Sua
vida é um testemunho do amor incondicional que um cristão católico pode
oferecer ao mundo. Natal era mais do que um esposo, viveu o diálogo inter-religioso
dentro de sua própria casa e pai exemplar, educando seus filhos na Comunidade
Religiosa; ele foi um verdadeiro amigo de todos em sua Paróquia, sempre
presente e atuante, contribuindo para o crescimento espiritual de todos à sua
volta.
Como
ministro do Batismo e ministro extraordinário da Eucaristia, Natal ajudou a
trazer a graça dos sacramentos aos corações dos fiéis. Foi um catequista
dedicado, cujas palavras inspiradoras e sábias tocaram muitos, guiando-os na fé
católica com firmeza e compaixão. Ele enxergava em cada encontro uma
oportunidade de semear a Palavra, de ser um canal do amor de Deus e de promover
a justiça, onde quer que estivesse.
Comprometido
com a dignidade humana e a justiça social, Natal nunca se omitiu diante das
necessidades das pessoas, sobretudo dos pobres. Conhecedor da Doutrina Social
da Igreja e em sintonia com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, nunca
recuou diante de párocos que não dialogavam com uma visão Libertadora de
Evangelizar e construir o Reino de Deus, aqui e agora. Fiel à sua Igreja, foi
uma referência para muitos que compreendem o Evangelho e Jesus Cristo, como
aquele que veio para dar Vida ao Mundo e a construção da vida no céu passa pelo
testemunho em vida na terra.
Soube
assimilar o Evangelho, “tive fome e me destes de comer...” com o Carisma
Palotino que, ao longo de sua vida paroquial, absorveu de São Vicente Pallotti
“ser alimento para os famintos, bebida para os sedentos, saúde para os
doentes”. Uma presença amiga, discreta e sobretudo um sorriso que emanava
acolhimento, empatia e sobretudo proteção. Um homem que atraía a todos, amigos
e não amigos, familiares e não familiares.
Gratidão,
meu irmão e amigo por ter me acolhido como sou e não pelos rótulos/títulos que
assumi na vida.
Termino
esta homenagem trazendo um excerto do seu texto na Antologia UM HOMEM E UM
SANTO, quando escreveste suas memórias afetivas de nosso amigo e irmão Padre
Pio Dantas, SAC. Você disse dele e hoje faço de suas palavras minha palavra
para você: “No meu parecer, o Natal [...] foi simples, humilde, zeloso e
acolhedor”.
Aí
do céu, olhe por nós!
Praia Grande, 04
de novembro de 2024 – SP.
Deus em tudo e
sempre!
J. A. Galiani