Iniciamos a Semana Santa de 2013. Mais uma vez percorremos os textos bíblicos e celebrações litúrgicas que nos colocam no cerne do mistério cristão: a vida, paixão, morte e ressurreição de Jesus. O domingo de ramos, marca a liturgia nesse final de semana, e vem mostrar que tipo de relações na sociedade Jesus deseja. A aclamação de Jesus Rei resgata o desígnio de Deus para seu Filho e denuncia as estruturas impiedosas e injustas da sociedade humana, que hipócrita aclama e louva e no mesmo instante cospe, atira pedra e crucifica. Para nós hoje relembrar o episódio da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém é reconhecer que estruturas sociais injustas, relações discriminadoras e excludentes nascem do desejo de PODER MANDAR, de PODER JULGAR, de PODER CONDENAR. Aclamar Jesus Rei é exatamente deixar-se alimentar pelo PODER DO SERVIÇO, pelo PODER ACOLHEDOR, pelo PODER MISERICORDIOSO de Deus em nós.
As leituras desse domingo de ramos, 22 de março de 2013 fazem um grande convite. No evangelho temos o belíssimo texto da Ceia de Jesus com os seus e o anúncio da ''chegada a hora". A traição se dá na mesa, lugar de encontro, de cara a cara. Jesus reparte o pão e o vinho, que outrora não serão senão sua própria vida e, um dos seus que usou e abusou de toda verdade revelada por Jesus, o trairá. Mas, Jesus segue em frente, e na primeira leitura mostra sua força e poder: 'Deus deu-me a língua para reconfortar com a palavra o que está abatido [...] aos que me feriam apresentei as espáduas, e as faces àqueles que me arrancavam a barba; não desviei o rosto dos ultrajes e dos escarros". Diante da traição de Judas Jesus tem sua força em Deus - "Mas o Senhor Deus vem em meu auxílio". Que trama, que tamanha injustiça para com o Filho de Deus, mas que glória e louvor o Mistério de nossa Salvação, "por isso Deus o exaltou ... lhe deu um nome que está acima de todo nome .... diante d'Ele todo joelho se dobrará e toda língua proclamará: JESUS CRISTO É O SENHOR"
Que convite recebemos nesse domingo de Ramos? Reconhecer que Jesus é nosso Rei e dele aprender a reinar, a construir uma mesa onde todos serão irmãos, onde não haja divisões, onde não haja discórdia, não haja disputa, não haja rancor e, na proclamação de que Ele é o Senhor sintamos que Ele é nosso auxílio e nossa força.
Leia:
Isaías 50,4-7
Filipenses 2, 6-11
Lucas 22, 14-23,56
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