quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Qual a relação existente entre a gestão, a didática e o design instrucional?



Consideremos que a EaD é consequência de uma ação e produção de uma equipe e esta envolve-se desde a concepção, passando pelo planejamento, pela implementação, mediação pedagógica, pelos mecanismos de avaliação adotados e pelas inter-relações dos mais diversos papéis. Daí afirmarmos que há uma estrita e estreita relação entre a gestão, a didática e o design instrucional, ou seja, há a necessidade de uma equipe multidisciplinar, cada qual com suas competências e habilidades para a produção da EaD.

FREDRIC Michael Litto, Manuel Marcos Maciel Formiga (orgs.). EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: O ESTADO DA ARTE. São Paulo: Person Education do Brasil, 2009.

JUBILEU DA ALMA JUSTA Congregação de Jesus 2015



Reunidos, Peregrinos de Mary Ward, para prepararmos as missões de 2016, a Ir. Cirley Covatti CJ nos apresentou oito aspectos para reflexão à luz da experiência espiritual de 1615, que compartilho agora para que tomos tomemos dessa fonte inspiradora: Mary Ward.

1.       Mary Ward na experiência espiritual da “Alma Justa” obteve a claridade interior que deveria reger toda sua vida e obra através dos séculos. Para Mary Ward ter uma “Alma Justa” é ser livre e sensível para perceber os sinais da vontade de Deus em sua vida, procurando dar uma resposta de amor e generosidade ao Projeto de Vida e Salvação de nosso Deus, desde o início da Criação.
2.       Ter uma “Alma Justa” significa ter liberdade interior para dizer SI< à vontade de Deus; não deixar-se dominar pelas preocupações da vida; CONFIAR NA GRAÇA DE DEUS e doar-se fazendo o bem aos demais.
3.       A graça da “Alma Justa” nos ajuda a expressar nossos pensamento e opiniões com franqueza e coragem, a fim de permitir que a humanidade e a natureza possam florescer em sua dignidade.
4.       Uma pessoa com “Alma Justa” é alguém com vontade livre, que confia na providência, discerne e escuta o Espírito Santo.
5.       Mary Ward colocava-se toda inteira em tudo o que tinha para fazer... Dizia sempre: “Eu vou fazer essas coisas com amor e liberdade ou não as farei”
6.       A liberdade interior é a disposição na qual caminhamos juntos com Deus, vivendo e percebendo a presença e os sinais do Reiuno no cotidiano de nossas vidas.
7.       A visão da “Alma Justa” nos convida a viver uma maior intimidade com Deus e consequentemente mais abertas e disponíveis à missão de cada dia.

8.       Viver a mística da “Alma Justa” é um chamado para viver o Plano de Deus em minha vida, com os pés firmes no chão da realidade em que vivo. 

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Paulo Freire e EaD

Quais relações podemos estabelecer entre a Educação a Distância e a Pedagogia de Paulo Freire?


São várias as relações entre EaD e Pedagogia Freiriana. Faço o destaque dos conceitos:  professor e aluno. Tanto em Feire como na EaD no que tange aos agentes e sujeitos do processo ensino aprendizagem os conceitos usados por Freire para professor é ENSINANTE e para o aluno APRENDENTE, eles estão profundamente relacionados ao conceitos de PROFESSOR/TUTOR e ALUNO na proposta educativa em EaD. Para Freire o ENSINANTE é reflexivo, crítico, oportuniza horizontes de busca e construção do saber; ele não está como o que sabe e está para ensinar, senão pelo ato de ensinar torna-se aprendente. Já o APRENDENTE não é a “tabula rasa” seu processo de aprendizagem o torna sujeito e construtor do objeto a ser aprendido e, ao mesmo tempo em que aprende ensina e na relação “professor-aluno = ensinante-aprendente” professor-ensinante ensina e aprende, e o aluno-aprendente aprende e ensina. Há uma troca construtiva e enriquecedora na construção do “SABER” que está para interferir nos problemas sociais, humanos e culturais e propor soluções para o bem de todos. 

Didática na formação e prática pedagógica de professores e tutores.

Quais as influências das diferentes concepções de Didática na formação e na prática pedagógica de professores e tutores?


Percebemos hoje a influência das 3 correntes constituidoras do Ensino Superior no Brasil,  os jesuítas, os franceses e alemães, mas também uma busca pela diferença e por uma educação que tem o e no ser humano, a possibilidade de inserção dele mesmo na sociedade e uma sociedade diferente, onde o saber é conhecer e, o conhecer é ciência que transforma para o bem, para o melhor, para o que torna a vida humana e para a vida do que cerca o humano melhor. As questões didáticas necessitam levar em conta o contexto da informação e ou, do conhecimento. A informação predomina e o desafio está em tornar (papel da didática) a informação em conhecimento, para este interferir na vida humana e social. Por outro lado a informação está a serviço do lucro, da lógica do capitalismo, do consumo o que faz o conhecimento recuar e a sociedade informada está a mercê de uma educação para a satisfação dos desejos, nascidos do hedonismo, do prazer pelo prazer de ter. 

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Uma contribuição aos educadores: TEXTO DIDÁTICO MEDIACIONAL NA PRATICA !

                   Uma contribuição aos educadores: TEXTO DIDÁTICO MEDIACIONAL NA PRATICA ! *
ACÁCIA BARBOSA CUNHA
GISELE DE OLIVEIRA TACCHELLI
JOSÉ ANTONIO GALIANI

a) Distinção entre texto didático e material didático
O material didático se refere a um conjunto de componentes que podem ser físicos (apostila, livros etc.) ou digitais (vídeo-aula, mídia etc.). Segundo a professora Garcia (2011) “Materiais didáticos são mediadores entre professores, alunos e conhecimentos” os quais são produzidos em diferentes suportes e  funções, enquanto os textos didáticos são aqueles que devem “possibilitar ao aluno por meio de um processo dialógico construir o conhecimento sobre a área ou o tema em foco” (Neder, 2009, p. 17). Portanto, o material didático contém os textos didáticos (o conteúdo), que serão utilizados para o desenvolvimento do curso/disciplina.


b) Relacionar "conteúdo" e "suporte"
Os componentes pertencentes ao material didático (livros, mídia etc.) são os suportes que vão disponibilizar o conteúdo didático, ou seja, o "texto didático". Sem esses suportes físicos ou digitais não seria possível desenvolver materiais didáticos.
O conteúdo didático não é um texto meramente auto instrucional e nem recortes retirados de livros, da internet etc., e jogados de qualquer maneira num formato impresso ou digital. Ele pressupõe uma elaboração a partir  de uma finalidade didático-pedagógica de mediação humana e tecnológica que contenha em si características próprias de um texto mediacional. A escolha de um suporte depende de vários fatores como as especificidades de determinado curso na modalidade EaD, o perfil do público-alvo que se quer atingir e as condições institucionais e seu plano estratégico.
Sendo assim, é importante sabermos quais os objetivos que pretendemos atingir ao escolher um ou outro suporte, de modo que independente da escolha em que o conteúdo seja veiculado, o suporte deve servir de recurso mediador e facilitador de ensino-aprendizagem.

c) Explicar por que a construção de conteúdos instrucionais implica uma discussão sobre o que é educação e como esta se configura num mundo globalizado.
No contexto da globalização, a construção de conteúdos instrucionais requer rebobinar a mente às diferentes fases históricas das sociedades que aos poucos foram geradoras e geradas por ela. O momento atual da globalização aponta para diversos desafios, sendo um deles e o de maior relevância a educação.
O atual processo de desenvolvimento econômico e social expõe as sociedades ao desemprego emergindo novas ocupações e, para atender a essa demanda a educação passa a ser prioridade na era pós-industrial.
Não falamos aqui de uma educação qualquer, estamos falando de um educação mediada por um “texto” que seja relevante no processo ensino-aprendizagem e com especificidades em EaD. Assim, o mundo globalizado exige uma educação que requer, conforme Toffler “homens que sejam capazes de fazer julgamentos críticos, abrir caminhos por meio de ambientes novos; agir com rapidez para identificar novos relacionamentos numa sociedade em mutação permanente”.
Portanto, a construção de conteúdos instrucionais, ajudados por Torres e Fialho (2009, p. 460) no contexto da globalização  sob o olhar da EaD exige do “construtor” uma autonomia, ambos referem-se a Paulo Freire, Gutierrez e Prieto que desafiam a educação na globalização a:
“Educar para assumir a incerteza;
Educar para gozar a vida;
Educar para a significação;
Educar para a expressão;
Educar para a convivência;
Educar para se apropriar da história e da cultura”.
Dessa maneira a construção de conteúdos instrucionais no contexto globalizado exige um processo de ensino-aprendizagem que brilhe aos olhos e faça brilhar o conjunto de todo o olhar: o homem.

*Estudantes do CEUCLAR no Curso de Especialização em GESTÃO E IMPLANTAÇÃO de EAD 

Referências

CLARETIANO. Unidade 1 - concepção de texto didático mediacional. Disponível em: http://cg.claretiano.edu.br/ex/texdidmed/texto-didatico-mediacional/#texto-didatico-conceito  Acesso em: 24 ago. 2015.
LUCCI, Elian Alabi. A Educação no Contexto da Globalização. http://www.hottopos.com/mirandum/globali.htm. Acesso em: 12 ago. 2015.
NEDER, Maria Lúcia Cavalli. Planejando o texto didático específico ou o guia didático para a ead. In POSSARI, Lucia Helena Vendrúsculo; NEDER, Maria Lucia Cavalli
Material Didático para a EaD: Processo de Produção. Cuiabá: EdUFMT, 2009 Disponivel em Acesso em: 25 ago. 2015.
ROCHA,Wellington. Materiais didáticos são mediadores entre professor, alunos e o conhecimento. Envolverde Portal de Sustentabilidade do Brasil (Entrevista). 16 jun 2011
TOFFLER, A. Future shock. Nova York: Bantam Books, 1970.

TORRES e FIALHO, In LITTO, Fredric Michael; FORMIGA, Manuel Marcos Maciel (orgs.) Educação a distância: o estado da arte.  São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.