sábado, 28 de agosto de 2010

Educação: Caminho para a Mobilização Social

Educação: Caminho para a Mobilização Social


Uma sociedade instruída pressupõe a capacidade de aprendizagem contínua. Educar para a cidadania global é procurar desenvolver a compreensão de que o indivíduo é parte de um todo, um microcosmo dentro de um macrocosmo, parte integrante de uma sociedade. Isso pressupõe uma nova filosofia de vida que exige compreensão da globalidade em que estamos inseridos.

Viver em um mundo globalizado já não é futuro, faz parte de nosso cotidiano, ou seja, as mudanças ocorridas na sociedade implicam em ações para a transformação social. O mundo é dinâmico, independentemente de desejarmos ou não, a evolução ocorre, trazendo a tecnologia, que exige da humanidade não só mudanças na maneira de pensar, mas também na de agir e interagir.

Há muito tempo, a escola deixou de ser um espaço somente para o desenvolvimento cognitivo daqueles que a frequentam, hoje essa instituição deve ser encarada também como um ambiente fundamental para ampliação das relações sociais. Assim, igualdade e diferença devem conviver em harmonia nessa instituição, pois todos, sem exceção, têm o direito à Educação. E, para isso acontecer, precisamos estar preparados para reconhecer e valorizar as diferenças, sem negá-las nem discriminá-las.

Fazer parte dos novos tempos, enquanto professor, não depende apenas de equipamentos de última geração (computadores, lousa eletrônica ...) que permitem uma imensa interação, mas, sobretudo uma revisão da metodologia para alcançar o objetivo e cumprir uma das exigências do nosso século. Interação, integração parecem ser palavras de ordem nas instituições educacionais, entretanto, enquanto o aluno for relegado a um papel receptor, menos diferença a tecnologia fará no aprendizado.

A informática é uma ferramenta que permite compartilhar conhecimento, estimulando o raciocínio e as atividades de pesquisa, propicia a interação, a inclusão de superdotados e portadores de necessidades especiais, para isso é necessário que o profissional domine a ferramenta, tenha boa vontade, receba orientações dos especialistas e seja apoiado pelos gestores da escola, pois oferecer educação de qualidade significa fazer adaptações físicas e pedagógicas, a fim de que ocorra a aprendizagem. Aluno com dificuldade é o desafio do professor, pois faz com que aprendamos mais. Uma escola aberta às diferenças é o desafio deste século: uma escola na qual o princípio da inclusão seja o leme a orientar sua organização.

Sabe-se que para a instituição escolar, seja ela pública ou privada, oferecer a inclusão com foco na aprendizagem, ela precisa promover sua autonomia, ou seja, ter a capacidade de decidir sobre suas ações, atendendo às prioridades dos alunos que fazem parte da educação inclusiva. Uma escola autônoma tem liberdade com responsabilidade, quando se permite julgar pelos seus atos, os quais têm consequências diretamente proporcionais à parcela da sociedade a quem está vinculada.

Uma educação de qualidade é aquela que se manifesta além dos muros da escola, atendendo às necessidades de cada indivíduo.

Enfim, para obter bons resultados com classes multisseriadas, é imprescindível superar os pontos fracos e praticar ativamente os pontos positivos.


“É necessário acreditar que, diferentes, somos todos. Limitados somos sempre em relação a alguma coisa ou a alguém! Misteriosos somos todos, porque insondáveis, inconclusivos e surpreendentes somos como seres humanos.’’    (Gaio, 2006, p.173)


Texto de Fatima Lopes Acar Macedo, mestra em Ciências Sociais, especialista em Gestão Escolar e Coordenação Pedagógica. Email:profatimacar@hotmail.com

Boa leitura!
JORNAL VIRTUAL - Ano 8 - Nº 180 -27/08/2010

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