quinta-feira, 30 de junho de 2011

Programa parcial das missões em S. João do Piaui.

PROGRAMAÇÃO DA SEMANA DA MISSÃO PEREGRINOS DE MARY WARD

PRIMEIRO DIA – 01/07/2011 - sexta-feira

Acolhida – na igreja matriz – animação sobre a responsabilidade dos jovens: Edson, Adão e Antonio Junior.
Após a acolhida uma pequena oração dirigida pelas Irmãs: Terezinha, Socorro, Veraní, com a ajuda das jovens Bruna e Taiz.

Dia 01/07/ 2011 – Às 15 horas – reunião na Igreja São Batista com os representantes das comunidades da Paróquia e os missionários de São Paulo – cada comunidade pode trazer 3 ou 4 pessoas para Participar desta reunião que será muito importante a sua presença.
Palavras de Boas vindas e Benção aos Missionários – Padre Alaércio (O Padre ungirá os peregrinos com um óleo bento e entregará a cada peregrino uma garrafinha de água benta, para ser utilizada nas casas que serão visitadas).

Missa – apresentação dos Peregrinos de Mary Ward

SEGUNDO DIA – 02/07/20111- sábado

Manhã – visitas:
A partir das 8h - comunidades: Juazeirinho e Vila Foca
8h às 9h – Oficinas com crianças da catequese – C. Genésio Arrais

Tarde – oficinas:
14h às 17h – Jovens – Salão Paroquial
15h às 17h - Crianças da Catequese – C. Salomão Carvalho

Noite – show
19/30 – show com a Banda Aguias da Missão – Praça de Eventos

TERCEIRO DIA – 03/07/2011- domingo
Manhã  8h às 17h - Retiro com as Catequistas – Chácara do Elias
8h às 10h – Infância Missionária e coroinhas – CCMW

Tarde
Integrarão com as catequistas na Chácara do Elias

QUARTO DIA – 04/07/2011 - segunda-feira
Manhã – crianças
Tarde - Jovens
Trabalho nas escolas:
U.E. Dirceu Arcoverde
U.E. Salomão Carvalho

Noite – oficinas - 19h30 - liturgia

QUINTO DIA – 05/07/2011- terça-feira
SEXTO DIA – 06/07/2011- quarta-feira
SETIMO DIA - 07/0/02011 - quinta-feira
OITAVO DIA – 08/07/2011 – sexta-feira
NONO DIA 09/07/2011 – sábado
Manhã – Oficinas
8h – com mulheres – Capela Nossa Senhora Aparecida
Tarde – oficinas
15h – com crianças da catequese e coroinhas
Noite 19h – Missa festiva – preparada junto com a comunidade (equipe responsável)

(Obs.: as visitas serão feitas durante todo o dia) Comunidades a serem visitadas durante a Missão:

Santa Maria – Projeto de irrigação
Marrecas
Lisboa
Capim Grosso
Alto da Jurema
Marmeleiro
Centro
Barro Vermelho

DECIMO DIA – 10/07/2011 – domingo
DECIMO PRIMEIRO DIA – 11/07/2011 - segunda-feira
DECIMO – SEGNDO DIA – 12/07/2011 - terça-feira

sexta-feira, 17 de junho de 2011

QUANDO A MORTE NOS SURPREENDE COM SUA "VISITA" FICAMOS SEM SABER O QUE PENSAR

AULA DE PSICOLOGIA APLICADA A ENFERMAGEM - II

Filme DEPARTURES = A PARTIDA, leia a crítica abaixo e depois faça seu comentário:


CRÍTICA http://www.cranik.com/apartida.html  (acesso 30/10/10) - A PARTIDA:


A morte é sempre um tema caro ao cinema. Por mais que procuremos entendê-la, quando ela nos surpreende com a sua "visita" ficamos sem saber o que pensar. Afinal a morte acaba com todas as certezas que supúnhamos ter. O japonês "A Partida" (2008) questiona a morte por outro ângulo, a do preparador de cadáveres.

Daigo (Masahiro Motoki) é um violoncelista que vendo a orquestra onde tocava se desmanchar resolve voltar para sua casa e arrumar outro emprego, recomeçar. Eis que arruma um emprego de preparador de defuntos. Quando a pessoa morre, seus familiares contratam o serviços de Daigo e seu patrão, para deixar o morto mais bonito e mas bem arrumado para a passagem de mundos que a morte propicia.

É muito metafórica e simbólica a morte no filme de Yojiro Takita. O diretor abocanhou o Oscar de melhor filme estrangeiro, pois além da morte seu filme traça paralelos com outros temas como a relação que desenvolvemos com a comida, e porque não com as pessoas mortas , o preconceito com quem trabalha nesse ramo e a necessidade de todo mundo de rever a própria vida, a partir da morte. Talvez essa seja a maior função para os que ficam, rever padrões, atitudes, escolhas.

O filme proporciona ao personagem esse mergulho nos reais significados da vida e vai oferecendo ao expectador uma sensação semelhante. Tudo com muita sutileza e sensibilidade para que se tenha tempo de digerir o ocorrido. Não é choroso o tratamento dado ao tema, é emocional, portanto mais profundo. O filme não deixa de ser uma experiência compartilhada entre Daigo e o público.

Ao se conectar com a morte, Daigo enfrenta o preconceito da mulher, fica só e se dedica a uma profissão desprezada por muitos. As imagens que Takita oferece de Daigo tocando seu violoncelo tendo como fundo a paisagem japonesa reflete como a própria arte do protagonista foi "contaminada" por essa experiência.

A sensação é que a morte é algo belo e que merece ser reverenciada. Afinal não há o que fazer quando ela ocorre. E se a morte é uma passagem de mundos - como defende algumas religiões - porque não preparar o ente querido para que este chegue a outro lugar melhor? A morte revela a matéria dispensável que é nosso corpo.

O diretor não se furta de certa ironia nas cenas onde questiona a relação que estabelecemos com os animais que comemos nas refeições, criando uma associação bizarra - e pertinente – de que também somos como vermes, pronto a devorar um "corpo" morto. Afinal, vacas, bois, galinhas, porcos, frangos e aves em geral servem de alimentos - nutritivos - para os vivos. No Japão onde se come carne crua, imagina o impacto da metáfora? Que serve também para qualquer apreciador de carne.

Por aqui, o corpo também é aparentemente arrumado, maquiado e preparado para que no funeral esteja mais apresentado. O que o filme mostra é uma tradição (o que se supõe pelo filme) japonesa que parece tornar mais bonita e menos impactante a morte, ao propor aos familiares verem o corpo do ente querido manipulado e preparado, supõe-se que o impacto talvez seja menos doloroso.

Simbólico, por vezes engraçado, sensível e emocionante, "A Partida" proporciona diferentes “mergulhos” no conturbado universo da morte. Daigo descobre em sua vida as pequenas mortes inevitáveis no percurso de sua trajetória e a necessidade de renascimento que nos é proporcionado a cada virada de rumo na nossa vida. Oportunidades essas geralmente desperdiçadas, dado a nossa sempre ineficiente disposição a encarar a morte com olhos generosos.


Ficha Técnica -Ano: Japão/2008 - Direção: Yojiro Takita - atores: Masahiro Motoki , Tsutomu Yamazaki , Ryoko Hirosue , Kazuko Yoshiyuki , Kimiko Yo - Duração: 130 min.

OS ESTÁGIOS DA DOR DA MORTE

“Os 5 Estágios da Dor da Morte - A reação psíquica determinada pela experiência com a morte foi descrita por Elisabeth Kubler-Ross como tendo cinco estágios (Berkowitz, 2001):

Primeiro Estágio: negação e isolamento
A Negação e o Isolamento são mecanismos de defesas temporários do Ego contra a dor psíquica diante da morte. A intensidade e duração desses mecanismos de defesa dependem de como a própria pessoa que sofre e as outras pessoas ao seu redor são capazes de lidar com essa dor. Em geral, a Negação e o Isolamento não persistem por muito tempo.

Segundo Estágio: raiva
Por causa da raiva, que surge devido à impossibilidade do Ego manter a Negação e o Isolamento, os relacionamentos se tornam problemáticos e todo o ambiente é hostilizado pela revolta de quem sabe que vai morrer. Junto com a raiva, também surgem sentimentos de revolta, inveja e ressentimento.

Nessa fase, a dor psíquica do enfrentamento da morte se manifesta por atitudes agressivas e de revolta; - porque comigo? A revolta pode assumir proporções quase paranóides; “com tanta gente ruim pra morrer porque eu, eu que sempre fiz o bem, sempre trabalhei e fui honesto”...

Transformar a dor psíquica em agressão é, mais ou menos, o que acontece em crianças com depressão. É importante, nesse estágio, haver compreensão dos demais sobre a angústia transformada em raiva na pessoa que sente interrompidas suas atividades de vida pela doença ou pela morte.

Terceiro Estágio: barganha
Havendo deixado de lado a Negação e o Isolamento, “percebendo” que a raiva também não resolveu, a pessoa entra no terceiro estágio; a barganha. A maioria dessas barganhas é feita com Deus e, normalmente, mantidas em segredo.

Como dificilmente a pessoa tem alguma coisa a oferecer a Deus, além de sua vida, e como Este parece estar tomando-a, quer a pessoa queira ou não, as barganhas assumem mais as características de súplicas.

A pessoa implora que Deus aceite sua “oferta” em troca da vida, como por exemplo, sua promessa de uma vida dedicada à igreja, aos pobres, à caridade ... Na realidade, a barganha é uma tentativa de adiamento. Nessa fase o paciente se mantém sereno, reflexivo e dócil (não se pode barganhar com Deus, ao mesmo tempo em que se hostiliza pessoas).

Quarto Estágio: depressão
A Depressão aparece quando o paciente toma consciência de sua debilidade física, quando já não consegue negar suas condições de doente, quando as perspectivas da morte são claramente sentidas. Evidentemente, trata-se de uma atitude evolutiva; negar não adiantou, agredir e se revoltar também não, fazer barganhas não resolveu. Surge então um sentimento de grande perda. É o sofrimento e a dor psíquica de quem percebe a realidade nua e crua, como ela é realmente, é a consciência plena de que nascemos e morremos sozinhos. Aqui a depressão assume um quadro clínico mais típico e característico; desânimo, desinteresse, apatia, tristeza, choro, etc.

Quinto Estágio: aceitação
Nesse estágio o paciente já não experimenta o desespero e nem nega sua realidade. Esse é um momento de repouso e serenidade antes da longa viagem.

É claro que interessa, à psiquiatria e à medicina melhorar a qualidade da morte (como sempre tentou fazer em relação à qualidade da vida), que o paciente alcance esse estágio de aceitação em paz, com dignidade e bem estar emocional. Assim ocorrendo, o processo até a morte pôde ser experimentado em clima de serenidade por parte do paciente e, pelo lado dos que ficam, de conforto, compreensão e colaboração para com o paciente.”


Sua leitura e reflexão podem sem ampliadas consultando a fonte do recorte acima, veja: Ballone GJ - Lidando com a Morte - in. PsiqWeb Psiquiatria Geral, Internet, 2010 - disponível em http://sites.uol.com.br/gballone/voce/postrauma.html

domingo, 5 de junho de 2011

Um ano de contagem!

A todos que visitam meu blog, muito obrigado!

Estaremos completando um ano de contagem dos visitantes e está dando uma média de 30 visitas por dia. Parabéns a você que visita meu blog!

Abreijos e apareça sempre,


Galiani

O Português são dois. Ou vários

Olá gestores e educadores,


Na semana passada, o livro didático “Por uma Vida Melhor” virou motivo de polêmica nacional ao incluir frases com erros de concordância em uma das lições presentes na publicação, trecho este que aborda as diferenças entre a norma culta e a falada. O texto abaixo, escrito pela professora de Português e doutoranda em Letras pela Universidade Mackenzie-SP, Carmen Valle, afirma que a discussão não deve ser a respeito da comparação feita pelo livro e sim a respeito do método de ensino das escolas atualmente. E você, o que pensa sobre isso? Será que o livro está certo em abordar estas diferenças? Veja mais detalhes no texto a seguir, produzido especialmente para os leitores do Jornal Virtual.

Boa leitura!

O Português são dois. Ou vários

Uma enorme e complexa polêmica foi criada em torno do livro Por uma Vida Melhor, distribuído pelo MEC. A importância desse debate, no entanto, está na oportunidade de clarear questões linguísticas e pedagógicas capazes de promover uma mudança positiva no ensino de língua. E não nas críticas aferradas.

É sabido que a universalização do ensino trouxe aos bancos escolares as classes populares que antes não tinham acesso à educação. Quem frequentou a escola pública dos anos 70 deve se lembrar de que a escola era para a elite e era a elite que ensinava nessas escolas. Naquela época, vínhamos de casa já falantes da norma padrão. O cenário, hoje, é outro; e os atores vêm de famílias compostas por, muitas vezes, nenhum ente alfabetizado. É obrigação da escola ensinar a norma padrão? Indubitavelmente, continua sendo. O fato é que Drummond estava certíssimo: “O português são dois: o outro, mistério.” É nessa constatação que nós, professores de português e linguistas, nos baseamos para defender a ideia de que há várias línguas portuguesas, ou brasileiras, habitando o mesmo espaço.

Para um aluno que chega à escola, falante de uma variante linguística de ordem diastrática (nível social), e que faz uso, para se comunicar, de frases como “nóis pega os peixe”, é improdutivo exigir que compreenda e apreenda as regras da gramática normativa de uma hora para a outra. Parece simples, “Você fala errado! Não importa que seus amigos e sua família se entendam nessa língua. O certo é ‘nós pegamos os peixes’”. Isso não funciona. Basta verificar a atuação pífia de nossos alunos nos instrumentos de avaliação. Esses alunos integram o imaginário coletivo de que a educação é a única ponte possível para se chegar à tão sonhada e necessária mobilidade social. E, de fato, deveria ser.

É compreensível que o olhar daqueles que não enfrentam o dia a dia da sala de aula e tomam por base os resultados vergonhosos do Brasil, em exames como o PISA, seja mesmo de indignação. Mas a questão é bem outra.

A verdade é que o aluno precisa, sim, saber que a variante de que ele faz uso não é “errada”, que essa língua de que ele se utiliza, sistematizada e interiorizada por seu grupo social, é válida. Mas é apenas uma das tantas modalidades linguísticas que um país deste tamanho possui. A norma padrão também era uma variante e foi escolhida como padrão por ser a variante linguística do grupo que gozava de melhor condição socioeconômica. Coexistiam as variantes e ainda coexistem. Não há necessidade de eliminar uma para que a outra seja única. É um olhar míope sobre nossa realidade linguística.

Enfim, ensinar, de início, norma padrão a alunos cuja biografia linguística abarca outra variante é o mesmo que, grosso modo, ensinar as regras da língua francesa a falantes de espanhol. Ninguém entende ninguém. E o resultado é o que temos, o fracasso do ensino da língua. O conceito está corretíssimo. Equivocado é o caminho percorrido. A norma padrão, cujo ensino é, sim, obrigação da escola, deve ser o ponto de chegada e não de partida. Essa é a grande questão. O ensino da língua deve partir da observação e do entendimento da variante do aluno para a reflexão e a apreensão das normas da língua padrão.

Esse livro não é o absurdo que parece ser. Absurdo é cortar a voz de um povo e classificá-lo como melhor ou pior pela variante que usa. Absurdo é o professor, que professa diariamente nos mais diversos rincões deste país, não ter formação e valorização necessárias para a reinvenção de suas práticas pedagógicas e dos caminhos a serem percorridos para o ensino efetivo da língua. Isso, sim, é um crime!

Texto de Carmen Valle, professora mestre de Português e doutoranda em Letras pela Universidade Mackenzie-SP. E-mail: clbvalle@uol.com.br

Acesse o link e veja a revista virtual:

http://www.profissaomestre.com.br/swf/2010/revista_pm.html