“ALMA JUSTA”
Mary Ward, em 1615 vive uma experiência mística profunda e
coloca-se na prática e vivência do Projeto recebido de Deus: a salvação de
homens e mulheres!
A Irmã Cirley, superiora da Congregação de Jesus, esteve no Colégio Mary Ward no dia 29 de maio e fez a apresentação do triênio jubilar da Congregação, que passo a seguir a refletir.
A “Alma Justa”, mística da Congregação de Jesus, é
exatamente a disposição interior e exterior de Mary Ward em viver uma vida
livre de “pré-conceitos pessoais, sociais, culturais e religiosos”. Viver o carisma de Mary Ward hoje é seguir a
Deus com uma liberdade interior que ultrapassa a vontade própria e nos torna
capazes de fazer o bem não pelos merecimentos e capacidades que temos, mas pela
graça e misericórdia divina, como afirmava Mary Ward: “Deus dá com
generosidade, não para guardar para si, senão para ajudar os demais.”
O 1º de novembro, dia de todos os
santos, de 1615 foi para Mary e é para nós hoje um convite para uma vida de
amor, de justiça e liberdade. Viver essa terceira dimensão da obra de Mary Ward,
a “Alma Justa” é estar disposto a “salvar almas”, ou seja, estabelecer relações
marcadas pela verdade, pela fé, pela caridade e por tantos outros valores. Para
Mary viver na “alma justa” é deixar-se conduzir por Deus e ser fogo que arde
que queima e faz de realidades corruptas, injustas, mentirosas, mortas e
indiferentes uma realidade nova e geradora de fraternidade, de solidariedade,
de uma sociedade “salva” que vive intensamente valores que promovem a vida em
todas as suas dimensões.
A mística da “alma justa” nos
move em direção à realização da obra divina, tornamo-nos participantes da
criação, criaturas e criadores, para o bem de tudo e de todos como nos pede
Mary Ward: “ser conscientes da nossa finalidade”.
Nossa responsabilidade decorrente
da visão da “Alma Justa” nos coloca em harmonia profunda com toda a humanidade
e a natureza toda. Não como seres superiores, não como poderosos e dominadores,
mas como servidores que pela justiça criamos relações transparentes fundadas em
virtudes evangélicas que tornam a vida, nossa e dos outros, e do universo uma
vida segundo a vontade de Deus.
A “alma justa”, mística da
Congregação de Jesus, desafia a vivermos referindo-nos sempre a Deus de forma
que nossa vida, na graça divina, possa ser o que exatamente é: presença de
Deus! E, como queria Mary Ward as pessoas devem “ser o que parecem e parecer o
que são na realidade”.
“Ser realmente o que se é” requer
humildade e delicadeza, num movimento interior e exterior intenso de amor à
verdade e prática da justiça, “a fim de que fossem abastecidas com a verdadeira
sabedoria”.
A felicidade, que tantos buscam,
para Mary na mística da “Alma Justa”, passa pelo discernimento do bom, do
melhor, do essencial. Assim, ser feliz é viver a justiça, a liberdade e a
verdade na relação profunda com o essencial, Deus e o outro.
A “Alma Justa” nos impulsiona a
perceber que “é justo quem cumpre a vontade de Deus e encontra aí sua
felicidade” e, por isto é livre, verdadeiro e vive de forma íntegra na relação
com Deus, com os outros e com o que o cerca.
Parabéns Congregação de Jesus! Que,
2013 – 2015, possamos viver de tal forma que testemunhemos pelas palavras e
ações o tão grande e precioso carisma de Mary Ward.
J. A. Galiani
Peregrino de Mary Ward
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