Dia 26 de março, dia de meu aniversário. São 50 anos de uma
história de vida e uma vida de histórias. Não há como não lembrar a luta e
sacrifícios de meus pais para me criar e criar meus irmãos Antonio Carlos, Luiz
Antonio e Eliana. Meu pai funileiro,
trabalhador, homem rude e no contexto que vivia e condições financeiras,
sociais, econômicas e afetivas de sua época fez o pode. A ele minha gratidão.!
Mãe. Que singeleza! Seu afeto e amor incondicional me fez o
homem que sou hoje, a ela toda minha adoração e amor. Sei o quanto a fiz sofrer
por escolhas que fiz e faço em minha vida. De minha mãe aprendi o amor a Deus e
à Igreja, dela e de sua luta aprendi jamais desistir. Trabalhadora, grande
costureira, que de 24 horas de seu suor nos sustentava.
Minha mãe além de
costureira foi pintora, pedreira, cultivadora de uma horta e quantas e quantas
mais coisas ela fazia. O fazer tantas coisas a tornou uma mulher de fibra e
lutadora. Não me esqueço de que quando criança eu queria um forte apache
(índios de plástico), ela com sacrifício e muita costura me deu o brinquedo,
que emoção, que alegria! Quantos outros caprichos ela atendeu, muito obrigado
mãe! Dizem que Deus é Pai, mas acho mesmo que nossa mãe é Deus! Não há palavras
para descrever o quanto você, mãe, é importante para mim e muito menos palavras
para dizer o tamanho de minha gratidão.
Aos meus irmãos manifesto minha alegria de tê-los, ou
melhor, de eles me terem e me aturarem. Sou o filho caçula, por isso tiveram
que me aturar, mas foi e está sendo uma experiência enorme ver o quanto vocês
batalharam e batalham na vida. Cada um de vocês trouxe para nossa família mais
um filho e filhas, de vocês vieram os sobrinhos, dos sobrinhos os filhos...sou
tio avô, quanta alegria vossas famílias me proporcionam.
Não posso deixar de lembrar num dia tão especial para mim de
pessoas que fizeram parte de minha história e vida, são muitas e seria injusto
mencionar alguns e outros caírem no esquecimento, mas rendo um tributo aos meus
avós Luiz Galiani e Domingas Galiani, que saudades da comida avó; avô Luiz como
gostava de ir à feira com o senhor e fazer cercas de bambu, dias inesquecíveis.
Meu avô Armando fumando seu cigarro de palha, fumo fedido rs, porém era muito
bom lhe pedir a benção. Avó Cida que acolhimento, que simplicidade de vida,
obrigado! Avó Alzira mulher independente, autônoma que me fazia rir, chorar,
correr e pular. Nunca me esquecerei do dia em Adamantina quando caí numa poça
d´água de chuva, que correria, mas em seus braços fiquei seguro. E o dia que me
deu um revolver de espoleta, era lindo, meus amigos e primos ficaram de boca
aberta, era de fazer inveja.
Quero aqui deixar minha gratidão aos meus tios e tias,
paternos e maternos, como me acolhiam e cuidavam de mim, obrigado!
Há uma lista enorme de nomes que gostaria aqui registrar,
porém cansaria você, por isso vou tentando abreviar minha gratidão. Mas, há uma
lista que não posso deixar de citar: Padres João Goetz, Expedito Pereira
Cavalcante, José Walter, José Schindler, Vitório, Eduardo Radigonda, Francisco
Pio Dantas, Orides Giroldo e José Schwind
a vocês minha eterna gratidão pelo que me ensinaram e apoiaram na
escolha pelo sacerdócio. Perdoem-me por eu não ter ouvido vocês!
Aos meus amigos de seminário, foram muitos, mas lembro aqui
alguns: Oscar Naufal, Antonio Francisco, Antonio Alves, Edvaldo C Germiniani,
Marco Aurélio de M. Castriani; aos amigos seminaristas que se ordenaram padre:
Heleno Adnaldo Araújo, Fernando Rossini, Roberto de Paula Silvério, Arlindo,
Pedro Ramos e Fadul e coroando essa lista nosso querido e amado irmão Pe.
Julio, hoje Dom Julio Endi Akamine. Mudei o rumo de minha vida, mas não tirei
da base e alicerce o que vocês me ensinaram e ensinam. Obrigado!
De 50 anos de vida, 30 foram dedicados a Igreja e estes
últimos 20 anos dedicado a construção de uma família. Gratidão! Gratidão aos
que me acolheram na nova cidade, São Paulo, particularmente à Ana, minha esposa
que ao longo desses anos tem sido para mim um referencial de crescimento, de
doação, de desafios, de dor e alegria, de sofrimento e de libertação, sempre
ensinei e defendi que no casamento o amor e perdão devem prevalecer e com ela
estou me “alfabetizando” para o exercício do amor e perdão. Aos pais da Ana meu
reconhecimento e louvor por terem me apoiado e incentivado na nova vida. Um
obrigado aos irmãos da Ana, pela possibilidade de aprender a ganhar o mundo e a
vida.
Aos amigos e colegas educadores, obrigado por me acolherem e
possibilitarem meu crescimento profissional, vocês me ensinam muito!
Deixei por último, porém é o primeiro! Agradeço a Deus pelo
Dom da Vida que me concede e suplico sua misericórdia para que meu coração seja
semelhante ao de seu Filho Jesus Cristo. Agradeço e louvo a Trindade Santa pelo
dom do Batismo, da Crisma, da Penitência, da Eucaristia, da Unção dos enfermos,
da Ordem e do matrimônio sinais que foram cravados em meu coração e me tornaram
mais santo, porém na miséria humana sou um grande pecador que estou à
disposição de Deus para que Ele faça de mim o que desejar. Rezo para que eu
vida de forma que faça a vontade d’Ele, mas sou frágil e peço a você meu amigo
e irmão: reze por mim hoje e sempre!
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