sábado, 1 de junho de 2013

Jubileu da Congregação de Jesus - "ALMA JUSTA" - Mary Ward

“ALMA JUSTA”
Mary Ward, em 1615 vive uma experiência mística profunda e coloca-se na prática e vivência do Projeto recebido de Deus: a salvação de homens e mulheres!

A Irmã Cirley, superiora da Congregação de Jesus, esteve no Colégio Mary Ward no dia 29 de maio e fez a apresentação do triênio jubilar da Congregação, que passo a seguir a refletir.




A “Alma Justa”, mística da Congregação de Jesus, é exatamente a disposição interior e exterior de Mary Ward em viver uma vida livre de “pré-conceitos pessoais, sociais, culturais e religiosos”.  Viver o carisma de Mary Ward hoje é seguir a Deus com uma liberdade interior que ultrapassa a vontade própria e nos torna capazes de fazer o bem não pelos merecimentos e capacidades que temos, mas pela graça e misericórdia divina, como afirmava Mary Ward: “Deus dá com generosidade, não para guardar para si, senão para ajudar os demais.”

O 1º de novembro, dia de todos os santos, de 1615 foi para Mary e é para nós hoje um convite para uma vida de amor, de justiça e liberdade. Viver essa terceira dimensão da obra de Mary Ward, a “Alma Justa” é estar disposto a “salvar almas”, ou seja, estabelecer relações marcadas pela verdade, pela fé, pela caridade e por tantos outros valores. Para Mary viver na “alma justa” é deixar-se conduzir por Deus e ser fogo que arde que queima e faz de realidades corruptas, injustas, mentirosas, mortas e indiferentes uma realidade nova e geradora de fraternidade, de solidariedade, de uma sociedade “salva” que vive intensamente valores que promovem a vida em todas as suas dimensões.

A mística da “alma justa” nos move em direção à realização da obra divina, tornamo-nos participantes da criação, criaturas e criadores, para o bem de tudo e de todos como nos pede Mary Ward: “ser conscientes da nossa finalidade”.

Nossa responsabilidade decorrente da visão da “Alma Justa” nos coloca em harmonia profunda com toda a humanidade e a natureza toda. Não como seres superiores, não como poderosos e dominadores, mas como servidores que pela justiça criamos relações transparentes fundadas em virtudes evangélicas que tornam a vida, nossa e dos outros, e do universo uma vida segundo a vontade de Deus.

A “alma justa”, mística da Congregação de Jesus, desafia a vivermos referindo-nos sempre a Deus de forma que nossa vida, na graça divina, possa ser o que exatamente é: presença de Deus! E, como queria Mary Ward as pessoas devem “ser o que parecem e parecer o que são na realidade”.
“Ser realmente o que se é” requer humildade e delicadeza, num movimento interior e exterior intenso de amor à verdade e prática da justiça, “a fim de que fossem abastecidas com a verdadeira sabedoria”.
A felicidade, que tantos buscam, para Mary na mística da “Alma Justa”, passa pelo discernimento do bom, do melhor, do essencial. Assim, ser feliz é viver a justiça, a liberdade e a verdade na relação profunda com o essencial, Deus e o outro.

A “Alma Justa” nos impulsiona a perceber que “é justo quem cumpre a vontade de Deus e encontra aí sua felicidade” e, por isto é livre, verdadeiro e vive de forma íntegra na relação com Deus, com os outros e com o que o cerca.

Parabéns Congregação de Jesus! Que, 2013 – 2015, possamos viver de tal forma que testemunhemos pelas palavras e ações o tão grande e precioso carisma de Mary Ward.

J. A. Galiani

Peregrino de Mary Ward

Nenhum comentário:

Postar um comentário