PALESTRA: Reafirmar a Identidade da Educação Católica
Prof. Dr. Luiz Síveres
Abordagem do tema sob cinco tópicos:
1.
Identidade singular e plural;
2.
Tendências mundiais que afirma a identidade
local;
3.
Epistemologia;
4.
Pedagogia;
5.
Axiologia.
1.1. IDENTIDADE
SINGULAR E PLURAL:
Stuart Hall diz que as velhas identidades declinam e emergem
novas identidades, para Hall a identidade da escola é:
TRADIÇÃO = unificadas – trans históricas;
TRANSIÇÃO = líquida, não está em um “porto seguro”,
descartável, reciclável;
TRANSPOSIÇÃO = aberta, descentrada, crítica, reflexiva
PARA PENSAR: que identidade tem a escola hoje?
No livro de Koberna Mercer “Identy” temos a definição: “a
identidade somente se torna uma questão importante, se, se está em crise”. A
lenda oriental do pássaro com uma só asa, justifica a reflexão sobre a
identidade da educação, pois nesta lenda oriental o pássaro só se torna pássaro
quando encontra sua outra asa, porque até então voava em torno de si mesmo.
Para falar da Identidade da Escola é preciso refletir, sobre
que Educação queremos:
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Para Antonio Novoa Identidade é luta, crise, construção, movimento,
fluxo, exercício de vôo e tem como base o questionamento: para onde estou me
movendo?
1.2. TENDÊNCIAS
MUNDIAIS AFETAM IDENTIDADES LOCAIS
Habernas: “as fronteiras das comunidades estão abertas a todos”
Alain Badiou (livro O SÉCULO) Diz do triunfo do Capitalismo no século XX,
que criou a civilização do desmoronamento. A EDUCAÇÃO é o reinventar o amor
pela inter-subjetividade política e social. A presença do OUTRO é relativizada.
No livro “A ética é possível num mundo de consumidores” a sociedade é
líquida e transitória, assim como na educação.
Em “Era do Vazio” o autor fala da era do deslizamento, onde na sociedade
(escola) no sentido histórico os valores institucionais foram abandonados.
Escola é deserto!
Nossa identidade deve estar na crença de uma possível e nova educação, e
para tal nos inspiramos em Jeremias 31, 21: “Marca tua trilha, realiza teu
percurso, presta atenção à rota, ao caminho por onde andas”.
1.3. PRESSUPOSTOS
EPISTEMOLÓGICOS
Isabel Alarcão diz que “o homem quer reaprender a pensar”. Daí a ideia de
a JANELA, a PORTA e a CASA do CONHECIMENTO.
A janela é o WINDOWS, a porta é @ e a casa o OFFICE. O educador de hoje
fica na JANELA. A PORTA = @ é o mundo das ideias de Platão, da experiência de
Aristóteles, da razão de Descartes ou do materialismo de Hegel. A CASA que é o
conhecimento como BENEFÍCIO, como POLÍTICO e como o que dá SENTIDO não faz
parte da vida do educador.
“Abram-se todas as janelas! Arranquem-me todas as portas! Puxem a casa
toda para cima de mim!” (Fernando Pessoa)
1.4. PROCESSO
PEDAGÓGICO
Para falar de uma NOVA EDUCAÇÃO é preciso considerar o grande pedagogo
Paulo Freire – educar educando-se – e ter a METODOLOGIA dos “3Ps”
E, como Santo Agostinho, para uma NOVA EDUCAÇÃO é preciso levam em conta:
“o que me faz andar não são as pernas, mas o coração”.
E, como canta Renato Teixeira, o processo pedagógico para uma NOVA
EDUCAÇÃO é:
“ A gente aprende
Que há um mundo lá fora
E a vida depende de saber
Ir embora
Tudo tem hora
É assim minha sina
O amor não termina,
Mas eu tenho que ir
Embora......”
Que há um mundo lá fora
E a vida depende de saber
Ir embora
Tudo tem hora
É assim minha sina
O amor não termina,
Mas eu tenho que ir
Embora......”
1.5. PRINCÍPIOS
AXIOLÓGICOS
No livro “Espiritualidade Organizacional” de Rubens Fava e Claudino Gils
encontramos algo muito importante para a criação de uma NOVA EDUCAÇÃO:
“A
espiritualidade não é algo concreto ou palpável, mas incide diretamente na
maneira de ser e agir do ser humano. Trata-se de algo que leva o profissional
de hoje a entender que, mais do que saber fazer para estar apto a enfrentar
situações de mudança e agir sobre o meio, ele precisa saber ser. A
espiritualidade nasce e se consolida no cotidiano de quem a cultiva, de quem se
dispõe a aprender com as adversidades, nas diferenças interpessoais, na busca
constante de aperfeiçoamento das pessoas e nos princípios e valores tão
importantes para direcionar comportamentos dentro da organização”.
No livro “COMO UM MISTICO AMARRA SEUS SAPATOS: O SEGREDO DAS COISAS SIMPLES”, de Lorenz Marti
somos desafiados a transformar a maneira como realizamos nossas tarefas
diárias, às quais damos pouca importância, por acharmos que são apenas os momentos
da vida que nos dão sentido.
“A espiritualidade só tem significado quando tem a ver com a
vida concreta. Quando ela torna o dia-a-dia amplo e profundo, quando areja e
anima. A espiritualidade não se deixa planejar, organizar, dominar. Sua força
movimenta, derruba ordens estabelecidas, abre espaço para o novo”. (http://books.google.com.br/books)
Na
Encíclica de Bento XVI “Deus caritas est” o SER HUMANO é uni – dual:
“a fé cristã sempre considerou o ser humano um ser
uni-dual, em que espírito e matéria se compenetram mutuamente, experimentando
ambos, precisamente dessa forma, uma nova nobreza”.
Refletindo sobre os princípios
axiológicos é preciso ler o salmo 22 sob a ótica, não só do Deus Pastor, mas do
hospedeiro e n´Ele ver a possibilidade de uma NOVA EDUCAÇÃO. Vejamos:
PASTOR
|
HOSPEDEIRO
|
Amanheceu
|
Anoiteceu
|
Estábulo
|
Casa
|
Caminho
|
Mesa
|
Cajado
|
Taça
|
Pastagem
|
Alimento
|
Água
|
Vinho
|
Suor
|
Perfume
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