O ser humano é um risco. Falar do homem é participar de seu mistério. Os predicados utilizados para definir o homem, o descreve em relação ao outro. O homem é microcosmo, é SER FRONTEIRA, é de ORIGEM DIVINA. A humanidade está “em” e “com” Deus, ela é “de” Deus e “para” Deus.
O ser humano está voltado para o futuro que é de uma só vez, evento e decisão para o homem. E como o futuro tem como objeto ‘o que ainda não é’, tem em vista um risco. Risco de querer ser humano. O risco pessoal, de cada ser humano faz parte da grande história da humanidade, que é constantemente contrariada pelo mistério do mal. O risco a que está submetido o homem o coloca em tensão para a plenitude, isto questiona sua atuação política e a vida de toda a comunidade humana.
A fidelidade à felicidade e ao bem deveria forçá-lo a assumir a luta contra o mal e criar condições de vida humana para todos, mas infelizmente a lógica do poder e da dominação leva os homens a dominar e manipular, a serem agressivos.
A fidelidade às exigências do amor e da justiça, é assim ameaçada pela injustiça e pelo mal. A comunidade humana deve perseverar na busca do bem ou o mal predominará; é uma opção a ser vivida com fidelidade, até que todos se tornem sujeitos de libertação.
Numa humanidade que deve ser libertada e se tornar libertadora é necessário que cada grupo assuma sua responsabilidade na história e tentem fazer o que os outros não conseguiram fazer, e isto será possível se o desejo do bem comum se tornar para cada um, fonte de inspiração e doação, contrariar está aspiração é a origem de lutas e discórdias, promover o processo de humanização é uma tarefa da qual ninguém pode fugir, e este é o risco permanente do homem.
J. A. GALIANI
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