Estamos todos, com os olhos fixos na tela da tv acompanhando os jogos da copa do mundo, sobretudo do Brasil, nossa seleção, saudosa canarinho!!! A arte do futebol dá lugar a lógicas matemáticas e jogamos com a tabela, sempre na espreita de que o adversário melhor é o que seja mais fraco, para podermos aprender a jogar e, se Deus assim o desejar estaremos na final, e lá, já estaremos preparados para jogar, porque até agora o futebol arte brilhou, não por luz própria, mas pela luz dos adversários. Avante Brasil, somos mais de 180 milhões torcendo pelo HEXA! Meu Deus ser HEXA está tão próximo, que bom, que bom que a próxima copa do mundo é aqui no Brasil e melhor ainda, não teremos eleições para os cargos estaduais e federais, assim quem sabe venceremos o sétimo campeonato mundial e PODERMOS DESCANSAR! Afinal, foi no sétimo dia que Deus descansou! Que laborem as 24 pernas e aqui onde há milhões de pernas que esqueçamos as eleições!
BLOG DO PROFESSOR GALIANI Filosofia, teologia, pedagogia, e tantas "ias" que fazem o dia-a-dia.... "Aflictis lentae, celeres gaudentibus horae"
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Gabriel Chalita... vereador mais votado de SP 2008, ligado a Geraldo Alckmin, saí do PSDB. pode concorrer ao Senado, optou pelo PSB - PSDB foi preconceituoso
Chalita diz que saiu porque PSDB foi preconceituoso
Gabriel Chalita, 41 anos, foi o vereador mais votado de São Paulo na eleição de 2008, graças à imagem projetada como prolífico autor de livros de autoajuda. Muito ligado ao ex-governador Geraldo Alckmin, sua saída do PSDB foi vista como um indício da gravidade do confronto entre Alckmin e o grupo do governador e presidenciável José Serra. Chalita, que pode concorrer ao Senado, optou pelo PSB, uma legenda da base do governo Serra no plano estadual e de Lula no nacional.
Folha de S.Paulo: Por que o sr. saiu do PSDB?
Gabriel Chalita: Na condição de vereador mais votado do Brasil, eu queria pelo menos ter sido respeitado pelo partido. Eu não fazia parte da Executiva nem do Diretório. Nunca me reuni com o governador Serra. Fui tratado de uma forma preconceituosa no PSDB. Tenho convicções e experiências de sucesso de quando fui secretário da Educação de São Paulo [2001-2006], como o programa Escola da Família.
Folha: E por que o PSB?
Chalita: O Eduardo Campos [governador de Pernambuco do PSB] é um fenômeno. Eu gosto do Márcio França [deputado federal] e tenho fascínio pela Luiza Erundina [deputada federal]. Quando ela foi prefeita de São Paulo [1989-1992], colocou na educação o Paulo Freire [educador, 1921-1997] e nunca enriqueceu na política.
Folha: O sr. esteve com o ex-ministro José Dirceu (PT)?
Chalita: Não tenho nada contra ele, mas nunca vi o José Dirceu pessoalmente na minha vida. Eu sempre tive uma boa relação com o PT. Não estou saindo para brigar com ninguém.
Folha: O sr. se dá bem com o Ciro?
Chalita: Ele era um dos meus modelos quando estava no PSDB. Gosto muito. Ciro não tem nada de desonestidade e corrupção. Ele é combativo e defende suas causas.
Folha: O sr. tentou avisar o Serra de que estava deixando o partido?
Chalita: Sim, mas todas as vezes que ele marcou comigo, ele acabou postergando. Não quero fazer parte de uma campanha sem fazer parte de um projeto. Eu sinto uma carência de projetos no PSDB. O Lula tem um projeto claro para o Brasil.
Folha: Qual sua relação com a ministra Dilma Rousseff?
Chalita: Ela é intransigente na questão moral e, como o Ciro, tem a qualidade de ouvir as pessoas. Um governante ególatra faz coisas imprevisíveis.
Folha: E como fica sua relação com Geraldo Alckmin?
Chalita: Do ponto de vista pessoal, não muda nada. Fui correto com ele, o procurei várias vezes para dizer que eu não tinha espaço no PSDB.
Folha: O sr. não teme que o PSDB tente retomar sua vaga na Câmara?
Chalita: Espero que não, eu ajudei o partido na eleição.
http://vaccarezza.com.br/chalita-diz-que-saiu-porque-psdb-foi-preconceituoso/ (acesso 25/06/10)
Gabriel Chalita, 41 anos, foi o vereador mais votado de São Paulo na eleição de 2008, graças à imagem projetada como prolífico autor de livros de autoajuda. Muito ligado ao ex-governador Geraldo Alckmin, sua saída do PSDB foi vista como um indício da gravidade do confronto entre Alckmin e o grupo do governador e presidenciável José Serra. Chalita, que pode concorrer ao Senado, optou pelo PSB, uma legenda da base do governo Serra no plano estadual e de Lula no nacional.
Folha de S.Paulo: Por que o sr. saiu do PSDB?
Gabriel Chalita: Na condição de vereador mais votado do Brasil, eu queria pelo menos ter sido respeitado pelo partido. Eu não fazia parte da Executiva nem do Diretório. Nunca me reuni com o governador Serra. Fui tratado de uma forma preconceituosa no PSDB. Tenho convicções e experiências de sucesso de quando fui secretário da Educação de São Paulo [2001-2006], como o programa Escola da Família.
Folha: E por que o PSB?
Chalita: O Eduardo Campos [governador de Pernambuco do PSB] é um fenômeno. Eu gosto do Márcio França [deputado federal] e tenho fascínio pela Luiza Erundina [deputada federal]. Quando ela foi prefeita de São Paulo [1989-1992], colocou na educação o Paulo Freire [educador, 1921-1997] e nunca enriqueceu na política.
Folha: O sr. esteve com o ex-ministro José Dirceu (PT)?
Chalita: Não tenho nada contra ele, mas nunca vi o José Dirceu pessoalmente na minha vida. Eu sempre tive uma boa relação com o PT. Não estou saindo para brigar com ninguém.
Folha: O sr. se dá bem com o Ciro?
Chalita: Ele era um dos meus modelos quando estava no PSDB. Gosto muito. Ciro não tem nada de desonestidade e corrupção. Ele é combativo e defende suas causas.
Folha: O sr. tentou avisar o Serra de que estava deixando o partido?
Chalita: Sim, mas todas as vezes que ele marcou comigo, ele acabou postergando. Não quero fazer parte de uma campanha sem fazer parte de um projeto. Eu sinto uma carência de projetos no PSDB. O Lula tem um projeto claro para o Brasil.
Folha: Qual sua relação com a ministra Dilma Rousseff?
Chalita: Ela é intransigente na questão moral e, como o Ciro, tem a qualidade de ouvir as pessoas. Um governante ególatra faz coisas imprevisíveis.
Folha: E como fica sua relação com Geraldo Alckmin?
Chalita: Do ponto de vista pessoal, não muda nada. Fui correto com ele, o procurei várias vezes para dizer que eu não tinha espaço no PSDB.
Folha: O sr. não teme que o PSDB tente retomar sua vaga na Câmara?
Chalita: Espero que não, eu ajudei o partido na eleição.
http://vaccarezza.com.br/chalita-diz-que-saiu-porque-psdb-foi-preconceituoso/ (acesso 25/06/10)
quarta-feira, 23 de junho de 2010
LIVROS DE ENSINO RELIGIOSO EM ESCOLAS PÚBLICAS ESTIMULAM HOMOFOBIA E INTOLERÂNCIA, DIZ ESTUDO
LIVROS DE ENSINO RELIGIOSO EM ESCOLAS PÚBLICAS ESTIMULAM HOMOFOBIA E INTOLERÂNCIA, DIZ ESTUDO - Da Redação* Em São Paulo
Uma pesquisa da UnB (Universidade de Brasília) concluiu que o preconceito e a intolerância religiosa fazem parte da lição de casa de milhares de crianças e jovens do ensino fundamental brasileiro. Produzido com base na análise dos 25 livros de ensino religioso mais usados pelas escolas públicas do país, o estudo foi apresentado no livro “Laicidade: O Ensino Religioso no Brasil”, lançado na última terça-feira (22) em Brasília.
“O estímulo à homofobia e a imposição de uma espécie de ‘catecismo cristão’ em sala de aula são uma constante nas publicações”, afirma a antropóloga e professora do departamento de serviço social, Débora Diniz, uma das autoras do trabalho.
A pesquisa analisou os títulos de algumas das maiores editoras do país. A imagem de Jesus Cristo aparece 80 vezes mais do que a de uma liderança indígena no campo religioso -limitada a uma referência anônima e sem biografia-, 12 vezes mais que o líder budista Dalai Lama e ainda conta com um espaço 20 vezes maior que Lutero, referência intelectual para o Protestantismo. Ítalo Calvino nem mesmo é citado.
O estudo aponta que a discriminação também faz parte da tarefa. Principalmente contra homossexuais. “Desvio moral”, “doença física ou psicológica”, “conflitos profundos” e “o homossexualismo não se revela natural” são algumas das expressões usadas para se referir aos homens e mulheres que se relacionam com pessoas do mesmo sexo. Um exercício com a bandeira das cores do arco-íris acaba com a seguinte questão: “Se isso (o homossexualismo) se tornasse regra, como a humanidade iria se perpetuar?”.
Nazismo
A pesquisadora afirma que o estímulo ao preconceito chega ao ponto de associar uma pessoa sem religião ao nazismo – ideologia alemã que tinha como preceitos o racismo e o anti-semitismo, na primeira metade do século 20. “É sugerida uma associação de que um ateu tenderia a ter comportamentos violentos e ameaçadores”, observa Débora. “Os livros usam de generalizações para levar a desinformação e pregar o cristianismo”, completa a especialista, uma das três autoras da pesquisa.
Os números contrastam com a previsão da Lei de Diretrizes e Base da Educação de garantir a justiça religiosa e a liberdade de crença. A lei 9475, em vigor desde 1997, regulamenta o ensino de religião nas escolas brasileiras. “Há uma clara confusão entre o ensino religioso e a educação cristã”, afirma Débora. A antropóloga reforça a imposição do catecismo. “Cristãos tiveram 609 citações nos livros, enquanto religiões afro-brasileiras, tratadas como ‘tradições’, aparecem em apenas 30 momentos”, comenta a especialista.
*com informações da Agência UnB
http://educacao.uol.com.br/ultnot/2010/06/23/livros-de-ensino-religioso-no-brasil-estimulam-homofobia-e-intolerancia-diz-estudo-da-unb.jhtm
Uma pesquisa da UnB (Universidade de Brasília) concluiu que o preconceito e a intolerância religiosa fazem parte da lição de casa de milhares de crianças e jovens do ensino fundamental brasileiro. Produzido com base na análise dos 25 livros de ensino religioso mais usados pelas escolas públicas do país, o estudo foi apresentado no livro “Laicidade: O Ensino Religioso no Brasil”, lançado na última terça-feira (22) em Brasília.
“O estímulo à homofobia e a imposição de uma espécie de ‘catecismo cristão’ em sala de aula são uma constante nas publicações”, afirma a antropóloga e professora do departamento de serviço social, Débora Diniz, uma das autoras do trabalho.
A pesquisa analisou os títulos de algumas das maiores editoras do país. A imagem de Jesus Cristo aparece 80 vezes mais do que a de uma liderança indígena no campo religioso -limitada a uma referência anônima e sem biografia-, 12 vezes mais que o líder budista Dalai Lama e ainda conta com um espaço 20 vezes maior que Lutero, referência intelectual para o Protestantismo. Ítalo Calvino nem mesmo é citado.
O estudo aponta que a discriminação também faz parte da tarefa. Principalmente contra homossexuais. “Desvio moral”, “doença física ou psicológica”, “conflitos profundos” e “o homossexualismo não se revela natural” são algumas das expressões usadas para se referir aos homens e mulheres que se relacionam com pessoas do mesmo sexo. Um exercício com a bandeira das cores do arco-íris acaba com a seguinte questão: “Se isso (o homossexualismo) se tornasse regra, como a humanidade iria se perpetuar?”.
Nazismo
A pesquisadora afirma que o estímulo ao preconceito chega ao ponto de associar uma pessoa sem religião ao nazismo – ideologia alemã que tinha como preceitos o racismo e o anti-semitismo, na primeira metade do século 20. “É sugerida uma associação de que um ateu tenderia a ter comportamentos violentos e ameaçadores”, observa Débora. “Os livros usam de generalizações para levar a desinformação e pregar o cristianismo”, completa a especialista, uma das três autoras da pesquisa.
Os números contrastam com a previsão da Lei de Diretrizes e Base da Educação de garantir a justiça religiosa e a liberdade de crença. A lei 9475, em vigor desde 1997, regulamenta o ensino de religião nas escolas brasileiras. “Há uma clara confusão entre o ensino religioso e a educação cristã”, afirma Débora. A antropóloga reforça a imposição do catecismo. “Cristãos tiveram 609 citações nos livros, enquanto religiões afro-brasileiras, tratadas como ‘tradições’, aparecem em apenas 30 momentos”, comenta a especialista.
*com informações da Agência UnB
http://educacao.uol.com.br/ultnot/2010/06/23/livros-de-ensino-religioso-no-brasil-estimulam-homofobia-e-intolerancia-diz-estudo-da-unb.jhtm
domingo, 20 de junho de 2010
TIAGO GALIANI JARDIM, feliz aniversário!!!!!!
Quero lhe desejar um FELIZ ANIVERSÁRIO, mas como expressar o que sinto e o que realmente lhe desejo? Sou seu tio, seu padrinho de Batismo e de Crisma é muita responsabilidade, não é mesmo?
Não tenho palavras, por isso, faço uso do dicionário e vocábulos que possam traduzir algumas das coisas que desejo a você nessa data tão importante:
T = TUXAUA
I = INABALÁVEL
A = ATALAIAR
G = GURUPÉS
O = OTIMISMO
Agradeço a Deus pelo teu aniversário e pelo homem que te tornaste!
Pela letra “T” de Tiago, vejo que tu és um verdadeiro
TUXAUA;
e peço a Deus, pela letra “I”, que sejas
INABALÁVEL,
seja um homem forte, firme como uma rocha, para tomar sempre as melhores decisões.
Para que sejas um
TUXAUA INABALÁVEL
é preciso estar sempre atento, de sentinela e,
pela letra “A” te convido a
ATALAIAR,
assim te tornarás
com a letra “G”, um
GURUPÉS
que mesmo nas tempestades está sempre apontando para a frente
adjetivado com uma qualidade única,
que a letra “O” lhe dá, o:
OTIMISMO.
Feliz Aniversário!
Deus te abençoe e proteja, hoje e sempre!
Abreijos!
quarta-feira, 16 de junho de 2010
aprofundar a Leitura Orante da Bíblia, que, aproximando-nos da Palavra de Deus, encontremos os caminhos da vida dos cristãos hoje, neste início de milênio, que, diante da atual mudança de época, respondamos com uma vida nova, haurida nas escrituras sagradas, que nos comunicam a Palavra eterna, o Verbo eterno, Jesus Cristo, nosso Senhor!
A lectio divina
A “Lectio Divina” é uma expressão latina já presente e consagrada no vocabulário católico, que pode ser traduzida como “leitura divina”, “leitura espiritual”, ou ainda como ocorre hoje em nosso país e em vários escritos atuais, como “leitura orante da Bíblia”. Ela é um alimento necessário para a nossa vida espiritual. A partir deste exercício, conscientes do plano de Deus e a Sua vontade, pode-se produzir os frutos espirituais necessários para a salvação. A Lectio Divina é deixar-se envolver pelo plano da Salvação de Deus. Os princípios da Lectio Divina foram expressos por volta do ano 220 e praticados por monges católicos, especialmente as regras monásticas dos santos: Pacômio, Agostinho, Basílio e Bento. O tempo diário dedicado à lectio divina sempre foi grande e no melhor momento do dia. A espiritualidade monástica sempre foi bíblica e litúrgica. A sistematização do método da lectio divina nós encontramos nos escritos de Guigo, o Cartucho, por volta do século XII.
A Lectio Divina tradicionalmente é uma oração individual, porém, pode-se fazê-la em grupo. O importante é rezar com a Palavra de Deus, lembrando o que dizem os bispos no Concílio Vaticano II, relembrando a mais antiga tradição católica – que conhecer a Sagrada Escritura é conhecer o próprio Cristo. Monges diziam que a Lectio Divina é a escada espiritual dos monges, mas é também de todo o cristão. O Papa Bento XVI fez a seguinte observação num discurso de 2005: “Eu gostaria, em especial, recordar e recomendar a antiga tradição da Lectio Divina, a leitura assídua da Sagrada Escritura, acompanhada da oração que traz um diálogo íntimo em que na leitura, se escuta Deus que fala e, rezando, responde-lhe com confiança a abertura do coração”.
O Concílio Vaticano II, em seu decreto Dei Verbum 25, ratificou e promoveu, com todo o peso de sua autoridade, a restauração da Lectio Divina, retomando essa antiquíssima tradição da Igreja Católica. O Concílio exorta igualmente, com ardor e insistência, a todos os fiéis cristãos, especialmente aos religiosos, que, pela frequente leitura das divinas Escrituras, alcancem esse bem supremo: o conhecimento de Jesus Cristo (Fl 3,8). Porquanto, “ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo” (São Jerônimo, Comm. In Is., prol).
O método mais antigo e que inspirou outros mais recentes, é que, seja pessoalmente, em comunidade ou no círculo bíblico nós comecemos a reflexão com a Palavra de Deus e que, depois da invocação do Espírito Santo, segue os passos tradicionais: 1- Lectio (Leitura); 2- Meditatio (Meditação); 3- Oratio (Oração) e 4- Contemplatio (Contemplação). Existem outros métodos que, inspirados aqui, procuram ajudar o cristão a acolher em sua vida a Palavra de Deus e a colocar em prática no seu dia a dia. Em nossa 48ª Assembleia dos Bispos do Brasil, celebrada em Brasília de 3 a 13 de maio último, além de tratar como tema central a “Palavra de Deus”, proporcionou aos Bispos, na manhã do domingo, dia 9, um tempo para lerem, meditarem e rezarem com esse método. A mensagem que foi publicada sobre o tema central está baseada justamente nesse clima. Chegou o momento de passarmos a colocar em nossos grupos de reflexão, círculos bíblicos e outros grupos a Palavra de Deus como fonte de reflexão e inspiração para iluminar a nossa realidade concreta.
O método tradicional é simples: são quatro degraus – “a leitura procura a doçura da vida bem-aventurada; a meditação a encontra; a oração a pede, e a contemplação a experimenta. A leitura, de certo modo, leva à boca o alimento sólido, a meditação o mastiga e tritura, a oração consegue o sabor, a contemplação é a própria doçura que regala e refaz. A leitura está na casca, a meditação na substância, a oração na petição do desejo, a contemplação no gozo da doçura obtida.” (Guigo, o Cartucho, Scala Claustralium).
Portanto, quanto à leitura, leia, com calma e atenção, um pequeno trecho da Sagrada Escritura (aconselha-se que nas primeiras vezes utilizem-se os textos dos Evangelhos). Leia o texto quantas vezes e versões forem necessárias. Procure identificar as coisas importantes desta perícope: o ambiente, os personagens, os diálogos, as imagens usadas, as ações. É importante identificar tudo com calma e atenção, como se estivesse vendo a cena. A leitura é o estudo assíduo das Escrituras, feito com aplicação de espírito.
Quanto à Meditatio, começa, então, diligente meditação. Ela não se detém no exterior, não pára na superfície, apóia o pé mais profundamente, penetra no interior, perscruta cada aspecto. Considera atenta sobre o que esta Palavra está iluminando minha vida e a realidade em que vivo hoje. Quais são as circunstâncias que ela me questiona e me incentiva? Depois de ter refletido sobre esses pontos e outros semelhantes no que toca à própria vida, a meditação começa a pensar no prêmio: Como seria glorioso e deleitável ver a face desejada do Senhor, mais bela do que a de todos os homens (Sl 45,3), não mais tendo a aparência como que o revestiu sua mão, mas envergando a estola da imortalidade, e coroado com o diadema que seu Pai lhe deu no dia da ressurreição e de glória, o dia que o Senhor fez (Sl 118,24).
Quanto à Oratio, toda boa meditação desemboca naturalmente na oração. É o momento de responder a Deus após havê-lo escutado. Esta oração é um momento muito pessoal que diz respeito apenas à pessoa e Deus. Não se preocupe em preparar palavras, fale o que vai ao coração depois da meditação: se for louvor, louve; se for pedido de perdão, peça perdão; se for necessidade de maior clareza, peça a luz divina; se for cansaço e aridez, peça os dons da fé e esperança. Enfim, os momentos anteriores, se feitos com atenção e vontade, determinarão esta oração da qual nasce o compromisso de estar com Deus e fazer a sua vontade. Vendo, pois, a pessoa que não pode por si mesma atingir a desejada doçura de conhecimento e da experiência, e que quanto mais se aproxima do fundo do coração (Sl 64,7), tanto mais distante é Deus (cf. Sl 64,8), ela se humilha e se refugia na oração. E diz: Senhor, que não és contemplado senão pelos corações puros, eu procuro, pela leitura e pela meditação, qual é, e como poder ser adquirida a verdadeira doçura do coração, a fim de por ela conhecer-te, ao menos um pouco.
Quanto ao último passo, a Contemplatio: desta etapa a pessoa não é dona. É um momento que pertence a Deus e sua presença misteriosa, sim, mas sempre presença. É um momento no qual se permanece em silêncio diante de Deus. Se ele o conduzirá à contemplação, louvado seja Deus! Se ele lhe dará apenas a tranquilidade de uns momentos de paz e silêncio, louvado seja Deus! Se para você será um momento de esforço para ficar na presença de Deus, louvado seja Deus! Mas em todas as circunstâncias será uma maneira de ver Deus presente na história e em nossa vida! “Ele recria a alma fatigada, nutre a quem tem fome, sacia sua aridez, lhe faz esquecer tudo o que não é terrestre, vivifica-a, mortificando-a por um admirável esquecimento de si mesma, e embriagando-a sóbria a torna” (Guido, o Cartucho).
Há uma preocupação grande com a vida prática, com a conversão, de modo que muitas vezes se costuma acrescentar a “actio”, ou seja, ação junto com a contemplação. Os temores de uma vida “alienada” podem ser sempre apresentados em todas as circunstâncias, mas quando se aprofunda realmente na Palavra de Deus e se crê que ela é como uma espada de dois gumes que penetra no mais profundo de nosso ser e que também ilumina nossa vida e nosso caminho, teremos certeza de que ela ilumina a nossa estrada e nos conduz com a graça de Deus por uma vida nova.
Portanto, diante deste patrimônio da nossa Igreja que é este método da Lectio Divina, desejo a todos que inspirados na mensagem que os Bispos enviaram acerca do tema central da 48º Assembleia, possamos todos nós aprofundar a Leitura Orante da Bíblia, que, aproximando-nos da Palavra de Deus, encontremos os caminhos da vida dos cristãos hoje, neste início de milênio, que, diante da atual mudança de época, respondamos com uma vida nova, haurida nas escrituras sagradas, que nos comunicam a Palavra eterna, o Verbo eterno, Jesus Cristo, nosso Senhor!
Dom Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro
http://amaivos.uol.com.br/amaivos09/noticia/noticia.asp?cod_Canal=82&cod_noticia=15046
A “Lectio Divina” é uma expressão latina já presente e consagrada no vocabulário católico, que pode ser traduzida como “leitura divina”, “leitura espiritual”, ou ainda como ocorre hoje em nosso país e em vários escritos atuais, como “leitura orante da Bíblia”. Ela é um alimento necessário para a nossa vida espiritual. A partir deste exercício, conscientes do plano de Deus e a Sua vontade, pode-se produzir os frutos espirituais necessários para a salvação. A Lectio Divina é deixar-se envolver pelo plano da Salvação de Deus. Os princípios da Lectio Divina foram expressos por volta do ano 220 e praticados por monges católicos, especialmente as regras monásticas dos santos: Pacômio, Agostinho, Basílio e Bento. O tempo diário dedicado à lectio divina sempre foi grande e no melhor momento do dia. A espiritualidade monástica sempre foi bíblica e litúrgica. A sistematização do método da lectio divina nós encontramos nos escritos de Guigo, o Cartucho, por volta do século XII.
A Lectio Divina tradicionalmente é uma oração individual, porém, pode-se fazê-la em grupo. O importante é rezar com a Palavra de Deus, lembrando o que dizem os bispos no Concílio Vaticano II, relembrando a mais antiga tradição católica – que conhecer a Sagrada Escritura é conhecer o próprio Cristo. Monges diziam que a Lectio Divina é a escada espiritual dos monges, mas é também de todo o cristão. O Papa Bento XVI fez a seguinte observação num discurso de 2005: “Eu gostaria, em especial, recordar e recomendar a antiga tradição da Lectio Divina, a leitura assídua da Sagrada Escritura, acompanhada da oração que traz um diálogo íntimo em que na leitura, se escuta Deus que fala e, rezando, responde-lhe com confiança a abertura do coração”.
O Concílio Vaticano II, em seu decreto Dei Verbum 25, ratificou e promoveu, com todo o peso de sua autoridade, a restauração da Lectio Divina, retomando essa antiquíssima tradição da Igreja Católica. O Concílio exorta igualmente, com ardor e insistência, a todos os fiéis cristãos, especialmente aos religiosos, que, pela frequente leitura das divinas Escrituras, alcancem esse bem supremo: o conhecimento de Jesus Cristo (Fl 3,8). Porquanto, “ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo” (São Jerônimo, Comm. In Is., prol).
O método mais antigo e que inspirou outros mais recentes, é que, seja pessoalmente, em comunidade ou no círculo bíblico nós comecemos a reflexão com a Palavra de Deus e que, depois da invocação do Espírito Santo, segue os passos tradicionais: 1- Lectio (Leitura); 2- Meditatio (Meditação); 3- Oratio (Oração) e 4- Contemplatio (Contemplação). Existem outros métodos que, inspirados aqui, procuram ajudar o cristão a acolher em sua vida a Palavra de Deus e a colocar em prática no seu dia a dia. Em nossa 48ª Assembleia dos Bispos do Brasil, celebrada em Brasília de 3 a 13 de maio último, além de tratar como tema central a “Palavra de Deus”, proporcionou aos Bispos, na manhã do domingo, dia 9, um tempo para lerem, meditarem e rezarem com esse método. A mensagem que foi publicada sobre o tema central está baseada justamente nesse clima. Chegou o momento de passarmos a colocar em nossos grupos de reflexão, círculos bíblicos e outros grupos a Palavra de Deus como fonte de reflexão e inspiração para iluminar a nossa realidade concreta.
O método tradicional é simples: são quatro degraus – “a leitura procura a doçura da vida bem-aventurada; a meditação a encontra; a oração a pede, e a contemplação a experimenta. A leitura, de certo modo, leva à boca o alimento sólido, a meditação o mastiga e tritura, a oração consegue o sabor, a contemplação é a própria doçura que regala e refaz. A leitura está na casca, a meditação na substância, a oração na petição do desejo, a contemplação no gozo da doçura obtida.” (Guigo, o Cartucho, Scala Claustralium).
Portanto, quanto à leitura, leia, com calma e atenção, um pequeno trecho da Sagrada Escritura (aconselha-se que nas primeiras vezes utilizem-se os textos dos Evangelhos). Leia o texto quantas vezes e versões forem necessárias. Procure identificar as coisas importantes desta perícope: o ambiente, os personagens, os diálogos, as imagens usadas, as ações. É importante identificar tudo com calma e atenção, como se estivesse vendo a cena. A leitura é o estudo assíduo das Escrituras, feito com aplicação de espírito.
Quanto à Meditatio, começa, então, diligente meditação. Ela não se detém no exterior, não pára na superfície, apóia o pé mais profundamente, penetra no interior, perscruta cada aspecto. Considera atenta sobre o que esta Palavra está iluminando minha vida e a realidade em que vivo hoje. Quais são as circunstâncias que ela me questiona e me incentiva? Depois de ter refletido sobre esses pontos e outros semelhantes no que toca à própria vida, a meditação começa a pensar no prêmio: Como seria glorioso e deleitável ver a face desejada do Senhor, mais bela do que a de todos os homens (Sl 45,3), não mais tendo a aparência como que o revestiu sua mão, mas envergando a estola da imortalidade, e coroado com o diadema que seu Pai lhe deu no dia da ressurreição e de glória, o dia que o Senhor fez (Sl 118,24).
Quanto à Oratio, toda boa meditação desemboca naturalmente na oração. É o momento de responder a Deus após havê-lo escutado. Esta oração é um momento muito pessoal que diz respeito apenas à pessoa e Deus. Não se preocupe em preparar palavras, fale o que vai ao coração depois da meditação: se for louvor, louve; se for pedido de perdão, peça perdão; se for necessidade de maior clareza, peça a luz divina; se for cansaço e aridez, peça os dons da fé e esperança. Enfim, os momentos anteriores, se feitos com atenção e vontade, determinarão esta oração da qual nasce o compromisso de estar com Deus e fazer a sua vontade. Vendo, pois, a pessoa que não pode por si mesma atingir a desejada doçura de conhecimento e da experiência, e que quanto mais se aproxima do fundo do coração (Sl 64,7), tanto mais distante é Deus (cf. Sl 64,8), ela se humilha e se refugia na oração. E diz: Senhor, que não és contemplado senão pelos corações puros, eu procuro, pela leitura e pela meditação, qual é, e como poder ser adquirida a verdadeira doçura do coração, a fim de por ela conhecer-te, ao menos um pouco.
Quanto ao último passo, a Contemplatio: desta etapa a pessoa não é dona. É um momento que pertence a Deus e sua presença misteriosa, sim, mas sempre presença. É um momento no qual se permanece em silêncio diante de Deus. Se ele o conduzirá à contemplação, louvado seja Deus! Se ele lhe dará apenas a tranquilidade de uns momentos de paz e silêncio, louvado seja Deus! Se para você será um momento de esforço para ficar na presença de Deus, louvado seja Deus! Mas em todas as circunstâncias será uma maneira de ver Deus presente na história e em nossa vida! “Ele recria a alma fatigada, nutre a quem tem fome, sacia sua aridez, lhe faz esquecer tudo o que não é terrestre, vivifica-a, mortificando-a por um admirável esquecimento de si mesma, e embriagando-a sóbria a torna” (Guido, o Cartucho).
Há uma preocupação grande com a vida prática, com a conversão, de modo que muitas vezes se costuma acrescentar a “actio”, ou seja, ação junto com a contemplação. Os temores de uma vida “alienada” podem ser sempre apresentados em todas as circunstâncias, mas quando se aprofunda realmente na Palavra de Deus e se crê que ela é como uma espada de dois gumes que penetra no mais profundo de nosso ser e que também ilumina nossa vida e nosso caminho, teremos certeza de que ela ilumina a nossa estrada e nos conduz com a graça de Deus por uma vida nova.
Portanto, diante deste patrimônio da nossa Igreja que é este método da Lectio Divina, desejo a todos que inspirados na mensagem que os Bispos enviaram acerca do tema central da 48º Assembleia, possamos todos nós aprofundar a Leitura Orante da Bíblia, que, aproximando-nos da Palavra de Deus, encontremos os caminhos da vida dos cristãos hoje, neste início de milênio, que, diante da atual mudança de época, respondamos com uma vida nova, haurida nas escrituras sagradas, que nos comunicam a Palavra eterna, o Verbo eterno, Jesus Cristo, nosso Senhor!
Dom Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro
http://amaivos.uol.com.br/amaivos09/noticia/noticia.asp?cod_Canal=82&cod_noticia=15046
O caráter do muçulmano ... os pilares do Islam e os princípios morais
O caráter do muçulmano
Os pilares do Islam e os princípios morais:
O profeta Mohamad (S.A.A.W) definiu como um dos primeiros objetivos do seu envio como mensageiro de Deus, ao dizer " Pois eu fui enviado para completar o bom caráter ".
A devoção a Deus não significa aprimorar determinados movimentos sem sentidos ou cultos enigmáticos, mas na verdade são exercícios que prepararam o indivíduo para viver com retidão e boa moral e persistir em se apegar a tal moral por mais que mudem as circunstâncias. A oração (Salat): "Observa a oração, porque a oração preserva contra a obscenidade e os ilícitos …" Alcorão 29:45
O versículo alcorânico descreve a finalidade da oração (Salat), que é afastar o homem das obscenidades e do mau comportamento, no que se refere a falas e atitudes. Disse o profeta Mohamad (S.A.A.W) : " Disse Deus "pois aceito a oração do indivíduo quando nela demonstre humildade diante a minha grandeza, quando não aflija minhas criaturas, quando não insista em desobedecer-me, quando passe o dia mencionando-me, e quando tem piedade do pobre , do necessitado, das viúvas e dos acidentados". O dito anterior indica a relação existente entre a oração e os aspectos sócio-moral e ambiental. AZ-Zacat: Muitos acham que a o pagamento do Az-zacat restitui um imposto sobre os bens, mas, na verdade, Az-zacat é uma das formas de implantar os sentimentos de afeto e carinho entre as diversas camadas sociais e fortalecer o mútuo conhecimento e o bom convívio entre as pessoas.
Disse Deus, o Altíssimo: "Recebe, de seus bens, uma caridade, que os purifica e os engrandeçe" Alcorão 9 :103 O profeta Mohamad ( S.A.A.W ) definiu com mais amplitude o sentido da caridade ao dizer: "Sorrir para seu irmão é uma caridade, ordenar a prática do bem e proibir a prática do mal é uma caridade, orientar uma pessoa perdida no caminho é uma caridade, tirar a sujeira, ossos e espinhos do caminho das pessoas é uma caridade, colocar água no recipiente do seu irmão é uma caridade, guiar um cego no caminho é uma caridade."
O dito anterior demonstra as diversas formas de se fazer caridade, além de evidenciar suas implicações sócio-econômicas, morais e ambientais . O Jejum (Siám): O ato do jejum não é apenas abster-se do consumo de alimentos sólidos e líquidos durante um determinado intervalo. Pelo contrário, o jejum é um largo passo para que tenhamos um controle permanente sobre nossos impulsos e a nossa voracidade. Disse o profeta Mohamad ( S.A.A.W ): " Quem não abandonar o falso testemunho, a mentira e as práticas decorrentes deles, Deus não precisa que tal indivíduo deixe de comer e beber. " E disse também: "O jejum não é apenas deixar de comer e de beber, pois o jejum é abandonar as palavras inadequadas e a prática do sexo ilícito e se alguém fizer uma ignorância contra ti ou insultar-te , diga então : Eu estou em jejum. " Disse Deus, o Altíssimo:" Foi prescrito para vós, como foi prescrito aos vossos antepassados, a fim de alcançardes a temência a Deus" Alcorão 2 : 183 O versículo anterior explica que a finalidade do jejum é aprimorar o comportamento do indivíduo através da observância às ordens de Deus.
A peregrinação (Hajj): Aluuns acreditam que a prática de Hajj não deixa de ser uma visita a lugares sagrados, como se faz em determinadas religiões. O Alcorão assim determina a finalidade de tal prática: Disse Deus, o Altíssimo: "A peregrinação se realiza em determinados meses. Quem a empreender deverá abster-se das relações sexuais, da perversidade e da polêmica. Tudo que fizerdes de bom, Deus o saberá. Equipai-vos das provisões, mas sabei que a melhor provisão é a temência a Deus. Temei-Me, pois, ó sensatos." Alcorão 2:197
Conclusão: Todas as formas de devoção mencionadas acima, apesar de serem diferentes na sua forma, encontram a sua finalidade no que foi esclarecida pelo Profeta Mohamad ( S.A.A.W ) quando disse : "Pois eu fui enviado para completar o bom caráter ".
Se o indivíduo muçulmano não tirar proveito dessas práticas a ponto de se purificar e não conseguir através desses atos aprender como aperfeiçoar seu relacionamento com Deus e com as pessoa, tal sujeito certamente estará muito arruinado. Disse Deus, o Altíssimo: "E quem comparecer como pecador, ante seu Senhor merecerá o inferno, onde nem poderá morrer nem viver. E aqueles que comparecerem ante Ele sendo fiéis e tendo praticado o bem, obterão as mais elevadas dignidades; Jardins de Éden, abaixo dos quais correm rios, onde morarão eternamente. Tal será a retribuição de quem se purifica."Alcorão 20:73-76 A fragilidade do caráter indica a fragilidade da fé Disse Deus, o Altíssimo: "Ó fiéis, temei a Deus e permanecei com os verazes!". Alcorão 9:119 Os versículos têm vários chamamentos; um deles é dirigido aos crentes (fiéis) e sempre quando há um chamamento desse tipo há uma ordem em seguida, como se vê no versículo anterior. Isso nos leva a entender que a crença e a moralidade não se separam na doutrina islâmica. Disse o profeta Mohamad (S.A.A.W) : "Ter vergonha e ter crença são sinônimos inseparáveis; quando se ausenta uma, ausenta-se a outra.". O ser que maltrata seus vizinhos é condenado severamente pela religião, conforme o dito do profeta : "Por Deus, não tem crença, por Deus, não tem crença , por Deus, não tem crença. Os companheiros do profeta perguntaram: Quem será o mensageiro de Deus? Ele respondeu : o sujeito que seu vizinho não tem sossego por sua causa." . Em outro dito disse o profeta ( S.A.A.W ): "Quem acredita em Deus e no Dia do Juízo, que fale bem ou que se cale.". Há outro dito em que o profeta foi perguntado sobre uma mulher que era mencionada por muito jejum, muitas orações e muita caridade que praticava, mas maltratava seus vizinhos. O profeta disse: ela irá para o inferno. Perguntaram sobre outra mulher que era conhecida pelo pouco jejum, poucas orações e dava caridade com pedacinhos de queijo, mas, tratava bem a seus vizinhos. O profeta disse: ela irá para o paraíso.
Os ditos demonstram que a oração, o jejum e a caridade, se não impedirem o sujeito de ser mau caráter, não vão lhe adiantar de nada no Dia de Juízo. Além de demonstrarem a forte ligação entre a prática das devoções e o bom caráter.
Portanto, a crença, a retidão e o bom caráter são elementos ligados e inseparáveis.
Disse o profeta Mohamad (S.A.A.W) : " Por acaso sabem quem é o falido? Responderam os companheiros: o falido entre nós é aquele que não possui bens nem dinheiro. Disse o profeta: o verdadeiro falido é aquele que se apresenta a Deus no dia dia do Juízo Final com muitas orações, muito jejum e muita caridade, mas, também insultou fulano, falou mal de fulano, apropriou-se indevidamente dos bens do fulano, derramou o sangue do fulano e agrediu fulano. Então, tomar-se-á dos seus méritos e serão adicionados aos de todas as pessoas por ele atingidas, até acabarem seus méritos. Em seguida, serão tomados os deméritos dos outros e adicionados a ele e no final será arrastado e jogado no inferno."
Disse também o profeta Mohamad (S.A.A.W) : "Três características, quem as tem será hipócrita, mesmo que jejue, reze, tenha feito a peregrinação e se declarado muçulmano, são : quando fala mente, quando promete não cumpre e quando lhe é confiado algo trai. "
E Que a paz de Deus esteja com o profeta Mohamad.
* Sheikh Abdelbagi Sidahmed Osman, natural do sudão, nacionalidade brasileira, Imam da comunidade Muçulmana do RJ de 1993 e atual presidente desde 2000 representante da Liga Islâmica Mundial e da Organização Islâmica para América Latina no Brasil.
site: www.sbmrj.org.br
http://amaivos.uol.com.br/amaivos09/noticia/noticia.asp?cod_Canal=54&cod_noticia=7017
Os pilares do Islam e os princípios morais:
O profeta Mohamad (S.A.A.W) definiu como um dos primeiros objetivos do seu envio como mensageiro de Deus, ao dizer " Pois eu fui enviado para completar o bom caráter ".
A devoção a Deus não significa aprimorar determinados movimentos sem sentidos ou cultos enigmáticos, mas na verdade são exercícios que prepararam o indivíduo para viver com retidão e boa moral e persistir em se apegar a tal moral por mais que mudem as circunstâncias. A oração (Salat): "Observa a oração, porque a oração preserva contra a obscenidade e os ilícitos …" Alcorão 29:45
O versículo alcorânico descreve a finalidade da oração (Salat), que é afastar o homem das obscenidades e do mau comportamento, no que se refere a falas e atitudes. Disse o profeta Mohamad (S.A.A.W) : " Disse Deus "pois aceito a oração do indivíduo quando nela demonstre humildade diante a minha grandeza, quando não aflija minhas criaturas, quando não insista em desobedecer-me, quando passe o dia mencionando-me, e quando tem piedade do pobre , do necessitado, das viúvas e dos acidentados". O dito anterior indica a relação existente entre a oração e os aspectos sócio-moral e ambiental. AZ-Zacat: Muitos acham que a o pagamento do Az-zacat restitui um imposto sobre os bens, mas, na verdade, Az-zacat é uma das formas de implantar os sentimentos de afeto e carinho entre as diversas camadas sociais e fortalecer o mútuo conhecimento e o bom convívio entre as pessoas.
Disse Deus, o Altíssimo: "Recebe, de seus bens, uma caridade, que os purifica e os engrandeçe" Alcorão 9 :103 O profeta Mohamad ( S.A.A.W ) definiu com mais amplitude o sentido da caridade ao dizer: "Sorrir para seu irmão é uma caridade, ordenar a prática do bem e proibir a prática do mal é uma caridade, orientar uma pessoa perdida no caminho é uma caridade, tirar a sujeira, ossos e espinhos do caminho das pessoas é uma caridade, colocar água no recipiente do seu irmão é uma caridade, guiar um cego no caminho é uma caridade."
O dito anterior demonstra as diversas formas de se fazer caridade, além de evidenciar suas implicações sócio-econômicas, morais e ambientais . O Jejum (Siám): O ato do jejum não é apenas abster-se do consumo de alimentos sólidos e líquidos durante um determinado intervalo. Pelo contrário, o jejum é um largo passo para que tenhamos um controle permanente sobre nossos impulsos e a nossa voracidade. Disse o profeta Mohamad ( S.A.A.W ): " Quem não abandonar o falso testemunho, a mentira e as práticas decorrentes deles, Deus não precisa que tal indivíduo deixe de comer e beber. " E disse também: "O jejum não é apenas deixar de comer e de beber, pois o jejum é abandonar as palavras inadequadas e a prática do sexo ilícito e se alguém fizer uma ignorância contra ti ou insultar-te , diga então : Eu estou em jejum. " Disse Deus, o Altíssimo:" Foi prescrito para vós, como foi prescrito aos vossos antepassados, a fim de alcançardes a temência a Deus" Alcorão 2 : 183 O versículo anterior explica que a finalidade do jejum é aprimorar o comportamento do indivíduo através da observância às ordens de Deus.
A peregrinação (Hajj): Aluuns acreditam que a prática de Hajj não deixa de ser uma visita a lugares sagrados, como se faz em determinadas religiões. O Alcorão assim determina a finalidade de tal prática: Disse Deus, o Altíssimo: "A peregrinação se realiza em determinados meses. Quem a empreender deverá abster-se das relações sexuais, da perversidade e da polêmica. Tudo que fizerdes de bom, Deus o saberá. Equipai-vos das provisões, mas sabei que a melhor provisão é a temência a Deus. Temei-Me, pois, ó sensatos." Alcorão 2:197
Conclusão: Todas as formas de devoção mencionadas acima, apesar de serem diferentes na sua forma, encontram a sua finalidade no que foi esclarecida pelo Profeta Mohamad ( S.A.A.W ) quando disse : "Pois eu fui enviado para completar o bom caráter ".
Se o indivíduo muçulmano não tirar proveito dessas práticas a ponto de se purificar e não conseguir através desses atos aprender como aperfeiçoar seu relacionamento com Deus e com as pessoa, tal sujeito certamente estará muito arruinado. Disse Deus, o Altíssimo: "E quem comparecer como pecador, ante seu Senhor merecerá o inferno, onde nem poderá morrer nem viver. E aqueles que comparecerem ante Ele sendo fiéis e tendo praticado o bem, obterão as mais elevadas dignidades; Jardins de Éden, abaixo dos quais correm rios, onde morarão eternamente. Tal será a retribuição de quem se purifica."Alcorão 20:73-76 A fragilidade do caráter indica a fragilidade da fé Disse Deus, o Altíssimo: "Ó fiéis, temei a Deus e permanecei com os verazes!". Alcorão 9:119 Os versículos têm vários chamamentos; um deles é dirigido aos crentes (fiéis) e sempre quando há um chamamento desse tipo há uma ordem em seguida, como se vê no versículo anterior. Isso nos leva a entender que a crença e a moralidade não se separam na doutrina islâmica. Disse o profeta Mohamad (S.A.A.W) : "Ter vergonha e ter crença são sinônimos inseparáveis; quando se ausenta uma, ausenta-se a outra.". O ser que maltrata seus vizinhos é condenado severamente pela religião, conforme o dito do profeta : "Por Deus, não tem crença, por Deus, não tem crença , por Deus, não tem crença. Os companheiros do profeta perguntaram: Quem será o mensageiro de Deus? Ele respondeu : o sujeito que seu vizinho não tem sossego por sua causa." . Em outro dito disse o profeta ( S.A.A.W ): "Quem acredita em Deus e no Dia do Juízo, que fale bem ou que se cale.". Há outro dito em que o profeta foi perguntado sobre uma mulher que era mencionada por muito jejum, muitas orações e muita caridade que praticava, mas maltratava seus vizinhos. O profeta disse: ela irá para o inferno. Perguntaram sobre outra mulher que era conhecida pelo pouco jejum, poucas orações e dava caridade com pedacinhos de queijo, mas, tratava bem a seus vizinhos. O profeta disse: ela irá para o paraíso.
Os ditos demonstram que a oração, o jejum e a caridade, se não impedirem o sujeito de ser mau caráter, não vão lhe adiantar de nada no Dia de Juízo. Além de demonstrarem a forte ligação entre a prática das devoções e o bom caráter.
Portanto, a crença, a retidão e o bom caráter são elementos ligados e inseparáveis.
Disse o profeta Mohamad (S.A.A.W) : " Por acaso sabem quem é o falido? Responderam os companheiros: o falido entre nós é aquele que não possui bens nem dinheiro. Disse o profeta: o verdadeiro falido é aquele que se apresenta a Deus no dia dia do Juízo Final com muitas orações, muito jejum e muita caridade, mas, também insultou fulano, falou mal de fulano, apropriou-se indevidamente dos bens do fulano, derramou o sangue do fulano e agrediu fulano. Então, tomar-se-á dos seus méritos e serão adicionados aos de todas as pessoas por ele atingidas, até acabarem seus méritos. Em seguida, serão tomados os deméritos dos outros e adicionados a ele e no final será arrastado e jogado no inferno."
Disse também o profeta Mohamad (S.A.A.W) : "Três características, quem as tem será hipócrita, mesmo que jejue, reze, tenha feito a peregrinação e se declarado muçulmano, são : quando fala mente, quando promete não cumpre e quando lhe é confiado algo trai. "
E Que a paz de Deus esteja com o profeta Mohamad.
* Sheikh Abdelbagi Sidahmed Osman, natural do sudão, nacionalidade brasileira, Imam da comunidade Muçulmana do RJ de 1993 e atual presidente desde 2000 representante da Liga Islâmica Mundial e da Organização Islâmica para América Latina no Brasil.
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Crescer para ser feliz
Ninguém é feliz todos os dias. Há dias nos quais levantamos, mas parece que tudo em nós gostaria de ter ficado na cama. Há dias nos quais nossos corações parecem estar nublados, somente nuvem, chuva e frio.
Sentimo-nos desanimados, achando-nos o pior de todos os mortais. Dias de fastio da alma, uma certa náusea da vida, um enjôo da existência. Tudo fica muito rotineiro, o novo tornar-se velho, o belo, comum, a alegria se despedaça em pequenos fragmentos de tristeza, parece que a felicidade escorreu pelo ralo da nossa vida.
Se este é um dos seus dias, você saberá exatamente do que estou falando. É sempre assim, somos mais capazes de compreender a dor ou a alegria quando passamos por elas. Contudo, esteja como estiver o seu dia hoje, é bom lembramos algumas verdades.
Existe dentro de nós uma imensa sede de felicidade e bem-estar. Tudo quanto fazemos na vida, desde o mínimo detalhe, até a coisa mais complicada, é em busca desta felicidade. Daí nossa dificuldade de lidar com esses dias nos quais a felicidade parece ter desaparecido.
Infelizmente, o alvo consciente ou inconsciente da nossa vida tem sido a felicidade. Mas este não é o alvo de Deus para sua vida. Neste dia, quem sabe infeliz para você, Deus quer que você olhe para um outro alvo da vida. O alvo de Deus para você é o crescimento. Isto não significa que Deus não queira sua felicidade, apenas quer alertar para o fato de que a felicidade é uma conseqüência do seu crescimento.
Crescer, desenvolver nossa maturidade, desenvolver nosso potencial, este é o alvo primeiro de Deus para mim e para você. Sem crescimento não haverá felicidade. Se não crescermos, viveremos como crianças desfrutando das pequenas alegrias que os nossos brinquedos nos dá, mas jamais experimentaremos a real felicidade que vem dele.
Todo crescimento passa pela dor. A dor é o sinal de uma nova vida, é o prenúncio de uma nova experiência, é o grito de um novo ser nascendo em nós. Sem dor não haverá crescimento, sem crescimento, novamente, não haverá felicidade.
Neste dia quem sabe de dores, você pode não estar se sentindo feliz, mas você pode estar crescendo. Saiba que apesar das dores de hoje, o crescimento virá e com ele a felicidade que você tanta almeja.
EDUARDO ROSA PEDREIRA é pastor da Comunidade Presbiteriana da Barra da Tijuca e professor da Fundação Getúlio Vargas.
http://amaivos.uol.com.br/amaivos09/noticia/noticia.asp?cod_Canal=51&cod_noticia=7588
Sentimo-nos desanimados, achando-nos o pior de todos os mortais. Dias de fastio da alma, uma certa náusea da vida, um enjôo da existência. Tudo fica muito rotineiro, o novo tornar-se velho, o belo, comum, a alegria se despedaça em pequenos fragmentos de tristeza, parece que a felicidade escorreu pelo ralo da nossa vida.
Se este é um dos seus dias, você saberá exatamente do que estou falando. É sempre assim, somos mais capazes de compreender a dor ou a alegria quando passamos por elas. Contudo, esteja como estiver o seu dia hoje, é bom lembramos algumas verdades.
Existe dentro de nós uma imensa sede de felicidade e bem-estar. Tudo quanto fazemos na vida, desde o mínimo detalhe, até a coisa mais complicada, é em busca desta felicidade. Daí nossa dificuldade de lidar com esses dias nos quais a felicidade parece ter desaparecido.
Infelizmente, o alvo consciente ou inconsciente da nossa vida tem sido a felicidade. Mas este não é o alvo de Deus para sua vida. Neste dia, quem sabe infeliz para você, Deus quer que você olhe para um outro alvo da vida. O alvo de Deus para você é o crescimento. Isto não significa que Deus não queira sua felicidade, apenas quer alertar para o fato de que a felicidade é uma conseqüência do seu crescimento.
Crescer, desenvolver nossa maturidade, desenvolver nosso potencial, este é o alvo primeiro de Deus para mim e para você. Sem crescimento não haverá felicidade. Se não crescermos, viveremos como crianças desfrutando das pequenas alegrias que os nossos brinquedos nos dá, mas jamais experimentaremos a real felicidade que vem dele.
Todo crescimento passa pela dor. A dor é o sinal de uma nova vida, é o prenúncio de uma nova experiência, é o grito de um novo ser nascendo em nós. Sem dor não haverá crescimento, sem crescimento, novamente, não haverá felicidade.
Neste dia quem sabe de dores, você pode não estar se sentindo feliz, mas você pode estar crescendo. Saiba que apesar das dores de hoje, o crescimento virá e com ele a felicidade que você tanta almeja.
EDUARDO ROSA PEDREIRA é pastor da Comunidade Presbiteriana da Barra da Tijuca e professor da Fundação Getúlio Vargas.
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A face ocultada do futebol
Está no ar o maior espetáculo de televisão. Em audiência nada bate a Copa do Mundo. Na Alemanha, em 2006, os 64 jogos foram vistos por 26 bilhões de telespectadores, número que neste ano pode alcançar os 30 bilhões.
São 60 bilhões de olhos vendidos pela FIFA para as emissoras de TV comercializarem com os seus anunciantes. As cifras envolvidas em dinheiro são estratosféricas. Ganham a Federação internacional, as empresas de televisão e os anunciantes reforçando marcas e alavancando a venda de produtos e serviços.
Um ciclo perfeito, onde nada pode ser criticado. Normalmente, a TV no Brasil não critica os jogos transmitidos já que, dentro da lógica empresarial, seria um contrasenso mostrar defeitos do próprio produto. E o futebol, para a TV, nada mais é do que um dos seus produtos, assim como as novelas e os programas de auditório.
Dessa forma se todos ganham e não há criticas, o grande espetáculo do futebol, em sua dimensão máxima que é a Copa do Mundo, chegaria as raias da perfeição. Pelo menos é que mostra a TV.
Mas, e ainda bem que há um mas nessa história, a TV Brasil e a TV Câmara mostraram no programa VerTV alguns aspectos da face do futebol que é ocultada pela TV comercial. Sócrates, o capitão da seleção brasileira de 1982 e o jornalista José Cruz, levantaram algumas pontas do véu que cobre, não apenas o futebol, mas grande parte de toda a estrutura esportiva existente no Brasil.
Para começar não é verdade que todos ganham. Há quem perda, e são muitos. Por exemplo, os jovens que por força da TV associam desde cedo o sucesso esportivo com o consumo de cerveja. Ou desprezam o estudo, uma vez que seus ídolos não precisaram dele para alcançar a glória e a fama.
No programa, Sócrates foi enfático: “A TV vende o sonho do consumo. Vende atitude, aparência, comportamento, moda. Mas, é incapaz de vender educação. E vender esporte sem educação é um crime. Mostram ídolos do futebol que não estudam e são um péssimo exemplo para a sociedade. E não por culpa deles apenas. O sistema estimula que saiam da escola”.
Afirmação que desperta uma curiosidade. A mídia revela diariamente minúcias da vida dos jogadores. Onde vivem, que carros possuem, como são suas casas e suas famílias. Só não dizem até que ano estudaram, em quais escolas, como eram enquanto alunos. Por que será? Sócrates responde: “a ignorância dos jogadores é estimulada pelo sistema. A ele não interessam profissionais com possibilidade de critica”.
O jornalista José Cruz mostra outras perdas. De toda a sociedade. Por exemplo, com a irresponsabilidade dos dirigentes esportivos nos clubes, federações e confederações. Embora privadas, essas entidades recebem dinheiro público e, por isso, deveriam prestar contas publicamente. “As loterias esportivas repassam dinheiro para o futebol. A Timemania está hoje tapando o buraco das dívidas fiscais dos clubes produzidas por dirigentes irresponsáveis”.
E mostra outras perdas sociais. A do dinheiro público desperdiçado, por exemplo, nos Jogos Panamericanos do Rio, em 2007. Dá dois exemplos retirados do relatório do Tribunal de Contas da União: “a compra de 5 mil tochas para serem acesas no evento, das quais só chegaram 500 e, ainda assim apenas 380 foram aproveitadas e a descoberta, depois dos Jogos, pelos auditores do TCU, de 880 caixas contendo aparelhos de ar condicionado que sequer foram abertas. E tudo issosegue impune”.
Tanto Sócrates, como José Cruz, alertam para o fato da seleção nacional e dos seus jogos serem eventos públicos que, no entanto, estão totalmente privatizados. “A seleção brasileira – que usa as cores, o hino e a bandeira do nosso pais – deveria ter parte de suas receitas revertidas para o futebol brasileiro, muito pobre em várias regiões do Brasil”, diz o jornalista.
Sócrates lamenta o volume de recursos jogados fora pela falta de uma política esportiva de Estado. Para ele “o esporte deveria ser um braço da saúde e da educação. Se não ele fica solto” e aponta a deficiência dos cursos de Educação Física: “não há um que trate o esporte com viés comunitário. É tudo individualista”.
E há mais. Quem quiser saber basta entrar no site da TV Câmara, clicar em “conhecer os programas” e depois no VerTV. Lá revela-se um pouco do que a TV comercial teima em ocultar.
Fonte: Laurindo Lalo Leal Filho
http://amaivos.uol.com.br/amaivos09/noticia/noticia.asp?cod_noticia=15218&cod_canal=42
São 60 bilhões de olhos vendidos pela FIFA para as emissoras de TV comercializarem com os seus anunciantes. As cifras envolvidas em dinheiro são estratosféricas. Ganham a Federação internacional, as empresas de televisão e os anunciantes reforçando marcas e alavancando a venda de produtos e serviços.
Um ciclo perfeito, onde nada pode ser criticado. Normalmente, a TV no Brasil não critica os jogos transmitidos já que, dentro da lógica empresarial, seria um contrasenso mostrar defeitos do próprio produto. E o futebol, para a TV, nada mais é do que um dos seus produtos, assim como as novelas e os programas de auditório.
Dessa forma se todos ganham e não há criticas, o grande espetáculo do futebol, em sua dimensão máxima que é a Copa do Mundo, chegaria as raias da perfeição. Pelo menos é que mostra a TV.
Mas, e ainda bem que há um mas nessa história, a TV Brasil e a TV Câmara mostraram no programa VerTV alguns aspectos da face do futebol que é ocultada pela TV comercial. Sócrates, o capitão da seleção brasileira de 1982 e o jornalista José Cruz, levantaram algumas pontas do véu que cobre, não apenas o futebol, mas grande parte de toda a estrutura esportiva existente no Brasil.
Para começar não é verdade que todos ganham. Há quem perda, e são muitos. Por exemplo, os jovens que por força da TV associam desde cedo o sucesso esportivo com o consumo de cerveja. Ou desprezam o estudo, uma vez que seus ídolos não precisaram dele para alcançar a glória e a fama.
No programa, Sócrates foi enfático: “A TV vende o sonho do consumo. Vende atitude, aparência, comportamento, moda. Mas, é incapaz de vender educação. E vender esporte sem educação é um crime. Mostram ídolos do futebol que não estudam e são um péssimo exemplo para a sociedade. E não por culpa deles apenas. O sistema estimula que saiam da escola”.
Afirmação que desperta uma curiosidade. A mídia revela diariamente minúcias da vida dos jogadores. Onde vivem, que carros possuem, como são suas casas e suas famílias. Só não dizem até que ano estudaram, em quais escolas, como eram enquanto alunos. Por que será? Sócrates responde: “a ignorância dos jogadores é estimulada pelo sistema. A ele não interessam profissionais com possibilidade de critica”.
O jornalista José Cruz mostra outras perdas. De toda a sociedade. Por exemplo, com a irresponsabilidade dos dirigentes esportivos nos clubes, federações e confederações. Embora privadas, essas entidades recebem dinheiro público e, por isso, deveriam prestar contas publicamente. “As loterias esportivas repassam dinheiro para o futebol. A Timemania está hoje tapando o buraco das dívidas fiscais dos clubes produzidas por dirigentes irresponsáveis”.
E mostra outras perdas sociais. A do dinheiro público desperdiçado, por exemplo, nos Jogos Panamericanos do Rio, em 2007. Dá dois exemplos retirados do relatório do Tribunal de Contas da União: “a compra de 5 mil tochas para serem acesas no evento, das quais só chegaram 500 e, ainda assim apenas 380 foram aproveitadas e a descoberta, depois dos Jogos, pelos auditores do TCU, de 880 caixas contendo aparelhos de ar condicionado que sequer foram abertas. E tudo issosegue impune”.
Tanto Sócrates, como José Cruz, alertam para o fato da seleção nacional e dos seus jogos serem eventos públicos que, no entanto, estão totalmente privatizados. “A seleção brasileira – que usa as cores, o hino e a bandeira do nosso pais – deveria ter parte de suas receitas revertidas para o futebol brasileiro, muito pobre em várias regiões do Brasil”, diz o jornalista.
Sócrates lamenta o volume de recursos jogados fora pela falta de uma política esportiva de Estado. Para ele “o esporte deveria ser um braço da saúde e da educação. Se não ele fica solto” e aponta a deficiência dos cursos de Educação Física: “não há um que trate o esporte com viés comunitário. É tudo individualista”.
E há mais. Quem quiser saber basta entrar no site da TV Câmara, clicar em “conhecer os programas” e depois no VerTV. Lá revela-se um pouco do que a TV comercial teima em ocultar.
Fonte: Laurindo Lalo Leal Filho
http://amaivos.uol.com.br/amaivos09/noticia/noticia.asp?cod_noticia=15218&cod_canal=42
terça-feira, 15 de junho de 2010
Olhem para as prisões: são jovens! Olhem para as mortes no trânsito: são jovens! Olhem para o tráfico: são jovens! Olhem para os dependentes químicos: são jovens! Olhem para a violência: são jovens! Olhem para vocês, vocês não são mais jovens não precisam ser como os vossos filhos, para que eles lhes confessem o que fazem e, com quem andam. Sejam adultos, com os pés no chão sem a necessidade de concorrerem com vossos filhos. Sejam pais, simplesmente pais, capazes de dizer SIM e NÃO! Que vosso SIM seja SIM, que vosso NÃO seja NÃO!
Senhores pais permitam uma intromissão de um educador em processo de educação. Dias desses um amigo pedagogo narrou que passando pela rua onde mora, já noite, ouviu gritarem seu nome. Ficou satisfeito, pois parecia um grito de amizade, de saudades, de alguém que não era visto há muito tempo, e não um alguém qualquer, mas um alguém que lhes tinha sido importante. De repente em alta voz (gritos) seu nome ecoava por entre os prédios da rua, não mais gritos de alegria, de saudades ou de reconhecimento, mas gritos de desabafo (agora posso gritar – fazer o que bem entender) acompanhados com palavrões. Narrou o pedagogo que seu nome ecoava, em todos os cantos, com adjetivos depreciativos.
Tomado pela dor, pela decepção, pela irá voltou. Dirigiu-se à grade do prédio onde estavam os jovens, alguns correram e pra sua decepção outros vieram até a grade e, o saudaram. Estavam bêbados! Esse amigo pedagogo, não exitou e retribuiu os elogios pedindo que um dos bêbados avisasse quem o tinha agredido dando esse recado: “não sou o que disseram, porque não nasci da mãe deles”. Silenciaram!!! Congelaram!!!
Perguntaram: você está falando isso? Eles vão te arrebentar de porrada! E, o amigo pedagogo usou da pedagogia, que muitos pais deveriam usar com seus filhos, chamou-os à responsabilidade e se quisessem, poderiam vir “para a briga”. É claro que pelo que, o conheço isso jamais aconteceria, talvez viriam e, certamente esse amigo apanharia. Os jovens bêbados pediram desculpa pelos outros e, nos olhos tinham a sentença: fizemos besteira!
Senhores pais, até quando vocês verão seus filhos como responsáveis e donos de suas vidas? Como podem crer que jovens embriagados com vosso dinheiro, com a mesada que vocês dão a eles serão homens e mulheres descentes, responsáveis, comprometidos, coerentes, verdadeiros, justos e honestos?
Esses jovens certamente são frutos da pedagogia materna e paterna, pedagogia que não vê a hora dos filhos estar seguindo a vida deles para não mais incomodarem. Parece absurdo dizer isso, dizer que tem pais que pensam assim. Na verdade não pensam isso, o que querem é que seus filhos vivam bem e, que não dêem mais trabalho porque já cresceram. Acordem pais! Eles cresceram, mas não são autônomos vocês estão financiando seus filhos para o mundo do consumo, do prazer sem freio, do beber inconsequente, do desrespeitar a própria vida e, o que esperar que digam e façam pela vida do outro? Não poderíamos esperar outra coisa de jovens assim, senão que maltratassem quem os acolheu e estendeu a mãe enquanto estavam sob sua tutela educacional.
Vejam o recente caso: depois de várias tentativas frustradas de agendar com os responsáveis por um adolescente um atendimento pedagógico, com o intuito de dialogar com eles para interferir de alguma forma na postura do aluno, para que se comprometa com os estudos, o agendamento foi feito. Arranquei um sofrido bom dia dos responsáveis e imediatamente um deles olhou o relógio e disse “vamos logo, seja objetivo que tenho o que fazer”. Bom, não tive dúvidas, minha educação não permitiu que fizesse a mesma coisa, mas não fiz vista grossa a tão absurda postura, de um adulto que se diz pai. Apresentei um documento que está registrado o dia a dia do aluno e, pedi que os responsáveis assinassem. Agradeci e coloquei-me a disposição para, se necessário, contribuir com a educação escolar do aluno e, num tom irônico o responsável pelo aluno disse “se ele tirar nota ele passa de ano? Então, tá!”.
O que esperar de um filho que tem um pai assim? Bom, cada um é um! Certamente esse filho ficou envergonhado da postura do pai; na sua face ficou dito o que muitos adolescentes querem dizer aos seus pais: é por isso que sou assim. É por isso que a escola chamou vocês! Quero um pai, quero uma mãe! Quero atenção! Quero cuidado! Quero carinho! Quero que se preocupem comigo! Quero que sejam presente na vinha vida!
O que dizer e fazer frente a essas duas narrativas? Não há fórmulas, não há receitas, não há soluções. Os adultos, pais, querem ser diferentes da forma com que foram seus pais, e por isso fazem o que não sabem fazer: educar seus filhos como queriam ter sido educados. Piores aqueles que dão aos filhos a liberdade que não tiveram; dão aos filhos a autonomia que não tiveram e fazem isso conscientes que o mundo está mudado, que as crianças, adolescentes e jovens estão num mundo que exige uma visão e tratamento diferente.
Sim sem sombra de dúvidas que precisam ser compreendidos dentro do contexto em que vivem, porém a EDUCAÇÃO deve estar sobre toda e qualquer realidade vivida.
Pais percebam que seus filhos cresceram na estatura e não no juízo. Percebam que o anonimato social impera dentro de cada um de nós e nos faz cegos dentro de nossa própria casa. Sejam verdadeiros com vocês e façam não o que vossos pais não fizeram por vocês, mas façam o que vocês devem fazer: é o olho do dono que engorda o porco. Sim pais, sejam os primeiros a estudar, para exigir dos filhos o estudo; é preciso que sejam educados, para que seus filhos sejam educados; é preciso que façam boas parcerias para que os seus filhos façam bons amigos; é preciso que desçam do pedestal e pose de “bons pais” para que seus filhos percebam que a vida tem decepções, porém juntos superarão qualquer derrota.
Não pais, não pensem que a escola é inimiga de seus filhos, pelo contrário é lá que eles constroem sonhos, constroem futuro no presente! A escola é para seus filhos o que vocês não são. Os seus filhos são para a escola o que vocês são! Juntos: alunos, pais e escola poderão encontrar caminhos que levem à superação do consumo desenfreado de coisas inúteis, de bebida alcoólica, de prazer sem amor, de felicidade sem dor, de ganhos sem perda.
O texto sagrado judaico-cristão sentencia o futuro de nossos filhos “Onde está o teu coração, aí está o teu tesouro”. Olhem para as prisões: são jovens! Olhem para as mortes no trânsito: são jovens! Olhem para o tráfico: são jovens! Olhem para os dependentes químicos: são jovens! Olhem para a violência: são jovens! Olhem para vocês, vocês não são mais jovens não precisam ser como os vossos filhos, para que eles lhes confessem o que fazem e, com quem andam. Sejam adultos, com os pés no chão sem a necessidade de concorrerem com vossos filhos. Sejam pais, simplesmente pais, capazes de dizer SIM e NÃO! Que vosso SIM seja SIM, que vosso NÃO seja NÃO!
J. A. Galiani
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Projeto Metanóia.
Você já ouviu falar no Projeto Metanóia? Sabe o que é metanóia? Fique ligado! Em breve conhecerá aqui uma alternativa para um planeta sustentável.
Autora do Projeto:
Ana Lúcia Galvão Gomes Galiani
Graduada em Ciências da Computação (PUC) e Comunicação Empresarial (SUMARÉ) -
Especialista em Comunicação e Relações Públicas (USP)
Acompanhe aqui o que é o Projeto Metanóia.
Abreijos,
Autora do Projeto:
Ana Lúcia Galvão Gomes Galiani
Graduada em Ciências da Computação (PUC) e Comunicação Empresarial (SUMARÉ) -
Especialista em Comunicação e Relações Públicas (USP)
Vejam fotos do Prêmio SER HUMANO que o PROJETO METANÓIA recebeu em 2009:
Acompanhe aqui o que é o Projeto Metanóia.
Abreijos,
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