro, São João do Piuai e Paes Landin. A estrada é uma pista de mão dupla com pouca sinalização, porém com asfalto bom; a visão da região é bela; a caatinga com suas características próprias encantam e desencantam. No encanto está o seco das plantas com alguns arbustos verdes, com o xexéu e outros cactos, além dos montes e pedras exuberantes. Logo adiante um grupo de cabra e cabritos pastando e curiosamente onde há sinal de plantação existe um cercado, diferentemente do sul do país em que os animais ficam confinados para não atacarem a plantação, aqui é o oposto os animais ficam soltos e as plantações ficam presas; rodamos, rodamos e parecia não ter fim talvez essa sensação devido ao cansaço de um dia de serviço somado à viagem que ainda estava iniciando. Tão logo chegamos em Lagoa do Barro fomos acolhidos pelo padre e membros da comunidade que nos ofereceram um farto e delicioso café. Um grupo de missionários aí ficou e seguimos viagem... estrada “sem fim” até que avistamos S. João do Piauí e ao lado da Igreja um grupo enorme de paroquianos com faixas e muita animação acolheram-nos, fomos para a Igreja quando lideres e o padre nos deram as boas vindas. O outro grupo de missionário retornou ao ônibus e partiram para Paes Landin, o terceiro município a ser visitado pelos missionários.
Do aeroporto de Petrolina ao campo de missão em um ônibus partimos com a expectativa de chegarmos em Lagoa do Barro, São João do Piuai e Paes Landin. A estrada é uma pista de mão dupla com pouca sinalização, porém com asfalto bom; a visão da região é bela; a caatinga com suas características próprias encantam e desencantam. No encanto está o seco das plantas com alguns arbustos verdes, com o xexéu e outros cactos, além dos montes e pedras exuberantes. Logo adiante um grupo de cabra e cabritos pastando e curiosamente onde há sinal de plantação existe um cercado, diferentemente do sul do país em que os animais ficam confinados para não atacarem a plantação, aqui é o oposto os animais ficam soltos e as plantações ficam presas; rodamos, rodamos e parecia não ter fim talvez essa sensação devido ao cansaço de um dia de serviço somado à viagem que ainda estava iniciando. Tão logo chegamos em Lagoa do Barro fomos acolhidos pelo padre e membros da comunidade que nos ofereceram um farto e delicioso café. Um grupo de missionários aí ficou e seguimos viagem... estrada “sem fim” até que avistamos S. João do Piauí e ao lado da Igreja um grupo enorme de paroquianos com faixas e muita animação acolheram-nos, fomos para a Igreja quando lideres e o padre nos deram as boas vindas. O outro grupo de missionário retornou ao ônibus e partiram para Paes Landin, o terceiro município a ser visitado pelos missionários.
Retiro catequistas no Piauí: Oração alimento cristão para testemunho da Palavra
No dia 3 de julho fiz 2 palestras no Retiro para os Catequistas da Paróquia S. João Batista em São João do Piauí. O tema do retiro foi: Oração alimento cristão para testemunho da Palavra
Inspirado pelo tema eu falei na primeira palestra da Oração na vida cristã. O ponto de partida foi o mandato de Jesus de onde dois ou mais estiverem reunidos em nome d´Ele, Ele estará. Falamos do poder da oração, “peçam o que quiserem e Eu vos concederei”... falamos da importância da oração comunitária, sobretudo da Eucaristia. Na parte da tarde trabalhei três grandes personagens da Bíblia, para motivar o catequista a dar testemunho da Biblia. O primeiro foi Judas, o segundo Pedro e o terceiro Paulo. Todos homens de muita garra e convicção, porém assumiram posturas diferentes diante de Jesus. Judas recebeu de Jesus tudo o que o Pai quis, e traiu Jesus. Pedro foi fiel servidor, mas na hora H negou-o. Paulo o perseguidor! Caiu do cavalo e tornou-se o grande anunciador de Jesus. Provoquei os catequistas a pensarem em sua missão e como estão respondendo aos apelos de Jesus. Depois da primeira palestra a irmã Cleide orientou a oração pessoal com o texto bíblico sobre os frutos do Espírito e, depois da segunda palestra orientou a oração com o texto sobre ser sal e luz da terra. Teminamos o retiro com uma dinâmica feita pela missionária Maria de Lourdes, em que cada catequista assumiu sua tarefa de ser LUZ DO MUNDO!
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Desarmar e amar: para além do sim e do não
Desarmar e amar: para além do sim e do não
Volta à mídia a discussão sobre o desarmamento da população brasileira. Na verdade o assunto nunca deixou de ser intensamente discutido em fóruns como a Internet, em conversas informais, entre amigos, no ambiente de trabalho e escolas.
A questão é polêmica. Todos os dias, ao abrir minha caixa postal encontro diversas mensagens, e-mails, com opiniões de todos os tons e níveis possíveis e imagináveis.
Fica difícil, num primeiro momento, formar uma opinião sensata sobre o assunto, uma vez que ele, em geral, é discutido de forma passional, emocional, com pouco equilíbrio e isenção. Há dúvidas, também, nas pesquisas, estatísticas e números que são apresentados pelas diferentes correntes. Fica no ar a sensação de manipulação, de desconfiança, de pouca credibilidade.
Mas, teimoso que sou, tento, nesta nova investida, relativizar a forma e ir além, avaliando o conteúdo, os argumentos. E aí, um impasse: há posições razoáveis dos dois lados.
Os que são contra o desarmamento alegam, em primeiro lugar, o direito constitucional e inalienável à legítima defesa. Criticam também, e com razão, a pouca eficácia do aparato policial oficial no combate à criminalidade. Lembram que quem vai ser desarmado é o cidadão de bem, arma de bandido não tem nota fiscal nem vai ser devolvida, e que eles, os bandidos, podem sentir-se mais à vontade ainda sabendo que, do lado de lá, há uma vítima indefesa. Citam casos específicos em que as pessoas precisariam das armas como proteção, como no caso de ex-policiais e moradores de locais isolados, como sítios e fazendas. São argumentos plausíveis.
Os que são pelo desarmamento apresentam também razões de peso. A campanha de entrega de armas desenvolvida pelo Governo Federal trouxe uma redução significativa no número de homicídios. Menos armas na mão da população, menos mortes, menos violência.
Citam os inúmeros casos de acidentes domésticos, em especial com crianças. Mostram que o cidadão comum, em geral, está despreparado para usar a arma em defesa própria e acaba sendo vítima do bandido, que conta sempre com o fator surpresa a seu favor. Acentuam também que a posse de uma arma pode transformar simples discussões de trânsito ou bate boca entre vizinhos em tragédias irreversíveis. Registram os lucros imensos que estão por trás da indústria armamentista mundial, que teme que uma legislação que restrinja a posse de armas, se aprovada no Brasil, possa levar outros países a buscar o mesmo caminho.
Dados e argumentos também irretocáveis.
Diante de tal equilíbrio de forças, tenho a impressão de que a maioria da população acaba optando pelos argumentos emocionais. “Pensa” com medo, raiva ou ambos. O que não é bom.
Para dificultar ainda mais, em função da crise de credibilidade e caráter que vivemos, o debate corre o risco de transformar-se em espaço e momento de protesto contra o governo, os políticos, “eles”, vistos como uma espécie de entidade externa à realidade do povo. O que não deixa de ser verdade, uma vez que o mundo político parece cada vez mais divorciado do cotidiano do brasileiro comum.
O que fazer, o que pensar?
Lembro do que dizia o poeta: “o coração tem razões que a própria razão desconhece...” Fui ouvir, então, meu coração. E ele me disse...
Nossas escolhas falam muito de nós mesmos. Decidimos com tudo o que somos. Das coisas mais simples, como a roupa para ir a uma festa ou ao trabalho, até o presidente (ou presidenta) da República ou o síndico do condomínio, nossas escolhas revelam muito da nossa alma. A boca (e os gestos) fala(m) do que está cheio o coração... diz a Bíblia.
Se em meu coração mora o medo, a raiva, a insegurança, a mágoa, o rancor, o sentimento de vingança, minhas escolhas refletirão isso. Se tenho, arraigados em mim, preconceito e discriminação, minhas opções, meus gestos serão um retrato desses sentimentos. E os sentimentos à flor da pele levam a escolhas imediatas, geralmente passionais e explosivas.
O contrário também é verdadeiro. Se em meu coração habita o desejo de paz, de justiça, para lá se dirigirão as minhas escolhas. Se compreendo que o homem não nasceu para ser ‘o lobo do homem’, mas sim seu irmão, vou buscar construir fraternidade em mim e à minha volta. Decisões que vem do interior mais profundo tem mais chance de se traduzir em escolhas equilibradas, ponderadas.
Mas aí, outro grande problema. Meu coração, assim como a vida, é capaz de abrigar tanto o medo quanto a paz. Nele há espaço para raiva e ternura, desejos de vingança e sede de perdão. Meu coração é humano, assim como tudo o que sou e nele, o Bem e o Mal costumam estar lado a lado...
Então, é preciso ir ainda mais fundo... Perceber que posso até sentir raiva, medo, desejo de vingança, mas não posso consentir que estes sentimentos ocupem meu coração, minha vida. Posso exercer minha liberdade, minha consciência e ir além, em busca do Mais, decisivo, essencial.
Novamente um texto bíblico vem iluminar minha busca:
E Deus criou o homem à sua imagem e semelhança. Homem e Mulher Ele os criou. E viu que tudo era muito bom...”
Imagem e semelhança... bondade original que nos torna parecidos com o Criador. É lá que somos mais verdadeiros. É lá que mora o melhor de nós. Lá está a resposta que eu procurava.
E as pistas continuam: “Felizes os que constroem a paz. Eles serão chamados filhos de Deus...”, diz Jesus em sua Boa Nova.
Somos semelhantes a Deus porque somos capazes de amar. E o amor, mesmo do nosso jeito frágil e limitado, pacifica nossos sentimentos, palavras e gestos. São as escolhas feitas por amor que mais nos realizam, que mais nos trazem a experiência da felicidade que buscamos em tudo e em todos.
E para amar é preciso se desarmar...
Pareço ingênuo, utópico? Pode ser, mas é nessa direção que caminha o meu coração, a minha vida.
Para além de todos os argumentos, números e estatísticas, verdadeiros ou não, convincentes ou não, no mais profundo do meu coração, onde mora o desejo do amor maior, do amor que transbordando de si mesmo criou a cada um de nós, há uma pessoa desarmada.
É ao encontro dessa pessoa que quero caminhar. Nela, repito, mora o melhor de mim, o melhor de nós.
Ficam de lado as razões e os argumentos, tão válidos que acabam por anular-se entre si. Decido na profundidade de mim mesmo, esse território sagrado de liberdade onde até Deus, para entrar, pede licença. E eu digo: seja bem vindo!
E não deixo por menos, sou pelo desarmamento geral e irrestrito. Desarmar a alma, o espírito, as mãos, o coração, o corpo. Desarmar a vida. E amar a vida!
http://amaivos.uol.com.br/amaivos09/noticia/noticia.asp?cod_noticia=18513&cod_canal=87
Volta à mídia a discussão sobre o desarmamento da população brasileira. Na verdade o assunto nunca deixou de ser intensamente discutido em fóruns como a Internet, em conversas informais, entre amigos, no ambiente de trabalho e escolas.
A questão é polêmica. Todos os dias, ao abrir minha caixa postal encontro diversas mensagens, e-mails, com opiniões de todos os tons e níveis possíveis e imagináveis.
Fica difícil, num primeiro momento, formar uma opinião sensata sobre o assunto, uma vez que ele, em geral, é discutido de forma passional, emocional, com pouco equilíbrio e isenção. Há dúvidas, também, nas pesquisas, estatísticas e números que são apresentados pelas diferentes correntes. Fica no ar a sensação de manipulação, de desconfiança, de pouca credibilidade.
Mas, teimoso que sou, tento, nesta nova investida, relativizar a forma e ir além, avaliando o conteúdo, os argumentos. E aí, um impasse: há posições razoáveis dos dois lados.
Os que são contra o desarmamento alegam, em primeiro lugar, o direito constitucional e inalienável à legítima defesa. Criticam também, e com razão, a pouca eficácia do aparato policial oficial no combate à criminalidade. Lembram que quem vai ser desarmado é o cidadão de bem, arma de bandido não tem nota fiscal nem vai ser devolvida, e que eles, os bandidos, podem sentir-se mais à vontade ainda sabendo que, do lado de lá, há uma vítima indefesa. Citam casos específicos em que as pessoas precisariam das armas como proteção, como no caso de ex-policiais e moradores de locais isolados, como sítios e fazendas. São argumentos plausíveis.
Os que são pelo desarmamento apresentam também razões de peso. A campanha de entrega de armas desenvolvida pelo Governo Federal trouxe uma redução significativa no número de homicídios. Menos armas na mão da população, menos mortes, menos violência.
Citam os inúmeros casos de acidentes domésticos, em especial com crianças. Mostram que o cidadão comum, em geral, está despreparado para usar a arma em defesa própria e acaba sendo vítima do bandido, que conta sempre com o fator surpresa a seu favor. Acentuam também que a posse de uma arma pode transformar simples discussões de trânsito ou bate boca entre vizinhos em tragédias irreversíveis. Registram os lucros imensos que estão por trás da indústria armamentista mundial, que teme que uma legislação que restrinja a posse de armas, se aprovada no Brasil, possa levar outros países a buscar o mesmo caminho.
Dados e argumentos também irretocáveis.
Diante de tal equilíbrio de forças, tenho a impressão de que a maioria da população acaba optando pelos argumentos emocionais. “Pensa” com medo, raiva ou ambos. O que não é bom.
Para dificultar ainda mais, em função da crise de credibilidade e caráter que vivemos, o debate corre o risco de transformar-se em espaço e momento de protesto contra o governo, os políticos, “eles”, vistos como uma espécie de entidade externa à realidade do povo. O que não deixa de ser verdade, uma vez que o mundo político parece cada vez mais divorciado do cotidiano do brasileiro comum.
O que fazer, o que pensar?
Lembro do que dizia o poeta: “o coração tem razões que a própria razão desconhece...” Fui ouvir, então, meu coração. E ele me disse...
Nossas escolhas falam muito de nós mesmos. Decidimos com tudo o que somos. Das coisas mais simples, como a roupa para ir a uma festa ou ao trabalho, até o presidente (ou presidenta) da República ou o síndico do condomínio, nossas escolhas revelam muito da nossa alma. A boca (e os gestos) fala(m) do que está cheio o coração... diz a Bíblia.
Se em meu coração mora o medo, a raiva, a insegurança, a mágoa, o rancor, o sentimento de vingança, minhas escolhas refletirão isso. Se tenho, arraigados em mim, preconceito e discriminação, minhas opções, meus gestos serão um retrato desses sentimentos. E os sentimentos à flor da pele levam a escolhas imediatas, geralmente passionais e explosivas.
O contrário também é verdadeiro. Se em meu coração habita o desejo de paz, de justiça, para lá se dirigirão as minhas escolhas. Se compreendo que o homem não nasceu para ser ‘o lobo do homem’, mas sim seu irmão, vou buscar construir fraternidade em mim e à minha volta. Decisões que vem do interior mais profundo tem mais chance de se traduzir em escolhas equilibradas, ponderadas.
Mas aí, outro grande problema. Meu coração, assim como a vida, é capaz de abrigar tanto o medo quanto a paz. Nele há espaço para raiva e ternura, desejos de vingança e sede de perdão. Meu coração é humano, assim como tudo o que sou e nele, o Bem e o Mal costumam estar lado a lado...
Então, é preciso ir ainda mais fundo... Perceber que posso até sentir raiva, medo, desejo de vingança, mas não posso consentir que estes sentimentos ocupem meu coração, minha vida. Posso exercer minha liberdade, minha consciência e ir além, em busca do Mais, decisivo, essencial.
Novamente um texto bíblico vem iluminar minha busca:
E Deus criou o homem à sua imagem e semelhança. Homem e Mulher Ele os criou. E viu que tudo era muito bom...”
Imagem e semelhança... bondade original que nos torna parecidos com o Criador. É lá que somos mais verdadeiros. É lá que mora o melhor de nós. Lá está a resposta que eu procurava.
E as pistas continuam: “Felizes os que constroem a paz. Eles serão chamados filhos de Deus...”, diz Jesus em sua Boa Nova.
Somos semelhantes a Deus porque somos capazes de amar. E o amor, mesmo do nosso jeito frágil e limitado, pacifica nossos sentimentos, palavras e gestos. São as escolhas feitas por amor que mais nos realizam, que mais nos trazem a experiência da felicidade que buscamos em tudo e em todos.
E para amar é preciso se desarmar...
Pareço ingênuo, utópico? Pode ser, mas é nessa direção que caminha o meu coração, a minha vida.
Para além de todos os argumentos, números e estatísticas, verdadeiros ou não, convincentes ou não, no mais profundo do meu coração, onde mora o desejo do amor maior, do amor que transbordando de si mesmo criou a cada um de nós, há uma pessoa desarmada.
É ao encontro dessa pessoa que quero caminhar. Nela, repito, mora o melhor de mim, o melhor de nós.
Ficam de lado as razões e os argumentos, tão válidos que acabam por anular-se entre si. Decido na profundidade de mim mesmo, esse território sagrado de liberdade onde até Deus, para entrar, pede licença. E eu digo: seja bem vindo!
E não deixo por menos, sou pelo desarmamento geral e irrestrito. Desarmar a alma, o espírito, as mãos, o coração, o corpo. Desarmar a vida. E amar a vida!
Autor: Eduardo Machado
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