sábado, 22 de fevereiro de 2025

Tributo ao PADRE FRANCISCO COSTETTI NETO, SAC

        Um sacerdote é sempre a presença de Deus para as pessoas. Não se trata de divinizar o padre, mas de reconhecer que ele foi chamado por Deus para servir à Igreja, especialmente entre aqueles que mais necessitam.



        Padre Francisco exerceu seu ministério em diversas comunidades, mas foi na Paróquia Santo Antônio de Lisboa, da Arquidiocese de São Paulo – então Setor Carrão-Formosa, hoje Decanato São Lucas, da Região Episcopal Belém – que tive o privilégio de me tornar "um necessitado" e por ele ser acolhido. Enquanto alguns confrades me fecharam as portas – e eu respeitei suas razões – ele me recebeu, apoiou-me e, inclusive, ajudou-me financeiramente. Em momentos de descontração, na padaria Suil, compartilhávamos experiências de vida entre uma conversa e uma cerveja. Sempre misericordioso e com a cabeça erguida, dentro de seus próprios limites e fragilidades, orientava-me, sugeria soluções e apontava caminhos para a reconstrução da minha história. Era mais que um padre; era um homem humano, consciente da nobre missão que assumira na Igreja, mas liberto de chavões e rótulos preconceituosos que, tantas vezes, causam divisões e afastamentos.

        Suas celebrações eram dinâmicas e promoviam a participação ativa dos leigos em sua paróquia. Em um período de transição entre uma liturgia ortodoxa e novas possibilidades rituais que aproximavam a assembleia de Deus, sua homilia cativava e evangelizava. Ele proporcionava uma verdadeira catequese, tornando cada missa um momento de aprendizado e encontro com a fé.

        Naquele tempo, em que eu reiniciava minha trajetória social, religiosa e profissional, foi ele, entre tantos padres amigos, quem me acolheu. O simples fato de me dizer: "Fiquei feliz que você escolheu participar da Santo Antônio" soou como o abraço do Pai ao filho pródigo. Quanta humanidade!

        Na Paróquia Santo Antônio, tive a oportunidade de palestrar para pais e padrinhos, em encontros de casais e de jovens do Grupo Fé. Quando era a vez do padre falar sobre os Sacramentos no curso de noivos, ele me convidava a substituí-lo. Era um privilégio, pois, tradicionalmente, alguns temas eram exclusivos do sacerdote. Contudo, com espírito conciliar, ele promovia uma comunidade mais participativa, afastando a ideia de que tudo deveria ser centralizado no padre.

        Sempre modesto no vestir, seus paramentos litúrgicos dispensavam pompa. Muitas pessoas pobres e em situação de vulnerabilidade encontraram nele apoio, refúgio, conforto e consolo. Confessar-se com ele era uma verdadeira graça: um reencontro com Deus e com a comunidade. Sua capacidade de se anular para que o pecador renascesse era impressionante. Obrigado, meu irmão, por tantas vezes ter ouvido meus pecados e me oportunizado o perdão divino. Foram tempos difíceis, mas, como sempre dizia, "a graça de Deus é superabundante".

        Quando soube do meu relacionamento com aquela que hoje é minha esposa, nos abraçou e desejou a bênção de Deus. Alguns confrades insinuavam que Ana estava grávida. Ele, com sua sabedoria isenta de julgamentos – característica marcante de sua personalidade – a procurou para esclarecer os rumores. Assim recorda Ana: "Lembro dele me chamando para conversar. 'Aninha, você está grávida?' 'Não!', respondi. 'Eu acredito em você! Seja vitoriosa!'." Mais do que desejar nossa vitória, ele nos ajudou a construí-la.

        Nem todos os confrades o conheciam, o que é inadmissível, pois, em uma família, todos se reconhecem. No entanto, na vida religiosa, assim como na história bíblica de Caim e Abel, também há incompreensão e críticas. Mesmo assim, Padre Francisco mantinha sua espiritualidade e visão pastoral sempre alinhadas à de Jesus: "Vem para o meio" (Mc 3, 3-4).

        Padre Francisco sempre veio ao nosso encontro. Certa vez, passando rapidamente por Martinópolis, a caminho de São Paulo, ele celebrava missa no hospital. Da porta da sacristia, acenamos e lhe enviamos um beijo. Ele, que já estava sentado para a Liturgia da Palavra, levantou-se e veio ao nosso encontro. Foi um dos abraços mais significativos que recebemos, um verdadeiro alimento para a alma, que nos fortaleceu para seguirmos nossa jornada.

        Padre Francisco, nós te amamos e sempre amaremos. Prepara um lugar para nós junto de Deus, e, enquanto aqui estivermos, queremos ser e agir conforme nos ensinaste. Gratidão, meu irmão!

                                                                    Pres. Prudente, SP - 22/02/2025

                                                                                                                    José A. Galiani

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

O FINGIMENTO

 O fingimento da bondade é a mais perigosa das maldades.

        Recentemente, li a frase que dá título a esta pequena crônica. Por escolha, sou um bom ouvinte de situações das mais diversas, muitas que envolvem mãe e filha, as quais, muitas vezes, carregam décadas de desencontros. Por isso, ouso, com este texto, contribuir para a reflexão e a superação da competição que, não raramente, ocorre entre mães e filhas.        

        Desde pequena, Clara percebia que sua relação com a mãe era diferente da dos seus amigos. Enquanto outras mães elogiavam e incentivavam, a dela parecia sempre medir forças. Quando alguém dizia: “Que menina linda!”, a mãe logo completava: “Puxou a mim, claro.” Se Clara aparecia com um vestido novo, a mãe vestia um mais chamativo. Se arrumava o cabelo de um jeito diferente, a mãe corria para o espelho e fazia igual – ou melhor.

        O problema era que Clara não queria competir. Queria carinho, queria apoio, queria que sua mãe se orgulhasse dela sem precisar se sentir ameaçada. Mas bastava que ela recebesse um olhar a mais, um elogio sincero, para ver os olhos da mãe se tornarem duros e frios. “Você se acha especial demais, não é?”, dizia, sempre com um sorriso enviesado, carregado de algo que Clara não sabia nomear na infância, mas que, depois, entendeu ser inveja.

        Namorar? Nem pensar. A mãe encontrava defeitos em qualquer rapaz que se aproximasse. “Ele não está à sua altura”, dizia, mas o tom não era de proteção, e sim de desdém. E, se por acaso alguém lhe dirigia um olhar de interesse, a mãe rapidamente se colocava entre os dois, como se quisesse absorver toda a atenção para si.

        As conquistas de Clara também eram recebidas com desdém. “Conseguiu aquele emprego? Espero que não ache que isso significa alguma coisa, porque no meu tempo era muito mais difícil.” Tudo que ela fazia era diminuído, rebaixado, como se o sucesso da filha representasse uma ameaça pessoal.

        Levaram anos para Clara entender que sua mãe não a via como filha, mas como rival. Que por trás dos conselhos severos e das críticas constantes, havia um medo silencioso. MÃE precisa SER MÃE, NÃO TEM A NECESSIDADE DE FINGIR QUE AMA A FILHA!!!

        Uma relação de competição entre mãe e filha pode gerar ressentimentos e desgastes emocionais, mas há maneiras de transformar essa dinâmica em algo mais saudável. Aqui estão alguns argumentos e estratégias para ajudá-las a superar esse conflito:

1. Reconhecimento da Individualidade

          Cada uma tem sua própria trajetória, talentos e desafios. Comparações são injustas porque cada pessoa tem um conjunto único de experiências e habilidades. Em vez de competir, é essencial reconhecer e valorizar as conquistas individuais.

2. Mudança de Perspectiva: De Rivais para Aliadas

        Mãe e filha não precisam competir; podem se apoiar mutuamente. Quando uma cresce e se desenvolve, isso pode ser motivo de orgulho e não de ameaça. Apoiar-se significa crescer juntas, não em oposição.

3. Fortalecimento da Comunicação

        Muitas rivalidades surgem por falta de diálogo aberto e honesto. Expressar sentimentos sem medo de julgamento pode evitar mal-entendidos e aliviar tensões. Usar frases como “eu sinto que...” ajuda a evitar tom acusatório.

4. Reconhecimento e Cura de Feridas do Passado

        Conflitos antigos podem alimentar a competição. Trabalhar o perdão e compreender que ambas erram e acertam pode ajudar a construir uma relação mais equilibrada. Terapia familiar pode ser um bom caminho se as mágoas forem profundas.

5. Celebrar Conquistas em Conjunto

        Ao invés de enxergar o sucesso da outra como uma derrota pessoal, aprender a comemorar as vitórias mútuas fortalece o vínculo. Pequenos gestos de reconhecimento podem mudar a dinâmica da relação.

6. Estabelecer Limites Saudáveis

        Cada uma deve ter espaço para viver sua vida sem interferências excessivas. Respeitar as escolhas da outra é fundamental para evitar comparações desnecessárias e ressentimentos.

7. Trabalhar a Autoestima e a Segurança Emocional

        Muitas competições vêm de inseguranças individuais. Trabalhar a autoconfiança pode reduzir a necessidade de validação externa e evitar rivalidades desnecessárias.

        Se mãe e filha conseguirem substituir a competição pela parceria, podem transformar a relação em algo muito mais forte e significativo.


José A. Galiani (Pedagogo, Teólogo, Filósofo)

Das 12 horas diárias de acompanhante de enfermo na Santa Casa de Pindamonhangaba - janeiro de 2025.

Lágrimas de Crocodilo

 O amor para ser real, precisa ser vivido antes que se torne lágrimas de Crocodilo!

    O início de 2025 tem sido um tempo de grandes aprendizado, mas também de despedidas que deixam marcas profundas. Diante da única certeza que temos: a morte nasceram reflexões inevitáveis sobre o tempo que se teve e o que foi feito com ele, para viver o AMOR!

    Vivemos na era dos holofotes digitais, onde a ausência de ontem se transforma, repentinamente, em homenagens públicas. Durante anos, a presença foi dispensável, os convites ignorados, a convivência limitada ao "cada um com sua vida". Mas, após o sepultamento, multiplicam-se declarações emocionadas, fotos antigas acompanhadas de palavras que nunca foram ditas enquanto ainda havia ouvidos para escutá-las. Quando ditas, muitas vezes vieram sem atitude, como se a simples existência fosse suficiente para justificar o afastamento.

    As lágrimas tardias ou lágrimas de crocodilo, derramadas entre um post e outro, ecoam mais como uma tentativa de preencher o vazio do que como um reflexo genuíno da falta. O luto verdadeiro, no entanto, não se mede pelo alcance nas redes sociais, mas pelo espaço que a presença ocupava em vida. Ele se revela na constância dos gestos, na partilha dos momentos simples, na disposição de estar presente sem que a ausência precise lembrar disso.

    O tempo que se tem é agora. Quando alguém parte, tenta-se, num último ato, dar a ele um lugar que poderia ter sido seu em vida. Mas há coisas que não podem ser compensadas depois. O amor, para ser real, precisa ser vivido antes que se torne memória regado com lágrimas de Crocodilo.

José A. Galiani (Pedagogo, Teólogo e Filósofo)

Fevereiro/25, São Paulo.

O Peso do Egoísmo

 A Falta de Compromisso e o Peso do Egoísmo

    Viver em sociedade, seja dentro de casa ou em qualquer outro espaço compartilhado, exige mais do que presença física. Exige responsabilidade, respeito e gratidão. No entanto, há aqueles que, por descaso ou egoísmo, não percebem (ou fingem não perceber) o impacto de suas ações – ou da ausência delas.

    Pequenos gestos de hospitalidade, como limpar a casa, lavar a louça, guardar as sobras do almoço, parecem tarefas simples, mas carregam um significado profundo. São expressões de cuidado, de pertencimento, de reconhecimento pelo esforço daqueles que também dividem o mesmo espaço.   Quando alguém se nega a realizar esses atos básicos, não apenas demonstra falta de comprometimento consigo mesmo, mas impõe um fardo injusto sobre os outros.

    Mais grave ainda é quando essa postura de indiferença se estende às relações familiares. Há quem receba ajuda e apoio em momentos difíceis, mas, em vez de demonstrar gratidão, reage com desdém, rejeita qualquer auxílio e age como se o mundo lhe devesse algo. São pessoas que exigem compreensão, mas não retribuem, que cobram empatia, mas não a praticam.

    O problema do egoísmo não está apenas na falta de ação, mas na postura de desrespeito. Aquele que ignora os esforços alheios, que se recusa a enxergar o sacrifício dos outros, desvaloriza não apenas o que lhe é oferecido, mas também quem lhe estende a mão. A ingratidão dói. O desinteresse fere.

    E no fim, o que sobra? Um espaço desorganizado, relações desgastadas e um isolamento que, muitas vezes, é consequência da própria incapacidade de se comprometer. Ninguém pode carregar sozinho a responsabilidade de manter um lar harmonioso. A convivência é um compromisso, e a reciprocidade é o mínimo que se espera de quem compartilha a mesma casa e a mesma vida.

José A. Galiani (Pedagogo, Teólogo e Filósofo)

Pindonhangaba, fevereiro de 2025.

MISSA DE SÉTIMO DIA

     A Missa de Sétimo Dia, como expressão de sufrágio pelos falecidos, está profundamente fundamentada nos ensinamentos e documentos da Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR). Ela é uma manifestação do princípio da comunhão dos santos e da caridade cristã, por meio da oração e da Eucaristia oferecida em favor das almas que partiram. Abaixo, trazemos um aprofundamento com base em documentos oficiais da Igreja.

 O Valor da Oração pelos Falecidos

O Catecismo da Igreja Católica (CIC) afirma que “desde os primeiros tempos, a Igreja honrou a memória dos defuntos e ofereceu sufrágios em seu favor, sobretudo o Sacrifício Eucarístico” (CIC, 1032). Este ensinamento remete à prática de celebrar Missas em intenção das almas, especialmente no período inicial após o falecimento, como sinal de amor e esperança de que elas sejam purificadas e acolhidas no seio de Deus.

Além disso, o Concílio de Trento, em sua Doutrina sobre o Sacrifício da Missa, declarou que “o sacrifício da Missa é oferecido não apenas pelos vivos, mas também pelos mortos, que ainda não estão plenamente purificados” (Sessão XXII, Capítulo 2). Assim, a Missa de Sétimo Dia é uma aplicação concreta deste princípio, reforçando a eficácia da Eucaristia como ato de intercessão.

 A Missa como Sinal de Comunhão e Esperança

Na Encíclica Ecclesia de Eucharistia, o Papa São João Paulo II destaca que a Eucaristia tem um profundo vínculo com a vida eterna: “A Missa oferecida pelos defuntos, para que, purificados, cheguem à visão beatífica de Deus, expressa o profundo sentido da comunhão espiritual que une a Igreja da terra à do céu” (EE, 19). A Missa de Sétimo Dia é, assim, um momento de consolação e de comunhão entre os fiéis vivos e as almas que aguardam a plenitude de sua redenção.

Além disso, a Sacrosanctum Concilium, constituição sobre a Sagrada Liturgia do Concílio Vaticano II, ensina que a Eucaristia é o ápice da oração comunitária, em que os fiéis, unidos no Corpo de Cristo, intercedem pelos vivos e pelos falecidos (SC, 47). Assim, a Missa de Sétimo Dia é também um momento de consolo para os familiares e amigos, que se reúnem para celebrar a fé na ressurreição e na comunhão dos santos.

 A Comunhão dos Santos e os Sufrágios

A Lumen Gentium, constituição dogmática do Concílio Vaticano II, afirma que "a Igreja peregrina reconhece plenamente sua união com a Igreja celeste na comunhão de todos os santos" (LG, 50). Nesse contexto, a Missa de Sétimo Dia é uma expressão da unidade da Igreja militante, padecente e triunfante, reforçando que, em Cristo, todos estamos ligados. Por isso, os sufrágios são um sinal da caridade que não se encerra com a morte.

O Papel da Eucaristia na Purificação das Almas

A Exortação Apostólica Sacramentum Caritatis, de Bento XVI, recorda: “Na celebração da Eucaristia, oferecemos também a redenção em favor dos mortos, confiando que o sacrifício de Cristo alcance todos os tempos e todas as almas” (SC, 32). Assim, a Missa de Sétimo Dia reafirma a esperança cristã de que a intercessão da Igreja é eficaz para as almas que se encontram no purgatório.

 Conclusão

A Missa de Sétimo Dia é, portanto, um ato litúrgico de grande valor espiritual, baseado em uma sólida tradição e sustentado pelos ensinamentos da Igreja. Ela celebra a fé na ressurreição, promove a comunhão entre os vivos e os mortos e manifesta a caridade cristã. Como recorda o Papa Francisco na Encíclica Fratelli Tutti: “O amor não morre nunca; ele se transforma em oração” (FT, 254). Por meio desta celebração, os fiéis depositam sua confiança na misericórdia divina, certos de que Deus acolhe com amor aqueles que deixaram esta vida.

Por fim, a prática de celebrar essa missa reflete a esperança cristã de que, pela morte e ressurreição de Jesus Cristo, todos os fiéis possam participar da vida eterna. Este gesto é, portanto, um ato de amor e solidariedade com aqueles que já partiram, reafirmando a confiança na promessa de Cristo: "Quem crê em mim, ainda que morra, viverá" (João 11,25).

José A. Galiani (Pedagogo, Teólogo e Filósofo)

26/01/25 - Pindamonhangaba- SP

terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Tributo a Alexandre Galvão Gomes.

Alexandre Galvão Gomes era um cara que sabia viver. Instrutor de voo para motor e paraglider pela escola Gama Galvão, em São José do Rio Preto –SP. Ele fez da sua vida uma mistura de céu aberto, ventos favoráveis e uma boa dose de irreverência. Para ele, voar não era só um trabalho — era um convite para viver com intensidade, uma maneira de dizer para o mundo: "Vem cá, experimenta a liberdade comigo".

Mas Alexandre não era só sobre as alturas. Ele era aquele que sabia curtir o chão firme também. Nada como uma cerveja gelada, o pandeiro no ritmo certo e uma roda de amigos para ele se sentir em casa. Alexandre tinha uma alegria que não dava para ignorar, um jeito de levar a vida que misturava leveza e intensidade na medida certa.

Desde cedo, ele gostava de desafiar todo mundo — inclusive o pai. "O senhor tem que ser e ter uma vida saudável", dizia, com aquele tom meio sério, meio brincalhão que era só dele. E não era só papo: ele vivia o que falava, sempre buscando uma conexão genuína com todos.


Desprendido e descolado, Alexandre era a personificação do "curta a vida, mas nunca esqueça de quem você ama". Ele, apesar de distante, mantinha todos por perto, com áudios e vídeos rápidos ou uma mensagem cheia de alegria. Ele era o tipo de pessoa que sabia ser presente mesmo à distância.



Hoje, enquanto ele encontra novos céus para explorar, fica aqui o rastro da sua risada, do seu pandeiro, do seu jeito de ver a vida sem complicação. Alexandre não era um herói nem queria ser. Ele era alguém que viveu bem, que amou com sinceridade e que soube transformar cada dia em algo especial.

Voa, Alexandre, voa alto. Aqui em baixo, a gente guarda sua memória e tenta aprender com seu jeito descomplicado de ser.

Gratidão por todo aprendizado que me proporcionou.

José Antonio Galiani

20/01/25.