sábado, 17 de abril de 2010

O Projeto de Lei Ficha Limpa está em perigo.

Alguns deputados estão tentando alterar o texto da Ficha Limpa antes de devolvê-la para votação. Vamos inundar os seus emails com millhares de mensagens, mostrando que somos eleitores sérios e comprometidos com a Ficha Limpa não virar lei! Clique abaixo para usar a ferramenta fácil de mensagens:

Caros amigos,

O Projeto de Lei Ficha Limpa está em perigo. Semana passada o Congresso adiou a votação com o intuito de dar mais tempo para "aprimorar" o projeto, ou seja, enfraquecê-lo para que ele não remova eficazmente corruptos das eleições.

Muitos parlamentares temem essa nova lei já que dezenas deles respondem a processos na justiça. Eles estão tentando influenciar a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) a enfraquecer o projeto. Nossas vozes precisam falar mais alto -- esta é uma luta pelo futuro do nosso país. Clique abaixo para mandar uma mensagem para a CCJ, pedindo que eles se mantenham firmes contra a corrupção:
http://www.avaaz.org/po/salve_ficha_limpa/?vl

Juntos, nós mostramos o apoio massivo da população brasileira pela Ficha Limpa. No entanto, precisamos fazer mais -- vamos mostrar aos políticos que estamos determinados, não iremos parar e que se formos ignorados, eles irão pagar o preço nas eleições. A CCJ deveria apoiar o projeto de lei, mas é provável que políticos corruptos estejam tentando oferecer acordos e troca de favores para eles enfraquecerem a Ficha Limpa. Nós podemos oferecer uma proposta melhor: se eles apoiarem a Ficha Limpa, ele poderão manter seus empregos.

Vamos inundar a comissão de revisão com milhares de mensagens e telefonemas pedindo que eles tomem a decisão certa: não tolerar a corrupção e se recusar a enfraquecer o texto. A população brasileira quer essa lei e merecemos que ela seja aprovada pelo Congresso:
http://www.avaaz.org/po/salve_ficha_limpa/?vl

Neste ano eleitoral, nós possuímos um grande poder coletivo para mudar a política. Ao redor do mundo, a Internet vem se mostrando uma nova força política, uma forma de democratizar a política e criar novos canais de participação para a população. Se soubermos utilizar esta ferramenta, nossos políticos finalmente entenderão que se nós os elegemos, eles trabalham para nós.

Se trabalharmos juntos, o Ficha Limpa pode se tornar lei mês que vem!

Com esperança,

PS. Estamos quase conseguindo 2 milhões de assinaturas para a petição pela Ficha Limpa - se você ainda não assinou clique aqui: http://www.avaaz.org/po/brasil_ficha_limpa/

Saiba mais:

Usuários de redes sociais se mobilizam a favor do Projeto de Lei Ficha Limpa:

http://idgnow.uol.com.br/internet/2010/04/06/usuarios-de-redes-sociais-se-mobilizam-a-favor-do-projeto-de-lei-ficha-limpa/

Câmara adia para maio a votação do projeto Ficha Limpa, O Globo, 07/04/2010:
http://oglobo.globo.com/pais/mat/2010/04/07/camara-adia-para-maio-votacao-do-projeto-ficha-limpa-916272868.asp

Aliados trabalham contra Ficha Limpa, Estadão, 11/04/2010:
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,aliados-trabalham-contra-ficha-limpa,536844,0.htm

Pedofilia, homossexualidade, celibato, igreja. Irmãos no ministério sacerdotal!

Irmãos no ministério sacerdotal!


     Permitam-me uma opinião sobre os constantes ditos e não ditos em relação à vida sexual dos celibatários católicos que assumiram o ministério sacerdotal. Primeiro considero que o número de pedófilos padres é tão quanto o número de pedófilos não padres, porém não tenho dados. Creio também que o número de padres celibatários que não vivem o celibato seja tão quanto o número de homens e mulheres unidos em matrimonio, que não vivem sua vida sexual só com seu parceiro/a. A homossexualidade no clero secular/religioso é tão quanto a homossexualidade no mundo leigo. Como eu já disse, não tenho dados que comprovem o que digo, tenho depoimento de um ano de vida sacerdotal em que muito me dediquei a ministrar o sacramento da penitencia. Nessa rica experiência aprendi: o Homem age pelo instinto, seu poder racional não tem domínio sobre o poder do sexo, do desejo e do prazer. Todos, padres ou não, são iguais!!! Dizer que o problema da pedofilia é decorrente da imposição do celibato aos padres considero ser estupidez. Dizer que a pedofilia é fruto da homossexualidade é outra estupidez! O que dizer dos tantos casos em que a criança é vítima dentro de sua própria casa, violentada pelo próprio pai?

     O que deve ser questionado não é o celibato dos padres, mas a forma com que os padres lidam com o celibato. Se um homem e uma mulher casados são excluídos da participação de alguns sacramentos da igreja, porque vivem uma segunda união ou porque vivem em adultério, sanção essa imposta pelos padres aos fiéis, é de se perguntar, por que entre os padres e para eles, não há uma punição para os que não vivem os compromissos celibatários?

     Irmãos no ministério sacerdotal, chega de tanta mentira, chega de tanta hipocrisia, chega de tanta aparência, chega de serem sepulcros caiados, chega de se acharem santos, chega de acharem que a missa é de vocês, que o conhecimento bíblico, litúrgico e toda vida eclesial pertencem ao SABER de vocês.

     Os tempos exigem coerência, luta, conquista, sinceridade, transparência, dedicação, honestidade, austeridade, correria ... Estamos cansados de ver padres fantasiados de homem, padres fantasiados de felicidade vivendo o celibato, estamos cansados de ver padres mascarados de padres. Chega de fazer da missa o único lugar de ser padre!!!! Muitos falam, falam, falam....sermões vazios...Homilias distantes do que vivemos no dia a dia...Sorrisos ou carrancas falsos...Tantos aplausos, obrigados e simpatias que não levam à fé, ao compromisso cristão de ver o mundo melhor. A opção do cardeal Joseph Ratzinger feito papa, por uma Igreja “INTRA” não poderia ter dado em outra coisa, está implodindo, o que é bom, afinal o narcisismo impede o verticalismo e horizontalismo do modelo de fé e ação de Jesus.

     Irmãos no ministério fui escorraçado pela mãe igreja, pelas opções que fiz depois de ser ordenado padre, muitos como eu, sacerdotes segundo a ordem de Melquisedec que receberam o sacramento da ordem que imprime caráter, isto é, para sempre, me tornaram um pecador, me impediram de ser igreja de Cristo, me impediram de participar da vida da comunidade, mas certo de que o ministério sacerdotal é para sempre, mesmo tendo feito outra opção e, com o apoio de muitos leigos e até alguns padres, grito com orgulho a Igreja é Mãe! Chega Mãe de ser mentirosa! Cuida de seus filhos sejam eles santos ou pecadores, mas não engane sua família mãe, pois a mentira tem pernas curtas e quando a verdade aparece o estrago já é grande. Mãe Igreja seja como teu Filho e então, toda a humanidade professará que Ele é o Salvador. A mãe que ama, quando não tem mais como salvar seu filho da podridão da vida o denuncia à Lei Humana para que, quem sabe essa, o salve.

(imagem: www.uol.com.br - 17/04/10)
     Coragem mãe Igreja, não basta rezar pelos que tacam pedra na vidraça é preciso limpar a vidraça e o que está por trás dela!!!!!!!!!

J. A. Galiani
jantgal@bol.com.br

Dinheiro!!!!

Assim caminha a humanidade brasileira. Você conhece alguém assim?

http://www.uol.com.br/

Terra dom de Deus!

Massacre de Eldorado dos Carajás completa 14 anos com responsáveis em liberdade.




http://noticias.uol.com.br/politica/2010/04/17/massacre-de-eldorado-dos-carajas-pa-completa-14-anos-com-responsaveis-pelos-crimes-em-liberdade.jhtm

A situação agrária nesse país continua a mesma! Vejamos o que acontece no Rio....morros e mortes bem como em todo país......será o PT ou o PSDB os salvadores da Pátria? Creio que é na organização social, que é na organização popular que está a salvação!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Espaço de debate - recebi de uma amiga e publico aqui..pena que não tem fonte....

os bispos devem denunciar crimes à polícia

O Vaticano publicou nesta segunda-feira (12) um guia online das normas a serem aplicadas em casos de acusações de abuso sexual contra sacerdotes e defendeu o tratamento dado pelo papa à tempestade de críticas na mídia, dizendo que o papa é "um grande comunicador à sua própria maneira".


Pouco mais de um ano depois de o papa Bento 16 ter reconhecido que a Santa Sé demorou a aderir à Internet, após tropeçar no tratamento dado ao caso de um bispo que negou a ocorrência do Holocausto, o Vaticano postou na Internet um guia simples de suas regras sobre como lidar com acusações de abuso.

Embora as regras não sejam novas, sua divulgação em formato simples e curto reflete a determinação da Igreja Católica Romana de rebater as críticas de que sua reação ao escândalo de abusos sexuais vem sendo burocrática, sigilosa e defensiva.

O site oficial do Vaticano, www.vatican.va, descreveu o guia como "guia introdutório que pode ser útil a leigos e não-canonistas (alusão a cânone, ou seja, as leis internas da igreja)" com relação às normas a serem seguidas pelas igrejas legais na resposta a alegações de abusos sexuais.

O guia deixa claro que os bispos devem denunciar crimes à polícia, dizendo que "as leis civis relativas à denúncia de crimes às autoridades apropriadas sempre devem ser obedecidas".

Os bispos devem investigar cada alegação, e qualquer acusação "que tenha um vestígio de verdade" deve ser encaminhada à Congregação para a Doutrina da Fé.

Esse órgão de aplicação das leis canônicas, no passado comandado pelo cardeal Joseph Ratzinger, o atual papa Bento 16, vem sendo alvo de críticas de pessoas que representam vítimas de abuso, sendo criticada por ter reagido tarde demais ou com força insuficiente.

O documento breve disse que "em casos muito graves, nos quais um julgamento criminal civil considerou o clérigo culpado de abuso sexual", pode-se pedir que o próprio papa destitua o religioso em questão de suas funções.

Uma associação de vítimas com sede nos EUA, SNAP (Rede de Sobreviventes de Pessoas Abusadas por Padres), pediu "ações, não palavras" e disse que "as políticas da igreja, quer tenham sido postadas online ou não, são em grande medida irrelevantes", já que os bispos podem facilmente ignorá-las.

"Grande comunicador"

A resposta do Vaticano à cobertura feita pela mídia dos casos de abusos em muitos casos tem parecido defensiva. O Vaticano tomou a iniciativa incomum de criticar nominalmente o jornal The New York Times por estar em "modo de ataque" relativo à resposta dada pelo papa, na época em que era cardeal, ao abuso de 200 meninos surdos por um padre nos anos 1950 e 1960.

Na semana passada um advogado do Vaticano acusou a mídia de "apressar-se a julgar" as acusações de que Ratzinger, antes de ser eleito papa, teria tentado impedir a destituição de um padre da Califórnia que abusou sexualmente de crianças.

O editor do jornal do Vaticano L'Osservatore Romano tentou retratar o erudito Bento 16, cuja falta de habilidade em tratar com a mídia frequentemente é contrastada com seu carismático predecessor João Paulo 2o, como um pontífice "que pode escrever à mão, mas está muito atento a questões de comunicação" na era da Internet.

"O papa é um grande comunicador também, à sua própria maneira", disse o editor do jornal, Giovanni Maria Vian. "Cada um tem sua própria maneira de comunicar-se, dependendo de sua personalidade. Mas é verdade que poderia ser feito melhor."

(Reportagem de Stephen Brown)
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2010/04/12/vaticano-posta-normas-online-sobre-abuso-para-calar-criticos.jhtm

Depois do palanque político (inauguração) vem a VIDA REAL!!!!



http://www.jornalabcreporter.com.br/

domingo, 11 de abril de 2010

O escândalo da pedofilia se constitui num sinal dos tempos atuais

O escândalo da pedofilia se constitui num sinal dos tempos atuais


“O escândalo da pedofilia se constitui num sinal dos tempos atuais. Do Vaticano II (1962-1965) aprendemos que cumpre identificar nos sinais uma interpelação que Deus nos quer transmitir. Vejo que a interpelação vai nesta linha: está na hora de a Igreja romano-católica fazer o que todas as demais Igrejas fizeram: abolir o celibato imposto por lei eclesiástica e liberá-lo para aqueles que veem sentido nele e conseguem vivê-lo com jovialidade e leveza de espírito”.



Eis o artigo.

O levantamento dos padres pedófilos em quase todos os países da cristandade católica está ainda em curso, revelando a extensão desse crime que tantos prejuízos tem provocado em suas vítimas. É pouco dizer que a pedofilia envergonha a Igreja. É pior. Ela representa uma dívida impagável com aqueles menores que foram abusados sob a capa da credibilidade e da confiança que a função de padre encarna. A tese central do papa Ratzinger que cansei de ouvir em suas conferências e aulas vai por água abaixo.

Para ele, o importante não é que a Igreja seja numerosa. Basta que seja um "pequeno rebanho", constituído de pessoas altamente espiritualizadas. Ela é um pequeno "mundo reconciliado" que representa os outros e toda a humanidade. Ocorre que dentro desse pequeno rebanho há pecadores criminosos e é tudo menos um "mundo reconciliado". Ela tem que humildemente acolher o que dizia a tradição: a Igreja é santa e pecadora e é uma "casta meretriz". Não é suficiente ser Igreja. Ela tem que trilhar, como todos, pelo caminho do bem e integrar as pulsões da sexualidade que já possui 1 bilhão de anos de memória biológica para que seja expressão de enternecimento e de amor e não de obsessão e de violência contra menores.

O escândalo da pedofilia se constitui num sinal dos tempos atuais. Do Vaticano II (1962-1965) aprendemos que cumpre identificar nos sinais uma interpelação que Deus nos quer transmitir. Vejo que a interpelação vai nesta linha: está na hora de a Igreja romano-católica fazer o que todas as demais Igrejas fizeram: abolir o celibato imposto por lei eclesiástica e liberá-lo para aqueles que veem sentido nele e conseguem vivê-lo com jovialidade e leveza de espírito. Mas essa lição não está sendo tirada pelas autoridades romanas. Ao contrário, apesar dos escândalos, reafirmam o celibato com mais vigor.

Sabemos como é insuficiente a educação para a integração da sexualidade no processo de formação dos padres. Ela é feita longe do contato normal com as mulheres, o que produz certa atrofia na construção da identidade. As ciências da psique nos deixaram claro: o homem só amadurece sob o olhar da mulher e a mulher sob o olhar do homem. Homem e mulher são recíprocos e complementares. O sexo genético-celular mostrou que a diferença entre homem e mulher, em termos de cromossomos, se reduz a apenas um cromossomo. A mulher possui dois cromossomos XX e o homem, um cromossomo X e outro Y. Donde se depreende que o sexo-base é o feminino (XX), sendo o masculino (XY) uma diferenciação dele. Não há, pois, um sexo absoluto, mas apenas um dominante. Em cada ser humano, homem e mulher, existe "um segundo sexo". Na integração do animus e da anima, vale dizer, das dimensões de feminino e de masculino presentes em cada um, se gesta a maturidade sexual.

Essa integração vem sendo dificultada pela ausência de uma das partes, a mulher, que é substituída pela imaginação e pelos fantasmas que, se não forem submetidos à disciplina, podem gerar distorções. O que se ensinava nos seminários não é sem sabedoria: quem controla a imaginação, controla a sexualidade. Em grande parte, assim é. Mas a sexualidade possui um vigor vulcânico. Paul Ricoeur, que muito refletiu filosoficamente sobre a teoria psicanalítica de Freud, reconhece que a sexualidade escapa ao controle da razão, das normas morais e das leis. Ela vive entre a lei do dia, em que valem as regras e os comportamentos estatuídos, e a lei da noite, em que funciona a pulsão, a força da vitalidade espontânea. Só um projeto ético e humanístico de vida (o que queremos ser) pode dar direção a essa dialética e transformá-la em força de humanização e de relações fecundas.

Nesse processo o celibato não é excluído. Ele é uma das opções possíveis que eu defendo. Mas o celibato não pode nascer de uma carência de amor, ao contrário: deve resultar de uma superabundância de amor a Deus que transborda para os que estão a sua volta.

Por que a Igreja romano-católica não dá um passo e abole a lei do celibato? Porque é contraditório com a sua estrutura. Ela é uma instituição total, autoritária, patriarcal e altamente hierarquizada. Ela abarca a pessoa do nascimento à morte. O poder conferido ao papa, para uma consciência cidadã mínima, é simplesmente tirânico. O cânon 331 é claro. Trata-se de um poder "ordinário, supremo, pleno, imediato e universal". Se riscarmos a palavra papa e colocarmos Deus, funciona perfeitamente. Por isso se dizia: "O papa é o deus menor na terra". Uma Igreja que coloca o poder em seu centro fecha as portas e as janelas para o amor, a ternura e o sentido da compaixão. O celibatário é funcional para esse tipo de Igreja.

O celibato implica cooptar o sacerdote totalmente a serviço, não da humanidade, mas desse tipo de Igreja. Ele só deverá amar a Igreja. Enquanto essa lógica perdurar, não esperemos que a lei do celibato seja abolida. Ele é muito cômoda para ela.

Mas como fica o sonho de Jesus de uma comunidade fraterna e igualitária? Bem, isso é um outro problema, talvez o principal.


Autor: Leonardo Boff
Fonte: O Estado de S.Paulo e Unisinos

Congresso Internacional de Pedagogia Social

Enquanto isso, no Blog Educação em pauta ...


A Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP www.usp.br/pedagogiasocial  ) sediará, entre os dias 21 e 24 de abril, o 3º Congresso Internacional de Pedagogia Social. Os temas da regulamentação da educação social como profissão no Brasil e da organização dos educadores sociais como categoria profissional serão o eixo central do evento, que terá participação de convidados da Inglaterra, Alemanha, Espanha, Cuba, Argentina e Uruguai. Confira esta notícia completa e outros assuntos no blog das revistas Profissão Mestre e Gestão Educacional. Acesse:

http://profissaomestreegestaoeducacional.blogspot.com/



Jornal Virtual 160 - 09042010

Cinco passos para uma Meta

Cinco passos para uma Meta


“A fórmula da minha felicidade: um sim, um não, uma linha reta, um objetivo.” (Friedrich Nietzsche)

Você decide ir ao cinema. Sai de casa e, quando percebe, imerso em seus pensamentos, está fazendo o caminho convencional para ir ao trabalho – que, por sinal, é diametralmente oposto. Depois de enfrentar um belo trânsito, acerta o passo e chega ao shopping.

Vasculha os três pisos de estacionamento para obter uma vaga. Logo mais, encontra uma agradável fila para comprar os ingressos. Na boca do caixa descobre que a sessão está esgotada. A próxima, somente em duas horas e quinze minutos.

Impossível? Improvável? Com você não? Pense bem antes de responder. Se você ainda não passou pelo ciclo completo descrito acima, uma boa parte dele já lhe visitou em um final de semana destes. O mal é o mesmo que afeta a profissionais e empresas no mundo corporativo: a ausência de metas definidas.

Vamos partir de um pressuposto. Você sabe o que quer, para onde deseja ir. Se estiver em uma companhia que não lhe agrada, buscará outra. Se estiver disponível, sabe qual o perfil de vaga lhe interessa. Se estiver satisfeito em sua posição atual, almeja alcançar um cargo mais elevado.

Uma meta, qualquer seja ela, só pode ser assim conceituada quando traçada segundo cinco variáveis. A primeira delas é a especificidade. Seu objetivo deve ser muito bem definido. Assim, é inútil declamar aos quatro cantos do mundo: “Quero trabalhar na multinacional ABC Ltda.”. Desculpe-me pela franqueza, mas acho que você não será contratado a menos que pense: “Vou trabalhar como gerente comercial, na divisão alfa, da companhia ABC Ltda., atuando na coordenação e desenvolvimento de equipes de vendas para a região sul”. Em outras palavras, quanto mais específica for a definição de seu propósito, mais direcionado estará seu caminho.

A segunda variável é a mensurabilidade. Sua meta deve ser quantificável, tornando-se objetiva, palpável. Em nosso exemplo anterior, você teria que definir, por exemplo, a faixa de remuneração desejada. Outra situação bem ilustrativa desta variável é a aquisição de bens materiais. “Pretendo comprar um carro”, é um desejo. “Vou comprar um veículo da marca XYZ, modelo beta, com motor 2.0, dotado dos seguintes opcionais (relacioná-los) e com valor estimado de R$ 30 mil”, é uma quase-meta.

A próxima variável é a exequibilidade. Uma meta tem que ser alcançável, possível, viável. Voltando ao exemplo inicial, o objetivo de integrar o quadro da companhia ABC como gerente comercial não será alcançável se você tiver uma formação acadêmica deficiente, experiência profissional incompatível com o perfil do cargo e dificuldades de relacionamento interpessoal.

Chegamos à relevância. A meta tem que ser importante, significativa, desafiadora. Você decide como meta anual elevar o faturamento de seu departamento em 5% acima da inflação. Entretanto, seu mercado está aquecido e este foi o índice definido – e atingido – nos últimos dois anos. Logo, é preciso ousadia e coragem para determinar um percentual superior a este, capaz de motivar a equipe em busca do resultado. Lembre-se de que o bom não é bom onde o ótimo é esperado.

Finalmente, o aspecto mais negligenciado: o tempo. Muitas metas são bem específicas, mensuráveis, possíveis e importantes, porém não definidas em um horizonte de tempo. Aquela oportunidade de negócio tem que ser concretizada até uma data limite. Determinada reunião deve ocorrer entre oito e nove horas. Certo filme no cinema sairá de cartaz na sexta-feira próxima.

Por isso, evite procrastinar, nome feio dado à mania de adiar compromissos. Este pode ser um golpe fatal em qualquer meta proposta.

Texto de Tom Coelho, educador, conferencista e escritor. E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br. Site: www.tomcoelho.com.br
Jornal Virtual 160 - 09042010

O BRASIL NÃO TEM DONO: Por que os Tucanos pousaram no poleiro do Estado de S. Paulo e não quiseram sair mais?

O BRASIL NÃO TEM DONO: Por que os Tucanos pousaram no poleiro do Estado de S. Paulo e não quiseram sair mais?


Sr. José Serra é o pré-candidato do PSDB à Presidência da Republica Brasileira. Que maravilha a experiência desse tucano! Como todo tucano pula de galho em galho, de tempos em tempos. Foi prefeito de S. Paulo....pulou para o galho do Estado....governador....e agora quer ser Presidente. Creio que será! Mas, o que esperar de um homem que não fez nada e fez tudo? Na prefeitura de S. Paulo seus projetos foram sequenciados por seu vice, hoje prefeito Kassab, nossa cidade está um lixão a céu aberto. Como Governador do Estado....bom, depois de Mario Covas, que Deus o tenha, os tucanos ficaram um bom tempo sujando o galho do Estado...o Geraldinho de Pinda.....se elegeu sob promessas de construção do Rodo Anel e outras....depois veio o Serra....que já esqueci sua proposta de governo para o estado, porém plantou árvores nos canteiros das marginais....de repente....tira da cartola a solução para os grandes congestionamentos, arranca árvores...amplia o número de pistas nas marginais...inaugura Rodo Anel...faz de conta que inaugura metrô, na verdade são trens bonitos....e lentos, na superfície e não subterrâneos, a sensação que temos é de estar andando num trolebus zero km! Fora essas críticas que faço tenho que PERGUNTAR? Quando o senhor Serra diz que o “Brasil não tem dono” ele exatamente quis dizer o quê? Será que está falando da popularidade do Lula e da unânime aprovação de seu governo pelo POVO. Sempre votei PT, votarei PT, mas não creio que a Dilma irá emplacar essas eleições, até porque, o PT tem em sua característica a liderança, o que não é próprio da Dilma, ela está de carona com o LULA. Sr. Pré-candidato à Presidência da Republica, José Serra, se o Brasil não tem dono, porque vocês do PSDB fizeram do Estado de São Paulo um poleiro privado. Já perdi as contas do tempo que nosso Estado, tornou-se poleiro dos tucanos, está nas mãos de vocês e nada fizeram. Educação uma lástima; saúde enferma; habitação....transporte...fora a migração de grandes empresas para fora de nosso estado....etc..... Sr. José Serra o poleiro (buraco) é mais embaixo. Mostre seu plano de governo para o Brasil em vez de dizer onde o Brasil poderia estar. Os dados e a história mostram que nunca nosso país chegou a tão alto nível de crescimento e se, isso é atribuído a alguém, esse alguém é Lula. Se negarmos essa premissa é falacioso também seu discurso, que o aponta como o que resolveu os problemas da cidade de S. Paulo, como o salvador do Estado de S. Paulo, até porque se foi o salvador de S. Paulo, salvou-o da sujeira deixada pelos tucanos que já estão a anos nesse poleiro.

J. A. Galiani (Filósofo, Teólogo, Pedagogo, Especialista em Ensino Religioso, autor da Rede Salesiana de Escolas, Orientador Pedagógico e professor)

sábado, 10 de abril de 2010

Professor é mais importante que apostila, diz diretor

Professor é mais importante que apostila, diz diretor


Usando ou não apostilas elaboradas por sistemas de ensino, diretores de escolas que têm ou tiveram experiência com esse material concordam que ele nunca será mais importante que o professor.

No colégio Pentágono, em São Paulo, a diretora-geral Gracia Klein afirma que desistiu de trabalhar há três anos com sistemas de ensino.

"Nossa avaliação foi que o livro didático era menos restritivo [que o material apostilado] e permitia um aprofundamento maior dos conteúdos transmitos aos estudantes. Mas não acredito que exista livro didático ou sistema de ensino perfeito. É o professor quem faz a diferença em sala de aula", afirma a diretora.

Já no colégio I.L.Peretz, também de São Paulo, a diretora-geral, Gita Guinsburg, está satisfeita com o uso de um sistema no ensino médio.

"O conteúdo vem todo organizado, o que facilita o trabalho do professor, e o material é mais barato para os pais. Mas isso não é suficiente para garantir a qualidade do ensino. A alma da escola é a qualidade do professor", diz Gita.

(Folha de S.Paulo) http://aprendiz.uol.com.br/content/trowecruwe.mmp

Ensino Médio por blocos!!!!!

Evento orienta diretores sobre ensino médio por blocos  / Quarta-feira, 07 de Abril de 2010

Os diretores das 411 escolas que aderiram à organização do ensino médio por blocos de disciplinas semestrais receberam ontem (6), em Curitiba, orientações do Departamento de Educação Básica (DEB), da Secretaria de Estado da Educação (Seed). “O objetivo principal deste evento é oferecer uma sustentação teórica sobre os aspectos desta modalidade de ensino no Brasil e no Paraná”, explica Mary Lane Hutner, chefe do DEB.

Mary Lane ainda lembra que serão realizados eventos descentralizados de abril ao início de maio com formação específica para os pedagogos e professores destas escolas. “Serão momentos de formação específica para orientar os professores na sua prática pedagógica nesta nova organização curricular por blocos”. Em Curitiba ocorrem duas reuniões, as restantes serão em Londrina, Maringá, Cascavel e Guarapuava.

O evento é uma oportunidade para que os diretores esclareçam suas dúvidas sobre esta organização curricular para o ensino médio. “Ficamos numa ansiedade porque a proposta da organização é muito nova e existe uma cobrança natural de professores, alunos e pais em relação a esta nova proposta”, ressalta a diretora Eiridan Viana, do Colégio Estadual Padre Antônio Vieira, em Engenheiro Beltrão.

Ensino médio por blocos – A organização do ensino médio por blocos de disciplinas é iniciativa da Seed para garantir uma melhoria do ensino médio nas escolas da rede pública estadual. No Paraná, quase 70% dos jovens com idade entre 15 e 19 anos estão dentro das escolas. A quase universalização do acesso não determina a permanência destes estudantes na escola. Segundo dados da Diretoria de Administração Escolar (DAE), os índices de evasão e repetência dos alunos da 3ª série do ensino médio, em 2007, chegou a 23%.

“É uma organização curricular, continua mesmo ensino médio seriado, são três séries e cada série formada por dois blocos, e cada bloco com 100 dias letivos”, explica Edna Amancio de Souza Ramos, técnica pedagógica da Coordenação de Legislação e Ensino do DEB.

A proposta criada em 2008 foi oferecida de forma optativa e 109 aderiram em 2009. Em 2010, mais 304 fizeram a opção de adotar esta organização de ensino. Elas tiveram de reorganizar as turmas de modo que o número total de turmas do Ensino Médio fosse par, uma vez que as disciplinas da matriz curricular estarão organizadas por série dividida em dois blocos ofertados concomitantemente (Bloco 1 e Bloco 2).

http://www.nota10.com.br//noticia-detalhe/7764_Evento-orienta-diretores-sobre-ensino-medio-por-blocos-

Acorda Professor!!!! Projeto que precariza o trabalho do professor será votado em 14/4

Projeto que precariza o trabalho do professor será votado em 14/4
O Projeto de Lei 337 foi incluído na pauta da Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados do dia 14/04. A votação estava prevista para o último dia 7, mas acabou não acontecendo.
O projeto foi apresentado pelo deputado Paes Landim (PTB/PI) em 2003 e encontra-se desde 2005 na Comissão de Trabalho.
Espera-se que dessa vez a votação aconteça e que os deputados sejam favoráveis ao parecer que pede a rejeição do projeto, de autoria do Deputado Vicentinho (PT/SP).
Para que isso aconteça é muito importante que os professores pressionem e enviem e-mail aos deputados da Comissão de Trabalho da Câmara. http://www2.camara.gov.br/comissoes/ctasp/membros.html
Desde o início, a FEPESP tem atuado pela rejeição da proposta. Preparou um longo estudo, encaminhou cartas aos deputados e foi a Brasília acompanhar de perto a votação, que acabou não ocorrendo.

Reforma trabalhista sem consulta aos professores
O PL 337 promove uma verdadeira "reforma trabalhista", alterando TODOS os artigos da CLT que disciplinam o trabalho docente (318 a 324) e sem que nenhum professor tivesse sido consultado.

A proposta cria uma subcategoria intitulada "instrutores", com atribuições de preparar e ministrar aulas.
Apesar disso, o projeto de lei cuida de assegurar que esses "instrutores" não têm direito às garantias dos professores.
Ainda que as escolas continuassem a contratar professores de verdade, passariam a registrá-los como "instrutores". Com isso, não precisariam nem cumprir a Convenção Coletiva.
Na educação básica, os professores registrados como "instrutores" perderiam o direito até mesmo à aposentadoria constitucional aos 25/30 anos de magistério.
O projeto ainda reduz direitos que são consagrados para os demais trabalhadores.
O adicional noturno seria pago somente a partir das 23 horas (e não 22h). O trabalho aos domingos poderia ser realizado para fins de compensação de horários ou remunerados com adicional de 50%.
Para os demais trabalhadores, o trabalho aos domingos deve ser remunerado em dobro quando não houver outro dia de folga (no caso dos professores, é impossível fazer a troca do dia de descanso e por isso o adicional deveria ser sempre de 100%).

Fonte: Federação dos Professores do Estado de São Paulo (FEPESP)

sábado, 3 de abril de 2010

Feliz Páscoa!

Feliz Páscoa!


     Hoje visitando um site de relacionamentos, uma dessas comunidades virtuais, li uma mensagem de Páscoa que me deixou arrepiado. Coisa rara ficar arrepiado ao ler uma mensagem! Tenho certeza que você também ficaria arrepiado. Não tenho a coragem de escrever o que lá li, porém lhe garanto a “feliz páscoa” que lá estava escrita não é nem de longe, o que realmente é a Páscoa. Por isso, peço licença e lhe desejo uma FELIZ PÁSCOA!

     No meu desejo de Feliz Páscoa está embutido, não o desejo de felicidade enquanto a possibilidade de realizar os sonhos próprios, mas a felicidade enquanto possibilidade de assumir nossa condição de filhos e filhas de Deus, que reconhecem em Jesus o rei da vida e faz da vida o que Ele fez e ensinou a fazer “eu vos dei o exemplo amai-vos uns aos outros”. Minha Feliz Páscoa para você está carregada do desejo de descobrirmos que o mundo que aí está precisa de homens e mulheres imbuídos da mais pura generosidade e que vivam sem o interesse pessoal, sem as disputas culturais, religiosas, econômicas e políticas.

     A Feliz Páscoa que lhe desejo está cravada na CRUZ de Cristo, com ele, que assumiu nossos pecados e de vez por todas levou para o sepulcro a morte e todo sofrimento decorrente dela. É no Cristo que reside a força contra o sofrimento; é do seu lado direito que jorra sangue e água; a água que sacia eternamente a sede, o sangue que fecunda a semente da fé. Água e sangue derramados no suor da luta de Cristo a caminho de sua morte é para nós sinônimo de Feliz Páscoa. Para todo aquele que compreende que o seguimento de Cristo se dá pelo seguimento da cruz, a Feliz Páscoa é vivida na alegria da morte. Morte do desejo de consumo, morte do desejo do prazer, morte do desejo do poder. Se com Ele morremos com Ele viveremos!

     A Feliz Páscoa que lhe desejo brota da certeza de que é no fracasso e no sofrimento que a Ressurreição é fecundada. O sepulcro está vazio constata Maria! O anjo questiona, porque procurais entre os mortos o que está vivo? Vem Tomé! Coloca tuas mãos nas minhas chagas! O sonho deixou de ser sonho! Ele, Jesus, o Cristo está vivo! Esta é a Feliz Páscoa que lhe desejo. Esse desejo está cheio de vontade de te ver sorrindo, de te ver sonhando, de te ver acreditando no reino da possibilidade; desejo te encontrar na luta, na dor, no sofrimento e no desespero. Te encontrar desesperado, com dor, sofrendo, porém, lutando até as últimas consequências. Não uma luta qualquer, mas uma luta que valha a pena, uma luta que é certeira, a luta pela Vida. Essa luta sim, é luta! E a certeza da vitória não está em nós, mas n´Ele que prometeu “a Paz esteja convosco”, “eu vos envio, ide!”.

     Esse é meu desejo de Feliz Páscoa para você. Que essa celebração de Páscoa alimente a realização não dos planos pessoais, mas dos planos que Ele nos reservou! Feliz e Santa Páscoa!


Fonte: minha fé, meu coração!

SEMANA SANTA - Sábado

SEMANA SANTA - Sábado


O sábado santo tem por excelência uma característica batismal. O tom litúrgico do Batismo nesse celebração remota ao princípio do cristianismo. Os cristãos se reuniam para uma última preparação dos que seriam batizados. Era momento de profissão de Fé, tinham acabado de aprender o CREDO e diante de toda comunidade, manifestariam essa fé. Celebração longa que se iniciava com o por do sol do sábado até o nascer do sol no Domingo da Ressurreição. Houve períodos que essa celebração aconteceu, sob forma abreviada na manhã do sábado. Foi Pio XII quem recolocou essa celebração em seu devido lugar, na noite do Sábado Santo. O costume de dizer “sábado de aleluia” é fruto desse período em que a vigília pascal acontecia pela manhã do sábado. Com a reforma de Pio XII a celebração do sábado recupera a dimensão de Vigília e projeta o “Aleluia da Ressurreição” para o domingo, mesmo sendo feita a Vigília no sábado. No Concílio do Vaticano II, com todas as reformas litúrgicas propostas a Solene vigília da Páscoa mantendo a tradição anterior é dividida em 4 partes:

1ª parte: a bênção do fogo novo;
Essa cerimônia começou a ser realizada de modo mais geral só a partir do século IX. No pátio, à entrada da igreja, acendia-se o fogo, usando pedras. Talvez inicialmente não fosse propriamente uma cerimônia, mas apenas um gesto normal, imposto pelas circunstâncias. Na quinta-feira, tinham sido apagadas todas as luzes da igreja. Era preciso reacendê-las para as funções noturnas. O meio normal para se conseguir fogo era o uso de pedras, uma vez que não dispunham de nossos meios modernos. A antiga tradição de acender a fogueira através do atrito entre pedras tem a ver com a alusão a Cristo, que é a pedra angular e que, do túmulo escuro de pedras, nasce como luz para o mundo. Aos poucos o ato foi sendo enriquecido com simbolismos. O que, aliás, não é de se estranhar: para os antigos o fogo era sempre um elemento misterioso. Era símbolo da vida, lembrava a divindade. Nada mais natural que esse simbolismo fosse aproveitado pelos cristãos. A própria oração da bênção do fogo diz-nos que "O Cristo é a pedra usada por Deus para acender em nós o fogo da claridade divina". Esse simbolismo, aliás, do Cristo que ilumina, aquece e é centro de vida, era mais claro ainda para os antigos. Isso porque, na Sexta-feira Santa, era costume apagar o fogão e todas as luzes das casas. Era no fogo novo que cada família acendia uma lâmpada para levar para casa e acender tudo de novo.

2ª parte a bênção do Círio Pascal;
Com o fogo novo, solenemente tirado da pedra e benzido, acende-se o Círio Pascal (vela grossa de cera), que é solenemente levado para dentro da igreja, que ainda está às escuras. O diácono/padre, que leva o círio, na entrada, depois no meio da igreja, e finalmente quase chegando ao altar, pára e canta alegremente: A LUZ DE CRISTO!
Isso já nos ajuda a perceber o que significa a cerimônia: glorificação alegre do Cristo que ilumina o mundo. A cada vez que o diácono/padre canta A LUZ DE CRISTO!, todos vão acendendo também suas velas na chama do círio. Em breve toda a igreja está iluminada por velas, que foram todas acesas na mesma chama. Cristo é a Luz, da qual todos os homens recebem a vida, a mesma vida em todos. O Círio Pascal é colocado ao lado do altar. Canta-se então uma das melodias mais belas de toda a música da Igreja: o Exultet – Alegre-se agora toda a multidão dos anjos dos céus... Não sabemos com certeza quando começou essa tradição litúrgica. O certo é que já encontramos referências lá pelo ano 384.

3ª parte a bênção da água Batismal;
Nos primeiros séculos da Igreja, era neste sábado que se fazia o Batismo dos que, durante um tempo mais ou menos longo, tinham sido preparados para a admissão na comunidade. Os que já tinham abraçado a fé cristã, mas ainda estavam recebendo a catequese, chamavam-se catecúmenos. Nessa noite de vigília recebiam as últimas instruções e ouviam com a comunidade leituras da Escritura apropriadas para a circunstância. Logo em seguida o bispo, rodeado pelos sacerdotes e acompanhado pelos catecúmenos e seus padrinhos, dirigiam-se para a fonte batismal, enquanto os fiéis permaneciam na Igreja. A fonte batismal geralmente estava colocada num ambiente separado, chamado Batistério. Durante muitos séculos a fonte batismal era como que uma pequena piscina, onde as pessoas podiam ser mergulhadas na água. Desde os primeiros séculos também, em alguns lugares a fonte estava colocada num local um pouco mais baixo que o piso do batistério, tendo ao centro uma coluna com um reservatório de água. Água que era abundantemente derramada sobre a cabeça dos neófitos (palavra grega que significa novas plantas).

Hoje, temos na Vigília Pascal nove leituras bíblicas, sendo sete do Antigo Testamento e duas do Novo Testamento (epístola e evangelho), que podem ser diminuídas por razões pastorais. Todas estas leituras são entremeadas por salmos ou cânticos, que devem ter, além da proclamação de seu conteúdo específico, a função de dinamizar e animar a assembléia celebrante. Há em algumas comunidades o costume de realizar o Batismo nesse momento; a comunidade também é aspergida com a água abençoada ritual que faz memória do batismo recebido pelos fiéis para fazer perceber o significado do batismo, pelo qual estão unidos à morte e à ressurreição de Cristo.

4ª parte a Missa de Páscoa.
É a maior solenidade do ano. Até o século XI, era só nesse dia que os simples padres podiam cantar solenemente o Glória a Deus nas alturas. Nesse momento do canto do Glória, como ainda hoje, novamente os sinos e os instrumentos musicais irrompiam numa grande explosão de alegria. Cristo venceu a morte, também para nós existe a tranquila garantia de vida e esperança.


Curiosidades – recortes históricos:

No século II, a Vigília Pascal era marcada pela celebração da palavra, o batismo e a celebração eucarística.

A partir do século IV, teve início a celebração do Sacratíssimo Tríduo do Senhor Crucificado, Sepultado e Ressuscitado. A utilização da expressão Tríduo Pascal só passou a ser usada em 1930.

Mais tarde, no século VII, a Vigília Pascal passou a ter início na tarde do Sábado e a eucaristia era celebrada no começo da noite. As leituras começavam a partir das duas horas da tarde, havia a benção do fogo e o canto \"Exulted\".

Por se passar em plena luz do dia, essa celebração passou a ter um caráter negativo pois falava em \"feliz noite\". Assim o Papa Pio V proibiu a celebração da eucaristia durante a tarde, e algumas pessoas passaram a realizar a Vigília no Sábado cedo. A fim de extinguir o conceito da festa, o Papa Urbano VIII acabou com a popularidade da Vigília.

Todas essas proibições fizeram com que as celebrações sofressem mudanças radicais com a reforma litúrgica de Pio XII e o Vaticano II. Antes da reforma, a primeira parte da liturgia era reservada quase somente ao clero, aos ministros e a um pequeno grupo de convidados. Somente depois das reformas, as celebrações tomaram outro caráter.

Segundo antiquíssima tradição, esta noite deve ser comemorada em honra do Senhor, e a Vigília que nela se celebra, em memória da noite santa em que Cristo ressuscitou, deve ser considerada a mãe de todas as santas Vigílias (Sto. Agostinho). Pois nela, a Igreja se mantém de vigia à espera da Ressurreição do Senhor, e celebra-se com os sacramentos a Iniciação cristã.

Toda a celebração da Vigília Pascal se realiza de noite; mas de maneira a não começar antes do início da noite e a terminar antes da aurora do Domingo. Esta Vigília é o cume do ano litúrgico.


Fonte: Anotações pessoais de uma palestra que fiz em 1989 na Paróquia S. Vicente Pallotti – Arapongas Pr.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

SEMANA SANTA – sexta feira

A sexta feira santa no inicio foi chamada de PARASCEVE, nome dado pelos Judeus, pois era o dia de preparação para a Páscoa judaica, nos evangelhos esse dia, foi o dia que Jesus foi crucificado.

Já no século III, Tertuliano deu a sexta-feira santa o nome de DIES PASCHAE, dia da Páscoa. Santo Ambrósio, no século IV, passou a chamar de DIES AMARITUDINIS: Dia da Amargura, que deu origem ao que hoje é dito SEXTA FEIRA MAIOR.

Desde os primórdios não se celebrava nesse dia a eucaristia. Havia apenas leituras e orações. O ritual desse dia está marcado com três partes:

1ª Leitura e Orações:
A liturgia começa diretamente com leituras dos profetas, cantos e a leitura dialogada da Paixão. Há depois uma série de orações solenes pelas necessidades da Igreja e do mundo. A tradição dessas orações, abandonada no século VI, foi retomada pela nova liturgia depois do Concílio Vaticano II, que introduziu em todas as missas as assim chamadas "orações dos fiéis" ou "Oração da Comunidade”.

2ª Adoração da Cruz:
Desde logo é preciso fazer um esclarecimento: Aqui a palavra "adoração" significa apenas veneração solene. Adoração, no sentido próprio, pode ser prestada só a Deus.

A cerimônia da Adoração da Cruz teve origem em Jerusalém, no século IV, depois que Constantino encontrou as relíquias da Cruz do Salvador. Aos poucos a cerimônia foi sendo adotada também por outras cidades onde havia relíquias da Cruz. Mais tarde, foi assumida por todas as Igrejas. Prestando uma veneração especial à Cruz ou ao Crucifixo, manifestamos nossa fé no Cristo Redentor, que nos salvou por sua morte. Adorando a cruz, é de fato ao Cristo que adoramos, reconhecendo nele o Filho de Deus Encarnado e oferecido em sacrifício por nós.

3ª Comunhão:
Desde os tempos mais antigos foi costume não celebrar a Missa na Sexta-feira Santa. Geralmente a explicação dada é que assim a Igreja quer manifestar seu luto pela morte do Salvador. Até o século VIII não havia nem mesmo a comunhão, que só aos poucos foi introduzida na liturgia do dia. Em l622, foi proibida a comunhão dos fiéis. Isso continuou até os nossos dias, quando foi reintroduzida.

Há ainda, na sexta feira a tradição popular de uma procissão com Jesus Morto. O povo reúne-se à noite para caminhar pelas ruas da comunidade com o esquife de Jesus, movido por hinos, orações caminham testemunhando sua fé e, sobretudo, associando-se aos algozes de Jesus. Milhares de pessoas frequentam essas procissões, isto porque o SOFRIMENTO de Cristo é associado ao sofrimento diário do povo. Há ainda, comunidades que fazem durante essa procissão reflexões sobre o tema da Campanha da Fraternidade, isso no Brasil.

Fonte: anotações pessoais no curso de Teologia 1987.

SEMANA SANTA –quinta feira

Chamada no princípio (séc. V) de FERIA QUINTA IN COENA DOMINI, Quinta feira da Ceia do Senhor e em alguns lugares chamada de Dia da Traição, daí a malhação do Judas por populares.
As reformas litúrgicas vêm dando a essa celebração novas características, porém permanece a sua essência: o MANDATUM.

Três ritos básicos compõem essa celebração o rito do lava-pés, a eucaristia, a transladação da eucaristia para um tabernáculo provisório, onde os fiéis fazem a adoração da Santíssima Eucaristia.

O Lava-Pés: ritual que teve inicio em Jerusalém no século V. Por volta do ano 634, no concilio de Toledo, foi exigido que todas a Igrejas fizessem o Lava-pés. É nesse ritual que está o MANDATUM, ou seja, nele canta-se as palavras de Cristo: “Eu vos dou, um novo MANDATUM, um novo mandamento.....que vos ameis.....” Conta-se que o papa S. Gregório Magno costumava lavar os pés de treze e não doze, isto porque servia uma refeição diária a doze pobres: um dia havia um pobre a mais. Seria o Cristo disfarçado de mendigo, daí lavar os pés de treze. O lava-pés reproduz o gesto de Cristo que lavou os pés de seus discípulos, como prova de amor e disposição para servir.

A Eucaristia: Uma celebração eucarística foi acrescentada ao início da noite, pelo Papa Pio XII, em 1955, representando a Ceia do Senhor, hoje é destacado na celebração da Eucaristia a instituição do Ministério Sacerdotal.

A transladação da eucaristia: o tabernáculo oficial, sacrário, é deixado vazio; as hóstias consagradas são levadas para um sacrário provisório servirão para a comunhão dos doentes e da comunidade, uma vez que a próxima eucaristia será só na noite da vigília pascal, sábado. O tabernáculo vazio foi considerado pela devoção popular como sendo o sepulcro vazio. “Por que procurais, entre os mortos, aquele que está vivo?” A essa tradição se soma a de desnudar o altar como sinal do despojamento de Cristo na Cruz.

Em algumas comunidades a comunidade passa a noite em adoração ao santíssimo, isso até a celebração das 15h, na sexta feira da paixão.



(fonte: anotações pessoais em aula de teologia – 1987)

SEMANA SANTA – sexta feira

A sexta feira santa no inicio foi chamada de PARASCEVE, nome dado pelos Judeus, pois era o dia de preparação para a Páscoa judaica, nos evangelhos esse dia, foi o dia que Jesus foi crucificado.

Já no século III, Tertuliano deu a sexta-feira santa o nome de DIES PASCHAE, dia da Páscoa. Santo Ambrósio, no século IV, passou a chamar de DIES AMARITUDINIS: Dia da Amargura, que deu origem ao que hoje é dito SEXTA FEIRA MAIOR.

Desde os primórdios não se celebrava nesse dia a eucaristia. Havia apenas leituras e orações. O ritual desse dia está marcado com três partes:

1ª Leitura e Orações:

A liturgia começa diretamente com leituras dos profetas, cantos e a leitura dialogada da Paixão. Há depois uma série de orações solenes pelas necessidades da Igreja e do mundo. A tradição dessas orações, abandonada no século VI, foi retomada pela nova liturgia depois do Concílio Vaticano II, que introduziu em todas as missas as assim chamadas "orações dos fiéis" ou "Oração da Comunidade”.

2ª Adoração da Cruz:

Desde logo é preciso fazer um esclarecimento: Aqui a palavra "adoração" significa apenas veneração solene. Adoração, no sentido próprio, pode ser prestada só a Deus.

A cerimônia da Adoração da Cruz teve origem em Jerusalém, no século IV, depois que Constantino encontrou as relíquias da Cruz do Salvador. Aos poucos a cerimônia foi sendo adotada também por outras cidades onde havia relíquias da Cruz. Mais tarde, foi assumida por todas as Igrejas. Prestando uma veneração especial à Cruz ou ao Crucifixo, manifestamos nossa fé no Cristo Redentor, que nos salvou por sua morte. Adorando a cruz, é de fato ao Cristo que adoramos, reconhecendo nele o Filho de Deus Encarnado e oferecido em sacrifício por nós.

3ª Comunhão:

Desde os tempos mais antigos foi costume não celebrar a Missa na Sexta-feira Santa. Geralmente a explicação dada é que assim a Igreja quer manifestar seu luto pela morte do Salvador. Até o século VIII não havia nem mesmo a comunhão, que só aos poucos foi introduzida na liturgia do dia. Em l622, foi proibida a comunhão dos fiéis. Isso continuou até os nossos dias, quando foi reintroduzida.

Há ainda, na sexta feira a tradição popular de uma procissão com Jesus Morto. O povo reúne-se à noite para caminhar pelas ruas da comunidade com o esquife de Jesus, movido por hinos, orações caminham testemunhando sua fé e, sobretudo, associando-se aos algozes de Jesus. Milhares de pessoas frequentam essas procissões, isto porque o SOFRIMENTO de Cristo é associado ao sofrimento diário do povo. Há ainda, comunidades que fazem durante essa procissão reflexões sobre o tema da Campanha da Fraternidade, isso no Brasil.

Fonte: anotações pessoais no curso de Teologia 1987.