sábado, 17 de abril de 2010

Pedofilia, homossexualidade, celibato, igreja. Irmãos no ministério sacerdotal!

Irmãos no ministério sacerdotal!


     Permitam-me uma opinião sobre os constantes ditos e não ditos em relação à vida sexual dos celibatários católicos que assumiram o ministério sacerdotal. Primeiro considero que o número de pedófilos padres é tão quanto o número de pedófilos não padres, porém não tenho dados. Creio também que o número de padres celibatários que não vivem o celibato seja tão quanto o número de homens e mulheres unidos em matrimonio, que não vivem sua vida sexual só com seu parceiro/a. A homossexualidade no clero secular/religioso é tão quanto a homossexualidade no mundo leigo. Como eu já disse, não tenho dados que comprovem o que digo, tenho depoimento de um ano de vida sacerdotal em que muito me dediquei a ministrar o sacramento da penitencia. Nessa rica experiência aprendi: o Homem age pelo instinto, seu poder racional não tem domínio sobre o poder do sexo, do desejo e do prazer. Todos, padres ou não, são iguais!!! Dizer que o problema da pedofilia é decorrente da imposição do celibato aos padres considero ser estupidez. Dizer que a pedofilia é fruto da homossexualidade é outra estupidez! O que dizer dos tantos casos em que a criança é vítima dentro de sua própria casa, violentada pelo próprio pai?

     O que deve ser questionado não é o celibato dos padres, mas a forma com que os padres lidam com o celibato. Se um homem e uma mulher casados são excluídos da participação de alguns sacramentos da igreja, porque vivem uma segunda união ou porque vivem em adultério, sanção essa imposta pelos padres aos fiéis, é de se perguntar, por que entre os padres e para eles, não há uma punição para os que não vivem os compromissos celibatários?

     Irmãos no ministério sacerdotal, chega de tanta mentira, chega de tanta hipocrisia, chega de tanta aparência, chega de serem sepulcros caiados, chega de se acharem santos, chega de acharem que a missa é de vocês, que o conhecimento bíblico, litúrgico e toda vida eclesial pertencem ao SABER de vocês.

     Os tempos exigem coerência, luta, conquista, sinceridade, transparência, dedicação, honestidade, austeridade, correria ... Estamos cansados de ver padres fantasiados de homem, padres fantasiados de felicidade vivendo o celibato, estamos cansados de ver padres mascarados de padres. Chega de fazer da missa o único lugar de ser padre!!!! Muitos falam, falam, falam....sermões vazios...Homilias distantes do que vivemos no dia a dia...Sorrisos ou carrancas falsos...Tantos aplausos, obrigados e simpatias que não levam à fé, ao compromisso cristão de ver o mundo melhor. A opção do cardeal Joseph Ratzinger feito papa, por uma Igreja “INTRA” não poderia ter dado em outra coisa, está implodindo, o que é bom, afinal o narcisismo impede o verticalismo e horizontalismo do modelo de fé e ação de Jesus.

     Irmãos no ministério fui escorraçado pela mãe igreja, pelas opções que fiz depois de ser ordenado padre, muitos como eu, sacerdotes segundo a ordem de Melquisedec que receberam o sacramento da ordem que imprime caráter, isto é, para sempre, me tornaram um pecador, me impediram de ser igreja de Cristo, me impediram de participar da vida da comunidade, mas certo de que o ministério sacerdotal é para sempre, mesmo tendo feito outra opção e, com o apoio de muitos leigos e até alguns padres, grito com orgulho a Igreja é Mãe! Chega Mãe de ser mentirosa! Cuida de seus filhos sejam eles santos ou pecadores, mas não engane sua família mãe, pois a mentira tem pernas curtas e quando a verdade aparece o estrago já é grande. Mãe Igreja seja como teu Filho e então, toda a humanidade professará que Ele é o Salvador. A mãe que ama, quando não tem mais como salvar seu filho da podridão da vida o denuncia à Lei Humana para que, quem sabe essa, o salve.

(imagem: www.uol.com.br - 17/04/10)
     Coragem mãe Igreja, não basta rezar pelos que tacam pedra na vidraça é preciso limpar a vidraça e o que está por trás dela!!!!!!!!!

J. A. Galiani
jantgal@bol.com.br

Um comentário:

  1. Sou integrante e colaboradora na Paroquia d minha cidade,sempre trabalhei com muito amor a Jesus e minha comunidade, olho com muita preocupaçao as leis erroneas ,ao meu ver e de muitos paroquianos, que, calados não conseguimos fazer nada!!!somos apenas marionetes de uma igreja que faz as próprias leis, impondo tudo a todos.Nào tenho muito estudo, mas sei discernir o certo do errado, pois o Espirito Santo nos concede este dom sempre que recorremos a Ele.Concordo plenamente com sua colação diante dos acontecimentos.Se a igreja não mudar suas leis e conceitos, num futuro bem próximo ela acabará desabando! ou será que ela está esperando que Jesus Cristo volte e dá um basta a tantas leis erradas. Sou muito de acordo com a escolha livre do celibato, pois o padre também é um ser humano e cabe a ele escolher o que ele quer, pois servir a Jesus Cristo não os impede de serem homens,vivendo uma vida normal, dentro dos bons princípios!

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