Je ne suis pas
Charlie Hebdo. Je suis un chrétien. Je suis pour la vie. Don de Dieu!
Esta semana estamos bombardeados pela morte de cartunistas
franceses. E no Brasil, como em todo o mundo manifestamos nosso repúdio ao
terrorismo e a toda ação que fragiliza a vida e a destrói.
Navegando sobre o fato ocorrido na França encontrei no site
o recorte abaixo: http://g1.globo.com/sp/piracicaba-regiao/noticia/2015/01/salao-de-humor-repudia-ataque-em-paris-balas-nao-matam-ideias.html
“O livro "Balas não
matam ideias" foi lançado em 2013, por conta dos festejos dos 40 anos do
Salão Internacional de Humor de Piracicaba. Queiroz o produziu em coautoria com
a acadêmica do Curso de Publicidade, Leticia Ciasi. A produção mostra cartuns
premiados nas principais edições com análises de jornalistas brasileiros.”
Sugestivo título tem o livro. 100% de concordância,
afinal na experiência cristã os mártires fecundam com seu sangue a terra de
missão e luta. Assim foi com Estevão, com Chico Mendes, com Irmã Dorothy Mae Stang entre tantos que foram
mortos em defesa do que acreditavam.
Não conheço o livro e seu propósito, senão o que acima
destaquei, mas me aproprio do título para refletir e fazer provocações:
11. É
preciso repudiarmos todo e qualquer tipo de terror.
2. Liberdade
de expressão não tem o direito de destruir valores e princípios.
3. Atos
terroristas estão fundados em princípios, mesmo que absurdos.
4. Uma
mídia que não respeita e incita a desconstrução de crenças também é terrorista
e destrói vidas.
5. Em
nome da liberdade assumimos posturas radicais e como terroristas matamos
fisicamente por discordarmos do que se diz e faz, matamos com ideias os valores
e princípios que são essenciais aos que neles crêem.
6. A
morte não é só física, a morte se dá também quando livres discordamos do que o
outro vive, crê e faz e, pior, fazemos para destruir o que vive o que crê e o
que faz.
7. Não
só balas matam. Ideias como o humor gráfico também matam!
Je suis ....
1. Que
não haja o terrorismo, que não haja uma mídia terrorista!
2. Que
a liberdade religiosa não seja instrumento de conflito e intolerância!
3. Que
a mídia livre não seja um instrumento de manipulação e destruição de culturas e
de vidas!
4. Como
católico é inadmissível ver um cartunista colocar no lugar da hóstia uma
camisinha! E, como membro de uma sociedade com liberdade de expressão digo: que
cartunista estúpido!
5. Por
que não é permitido matar quem mata princípios, valores e ideias? Na lógica
social atual é preciso fazer justiça, ou seja, vingar. Assim mostra a mídia ao
se referir à investida da Polícia francesa na tentativa de prender os suspeitos:
“caçada”. Assim mostra a sociedade ao estampar nas camisetas a foto do ente
querido que por algum motivo sua vida foi tolhida pela violência: “queremos
justiça”.
Je ne suis pas
Charlie Hebdo. Je suis un chrétien. Je suis pour la vie. Don de Dieu!
Em nome de
minha fé digo: chega de mídia destruidora, sensacionalista, vendedora de sonhos
capitalistas e princípios vazios que tem gerado uma sociedade sem história, sem
cultura, isso não é liberdade de expressão. Chega de religiões destruidoras,
sensacionalistas, vendedoras de sonhos “toma lá da cá” que manipulam os crentes
e fazem uma igreja e sociedade alienada e manipulável. Chega de crenças que
radicalizam seus dogmas e matam vidas!